Desporto

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

“Jesus de Nazaré, parte II” de Joseph Ratzinger (Bento XVI); algumas propostas de reflexão:


3. A morte de Jesus como reconciliação (expiação) e salvação (pág. 187 a 196)

   1)      “…Surpreendentemente, uma coisa pareceu clara desde o início: com a Cruz de Cristo, os antigos sacrifícios do templo ficaram definitivamente superados. Algo novo acontecera….Na Cruz de Jesus, verificou-se aquilo que nos sacrifícios dos animais tinha sido tentado em vão: o mundo obteve a expiação. O ´Cordeiro de Deus ‘ tomou sobre Si o pecado do mundo e o retirou. A relação de Deus com o mundo - relação transtornada por causa da culpa dos homens - foi renovada. Realizou-se a Reconciliação. Assim, Paulo, pôde sintetizar o acontecimento de Jesus Cristo, a sua nova mensagem, com estas palavras: ‘Pois foi Deus quem reconciliou o Mundo consigo, em Cristo, não imputando aos homens os seus pecados, e pondo em nós a palavra da reconciliação.”

a)      O pecado do Mundo consistiria - consiste - na desobediência dos homens aos preceitos divinos - Tora -, cuja expiação e consequente reconciliação dos homens com Deus, só é possível pela crucificação de Jesus, que investiu os Apóstolos - igreja nascente - com o dom da reconciliação pela palavra.

b)      O “povo escolhido” tinha consciência dos seus pecados e procurava expiá-los repetidamente, pelo método sacrificial de substituição, usando animais, método aceite pela hierarquia religiosa.

c)       O pecado do mundo engloba todos os homens e não apenas os vinculados à Tora, e a Reconciliação dirige-se igualmente a todos, não se percebendo como poderão ter acesso à Reconciliação os homens não vinculados à obediência Divina, sobretudo os que dela não tiveram - têm - conhecimento.

d)      Os não Reconciliados suportarão o sofrimento eterno da sua própria culpa, não se percebendo como tal sucederá relativamente aos que a desconhecem.

2)      “Visto que no Homem Jesus está presente o bem infinito, agora, na história do Mundo, está presente e ativa a força antagonista de qualquer forma de mal; o bem é sempre infinitamente maior do que toda a mole do mal, por mais terrível que esta se apresente.”

a)      O Homem Jesus não veio acabar com o mal da humanidade mas constituir-se como força antagonista acessível ao Homem que lhe permitirá suportá-lo.

b)      Parece óbvio que, sem o mal, não é possível compreender a essência Divina, tal como não é possível compreender a antimatéria sem a matéria.

3)      “Também no mundo grego se sentia cada vez mais insistentemente a insuficiência dos sacrifícios animais, dos quais Deus não tem necessidade…Assim, aparece aqui formulada a ideia do “sacrifício sob a forma de palavra”: a oração, a abertura do espírito humano a Deus é o verdadeiro culto. Quanto mais o homem se torna palavra - ou melhor, se torna resposta a Deus com toda a sua vida -, tanto mais realiza o culto justo.”

a)      Fica expressa a revolução no culto religioso, substituindo-se o ato sacrificial pela oração, invocando a abertura do espírito a Deus.

4)      “A nossa obediência volta sempre a falhar. Volta sempre a impor-se a nossa vontade pessoal. E o profundo sentido da insuficiência de toda a obediência humana à palavra de Deus volta sempre a fazer irromper o desejo de expiação, que todavia, em virtude de nós mesmos e da nossa “prestação de obediência”, não se pode realizar.”

a)      A necessidade de oração do Homem é permanente dada a fragilidade da sua vontade pessoal.

5)      “…a nossa moralidade pessoal não basta para venerar de modo justo a Deus; eis o que esclareceu S. Paulo, com grande vigor, na controvérsia sobre a justificação. Mas o Filho feito carne carrega em Si todos nós e, assim, dá aquilo que nós, sozinhos, não podemos dar. Por isso, faz parte da vida cristã tanto o sacramento do Batismo enquanto nossa entrada na obediência a Cristo, como a Eucaristia na qual a obediência do Senhor na Cruz nos abraça a todos, nos purifica e atrai na adoração perfeita realizada por Jesus Cristo.”

a)      Não basta ao Homem viver conforme a moralidade cristã; a Reconciliação só será possível, mediante vínculo pelo Batismo e purificação pela Eucaristia.

6)      “A grandeza do amor de Cristo revela-se precisamente no facto de Ele, não obstante toda a nossa miserável insuficiência, nos acolher em Si, no seu sacrifício vivo e santo, de tal modo que nos tornamos verdadeiramente o “seu Corpo”.

a)      O Homem pode tornar-se Deus amando-O em Jesus Cristo.

7)      “…o objetivo constante é atrair para dentro do amor de Cristo cada indivíduo e o mundo inteiro, de modo a que todos se tornem , juntamente com ele, “uma oferenda agradável a Deus, santificada pelo Espírito Santo””.

a)      Deus quer no “Seu Reino” cada homem e todos os homens.

b)      Tal desígnio impossibilita, o Diálogo Ecuménico, perpetuando os milenares conflitos inter-religiosos.

