Vai por aí uma "guerra" a propósito da queda do desemprego para 11,9% segundo publicação do INE. As oposições ficaram tão ofendidas que mais parece que desejam o contrário, aduzindo vários factores susceptíveis de alterar aquele resultado; como a emigração, os estagiários, os formandos, os desistentes, etc.
Claro que, conclusões exaustivas, só poderão tirar-se após análise detalhada de todos os factores inerentes ao processo de cálculo. Parece no entanto fora de duvida que a tendência é de queda do desemprego, como bem demonstram José Manuel Fernandes (JMF) e José Villaverde Cabral no Observador bem como Carlos Guimarães Pinto no Insurgente e outros. É um facto que os governantes tentam mascarar o desemprego com artifícios vários, mas parece que, desde há tempos, há um método comum definido pela inevitável UE, insusceptível de ser afectado por tais habilidades.
Claro que, conclusões exaustivas, só poderão tirar-se após análise detalhada de todos os factores inerentes ao processo de cálculo. Parece no entanto fora de duvida que a tendência é de queda do desemprego, como bem demonstram José Manuel Fernandes (JMF) e José Villaverde Cabral no Observador bem como Carlos Guimarães Pinto no Insurgente e outros. É um facto que os governantes tentam mascarar o desemprego com artifícios vários, mas parece que, desde há tempos, há um método comum definido pela inevitável UE, insusceptível de ser afectado por tais habilidades.
A verdade é que se inverteu o ciclo económico, com o PIB finalmente em crescimento, embora moderado, e as receitas fiscais a registarem ganhos significativos. Não custa pois acreditar no decréscimo do desemprego global apesar do desespero a que assistimos diariamente à nossa volta. Desde logo, os dados do INE também mostram uma redução significativa do número de ativos; gente que se viu forçada a emigrar à falta de futuro no seu país, o que, por si só, é suficiente para nos fazer repensar toda a terceira república. De tudo o que li, foi José Manuel Fernandes, com a seriedade e competência que o caracterizam, a ir mais longe na análise, identificando uma particularidade relevantíssima; a de que, há mais pessoas qualificadas empregadas! Ora isto quer dizer que, aparentemente, a tal "geração mais qualificada de sempre" está a chegar ao mercado de trabalho, o que anuncia um potencial de ganhos de competitividade de que a nossa economia desesperadamente carece.
Mas há uma particularidade que parece ter escapado a JMF e que Eugénio Rosa há uns anos identificou; é que a maior qualificação dos empregados foi obtida não pela qualificação dos trabalhadores no activo, mas pela exclusão dos activos menos qualificados! Ora esta realidade tem tanto de racional como de desumana e mostra a verdadeira face do projecto democrático em curso em Portugal e na europa. Um projecto que, contrariamente ao estabelecido, por exemplo, na Constituição Portuguesa quanto à ausência de descriminação de qualquer espécie e do direito ao trabalho dos cidadãos, promove sistematicamente, sob os mais variados pretextos - aquecimento global, eficiência energética, sustentabilidade das pescas, etc - , a implementação de processos destinados a criar reserva de mercado aos poderes instalados.
É revoltante verificar a panóplia de regulamentos para Técnicos e empresas que Governo e Comissão europeia debitam continuamente e cujo resultado se traduz, essencialmente, na restrição do acesso ao trabalho, diga-se, ás riquezas nacionais do cidadão comum. É pois sem qualquer surpresa que li, ontem mesmo, que o saldo comercial da Alemanha aumentou em cerca de 36%!
É revoltante verificar a panóplia de regulamentos para Técnicos e empresas que Governo e Comissão europeia debitam continuamente e cujo resultado se traduz, essencialmente, na restrição do acesso ao trabalho, diga-se, ás riquezas nacionais do cidadão comum. É pois sem qualquer surpresa que li, ontem mesmo, que o saldo comercial da Alemanha aumentou em cerca de 36%!
Mas há uma faceta ainda mais sórdida nisto que remete para o "multiplicai-vos" da Ministra das Finanças; é que, na origem das políticas públicas não está o propósito de proporcionar a felicidade das pessoas, mas tão somente, o superior desígnio de obtenção de mais receita para financiamento do sector público, seja a que preço for! Só assim se compreende o tenebroso poder conferido a algumas entidades públicas, que tem destruído a vida de muitas pessoas, muitas vezes por pequenos delitos, omissões, simples distracções, ou mesmo equívocos de valor inicial marginal. Casos não faltam na comunicação social nos quais está patente a subjugação total dos direitos das pessoas ao Estado, característico, afinal, dos regimes fascistas. Um paradoxo que, não surpreendendo, impõe reflexão sobre o rumo nacional europeu.
Tudo isto para dizer que, nenhum progresso vale a pena se não incluir o respeito por cada cidadão, da sua liberdade, da sua soberania, da sua propriedade, do seu trabalho, da sua capacidade de sonhar, de estar e de viver, no respeito pela liberdade dos outros. A função do Estado consiste precisamente, através da lei, moderar, conciliar, os direitos de cada um e nunca de proporcionar a subjugação de uma parte da população por outra, dentro ou fora do Estado.
O debate acerca da Liberdade é permanente.
O debate acerca da Liberdade é permanente.