Desporto

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quo Vadis Benfica?

Benfica-Paços de Ferreira; resultado 3-2, em 09.02.14

Vitória tangencial contra um Paços bem arrumado, motivado e atrevido, que por pouco não pontuou. Um Benfica com muita vontade de vencer mas ofensivamente pouco esclarecido, revelando algumas lacunas defensivas, sobretudo no lado esquerdo, por onde o Paços construiu o seu 2º golo. Destaque para um golaço de Di Maria, de fora da área, num fantástico chapéu ao guarda-redes adversário. Os jogadores do Benfica revelaram fraca concentração, pois “desligaram-se” do jogo logo após as duas vantagens de dois golos. Noto um grande afastamento entre jogadores nos movimentos ofensivos, resultando escassez de linhas de passe e facilidade de isolamento adversário, bem como um défice no corredor direito. Enfim; vitória apetitosa mas a saber a pouco!

Sporting-Benfica; 3-2 em 09.02.22

Vitória justa do Sporting, que fez um belo jogo, sobretudo na 2ª parte onde alardeou grande mobilidade e envolvência ofensiva, completada pelo talento do Liedson e Derlei, com tentos de belo efeito. O Benfica deu grande réplica no 1º tempo, onde chegou a “encostar o adversário às cordas” alcançando o justo empate de grande penalidade, após belo golo de Liedson, num remate cruzado em arco vertical, desferido sem oposição, do bico direito da área. No 2º tempo, após o golo de Derlei, a equipa do Benfica, caiu psicologicamente e não recuperou até final, temendo-se maior desastre, porém, negado pela barra! Ficou na retina o golaço de cabeça Cardoso, “ao lavar dos cestos” a cruzamento alto de Maxi, reivindicando titularidade futura.
David Luiz foi infeliz, uma vez que esteve nos lances dos três golos, ficando claro que em jogos de alto risco as adaptações podem sair caro. Nota negativa para Quique por, ao que consta, estar na origem da saída do Leo, que tanta falta fez neste jogo, e por ter substituído o Yebda, aprofundando ainda mais o “buraco” do meio campo. Derlei e Rochemback abusaram do jogo faltoso merecendo ambos, sanção disciplinar.
Ficou claro para mim que o Benfica precisa de melhor guarda-redes - Moreira não esteve totalmente isento de culpa nos golos -, de um defesa esquerdo, um ala direito e um construtor competitivos. Reitero a minha "fézada" com o Jorge Ribeiro na esquerda, Suazo na ala direita e Cardozo a ponta-de-lança, apoiado por Nuno Gomes ou Aimar. Além disso, é necessário trabalhar quer a concentração após vantagem folgada, quer a determinação após desvantagem em terreno hostil; é necessária efectiva voz de comando nos três sectores.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Qualificação para a incompetência

Dizem que a crise financeira e económica que se abateu sobre todos os países em 2008, é ainda maior que a de 29! Dizem que teve origem nas imparidades de vários produtos financeiros geridos por bancos de investimento criativos sediados nos EUA, que acabaram por se disseminar por todo o lado, arrastando para a insolvência numerosas entidades bancárias em todo o Mundo, gerando, ao mesmo tempo, uma enorme falta de confiança na generalidade dos cidadãos, resultando sério risco de colapso de todas as economias, sendo que, a Finlândia que já anunciou bancarrota.

Os lugares-chave de todas as entidades envolvidas, em especial nas primordiais, são ocupados por pessoas altamente qualificadas no sector, a ponto de se terem tornado referências mundiais. Alan Greensapan - ex-presidente do FED - figura altamente conceituada foi o primeiro a alertar para um risco de grave crise no sector imobiliário nos EUA; saiu antes de a crise rebentar! O Império Medoff ruiu logo que cessaram os novos depósitos, que lhe permitiam remunerar o capital mais antigo, mostrando que, afinal, a genialidade do Financeiro não passava de um mero esquema em pirâmide, qual Dona Branca à americana! Por todo o lado surgem entidades governadas por “gurus” da finança, altamente qualificados, que caíram no logro. Em Portugal, casos como do BCP, BPN e BPP onde pontuaram figuras inspiradoras de todas as hosanas, revelaram-se apenas como gananciosos trafulhas desfrutando da incompetência das entidades fiscalizadoras, também estas geridas pelos maiores autoridades em matéria bancária.

Há muito que a generalidade dos agentes políticos aponta a necessidade da qualificação académica e profissional como instrumento de progresso económico e social, a ponto de instigarem a população para a necessidade da formação permanente.

A importância para a actual crise, de múltiplas personalidades altamente qualificadas, leva-nos porém a reflectir se, afinal, o processo de sofisticada formação vigente, não é apenas o caminho mais difícil para a incompetência colectiva e individual. Os descobridores dos “maravilhosos” produtos financeiros não foram capazes de perceber a inconsistência dos mesmos, nem os investidores subsequentes, nem as entidades reguladoras oficiais e privadas, apesar de toda a teia de regulamentos aplicáveis.