8)      “…mas também uma imagem da existência cristã em geral: nas tribulações da vida, somos lentamente purificados no fogo, podemos, por assim dizer, tornar-nos pão, na medida em que, na nossa vida e no nosso sofrimento, se comunica o mistério de Cristo e o seu amor faz de nós um dom para Deus e para os Homens.”

a)      Os sofrimentos da vida constituem a própria expiação do Homem pela comunicação do mistério de Cristo.

b)      Continua presente a exigência sacrificial, para acesso do Homem à Reconciliação; além da oração, os sofrimentos da vida completam o processo.

c)       O sacrifício do “Cordeiro de Deus” permite a Reconciliação do Homem mas não o poupa aos sofrimentos da vida.

9)      “O mistério da expiação não deve ser sacrificado a um racionalismo presunçoso. …o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos.” 

a)      Tentar compreender o mistério da expiação não é apropriado, o que deixa a Igreja em muito maus lençois; quer pela confissão da sua incapacidade quer pela negação do dom do raciocínio humano.

b)      Muitos não terão acesso à Redenção, ficando em dúvida a infinita compaixão Divina.   

AB                                                                                  

terça-feira, 27 de novembro de 2012

PRÉMIO ZARATUSTRA

Esta futuramente inolvidável instituição; zaratustranaoeradobenfica.blogspot.com, após  reunião dos seus ilustríssimos membros do Conselho de Administração do qual só o autor deste texto faz parte, decidiu por unanimidade instituir o PRÉMIO ZARATUSTRA, nas versões Bobi, Tareco, Polidor de 2ª, Polidor de 1ª e Supercacete, para atribuir, sempre que entenda justificar-se, à personalidade que demonstre especial aptidão para describilizar o futebol ou o desporto em geral, seja dentro, seja fora do recinto da competição.

PRÉMIO ZARATUSTRA BOBI 

 
 
má qui cosa bella! au, au!
 
 
E O PRÉMIO DESTA SEMANA VAI PARA:
 

 

 
CAAARRRLOOOOS XXXXIIIIISTRAAAA

CANTEMOS COM JÚBILO PELA GLORIOSA GLÓRIA DESTE NOSSO IRMÃO, ABENÇADO PELA GRAÇA DIVINA DE SUA SANTIDADE PAPAL REVERENDÍSSIMO PICOTA

http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=53dqcGNltpA


AMEN
 
 
Ainda não podemos confirmar mas, ao nosso investigador FERROBICO, chegaram rumores de que a FPF vai encomendar à Universidade da Treta (UT) um estudo de viabilidade para a fabricação do "OLHO BIÓNICO", o qual, implantado na testa do Sr  Xistra, entre os dois olhos naturais e apoiado por um superservidor equipado com um supersoftware com as 18 leis do jogo, lhe permitirá  identificar no momento, as faltas para grande penalidade, nomeadamente, como a que se verificou no último jogo Braga-Porto (0-2) e que terá ajudado ao resultado apurado. Um avanço tecnológico que todos os adeptos do futebol agradecem.
 
PS: Á margem da discussão da atribuição deste prestigiado prémio (não é, mas vai ser!), constatou a distinta Administração, a notável evolução verificada no sistema elétrico do Estádio Axa o qual, finalmente, não revelou deficiências na alimentação elétrica aos projetores do campo, a qual costuma falhar quando certos adversários ameaçam violar as redes da equipa da casa. No entanto, constou ao nosso agente secreto FERROBICO, que tal pode dever-se, afinal a um sofisticado sistema de controle luminoso que regula automáticamente a intensidade da luz em função da cor da camisola do adversário e da velocidade e direção do esférico. Porra! Nem em Cabo Canaveral!
 
 
Então parabéns a todos, muitos parabéns por mais esta gloriosa jornada, com os agradecimentos especiais do nosso agente secreto FERROBICO.
 
 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

OBRIGADO GUILHERME, PELA HONRA QUE ME DESTE AO REPRESENTAR O MEU CLUBE

Espírito Santo, antiga glória do Benfica, morre aos 93 anos

Lisboa, 25 nov (Lusa) -- O antigo futebolista internacional português e do Benfica Guilherme Espírito Santo morreu hoje aos 93 anos, anunciou o clube "encarnado" no seu sítio oficial na internet.

Espírito Santo, que foi quatro vezes campeão nacional pelo Benfica, nas épocas de 1936/37, 1937/38, 1944/45 e 1949/50, destacou-se pelo seu ecletismo enquanto atleta, chegando a ser praticante de atletismo.
 
Como futebolista do Benfica, com a alcunha de "pérola negra", fez 207 jogos e marcou 147 golos, entre quatro competições: campeonato nacional, campeonato de Lisboa, campeonato de Portugal e Taça de Portugal.
 
Na seleção portuguesa, teve oito internacionalizações, estreando-se em 28 de novembro de 1937, em Vigo, num jogo em que Portugal bateu a Espanha por 2-1.
 
No atletismo, chegou a ser recordista nacional de salto em altura, comprimento e triplo salto, conquistando também aqui vários títulos de campeão nacional nas três especialidades, e muito mais tarde praticou ténis.
 
