Desporto

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vamos com tudo para Turim!

Teve graça o trecho da flash-interview em que Jorge Jesus referiu: - somos campeões...estamos na final da Taça de Portugal, na final da Taça da Liga...e não há mais nada em Portugal. Achei graça porque dá a ideia de que, se houvesse, também marchava....Mas está enganado Jorge Jesus; ainda há a taça da Fonte Boa aqui em Peniche e, se cá vier, os Dominguinhos ainda lhe fazem a folha.
 
Não tinha grande espectativa para este jogo mas era importante que a equipa ganhasse ou vendesse cara a derrota. Um resultado negativo poderia afetar a confiança da equipa para Turim. Entrou com tudo o Porto; mais importante que o troféu em disputa era vencer o Benfica no Dragão atenuando uma época frustrante para os seus adeptos. Oportunidades não faltaram. Faltou a serenidade para as concretizar. Quaresma, um jogador de grandes recursos Técnicos é hoje uma caricatura; faltoso, quezilento, inconsequente muitas vezes, desestabilizador da equipa e do jogo. Herrera trabalhou imenso, Jackson também, mas nada lhe saía bem, Fernando distribuiu pancada tal como Mangala...e pouco mais. Há muita descrença misturada com a vontade de ganhar; a dúvida instalou-se. 
 
Pragmático e corajoso, Jorge Jesus, escalou a equipa a pensar no próximo compromisso europeu; correu bem, felizmente. Os jogadores foram estoicos; mantiveram a serenidade ajustando a tática à conjuntura. Teve azar o Steven; não intersetou a bola derrubando Jackson. Foi excessivo o árbitro; justificava-se o amarelo, nem por isso, o vermelho. Convicção ou aflição? Oblak potencia a equipa; vem pelo ar...é dele. Não há hipótese! Fantástico! Nota-se muita união na equipa, serenidade e confiança. Oportunidades, poucas, mas houve duas, ambas com Cavaleiro - um moiro de trabalho -, no cerne da manobra. Temi pelo flanco direito, muito frágil durante demasiado tempo. Garay estabilizou a defesa, Markovic ajudou imenso na ação defensiva e Enzo meteu os azuis em sentido nos cerca de quinze minutos que jogou. Na lotaria dos penaltis normalmente  ganham os mais confiantes e depois...estava lá Oblack; alguns adversários sentem-se intimidados com a sua presença, pela estatura, serenidade e eficácia. Pelo contrário, Oblack não se intimida. Toda a equipa o sente e sente-se contagiada. Fernando sabia que, só colocando a bola com precisão marcaria...acertou no poste! Ainda bem.
 
Engraçado é que vamos apanhar o Rio Ave nas duas finais!, deve significar algo!
 
Agora vamos para Turim na máxima força. Vamos lá mostrar aos italianos com quantas varas  se faz uma canoa.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Benfica-Juventus (2-1)

A equipa da Juventus dispensa comentários tal como Buffon, Pilro, Tevez & Cª, não fosse de topo mundial o futebol italiano. Porém, a equipa do Benfica mostrou-se capaz de "entregar a carta a Garcia". Jogo muito tático e vertical, com poucas oportunidades de golo apesar da alta intensidade. Marcou cedo o Benfica, num excelente cabeceamento de  Garay, respondendo a centro de Suleymani, ameaçando fazer o segundo a qualquer momento na sequência das fulgurantes transições protagonizadas maioritariamente por Markovic. Durante toda a 1ª parte, o sinal mais foi quase sempre do Benfica, tendo feito alarde da sua atual excecional capacidade de recuperação da bola em todo o campo. Disfrutou então Suleymani de excelente ocasião, proporcionada por magistral abertura de Markovic, que desperdiçou com defeituoso remate de pé esquerdo, quando bastaria fletir para dentro e rematar ao 2º poste com o pé direito. Detalhes. Mudou de figurino o jogo na 2ª parte com a Juventus a assumi-lo e o Benfica na espectativa da transição. E foi numa jogada de insistência que Tevez fez o empate, castigando alguma falta de coordenação da defesa benfiquista, desde logo conducente à excessiva folga do estremo esquerdo contrário. Um caso a que Máxi e os centrais devem dar mais atenção. Detalhes. Foi, de facto, um balde de água fria, até porque me pareceu estrarmos mais perto de conseguir o 2-0. Não se convenceu o Benfica e após algumas alterações - saíram Suleymani, André Gomes e Cardozo e entraram André Almeida, Cavaleiro e Lima -, equilibrou o jogo a meio-campo e aumentou a dinâmica ofensiva cujo resultado foi o explêndido lance que deu o golo da vitória. Um tremendo remate frontal de Lima após subtil endosso de Cavaleiro, batendo toda a defensiva italiana. Ainda esteve o 3º tento à vista, por Markovic, que, precipitadamente, rematou tangenciando o poste. Sublinhe-se ainda duas excelentes defesas de Artur a negar golo certo e remate desastrado de um avançado italiano, apesar de bem posicionado. Enfim; um belo jogo, com vitória justa do Benfica, a deixar esperança para o 2º jogo. Apesar do golo sofrido, ganhou e, quanto a mim, poderá aspirar a ganhar em Turim, especialmente se dispuser de Fejsa e Gaitan.
 
