A expulsão dos Judeus decretada por D. Manuel I com o propósito da unificação religiosa do reino, traduziu-se na transferência maciça de capital, conhecimento e iniciativa para o exterior, em especial para os países baixos; os que mais lucraram com a nossa epopeia marítima. Os Judeus, entre os quais os portugueses, destacaram-se não só nas artes e na ciência mas também no artesanato que difundiram por vários continentes graças às redes familiares e ao domínio dos transportes marítimos. Obrigados à conversão ou expulsão, privados à força de seus filhos menores entregues sem piedade a famílias de cristãos-velhos para deles receberem "boa" educação, desalojados - os "convertidos" - de suas casas e realojados de forma a serem "fiscalizados" e denunciados quotidianamente por aqueles, os descendentes dos Judeus portugueses merecem um pedido de desculpas do Estado em nome de todos os portugueses honrados e viabilização da atribuição da cidadania portuguesa aos que a pretenderem. Também nós, portugueses, fomos vexados com este gesto do Rei de Portugal.
Quem sabe se não vem daqui a provinciana invejazinha, a denuncia malévola, o intriguismo, o elitismo pacóvio tão característicos da sociedade portuguesa e que mantêm o país nas malhas do anacronismo. Recordo, a propósito, o caso dos "Mouros" mortos ou expulsos pelos "cristãos" de Lisboa na sequência da peste bubónica, que no século XIV semeou a destruição, morte e fome, por toda a europa, culpando-os do "castigo divino", afinal, invejosos da prosperidade económica das suas laboriosas e engenhosas comunidades.
Ao invés de ignorar a nossa História como é apanágio da ordem instituída, é necessário conhecê-la, aprender com ela e expurgar velhos atavismos que bloqueiam uma velha nação em busca de novo rumo.
Quem sabe se não vem daqui a provinciana invejazinha, a denuncia malévola, o intriguismo, o elitismo pacóvio tão característicos da sociedade portuguesa e que mantêm o país nas malhas do anacronismo. Recordo, a propósito, o caso dos "Mouros" mortos ou expulsos pelos "cristãos" de Lisboa na sequência da peste bubónica, que no século XIV semeou a destruição, morte e fome, por toda a europa, culpando-os do "castigo divino", afinal, invejosos da prosperidade económica das suas laboriosas e engenhosas comunidades.
Ao invés de ignorar a nossa História como é apanágio da ordem instituída, é necessário conhecê-la, aprender com ela e expurgar velhos atavismos que bloqueiam uma velha nação em busca de novo rumo.
(Créditos a João Miranda em Blasfémias)
Patrick Drahi, judeu sefardita (de acordo com a Lei Orgânica n.o 1/2013 o governo pode conceder nacionalidade portuguesa a judeus sefarditas descendentes de judeus expulsos de Portugal). É o maior accionista da Altice.
Comungo tudo quanto escreve, sim o nosso atrazo e o facto de ser-mos fundamentalmente um povo invejoso, vem sim e acentuado, dos fins do seculo XVI!
ResponderEliminarGostei do seu blog, virei mais vezes.
Obrigado, é sempre bem-vindo.
EliminarQueira desculpar, mas partilhei no meu blogue: http://dalgodres.blogspot.com
ResponderEliminarOra essa; fez muito bem e até agradeço.
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