A chegada à pista de atletismo por parte do antigo jogador aconteceu quase por acaso, quando Espírito Santo, durante um treino da equipa de futebol, saltou um obstáculo para ir buscar a bola e um grupo que praticava atletismo ficou impressionado.
 
Na ocasião saltara 1,70 metros, uma marca que ninguém conseguia naquele tempo.
 
O seu ecletismo e comportamento valeram-lhe em 1999 a distinção "Fair-Play" por parte do Comité Olímpico de Portugal, enquanto no Benfica recebeu o mais alto galardão da história do clube, a "águia de ouro".

domingo, 25 de novembro de 2012

Benfica-Olhanense (2-0)


Uma vitória que não me pareceu fácil, contrariamente à opinião que João Querido Manha (JQM) expressou na sua crónica do Correio da Manhã (CM). Uma boa parte dos atletas do Benfica pareceram-me algo desgastados fisicamente, consequência da recente e exigente disputa com o Celtic; julgo que terá sido Sálvio o caso mais flagrante, apesar de não ter jogado mal. Por outro lado, o Treinador, pela mesma razão, procedeu à rodagem de alguns atletas; casos do Lima/Rodrigo, Enzo/Martins e Máxi/André. Luisão confirmou a boa forma apesar da paragem, coroada com um belíssimo e decisivo golo. 

Julgo que a equipa da Olhanense, cumpriu a estratégia anunciada na véspera pelo Sérgio Conceição, tendo "deixado o autocarro na garagem". De facto, defendeu quando teve que defender, com tudo o que tinha, graças, sobretudo, à impetuosidade ofensiva do Benfica, principalmente na meia-hora inicial, tendo revelado grande disponibilidade de luta no seu meio-campo pela posse da bola, partindo rapidamente para a ofensiva sempre que possível, com lances em profundidade, procurando tirar partido da velocidade e força dos seus avançados. Que me recorde, criou três situações que poderiam ter dado golo, numa das quais negado por uma excelente intervenção do Artur. 

O primeiro golo atenuou o ritmo que estava a ser imposto pelo Benfica e o início da 2ª parte trouxe um Olhanense mais atrevido, pressionando o adversário durante uns bons 10/15 minutos, que chegaram a preocupar, até ao golo tranquilizador de Luisão, na sequência de um pontapé de canto primorosamente marcado pelo Enzo, que, mais uma vez, veio mostrar a chave para a eficácia da conclusão ofensiva; precisão e coordenação.

Efetivamente, a equipa do Benfica tem revelado grande dinâmica ofensiva, com a frente de ataque bem alargada, grande capacidade de penetração pelas alas e grande quantidade de cruzamentos e remates à baliza. Porém, o índice de eficácia é reduzido devido à qualidade do último passe e à deficiente sincronização dos atacantes. Esta dinâmica deverá melhorar com a consolidação do entrosamento geral, algum trabalho específico e, sobretudo, se os resultados desportivos ajudarem. 

Bem esteve o Cardozo na marcação da grande penalidade, marcando-a com a sua melhor opção; remate forte e colocado junto ao poste. 

Mal esteve o árbitro e o atleta da Olhanense que, armado em chico-esperto, ferrou uma valente cotovelada no nariz do Melgarejo, assim a modos que, como quem não quer a coisa!

Mal esteve Sérgio Conceição ao pôr em causa a justeza da grande-penalidade sem qualquer razão pertinente, arriscando-se a perder o respeito de que ainda disfruta por parte de alguns adeptos do bom futebol, visto que, parece replicar a tradicional lambedela de botas ao pinto. 

Mais uma vez senti que os resultados do projeto global que tem sido implementado no Benfica chegaram ao terreno de jogo, graças à aposta na atual estrutura técnica que verticalizou todo o projeto desportivo e diversificou as opções disponíveis de modo a possibilitar a resposta atempada às adversidades que sucessivamente se têm abatido sobre o Benfica como que programadas pelos cúmplices da hidra azul. 

Agora; recuperar, refletir e preparar para o próximo embate, com humildade mas com o destemor que é apanágio deste clube, que respeita todos mas não teme ninguém, seja onde for, seja quem for. 

Já me esquecia; e treinar a meia-distancia que anda muito fraca!
 
AB

 

DIREITO PORTUGUÊS


Por:Fernanda Palma; Professora Catedrática de Direito Penal
Em Macau, onde me desloquei para fazer uma conferência sobre direitos fundamentais e reforma penal, é fácil apercebermo-nos da força do Direito português. No seio de uma civilização milenar e de um país em crescimento económico acelerado, cuja população representa um quinto da Humanidade, sente-se uma influência efetiva do nosso Direito Penal.
 