É necessário refundar todo o processo de formação de forma que não sirva apenas para justificar a ocupação das cadeiras de poder em benefício próprio, mas para qualificar para a vida, profissional e social, considerando parte intrínseca a defesa da dignidade alheia. Tanto mais que a influência da moral religiosa católica se tem vindo a diluir nos tempos actuais, perdendo-se a pouco e pouco uma das melhores referências do mundo ocidental.

O velho Marx afinal tem razão! Dizem que não, que foi apenas batota! Não me parece; a necessidade de descobrir produtos financeiros criativos, tem a ver com a crescente dificuldade de remunerar adequadamente o capital - na proporção inversa da sua acumulação - na economia social, aquela que, efectivamente, contribui para o bem estar de toda a população. É aqui que o Socialismo faz sentido. Que novos caminhos se irão desbravar?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Carlos Queirós a Selecção Nacional e o Benfica

Sou um admirador de Carlos Queirós pelo brilhante desempenho enquanto responsável pelas camadas jovens da Selecção Nacional, onde obteve êxitos nunca antes alcançados, descobrindo e potenciando talentos, alguns dos quais de grande sucesso nacional, europeu e até mundial. Se o estudo que então fez sobre o futebol nacional tivesse tido acolhimento adequado pelas entidades responsáveis, estou certo que, hoje, o futebol nacional estaria noutro patamar competitivo e os clubes em melhor condição desportiva e financeira.

Quim vinha a desenvolver uma época muito boa até ao amigável Brasil-Portugal. A nossa Selecção,, “desmantelada” técnica e emocionalmente pela saída de Scolari, deslumbrada com o patético “endeusamento” de Ronaldo, revelara nos dois jogos anteriores fraca qualidade competitiva; falta de atitude, de segurança táctica e de automatismos. Não foi pois sensato o agendamento deste encontro, nesta fase, com uma equipa repleta de génios da bola determinados a mostrar o seu valor a 200 milhões de adeptos - pelo menos -. A derrocada foi total, e os 6 golos sofridos pelo pobre do Quim, atiraram-no para uma angústia de cariz depressivo que se reflectiu nos jogos posteriores ao serviço do seu clube, o Benfica, que, por sua vez, se viu afastado da taça UEFA e com menos dois pontos na Liga Sagres após o jogo com o Setúbal. Foi então Quim, relegado para o Banco de suplentes do Benfica e afastado da recente convocatória para o particular com a Finlândia.

Queirós está em dívida para com Quim, pois deve-lhe um gesto de solidariedade, proporcionando-lhe a possibilidade de reabilitação, convocando-o nem que fosse para suplente. Que diferença para o Scolari que sempre apoiou o Ricardo mesmo quando este estava em baixa no seu clube; foi assim que ganhou a adesão e o afecto dos seus jogadores.

Também não foi inteligente não ter convocado qualquer atleta do Benfica para este particular, suscitando desconfiança entre os seus adeptos relativamente a si próprio e à Selecção. Há no Benfica atletas seleccionáveis; Moreira, Miguel Victor, Ruben Amorim, Carlos Martins e um grande senhor do futebol de seu nome Nuno Gomes. E, nobremente, ninguém se queixa, ninguém lhe declarou “guerra”.

Começo portanto a perguntar-me se o Carlos Queirós não tem antipatia pelo Benfica e pretende, com estas atitudes, diminuir os seus atletas e desvalorizá-los.

Por outro lado, segundo a imprensa noticiou, Queirós dirigiu-se ao Porto logo que chegou a Portugal após o acordo com a FPF. Mas que raio foi lá fazer se a sede da FPF é em Lisboa? Terá ido explicar-se ao “Papa”?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Post de 09.02.10

Porto-Benfica

Resultado 1-1; vi o resumo, li e ouvi comentários vários. Jogo consistente e eficaz do Benfica, que se apresentou com maior coesão táctica, criando várias oportunidades de golo adicionais. Porto habitual, sem conseguir, desta feita, despir o “colete” que o “Benfica lhe vestiu”. Mal, muito mal o Sr Pedro Proença, ao assinalar uma grande penalidade, mais uma, na sequência de errada apreciação de lance que ocorreu no bico direito da área do Benfica, entre Yebda e Lisandro, conforme opinião da generalidade dos comentadores desportivos “oficiosos”. Pois, só à conta do Sr Proença, já lá vão quatro pontos, de que resultaria um avanço actual de cinco pontos relativamente ao FCP; e dizem que é benfiquista! Tudo rapaziada inteligente, a começar pelo González, que o afirmou aos adeptos com gestos ilustrativos!