Mal esteve o árbitro ao perdoar uma GP à Juventus, cometida mesmo nas suas barbas sobre Enzo, quando este, após túnel a um defesa, se preparava para o contornar e finalizar. Erro grosseiro e grave. Expendeu ainda dualidade de critérios nos capítulos disciplinar e técnico, com prejuízo para o Benfica.   
 
Foi uma bela vitória sobre uma excelente equipa e agora há que recuperar para o próximo.
 
 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

domingo, 20 de abril de 2014

sábado, 19 de abril de 2014

Platini; regeneração ou acomodação?

A ascensão de Platini à presidência da UEFA foi uma brisa de esperança no conturbado futebol português, caracterizado por trinta anos de colonização das suas estruturas pelos dirigentes do Futebol clube do Porto. O seu passado de grande jogador fez crer a muita gente na sua intransigência relativamente às manobras de bastidores que tantas vezes atraiçoam o fair-play desportivo. Tal espectativa foi reforçada quando declarou publicamente a necessidade de afastar os batoteiros do futebol, em resposta a perguntas de um jornalista acerca do processo, que corria no Tribunal Arbitral do Desporto - salvo o erro - contra aquele clube. Puro engano; semanas depois já enrolava o discurso percebendo-se que, também ele, tinha sido assimilado pelo sistema. Uma deceção, mas...só para os ingénuos; os outros sabem perfeitamente que a regeneração do futebol é uma guerra dura e prolongada. Platini revela-se, acima de tudo, um homem ambicioso que anseia o mais alto cargo na FIFA. Ora tal só é possível desde que não constitua ameaça aos poderes instalados. Nada no seu discurso indicia vontade de estabelecer roturas no satus quo, à excepção da oposição aos fundos de investimento e à concordância com o recurso a árbitros estrangeiros em jogos particularmente polémicos. Assim, parece alinhar com a postura das superestruturas do futebol europeu e mundial no controlo dos danos, fomentando inócuos programas preventivos e produzindo discursos onde a relativização das anormalidades e negação de causa para suspeições é o traço permanente.
 
Tudo isto emerge da extensa entrevista dada por Michel Platini ao jornal Record em 18 de Abril. À exceção da surpreendente abertura à participação de árbitros estrangeiros no campeonato nacional, e do caso dos fundos de investimento, tudo o resto não passou de um tremendo bocejo. Total tolerância aos erros dos árbitros, reconhecimento incondicional dos vencedores das provas, oposição aos meios tecnológicos como auxiliares da arbitragem, defesa do recurso aos árbitros adicionais, confiança nos Diretores da Integridade que, nas federações supervisionam as respetivas  provas desportivas, convicção de maior riqueza generalizada dos clubes. Enfim, elogios para todos, como convém a quem pretende subir na estrura. Uma tristeza. Além de tudo isso, confirmou o que já sabíamos; o empenho e influência que Fernando Gomes e Tiago Craveiro - Secretário da FPF - têm tido nos areópagos da UEFA, que, certamente, com Madail, João Rodrigues, Guilherme Aguiar e Cª -, trabalham com denodo para o prestígio e desenvolvimento do futebol europeu, apesar de certas "coincidências" que se têm verificado nalguns jogos europeus e nas provas nacionais, indiciarem ao bom observador, propósitos bem diferentes. É óbvio que, tanta desfaçatez dos prevaricadores , exaustivamente patenteado no caso do Apito Dourado, e durante tanto tempo, denuncia a segurança destes na "compreensão" da superestrutura europeia. Ao fim de décadas, todos conhecem as mútuas "virtudes" tornando-se militantemente compreensivos uns com os outros. E é assim que o futebol europeu tem sobrevivido e sobreviverá até o público se fartar de tanta hipocrisia. Platini, Blater e Cª exercem transitoriamente os respetivos mandatos e podem pensar e dizer o que quiserem, mas convém que saibam que não são donos nem condicionam o pensamento dos adeptos livres.