A pena de morte, encarada como um instrumento indispensável da política criminal pelas autoridades chinesas, é absolutamente proibida na Região Autónoma de Macau. A República Popular da China leva essa proibição muito a sério, não procurando iludi-la com um sistema de transferências expeditas dos arguidos para outras partes do seu território.
Invocando o exemplo de Macau, um professor de Direito da Universidade de Shantou, no Sul da China, defendeu, num artigo de jornal, a abolição da pena de morte: "É impossível dissociar o nosso país da maré global", escreveu Liu Guofu, acrescentando que, "nos círculos académicos, especialmente no campo jurídico, o apoio à abolição da pena de morte se tornou a tendência dominante".
Portugal foi o primeiro país a abolir a pena de morte, na Reforma Penal de 1867. A última execução em território nacional ocorrera 21 anos antes, em Lagos. Ribeiro dos Santos é considerado o primeiro abolicionista português, ao ter defendido que a pena de morte era desnecessária e inconveniente, num artigo publicado no Jornal de Coimbra em 1815.

Num texto entusiástico de 1876, Victor Hugo saudou assim a nossa decisão: "Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio".

Hoje, a Constituição portuguesa consagra a inviolabilidade da vida humana, proíbe a pena de morte e impede a extradição por crimes a que corresponda a pena de morte. Este regime não obsta, porém, à realização da Justiça, uma vez que o Estado português se obriga a julgar e a punir os factos sempre que forem considerados crimes à luz da nossa lei.

Aquela passagem do Talmude, evocada em ‘A Lista de Schindler’ (e aplicável, com inteira propriedade, a Aristides Sousa Mendes), segundo a qual "quem salva uma vida, salva o mundo inteiro", também vale para o Direito. Com todos os seus defeitos e limitações, o Direito português salvou toda a Humanidade em cada execução que "convolou" numa pena diferente.

Coluna segundo as regras do Acordo Ortográfico

JUSTIÇA PARADOXAL


 O caso Vale e Azevedo é um libelo acusatório a uma justiça caduca, podre, decrépita, ao serviço dos poderes paralelos que subjugam e asfixiam a sociedade portuguesa, na prossecução dos seus mais inconfessáveis interesses. Um libelo acusatório a um regime político e seus agentes, dominado por caciques, chicos-espertos, vendedores de fruta, gerentes de caixa e seus serventuários, cúmplices por omissão dos seus deveres de defesa da coisa pública, da igualdade e da garantia de acesso de cada cidadão à dignidade.

Vale e Azevedo, foi julgado, condenado, perseguido e preso, não pelos alegados crimes que lhe são atribuídos, mas por ter sido Presidente do Benfica e por ter enfrentado, denunciado e combatido, sózinho, a peito descoberto, com destemor e veemência, os poderes de facto do futebol e da sociedade portuguesa, que se têm servido da democracia, para subjugar a restante população aos seus interesses.

Aos algozes que o perseguem movidos pela vingança com origem no secular ressentimento que sentem pela grandiosidade do Benfica e não para fazer cumprir a Justiça, que qualquer Estado de Direito garante a todo o cidadão, digo para se lembrarem que estão a ofender esse mesmo Direito e a suscitar, a alimentar, o sentimento de revolta de muitos cidadãos pela discriminação social a que assistem uns e de que são vítimas outros, nomeadamente os Benfiquistas. Até o império romano caiu às mãos dos “bárbaros”, que, não constando que fossem Benfiquistas, incluía os “odiados” mouros.

Aos atuais e antigos Dirigentes do meu clube, digo que acabem com as alusões persecutórias a Vale e Azevedo, limitando-se a deixar à Justiça o que lhe é devido, lembrando-os de que tais alusões fomentam a divisão visceral dos adeptos, os quais, afinal, pretendemos unir para vencermos o mostrengo. Resolvam o que há a resolver no âmbito do clube; dentro de portas, podemos até andar ao tareão, fora delas, somos uma família! É assim que se unem os Benfiquistas; é preciso fazer um desenho? NÃO GOSTO QUE PERSIGAM E HUMILHEM UM PRESIDENTE DO MEU CLUBE E SEI QUE NÃO SOU SÓ EU! À VIVA!

Aos que se servem do Benfica para perseguir Vale e Azevedo, digo para o não fazerem; façam o seu trabalho nos lugares próprios, que são os Tribunais recorrendo às entidades correlacionadas, sem esquecer que há muita gente, incluindo eu, que não acredita que Vale e Azevedo tenha burlado o nosso clube, embora admita que possa ter cometido ilícitos, sabendo que, muitos deles, foram induzidos pela asfixia financeira movida pelos cúmplices que, no setor da banca, apoiam o projeto do mostrengo.

Podem dizer o que quiserem de Vale e Azevedo mas, para mim, para a generalidade dos Benfiquistas, foi um exemplo de coragem inaudita, que identificou e combateu, destemidamente, a hidra que domina e asfixia o futebol português, alimentando-se dos clubes que, um a um, vão caindo na insolvência ou nas mãos do mostrengo, perante a cobardia generalizada, num país onde, dizem, habita a Liberdade!

Foi Vale e Azevedo que pôs em pânico os promotores da nova ordem e por isso está preso!

Eis aqui a opinião de um homem livre!

AB

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Benfica-Celtic (2-1)


  
Não vou agora fazer qualquer análise ao jogo. Quero apenas disfrutar deste momento de satisfação e dizer aos nossos Atletas e Técnicos que fizeram um jogo digno dos pergaminhos do nosso clube, cuja matriz consiste em olhar o adversário de frente, sempre com a determinação da vitória; com garra, arte, espetáculo e respeito. 