Contudo, a sensação com que fico é que, este Benfica passou “o seu Bojador”; confirmou-se que tem estofo de campeão. Sobem os níveis de confiança, aprimoram-se os processos tácticos e sobe o desempenho individual de vários atletas que ainda não atingiram o topo da forma. Temos Benfica para discutir o título nas quatro linhas; porém, há que continuar, implacavelmente, com idoneidade e frontalidade, a denunciar as “trafulhices” do costume activando os dispositivos legais aplicáveis. Afinal, trata-se de saber se o FCP é ou não o campeão oficial do regime!

Parece que a PSP do Porto deu mais uma demonstração de autonomia ao dificultar, por excesso de zelo, o acesso ao jogo de milhares de adeptos benfiquistas que só entraram no estádio no final da primeira parte, contrariamente ao que tem acontecido à claque azul sempre que vem a Lisboa; entra superprotegida a horas, agride os outros adeptos e ainda são imputadas responsabilidades ao clube anfitrião. O que terá o Ministro da Administração Interna a dizer? Tudo rapaziada inteligente!
Post de 09.02.06

Braga/Porto

Pouco depois do jogo Braga-Porto, assistimos ao 4º acto da “Ópera-bufa; Porto/Braga 2008/2009”, em sete actos; Andrés Madrid foi emprestado ao FCP, não tendo sido referidos os montantes envolvidos. Até parece recompensa!

Aguardemos então pelo 4º acto, que será o jogo Porto-Braga. Entretanto, recordemos os três actos iniciais:
O FCP dispensa vários atletas ao Braga.
O Braga - nas pessoas dos Treinador e Presidente e Presidente da Assembleia Geral da FPF - protestou veementemente pelos erros de arbitragem cometidos em seu prejuízo, no Benfica-Braga.
No jogo Braga-Porto, os erros de arbitragem, foram ainda mais e mais grosseiros; As mesmas figuras limitaram-se a um protesto envergonhado, ficando por explicar o mistério da inacção defensiva da equipa do Braga no segundo golo portista. Colaboracionismo?
Jesualdo Ferreira, Treinador do FCP, declarou no final do jogo, hipócritamente, que não comentava arbitragens! É por razões deste tipo que perdeu a credibilidade que tinha, quando treinava o Benfica, onde, de facto, não comentava arbitragens, apesar dos frequentes erros grosseiros de que era vítima.

O Sr Mesquita Machado foi um dos dirigentes desportivos que, no passado, mais lutou, sempre com destemor e - com grande admiração minha -, contra “o sistema”. Porém, não sei o que lhe aconteceu; a partir de certa altura calou-se, deixou a Presidência do SCB, instalou-se como Presidente da CMB e deu sinal agora, contundentemente, a propósito dos alegados benefícios ao Benfica no jogo referido. Quando e porquê “o sistema” deixou de merecer o protesto de MM?

Benfica-Rio Ave

Resultado 1-0 e mais três pontos no bornal; futebol aquático, chuva torrencial. Duas equipas honradas, muito lutadoras; Benfica com mais sorte. Sublinho o regresso messiânico de Mantorras; entrando perto do final da partida para, logo no minuto seguinte, concretizar um golo em grande estilo, mostrando-nos, mais uma vez, porque é que o futebol é bonito e os benfiquistas gostam dele. Benfica jogando no campo todo, ainda com alguns passes falhados e alguma insipiência ofensiva, porém, com muita mobilidade, intensidade e mais consistência. Moreira revelou muita segurança até perto do final onde, numa defesa para a frente “ofereceu” o golo ao adversário que, felizmente, falhou: Muita atenção a estes lances; Moreira sabe o que deve fazer. Atenção também aos livres nas duas áreas; dois jogadores a correr para o guarda-redes logo na partida da bola; caramba, podíamos ter marcado, na recarga à “bomba” de Cardozo - que também fez um belo jogo - na marcação de um livre directo.

Benfica-Guimarães

Terreno em melhores condições; sem chuva mas com muito frio. Mais um bom jogo das duas equipas; muito bem o Guimarães - parabéns ao Sr Cajuda -, com destaque para o Assis; muita mobilidade, boa pressão sobre o adversário, boa qualidade de passe, boa gestão dos espaços, boa progressão ofensiva com uso dos flancos. Quase bem o Benfica, consolidando as características do jogo anterior incluindo o défice de qualidade ofensiva, beneficiando de um “belo” autogolo pelo Démarais, e de um grande passe do Katsuranis para requintado e primeiro golo do “Pablito” que continua a subir de forma. Resultado 2-1, e, via aberta para a final da taça da liga. Ficou-me na retina o tremendo e bonito cabeceamento do Cardozo à barra, bem como a “bomba” artesanal que enviou por cima dela. O homem está com falta de sorte mas, breve, breve, virá.