Diretor de Integridade!, parece que há um em cada federação com a finalidade de detetar e informar a UEFA de sinais de irregularidades das respetivas competições, a qual, juntamente com as autoridades locais desencadeará ações preventivas ou corretivas!, se há um em Portugal não se nota!, de facto, não indo mais longe, que foi feito relativamente ao jogo da época anterior entre o Paços de Ferreira e o Futebol Clube do Porto, que decidiu o campeão, em que os indícios de combinação de resultado antes, durante e após o jogo são avassaladores?, que se saiba, NADA!, bem sabemos que, para a UEFA, mais importante que combater a corrupção é fazer os adeptos acreditarem que ela não existe. E isto é estupidez que todos pagaremos caro um dia, incluindo ela. A ascensão dos batoteiros, a todos desacredita e acabará destruindo a "industria" do futebol e, mais grave, a paixão dos adeptos.

Defende e bateu-se pela liberdade dos jogadores profissionais relativamente aos clubes, causa que concita adesão geral; porém, foi-se longe de mais!, a maioria dos clubes, ficou refém dos jogadores, obrigados a pagar salários que sobem em espiral, impulsionados, precisamente, pelo modelo competitivo e de financiamento que a UEFA e a FIFA implementaram. Um modelo de elites e para elites, retirando progressivamente ao futebol o seu principal pilar de sustentação; a adesão e paixão popular. Portugal é um bom exemplo dos efeitos da corrupção; estádios desoladoramente vazios!, só os adeptos do Benfica os conseguem encher!, e é por essa razão que este ano o Benfica ganhará o campeonato; a hecatombe da época anterior onde pela enésima vez foi impedido de ganhar pelos "excelentes" árbitros nacionais,  anunciava a debandada geral, o que constituiria o estertor final  do futebol e da generalidade dos clubes. E é essa mesma razão que está na origem da ascensão competitiva do Sporting Clube de Portugal. Sem adeptos não há retorno financeiro para ninguém, não será Sr Platini?

A teimosa oposição à introdução dos meios tecnológicos já em vigor no Reino Unido invocando uma espiral de mecanização perniciosa, mais não é que o medo de perda de controle do "negócio" por parte da UEFA e da FIFA. De facto, podem controlar-se as equipas de arbitragem induzindo resultados de acordo com o poder dos patrocinadores, mas não poderão manipular-se os dispositivos tecnológicos. Os adeptos apenas querem a verdade do jogo; saber se a bola, efetivamente, passou a linha de golo, se o avançado estava ou não em fora de jogo, se o defesa pôs ou não a mão na bola, etc. Se tal for possível sem margem para dúvidas, porque não?, de que tem medo Platini?, que receia a UEFA?

Condena e afasta a atitude de permanente suspeição dos adeptos face aos intervenientes do processo futebolístico, mas duvida da integridade de fundos de investimento regulamentados e aprovados pelas autoridades nacionais, dando mais um sinal de que o organismo que dirige se considera acima dos Estados soberanos!, onde anda com a cabeça Sr Platini? Se conhece algo de errado com tais fundos, denuncie-o às autoridades competentes e publicamente!, ou está apostado em reforçar o poder dos clubes poderosos retirando aos outros um dos raros mecanismos de financiamento a que podem aceder?, porque não propõe a alteração do modelo de financiamento dos clubes e das federações de forma a atenuar a crescente diferença de orçamentos?, respondo por si; porque, contrariamente ao que diz, apesar das aparências, todos os clubes de futebol - salvo exceções - estão sobreendividados e portanto mais pobres e não mais ricos, como refere. Como tal, é imperioso dar mais dinheiro aos poderosos, sem os quais a "indústria" vem abaixo. Não será Sr Platini?