Quero também dizer que responsabilizo a FIFA e a UEFA pelas dificuldades de apuramento que o Benfica está atravessar para atingir a fase seguinte da Liga dos Campeões e que, juntamente com a FPF, considero constituirem a trilogia responsável pelo estado de indigência em que se encontra o futebol Português, com a maioria dos clubes insolventes e “colonizados” pelos xicos-espertos que, impunemente, parasitam os seus adversários, graças às estratégias desastrosas que impõem ao futebol e pela omissão cúmplice do seu dever de prevenir e combater a corrupção.



domingo, 18 de novembro de 2012

Moreirense-Benfica (0-2)


Foi um Benfica de mangas arregaçadas, taticamente concentrado, com boa ocupação dos espaços, jogando um futebol apoiado, vertical, com a frente de ataque bem aberta, eficaz na recuperação, na qualidade de passe e na progressão.

Face à habitual postura eminentemente defensiva do adversário, com três centrais, dois laterais e dois trincos, apostando no contra-ataque, à envergadura física e agressividade dos adversários, a equipa do Benfica teve grande dificuldade na criação de situações de golo devido à má qualidade do último passe. De facto, este é um capítulo que necessita de ser melhorado, uma vez que, a precisão dos centros e cruzamentos para a área adversária, são indispensáveis para bater as defesas sobrepovoadas com que as equipas que defrontam o Benfica normalmente se apresentam. A certa altura da segunda-parte, o meio-campo perdeu eficácia, graças ao despovoamento de atletas nossos e ao sobrepovoamento de atletas adversários; algo que tem acontecido com alguma frequência e que exige maior disciplina da equipa.

O que mais me agradou foi o coletivo, que apresenta um entrosamento cada vez mais consolidado. Saúdo a entrada auspiciosa do nosso Capitão, que nos contemplou com uma boa exibição e constato com satisfação, a autoridade que Jardel ostentou, revelando cada vez mais confiança e eficácia. Também os laterais Luizinho e André Almeida se mostraram bem integrados na manobra da equipa e seguros nas suas intervenções, afirmando-se cada vez mais como alternativas a ter em conta. Matic e Bruno César encheram o campo e os avançados porfiaram com intencionalidade na procura do golo. Fantástico o remate cesgado de Matic a encher o pé, justo prémio da sua exibição e dedicação bem como o slalom do Gaitan a que Takuara correspondeu com a competência que lhe é habitual.

O Moreirense, jogou em bloco baixo, muito agressivo, revelando os seus atletas grande pujança física, apostando no contra-ataque, produzindo dois belos lances ofensivos; um potente remate de cabeça a rasar o poste, com Paulo Lopes batido e, já ao cair do pano, um remate colocadíssimo ao segundo poste a que Paulo Lopes respondeu com exuberante defesa.

Duarte Gomes arbitrou como um verdadeiro Benfiquista, prejudicando o alegado seu clube de coração, ao perdoar duas grandes penalidades ao Moreirense; uma sobre Luizinho, outra sobre Lima e ao permitir o jogo violento de alguns atletas do Moreirense. Como grande Benfiquista que, alegadamente, é, ainda tenho fé de o ver agraciado pela Associação de Futebol do Porto.

No início da época, cheguei a rebelar-me contra algumas opções de Jorge Jesus, que nos trouxe alguns dissabores, mas hoje dou a mão à palmatória; o Benfica patenteia, algo que teve no passado longínquo e perdeu com a ascensão do mostrengo; a estabilidade desportiva! É óbvio que a aposta continuada em Jorge Jesus, permitiu consolidar um modelo de jogo, e implementar uma política desportiva que abrange não só o plantel principal, onde permanece o núcleo estruturante, como o da equipa B, dos Juniores, dos cedidos e de toda a formação.

Os resultados estão à vista; a saída de atletas estruturantes, tem sido colmatada com eficácia por outros atletas conhecedores do modelo de jogo, confiantes e apoiados pela estrutura da equipa.

Julgo porém que é necessário reduzir  o quadro de atletas profissionais reduzindo a folha salarial e aumentando a competitividade desportiva global.

Recomendo à Direção da SAD, atenção às movimentações da FIFA no debate do tema da intervenção dos fundos mobiliários no financiamento do futebol liderado pelo inefável Platini, que parece proibido em Inglaterra e em Espanha.

É para mim claro desde há muito que o quadro competitivo das seleções tem que ser alterado de forma a não prejudicar as competições de clubes. O quadro atual induz nos clubes um agravamento tremendo do esforço financeiro, com graves prejuízos desportivos resultantes de muitas vezes, em jogos capitais, se verem privados dos seus melhores atletas. Não pode ser! A UEFA a FIFA e as Federações Nacionais, sedentos de receitas, sobrecarregam os clubes, pondo em causa a competitividades destes. Há que pôr fim a isto!

AB

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Benfica-Spartak (2-0) e Rio Ave-Benfica (01)


O jogo realizado na Luz com o Spartak de Moscovo mostrou a superioridade do Benfica, apesar da qualidade técnico-tática e agressividade demonstrada pelo adversário bem patente no jogo de Moscovo.

