Desporto

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Marítimo-Benfica (2-1)

Não vi o jogo; acidentalmente, vi alguns lances do respetivo resumo - em casa, demos baixa da Sport-TV, por outro lado, estive fora e detesto ver jogos do Benfica em público, fora do Estádio da Luz. Algumas crónicas de alguns ilustres colegas da "gloriosa" nas quais confio, revelam um mau desempenho da equipa do Benfica neste jogo; lentidão, falta de entrosamento e pouca motivação.

O decepcionante desfecho da época passada, as desagradáveis incidências em torno do Treinador e Cardozo e um desempenho pouco animador da pré-época, indiciavam um maior risco de insucesso na jornada inaugural, tanto mais tratando-se do Marítimo, adversário tradicionalmente difícil, em especial no seu estádio, para qualquer clube. Diga-se de passagem que sou um admirador do trabalho de Pedro Martins; um Treinador competente, leal e discreto, que parece respeitar-se a si próprio e aos outros.

Dadas as alterações na equipa visando o desejado salto qualitativo rumo ao topo, alguma instabilidade era de esperar, sobretudo, dadas as "almofadas" tradicionalmente disponibilizadas ao seu, nominalmente, principal rival, o Porto, quando o mesmo lhe sucede, como sucedeu nesta mesma jornada. Não há equipas perfeitas, mas há estruturas protegidas.

Acresce esta insanidade de ter-se iniciado o campeonato com os "mercados" de jogadores em aberto! Confesso que me custa a entender que tal vise promover a competitividade desportiva e o fair-play. Afinal, que fair-play pode existir quando as equipas podem alterar os respetivos planteis durante a competição? A não ser que o objetivo se tenha deslocado do jogo para o negócio, tornando-se mais importante o ranking de receitas de transferências do que o jogo em si mesmo! Como poderá motivar-se uma equipa numa competição, na qual alguns atletas  transitarão para outras e outros serão substituídos por novos recrutas? Ora bolas!

Claro que há responsabilidades internas no Benfica repartidas por muitos, desde o Presidente aos Atletas, passando pelo Diretor Técnico, Treinador e Adeptos, algumas das quais referi em outras crónicas. Claro que todas elas deverão ser identificadas, debatidas, assumidas e corrigidas, doa a quem doer, sempre em benefício do clube e no momento oportuno. Claro que, sendo repartidas, as responsabilidades deverão ser hierarquizadas. Tenho ideias próprias sobre o assunto, porém, o pânico é mau conselheiro; é hora de manter serenidade apelando à união inteligência e empenho de todos, pois só assim ultrapassaremos este mau começo.

Há que arregaçar as mangas, cerrar os dentes e ir em frente.

Força Benfica! Força Benfiquistas!