Desporto

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Benfica-Anderlecht 2-0

      Bom jogo, excelente vitória. A dinâmica da equipa do Benfica durante toda a 1ª parte, foi soberba; com muita mobilidade coletiva, muita pressão sobre o adversário, muita entreajuda, muita qualidade técnica e muita pressão sobre o adversário. Gostei de ver, até porque, o Anderlecht, é um clube histórico, de uma boa escola de futebol, que soube criar grandes dificuldades, batendo-se muito bem; com bom coletivo, muita velocidade, amplitude, profundidade e agressividade, embora fraco nos cantos. 

Foi notória a maior consistência defensiva da equipa do Benfica, graças, sobretudo, às entradas de Siqueira  e Fejsa; nem parece que acabaram de chegar à equipa! Também André Almeida e Artur Morais estiveram acima do habitual, talvez devido à confiança induzida pelos novos colegas. E aqui está um dos principais ingredientes do crescimento competitivo; confiança com talento! Sem talento e trabalho não há boas equipas; não vale a pena inventar, mas...sem confiança, não há talento e trabalho que bastem.

Com Fejsa e Matic o nosso meio-campo ganha músculo, pulmão e disponibilidade para a construção. É aqui que a equipa ainda tem que evoluir, na criatividade ofensiva; julgo porém que Djuricic tem qualidades para a função, ele que, quanto a mim, foi o homem deste jogo; concentrado, tecnicista e inteligente, marcou o primeiro golo numa recarga oportuna e, num passe de cabeça primoroso, proporcionou a Luisão um golo de belo efeito. É de mestre!

Na frente de ataque Cardozo esteve muito bem, com a curiosidade de ter aparecido na esquerda em dribles exuberantes, mantendo a defesa contrária sempre em sobressalto. Markovic, além das qualidades ofensivas já conhecidas, revelou grande eficácia na recuperação avançada. Enzo, foi incansável a atacar e defender, tendo intervindo no lance do 1º golo; é mais um jogador à Benfica!

Na 2ª parte, o jogo mudou de feição, com o Anderlecht muito alto, a assumi-lo com muita amplitude e velocidade e o Benfica mais contido, explorando o contragolpe que poderia ter rendido mais dois golos; um por Cardozo - falhou a receção -, outro por Markovic - falhou a opção. Não gostei do final, em que a equipa circulou a bola à espera do apito - o Artur, mais uma vez, ia "borrando" a pintura - em vez de atacar a baliza contrária, como teve possibilidade de fazer e o público pedia.

Enfim; há progressos evidentes na equipa, com mais e melhores soluções, percebe-se que há potencial, faltando evoluir e consolidar todos os processos de jogo, bem como restaurar definitivamente a confiança, sobretudo a Artur , o que acontecerá com mais vitórias como esta.

Parabéns à equipa.

Pedreiro Português - facto verídico


Mão amiga, a quem estou grato, fez-me chegar este hilariante texto:


 Após ler o relatório, a Seguradora pagou o seguro; abaixo está a explicação de um operário português, acidentado no trabalho, à  Cª Seguradora. A Cª de Seguros havia estranhado tantas fraturas em uma só pessoa, num mesmo acidente. Curioso é o facto de se tratar de um caso verídico cuja transcrição foi obtida por meio de cópia dos arquivos da Cª Seguradora envolvida. O caso foi julgado pelo Tribunal do Concelho de Cascais - Lisboa- Portugal.

À Cª Seguradora.


Ex mos. Senhores,

Em resposta ao seu gentil pedido de informações adicionais, esclareço:
No quesito nº 3 da comunicação do sinistro mencionei:'tentando fazer o trabalho sozinho' como causa do meu acidente. Na vossa carta V. Sas. pedem-me uma explicação mais pormenorizada, pelo que espero sejam suficientes os seguintes detalhes:

   Sou assentador de tijolos e no dia do acidente estava a trabalhar sozinho num telhado de um prédio de 6 (seis) andares. Ao terminar o meu trabalho, verifiquei que haviam sobrado 250 kg de tijolos. Em vez de levá-los à mão para baixo (o que seria uma asneira), decidi colocá-los dentro de um barril, e, com ajuda de uma roldana, a qual felizmente estava fixada num dos lados do edifício (mais precisamente no sexto andar), descê-los até ao térreo.


Desci até o térreo, amarrei o barril com uma corda e subi para o sexto andar, de onde puxei o dito cujo para cima, colocando os tijolos no seu interior. Retornei em seguida para o térreo, desatei a corda e segurei-a com força para que os tijolos (250 Kg) descessem lentamente. Surpreendentemente,senti-me violentamente alçado do chão e, perdendo a presença de espírito, com o susto, esqueci-me de largar a corda ... Acho desnecessário dizer que fui içado do chão a grande velocidade.


Nas proximidades do terceiro andar bati com a cara no barril que vinha a descer. Ficam, pois, explicadas as fraturas do maxilar e das clavículas.


Continuei a subir a uma velocidade um pouco menor, somente parando quando os meus dedos ficaram entalados na roldana. Felizmente, nesse momento já recuperara a minha presença de espírito e consegui, apesar das fortes dores, agarrar a corda. 
Simultaneamente, no entanto, o barril com os tijolos caiu ao chão, partindo-se o fundo. Sem os tijolos, o barril pesava aproximadamente 25 kg. Como podem imaginar, comecei a cair vertiginosamente, agarrado à corda, sendo que, próximo ao terceiro andar, quem encontrei? Ora pois, o barril que vinha a subir. Ficam explicadas as fraturas dos tornozelos e as lacerações das pernas. 

Felizmente, com a redução da velocidade da minha descida, veio minimizar os meus sofrimentos quando caí em cima dos tijolos em baixo, pois felizmente só fraturei três vértebras. 

No entanto, lamento informar que ainda houve agravamento do sinistro, pois quando me encontrava caído sobre os tijolos estava incapacitado de me levantar, porém pude finalmente soltar a corda!

O problema é que o barril, que pesava mais do que a corda, desceu e caiu em cima de mim, fraturando-me as pernas. 

Espero ter fornecido as informações complementares que me haviam sido solicitadas. 

Esclareço que este relatório foi escrito pela minha enfermeira, pois os meus dedos ainda não estão recuperados.

Atenciosamente,

António Maria  Pessoa de Coimbra