Depois do abalo resultante da saída de última hora de jogadores nucleares, como eram Javi Garcia e Axel Witsel, agravado pelo castigo “supersónico” ao esteio da equipa que é Luisão a que se somaram as inoportunas lesões de Carlos Martins e Aimar, o grupo de trabalho revelou considerável ganho de competitividade resultante de melhor adequação da sua estrutura  às exigências das competições atuais.

De facto, começa a desvanecer-se o pânico que sempre ocorria entre os adeptos, resultante do afastamento de qualquer atleta da equipa, que se verificou também com o caso da adaptação de Melgarejo a defesa esquerdo, já ultrapassado. Jardel mostrou estar muito bem entrosado na manobra do conjunto, o mesmo sucedendo com Matic que já faz esquecer o saudoso Javi.

Enzo Perez revela dotes surpreendentes; de facto, a sua excelência técnica ficou bem patente desde o início, pela forma como tratava a bola, na receção, finta e passe. A instabilidade que se seguiu à recuperação da grave lesão, com a sua determinação em regressar ao clube de origem e lá permanecer, fez-me duvidar do seu caráter, tendo-o considerando mais um caso perdido. Felizmente, enganei-me; Enzo tem-se revelado um atleta talentoso, empenhado, lutador e concentrado, assumindo a posição de “armador de jogo”, varrendo o campo de área a área, com profundidade, amplitude e assistências “mortíferas”, que se têm revelado decisivas. Um crédito devido às Equipas Médica e Técnica, bem como à Direção Desportiva.

Mas, é na frente de ataque que se verifica maior evolução relativamente à época anterior. Com Sálvio, Ola John e Lima, a equipa, não só adquiriu profundidade de jogo na ala direita, como reforçou a ala esquerda e o poder de fogo no eixo do ataque, ao juntar-se aos magníficos Nolito, Gaitan, Cardozo e Rodrigo. Os resultados estão à vista; uma frente de ataque demolidora, capaz de fazer tremer qualquer equipa.

Noutro plano, mais uma vez ficou demonstrada a incompetência da UEFA para dirigir o futebol europeu; como é possível que tenha permitido a realização do jogo em relvado sintético sabendo que tal beneficiaria uma das equipas? Tal atitude, à semelhança, aliás, do que sucedeu na época anterior no jogo com o Zénit realizado num campo de “betão” onde Rodrigo se lesionou com gravidade para o resto da época com prejuízo grave para si próprio e para o clube que representa, alimenta a convicção cada vez mais generalizada entre os adeptos da sua conivência com a corrupção que alastra no futebol, desacreditando as competições e as instituições, ameaçando dessa forma a viabilidade do mesmo.

De facto, é imperioso criar uma alternativa às atuais estruturas que gerem o futebol, que agem com total impunidade, cientes de que ninguém lhes pedirá contas pelo que quer que seja, por mais grave e grosseiro que seja.

Do jogo com o Rio Ave, só vi as fotos e o resumo. Excelente vitória, num campo tradicionalmente difícil, proporcionada por um golo de laboratório onde cada um dos atores conhecia exatamente o seu papel, do qual destaco a “bomba” fulminante do Lima.

Extraordinária a última defesa do Artur, revelando concentração e reflexos inigualáveis, apesar do lance ofensivo irregular, “dizendo” aos colegas algo que já sabíamos; que podem contar com ele. Fantástico.

Porém, pareceu-me que, durante a primeira parte, faltou concentração na concretização de alguns lances, que poderia ter resolvido o jogo mais cedo. Uma matéria a rever.

Uma palavra de simpatia para o Rio Ave, equipa que não vira a cara à luta, para o João Tomás que continua a perfumar os estádios com o seu futebol e para o seu Treinador que julgava capaz de “alinhar” nos acordos de bastidores que têm proporcionado muitas vitórias vergonhosas ao mostrengo.

Da jornada, destaco, o SCP-Braga, no qual, mais uma vez, Proença mostrou quem manda. Porque não mudar o nome do campeonato para Liga-Proença? Estaria mais de acordo com a realidade.

AB

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Coisas do arco da velha!

 Peniche, 08 de Novembro de 2012 


Ontem, eu e a São, quase testemunhávamos um suicídio! Fónix! Aconteceu precisamente junto à Crus dos Remédios; logo à direita da cruz foi de onde a mulher se queria atirar!
 