Salva-se o bom acolhimento da ideia - que não é nova nem do Presidente do SCP - de nomeação de árbitros estrangeiros para alguns jogos nacionais. Só com mais concorrência livre da alçada da "pata" azul - ou outra semelhante -, os árbitros portugueses entrarão na ordem. Saber apitar eles sabem, querem é subir na profissão e para que isso aconteça, por enquanto, parece que têm que agradar ao "papa".

Platini terá de fazer muito mais e muito melhor para conquistar o respeito dos adeptos.

Sr Platini, encantou-nos com o seu futebol, não nos dececione agora!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Benfica-Porto (3-1)

Fantástico!, parabéns a todos os atletas do Benfica. Cheguei a perder a esperança após a expulsão de Siqueira. A equipa do Benfica entrou no jogo confiante, concentrada, segura, envolvente, chegando ao golo através de mais um magistral lance de Gaitan finalizado por Sálvio, que, sob ameaça acrobática de Alex Sandro, cabeceou corajosamente, bem rentinho ao poste, fazendo o primeiro golo da noite. Belo momento de futebol!

Até que, o Sr Proença, mais uma vez, fez asneira - já contávamos -, expulsando Siqueira, entregando o jogo ao Porto, que, a partir daí assumiu o controlo enquanto a equipa do Benfica recuou as linhas, abdicando de pressionar o adversário. Tudo parecia ter acabado após o golo de Varela, no qual, a defesa benfiquista não esteve bem, apesar do bom trabalho avançado azul!, ninguém dobrou André Almeida!, não pode ser!

Enganei-me; o jogo passivo dos encarnados escondia a sua objetividade na procura do golo. E a recuperação aconteceu; com raça, no lance que proporcionou a grande penalidade executada com grande categoria por Enzo e com enorme talento no 3º, quer pelo fabuloso passe de Gaitan quer, sobretudo, pelo contagiante trabalho técnico de André Gomes. Um golo de levantar qualquer estádio! Perdoem-me a imodéstia, mas já tinha percebido, há muito, que André Gomes é um craque. O estilo patenteado na foto diz tudo. Serenidade, racionalidade, inteligência e persistência. Está la tudo.Vai dar que falar, claro.

Carregaram os azuis na busca do tento redentor até que a expulsão do irascível Quaresma - só pecou por tardia - lhes eliminou a vantagem com que jogaram uma hora. E que será que este polémico jogador foi buscar ao "staff" e que pareceu "snifar"?, algum estimulante?, é que ainda tenho bem presente o vídeo de Christian Rodriguez e as declarações de Casagrande!, ninguém esclarece isto?

O Benfica foi um justo vencedor e está na final onde irá encontrar a nobre equipa do Rio Ave, que também está de parabéns. Até porque cheguei a pensar que, com a entrada de Nuno Espírito Santo se tivesse convertido ao sistema.
 
Parabéns aos nossos juniores pela excelente prestação da Youth League; será certamente um marco na vida desportiva de todos e é um orgulho para os adeptos. Estou certo que regressaram mais fortes; assim mantenham a humildade e a convicção e continuem a trabalhar.
 
Sentidos pêsames ao Presidente Luis Filipe Vieira, pelo falecimento de sua mãe, uma das mais profundas provações a que nenhum de nós escapa, por mais que queira. Estamos consigo; um abraço Presidente.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

E o título é já ali!

 
 
Arouca-Benfica (0-2)
 