Já noite cerrada, dávamos o nosso passeio habitual à Nau dos Corvos - moramos nos Remédios, a cerca de 1 km. Íamos já na Marginal, frente ao IPL - Instituto Politécnico de Leiria -, quando vimos um carro ligeiro em sentido contrário, deslizar para o lado das arribas e parar. De lá saíu uma mulher, sem apagar as luzes, gritando descontroladamente, dirigindo-se à extremidade da falésia. Pensei o pior e dirigi-me na sua direção com intenção de evitar o que parecia ser um desastre eminente. De outro automóvel, que seguia o anterior, sai um homem  dirigindo-se calmamente à mulher, de mãos nos bolsos, dizendo-lhe: - Vê lá o que fazes Ana, olha a tua filha! Isto, enquanto a mulher, oscilando na ponta das arribas parecia prestes a atirar-se. Gritei ao homem - mais perto -, a plenos pulmões: - Agarre a mulher carago!  Agarre a mulher que ela atira-se dali abaixo cacete! Lá se encheu de coragem, apressou-se, agarrou-a por trás, puxou-a, e encaminhou-a de volta. Porém, a meio caminho, a mulher desfaleceu e caíu no chão. - Ajude-me! Gritou o homem. Cheguei de imediato disse-lhe para ligar para o 112 e perguntei-lhe se ela tinha problemas físicos; álcool, drogas. Respondeu negativamente. A mulher estava inerte, dei-lhe umas palmadas nas faces, comprimi-lhe o diafragma, até que despertou. Levantá-mo-la e dirigimo-nos para o carro, enquanto fui dizendo o que me veio à cabeça para a animar: - Então o que é isso? Tem a vida à sua frente e um menino para criar – era menina! Olhe aqui para mim. O mundo não acaba hoje! - Nem amanhã! Disse o homem. Continuei: - você é uma jovem bonita, tem a vida à sua frente, então o que é isso? Balbuciou: -Eu não sou má! Retorqui: - Pois claro que não, é agora má! Vá lá; olhe o seu menino! Finalmente, metêmo-la no carro, seguiram os dois para casa dos pais dela deixando o outro carro e nós continuámos o nosso passeio perplexos, trocando impressões sobre o caso. Mas que raio teria acontecido? Bolas! Espero que não tenha havido recaída posterior. Já houve alguns suicídios nesta marginal, acidentes mortais e até homicídios. Felizmente, desta vez não!

AB

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Veneno Puro...: John Adams já sabia onde isto ía dar...

Veneno Puro...: John Adams já sabia onde isto ía dar...

Veneno Puro...: Para reflexão daqueles que se esquecem da origem da dívida...

Veneno Puro...: Para reflexão daqueles que se esquecem da origem da dívida...

Veneno Puro...: De Soares a Passos

Veneno Puro...: De Soares a Passos

Contributos para um projeto do Benfica:













1.       Independência financeira do Grupo Benfica face a instituições que servem os interesses de adversários diretos, distorcendo as regras da concorrência desportiva, nomeadamente no que concerne à alienação dos direitos desportivos e outros.
 
a.       O controlo financeiro dos adversários constitui um dos pilares onde tem assentado a hegemonia desportiva do Porto nas últimas décadas. Com efeito, este clube, conta nas suas hostes com agentes da alta finança nacional, Américo Amorim, Artur Santos Silva, Alípio Dias, com posições fortíssimas na banca, quer como acionistas - os dois primeiros - quer como Administradores - o terceiro, no passado recente. A esta equipa junta-se ainda Belmiro de Azevedo - e outras figuras relevantes no panorama económico-político nacional - com o seu vasto império industrial e financeiro. Não admira o pavor hipocritamente e covardemente disfarçado a que assistimos no mundo do futebol e conexos.
 

b.      Com o monopólio dos direitos desportivos atribuído à Olivedesportos, conjugado com as profundas e históricas ligações comerciais desta entidade com a FPF e com a debilidade financeira da maioria dos clubes de futebol e suas SAD, direta ou indiretamente, o mostrengo tem controlado os seus concorrentes pelo estrangulamento financeiro, incluindo o Benfica, que, desde Damásio caíu nas suas garras por falta de capacidade de captação de financiamento alternativo e de desenvolvimento de projetos económico-desportivos consistentes. A dependência financeira subordina todos os restantes interesses, incluindo o Desportivo. O Benfica tem sido legalmente espoliado, pelos “tentáculos financeiros” do mostrengo, do seu património material e imaterial, com repercussão no desempenho desportivo.
 

c.       O impacto desta realidade no Benfica, porém, está longe de se confinar à vertente financeira. A presença no clube de qualquer uma das empresas de Joaquim Oliveira, representa, para todos os adeptos, sócios e acionistas, o jugo do mostrengo azul e uma machadada no seu orgulho, tendendo a instalar-se progressivamente, o conformismo e a resignação, difundindo-se, insidiosamente, até ao relvado, substituindo a tradição de inconformismo, competência e valentia, identitários do clube. Esta é, quanto a mim, a razão maior para o corte de relações comerciais com a Olivedesportos, ainda que não tivéssemos alternativa. Não há dinheiro que pague o orgulho Benfiquista. Saúdo a decisão da atual Direção e não tenho dúvidas de que, apesar das dificuldades iniciais, encontrar-se-ão alternativas bem mais favoráveis, além das sinergias resultantes da promoção da união dos Benfiquistas que daqui advirão.


d.      No entanto, este tema não se restringe à Olivedesportos; também o BES está presente em todas as SAD como acionista, acabando por condicionar a gestão das mesmas aos seus próprios interesses, funcionando como “cavalo de Tróia” do mostrengo azul. Veria também com muito bons olhos o afastamento quer do BES quer de Joaquim Oliveira do quadro de acionistas de referência da nossa SAD.
 