Uma vitória merecida, obra do trabalho, da união, do talento e da paciência, perante um adversário bem organizado, compacto, agressivo, em fuga à despromoção, que não concedia espaços no seu meio-campo. Jogo empastelado por parte do Benfica; lento, denunciado, incapaz de forçar roturas no bloco adversário apesar da maior dinâmica da ala direita. Em última instância, impediu, Máxi, o que teria sido o golo do Arouca, aliviando para longe o esférico que se dirigia para a baliza deserta. Foi, pois, Máxi, o primeiro grande obreiro desta vitória. Felizmente, o primeiro golo surgiu na melhor altura, mesmo ao cair do pano da 1ª parte, na sequência de um centro rasteiro de Lima a que Rodrigo ao 2º poste correspondeu com êxito, apesar de pressionado por um defesa contrário. Um tento que aliviou a tensão aumentando os níveis de confiança nos jogadores e obrigando a maior abertura do Arouca para a 2ª parte. Mais tranquila, a equipa do Benfica passou a circular a bola com mais eficácia, criando um par de ocasiões de finalização a que Cássio foi correspondendo com classe, até...ao lance do golo da tranquilidade, no qual, sobressaiu toda a classe de Markovic ao manter a posse da bola, em progressão, por entre vários adversários, soltando-a a preceito para Gaitan finalizar com um belo chapéu a Cássio, apesar da excelente mancha efetuada por este. Nunca desistiu o Arouca, subindo no terreno sempre que tinha oportunidade, o suficiente, para semear algum receio no adversário sobretudo nos lances de bola parada nos quais David Simão é exímio executante. Susto, susto, foi o que resultou o violento choque acidental entre Oblack e um avançado adversário, que, por momentos, deixou aquele inconsciente. Entrou Artur, mais tarde, Cardozo e Sálvio - este viria a ser vítima de uma entrada a pés juntos de um caceteiro -, e tudo acabou bem. De salientar a dedicatória de Rodrigo a Sílvio, do 1º golo. Esperemos agora que Oblack fique bem e que, tal como Amorim Fejsa e Luisão esteja em condições de alinhar na próxima 4ª feira.
 
Não me pareceu terem ocorrido erros graves de Hugo Miguel, excepto, no capítulo disciplinar, ao perdoar a expulsão do caceteiro.
 
Bonito o estádio, repleto de adeptos benfiquistas que deram bonito colorido à festa e vida a um elefante branco do euro 2004.
 
Concentração para a próxima 4ª feira onde se pede todo o empenho na viragem da eliminatória contando com um Porto na máxima força e ressabiado.
 
O 33º Título já
não pode escapar.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Zeca Afonso - Vampiros

 
 
 
                       

domingo, 6 de abril de 2014

Jogar por fora

O jogo da  1ª mão dos quartos de final da Liga Europa entre o Benfica e o AZ Alkmar, não tendo sido brilhante, foi reconfortante, não apenas pelo resultado mas por, mais uma vez, revelar grande concentração e frieza competitiva por parte dos encarnados. O jogo pareceu-me pouco fluido, com défice de ligação entre setores e demasiada cerimónia na concretização. Esteve muito bem Artur com algumas grandes defesas e esteve bem Sálvio num remate revelador da sua categoria. Notou-se subida de forma de Cardozo do qual se espera um bom final de época e deu-se minutos e visibilidade aos Andrés, que não comprometeram. Uma vitória tranquila, salvo o susto de Amorim, a deixar boas perspectivas para o jogo de 2ª mão. Segue-se nova "final" desta vez com o incómodo Rio Ave, perante o qual todos os cuidados são poucos; é uma equipa tradicionalmente compacta, lutadora com bom jogo de contra-ataque, mas que importa vencer.
 
A turbulência que se tem verificado na Liga, mais não é do que a reação do "sistema" à ameaça de perda de influência relacionada com o monopólio dos direitos desportivos, que tem garantido o financiamento dos clubes insurgentes, a supremacia desportiva do Porto, e bem recheados, os cofres da Sportinvest & Cª. É mais uma vez evidente a importância do controlo, ainda que indireto, dos organismos desportivos pelo Porto, para a sustentabilidade do seu projeto desportivo. Parece não lhes bastar as sistemáticas, ainda que ridículas e desavergonhadas, decisões favoráveis em todos os processos em que têm estado envolvidos os seus interesses, pela FPF. De Louvar a coragem de Mário Figueiredo e agora João Tocha, Director de Comunicação  da LPFP, em fazer prevalecer a legalidade, perante os que se julgam no direito de todos subjugar aos seus interesses. Digam o que disserem, o que está em jogo é a manutenção do poder do Porto para o qual é imperioso o sucesso financeiro do seu acionista de referência Joaquim Oliveira. Meia-dúzia do calibre de Mário Figueiredo, punham o futebol nos eixos.
 
O Braga, que persegue o acesso à Liga Europa, ganhou, já na ponta final do jogo ao condenado Olhanense, com dois tentos obtidos de grande penalidade, a punir falta cometida pelo mesmo jogador. Cheira mal!, e lembrei-me logo de o "A Máfia do futebol", em particular do envolvimento de jogadores no arranjo de jogos. Palpita-me que este Jander  vai longe.
 