e.      Tal é ainda o caso da PT cujo departamento de marketing foi gerido durante largos anos por um confesso adepto azul - ficando assim esclarecido, para mim, o mistério do financiamento salvador do mostrengo -, que acabou de reentrar no capital da sport TV, ajudando a resolver as atuais dificuldades de financiamento desta entidade, quiçá, dotando-a dos recursos de que necessita para não perder os salvíficos direitos de transmissão dos jogos do Benfica.


f.        Considero pois que, uma vez alcançada a sustentabilidade financeira do Grupo Benfica e apesar das condicionantes do mercado acionista, onde qualquer um pode comprar quaisquer ações desde que tenha dinheiro, a Direção deve procurar financiamento alternativo e negociar a saída daquelas entidades da nossa SAD, evitando financiadores comuns aos nossos adversários diretos. Está aqui bem patente, talvez, o maior inconveniente da constituição das SAD, que consiste na possibilidade real de intrusão manipulatória de adversários, ainda que indireta, ainda por cima legalmente.
 

g.       Não faltarão financiadores ao Benfica, estou certo; por mim privilegiaria financiadores internos com disponibilidade para um compromisso de exclusividade, à semelhança do que já acontece com a Sagres, bem como com entidades idóneas externas com interesse na expansão desportiva mundial do clube.
 

h.      Tal exige o contributo de todos os Benfiquistas, especialmente os melhor colocados, e não apenas da Direção, cabendo naturalmente a esta, a sagacidade de os mobilizar, identificar e persuadir os financiadores preferenciais, sempre na perspetiva do conceito win-win. 

ET PLURIBUS UNUM

António Barreto*

Benfica-Guimarães (3-0)

 
Uma vitória do Benfica sem contestação, contra um adversário tradicionalmente difícil pela qualidade de jogo e pela garra que normalmente apresenta. Benfica de ataque maciço, em toda a largura do terreno com as alas muito criativas e o eixo de ataque poderoso, servidos por um meio-campo empreendedor e dinâmico.
 
A falta de precisão nos cruzamentos, denotando alguma ansiedade dos avançados e o bom posicionamento dos defesas vimaranenses na sua sobrepovoada área, dificultaram deveras a finalização. Toscano poderia mesmo ter inaugurado o marcador, não fora a pronta saída de Artur a negar-lhe o tento.
 
Finalmente, Ola John e Tacuara fizeram o que se exige a jogadores de elite; progressão pela ala esquerda, posicionamento cirúrgico, cruzamento milimétrico e cabeceamento mortífero, indefensável. Um excelente lance de futebol, ilustrando o que este desporto deve ser; um espetáculo. Com a equipa mais tranquila e os vimaranenses mais ativos, a dois golos seguintes acabaram por surgir com naturalidade, numa grande penalidade bem executada pelo Tacuara e num tremendo golo pelo fabuloso Lima, numa bomba de pé esquerdo ao 1º poste a passe do parceiro de ataque. Bonito!
 
Esteve mal o árbitro ao não assinalar uma grande penalidade cometida sobre o Lima na 1ª parte e muito mal ao expulsar o jovem André Gomes, impedindo assim o Benfica de dilatar o marcador. Expulsão, aliás, bem na linha do furacão de castigos a que o Benfica tem sido sujeito, a todos os níveis, desde o início da época, algo que já não estranhamos e que, estou convicto, faz parte da estratégia do mostrengo azul de induzir instabilidade no inimigo, graças à cumplicidade de que parece beneficiar dos órgãos das instituições desportivas responsáveis pala competição.
 
A equipa do Benfica desta época apresenta-se com uma frente de ataque bem mais poderosa, tendo melhorado sobremaneira capacidade de progressão pelas alas e maior mobilidade e poder de fogo no eixo. A dinâmica do meio-campo, porém, carece de “afinação” no posicionamento, recuperação, compensações, transição e qualidade do passe, afinação esta que, estou certo, não tardará, dada a qualidade dos atletas para o setor, donde destaco, Matic Enzo e até o André, todos, atualmente, em crescendo.
 
O que me parece, neste momento, prioritário, é o controlo emocional dos atletas em qualquer circunstância, pois só assim será possível manter a concentração tática, o sincronismo coletivo e a qualidade técnica, necessários ao desmantelamento dos blocos defensivos adversários. Foi o que faltou até ao primeiro golo, algo que regresso de Luisão poderá ajudar a superar; fizeram-se muitos cruzamentos, mas de má qualidade, gerando mais ansiedade seguida de mais descontrolo. Um ciclo vicioso que deve ser evitado a todo o custo. Os blocos defensivos ultrapassam-se com criatividade, dinâmica, sincronismo e precisão. Por outro lado, a ansiedade ofensiva conduz à desproteção defensiva, muitas vezes fatal, como foi no lance do Toscano - perdemos os dois jogos com o Chelsea na época passada por erros deste tipo. Também o remate de meia-distância, tem que ser melhorado, induzindo na equipa as movimentações adequadas e no atletas, a convicção necessária ao êxito. Finalmente, o lado esquerdo da defesa, carece de estabilidade muito rapidamente. Nos jogos de alto nível, um falhanço deita tudo a perder…sem apelo nem agravo.
 
Desejo à equipa felicidades para o próximo jogo da Liga dos Campeões que exige concentração e empenho máximos de todos, atletas e público.
 
 
AB