No nacional de juniores, o Benfica venceu o V. de Guimarães, continuando na frente juntamente com o Braga que, por sus vez, foi empatar ao Sporting. Já o Porto ganhou ao simpático Leixões mercê de uma grande penalidade vergonhosamente descoberta pelo árbitro da partida que parece ter confundido a cabeça do defesa leixonense, com a mão! Erradicar os vícios do sistema vai ser tarefa demorada!
 
Bem os Bês ao bater fora o Oliveirense por 2-1, graças sobretudo a Lolo e a Bruno Varela, seguindo no topo da tabela. Imparáveis os pupilos de Lisboa ao bater, inapelavelmente, a briosa equipa da Ovarense. Muito bem o hóquei ao bater o Sporting por expressivos 8-2, mantendo-se na senda do 1º lugar. Decepção do vóleibol ao perder por 4-3 com a sempre difícil equipa Fonte Bastardo, sem, no entanto perder a liderança da prova. Concentração e determinação é o que se pede ao andebol para conquistar a vitória no próximo jogo e assim ascender ao grupo dos 2ºs a apenas 1 ponto do 1º.
 
Parabéns ao nosso Simões pelo seu livro, cujas deliciosas peripécias anseio ler e a quem desejo as maiores felicidades.
 
Mohammed Hanzab Presidente do International Centre of Sports Security, deu uma elucidativa entrevista ao Record onde expressa a sua preocupação pelo fenómeno do arranjo de jogos que vai proliferando no futebol mundial, incluindo o europeu - Itália, Turquia, Áustria, Estónia e Inglaterra - e o empenho da organização que dirige na sua prevenção, seja através da mobilização geral dos governos e das organizações desportivas seja pelo recurso a programas informáticos de deteção prévia e sinalização automática de casos de alto risco de manipulação de resultados. Surpreendentemente, Mohammed refere a ausência de sinais suspeitos em Portugal, elogiando, em geral o nosso futebol, em especial Cristiano Ronaldo e Mourinho. O fenómeno parece imparável e capaz de destruir o negócio, com consequências imprevisíveis, que vão muito além das financeiras. Afinal, é ainda o futebol onde muitos cidadãos desiludidos, expurgam as suas mágoas de uma sociedade cada vez mais injusta e prepotente.
 
Com o Benfica caminhando a passos firmes para o seu 33º título de campeão nacional, a desesperada imprensa afeta aos seus rivais, insiste diariamente na publicação de artigos vários, seja de opinião, seja de revelações de fontes clube, tendentes a suscitar instabilidade no universo benfiquista,quer entre adeptos e equipa, seja entre equipa e Técnicos. Um dos exemplos reside num trabalho de João Querido Manha publicado ontem no sport do CM, onde a dada altura, num exercício de maledicência gratuita, refere ser o Benfica o clube que mais finais perdeu. De facto, poderia ter dito que se trata do clube que mais finais disputou - ou perto disso -, o que, convenhamos, tem um significado contrário ao que pretende difundir. E não lhe fica bem!, O mesmo jornal, em artigo de hoje de 1ª página, refere haver um acordo de cavalheiros entre Jesus e Vieira no sentido de proporcionar a saída daquele em caso de proposta favorável, estando em curso a avaliação pelo seu agente, Jorge Mendes, de várias delas. Ainda esta semana, igualmente em 1ª página, o mesmo tabloide, associava Jorge Jesus ao escândalo BPP, através de uma notícia que, parecendo verdadeira, induzia o leitor a, maliciosamente, associar o popular Treinador ao odioso público sobre aquela entidade bancária. Afinal, os resultados de exploração do fundo onde JJ tinha investido umas centenas de milhares de euros - julgo que à volta de 700 mil -, permitem à respectiva entidade gestora  reembolsá-lo, em cerca de 60 mil euros!, é vergonhoso!
 
E assim vai a "praia".

Ladrões de Bicicletas: O robots tomaram conta do mundo (e fazem batota)

Ladrões de Bicicletas: O robots tomaram conta do mundo (e fazem batota): Uma polémica em torno das operações financeiras de alta frequência - High Frequency Trading - começou nos EUA, devido à publicação do livro ...

sábado, 5 de abril de 2014

4R - Quarta República: 7.201.226 €uros!

4R - Quarta República: 7.201.226 €uros!: Segundo a DECO é este o montante que traduz o locupletamento do Estado em IMI cobrado a mais. O Fisco arrecada receitas de um novo imposto,...

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Johhny Cash and Kris Kristofferson (+playlist)