Desporto

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Como se define Traição?


O expresso de 28 de Janeiro de 2012, na secção reservada às autarquias, publicou uma crónica da autoria da jornalista Ângela Silva - avsilva@expresso.impresa.pt -com o título “ VICE DE RIO QUER REGIÃO PORTO EM 2013”, a qual passou despercebida, apesar da sua grande relevância para o futuro de Portugal. A cronista refere que, Castro Almeida, Vice-Presidente de Rui Rio na Junta Metropolitana do Porto “…decidiu pressionar o Governo a eleger diretamente, no máximo até 2014, um presidente para o Grande Porto, que passe a mandar em 16 municípios.”  E continuando, terá dito Castro Almeida: “A ideia é encarar a Área Metropolitana como uma cidade com 16 Municípios, da Póvoa a Oliveira de Azeméis; ninguém terá legitimidade para governar esta grande cidade sem ser eleito diretamente (não pode ser um funcionário).” Mais terá dito Castro Almeida; “…que essa eleição deve ser ou já em 2013, com as autárquicas ou numas eleições específicas em 2014.”

Prossegue a cronista; “isto não cola com a reforma administrativa que o ministro que tutela as autarquias prevê passar a lei, em Julho. Miguel Relvas defende a criação de 25 supermunicípios no país - 23 comunidades intermunicipais e duas áreas metropolitanas - que farão uma gestão integrada dos meios e competências das câmaras. Mas Relvas diverge de Castro Almeida em dois pontos essenciais: defende que os novos administradores sejam eleitos indirectamente pelos autarcas e diz que este passo é para dar a médio prazo; cinco ou seis anos.”

E prossegue: “Castro Almeida contrapõe que “falar em anos, só se não se quiser fazer nada”. E diz que as novas entidades, além de “eleitas diretamente, deviam entrar em funcionamento, já com as autárquicas.” Mais adiante atribui a Castro Almeida a afirmação de que, o seu único objetivo é cumprir a obrigação de combater o centralismo napoleónico.

Opina a cronista que esta manobra poderá visar a criação de um lugar para Rui Rio ocupar após o final do seu mandato, garantindo assim a subalternização de Menezes caso se candidate e vença as eleições à Câmara Municipal do Porto. Lugar de relevo nesta estrutura ser-lhe-ia reservado ou a Marques Mendes, seu grande amigo no PSD.

E prossegue; “o projeto que está em marcha, nasceu, curiosamente, por incentivo de Miguel Relvas.” Terá dito Castro Almeida: “ há um mês e tal, o ministro reuniu-se com a Direção da Junta Metropolitana do Porto e desafiou-nos a apresentar propostas de transferência de competências das câmaras para uma nova estrutura. “E nós resolvemos levar o desafio a sério” terá explicado o autarca. Encomendaram dois estudos, um de direito comparado sobre formas de governo em cinco cidades europeias (duas capitais e três segundas cidades), e outro à Faculdade de Economia do Porto, sobre incidências económicas. A ideia, terá garantido Castro Almeida; “é, nem mais um cêntimo, nem mais um funcionário.”

Segundo Castro Almeida, as competências a transferir seriam: “a gestão das escolas secundárias, dos centros de saúde, dos transportes, da oferta cultural e da promoção turística (no fundo, vender a marca Porto).” Nas 18 câmaras da Grande Lisboa, o autarca diz “haver um consenso alargadíssimo para um projeto similar. Sendo sua convicção que “não é fácil um ministro contrariar isto.”

Meu comentário:

Tudo isto se passa nas costas dos Portugueses! Não pretendo aqui e agora tomar posição acerca da Regionalização, mas oponho-me desde já a manobras políticas que venham a colocar a Nação perante situações de facto, potenciadoras de graves conflitos sociais. Pretender eleger diretamente o eventual futuro Presidente da Região Porto é tentar balcanizar Portugal, algo a que me oporei, aqui, agora e sempre.

É esta a bandeira do FCP!  É esta a razão primeira e última da escassez de sucesso desportivo do nosso querido Benfica! Querem à força, maximizar a marca Porto, mesmo que à custa das práticas vergonhosas que vieram a lume no processo do apito dourado, mesmo que à custa da unidade da Nação, confundindo covardemente, os interesses da cidade com os do Futebol Clube do Porto. Mas que conveniente foi o apagão do Boavista e do Salgueiros!

Viva o Benfica!

Viva Portugal uno!












Soltemos o Grito da Revolta!


Comentadores desportivos de todos os quadrantes, salvo raras exceções, e até governantes, no ativo ou retirados, tecem encómios ao crónico campeão do cómico campeonato de futebol português. Entronizam com suas loas dirigentes  fossilizados, com sintomas de grave sociopatia e Benfica fobia, por alegados méritos de espúrias e repetidas vitórias, apesar das frustrações e dos escombros das suas vidas extrafutebol. Hipócritas, covardes ou cúmplices, parecem considerar que todos permaneceremos mudos e que continuaremos a aceitar passivamente a ignomínia que se instalou no desporto português graças à Democracia Totalitária que se verifica na nossa Pátria. 

Foi sem espanto que soube pela imprensa, da nomeação de Pedro Proença para a final da Liga dos Campeões e para o Europeu de futebol. Não creio que tenha sido coincidência o facto de esta notícia ter saído a público logo após a confirmação do campeão desta época. Eu sei que, apesar de nos dizerem que vivemos num Estado de Direito, ninguém poderá provar que a nomeação se deveu ao contributo dos seus erros grosseiros para a definição do campeão, tal como ninguém poderá provar que tais erros grosseiros foram cometidos a troco da nomeação anunciada. E também sei que, se provas houvessem, por mais claras que fossem, as subtilezas do nosso aparelho judicial logo as tornariam inúteis, transformando o proclamado e reclamado Estado de Direito em algo mais primitivo que a Justiça das tribos analfabetas que ainda habitam o planeta. 

Mas…como disse o outrora poeta; não há machado que corte, a raiz ao pensamento, porque é livre como o vento, porque é livre!  

Nenhum foguetório me impedirá de pensar e dizer o que penso. Penso que esta nomeação demonstra a profundidade e amplitude da corrupção no futebol português. Agora já não é necessária a célebre fruta, nem rebuçadinhos, nem cafezinhos, nem quinhentinhos, nem aconselhamento matrimonial. Nem é preciso falar com quem quer que seja. Os eventos acontecem espontaneamente perante a candura dos crónicos beneficiários, e a recompensa não falha.

Já referi em outras ocasiões, que não considero nem a UEFA nem a FIFA entidades idóneas para a gestão do futebol. Perante a solidez dos mecanismos de corrupção, estas entidades nada mais fazem que esboçar uns pífios anúncios de combate à fraude desportiva, conscientes da sua impotência e revelando-se aos olhos do grande público como cúmplices por omissão.

É minha convicção inabalável que o Porto tem um forte e multifacetado lóbi nos comités da UEFA,  cuja ação se traduz nestas nomeações. Nomeações, porque Benquerença também disfrutou de igual prerrogativa. Erros de palmatória decisores de campeonatos, sempre em detrimento do Benfica e em benefício do Porto, parecem ser a chave para o sucesso da carreira internacional dos árbitros portugueses. 

Acho que tal sucede por cobardia dos responsáveis da UEFA e da FIFA, pois estou convicto que têm medo dos argumentos do lóbi portista. Já do Benfica, não parecem ter medo nenhum, talvez porque não tem lóbi e confia na capacidade das hierarquias desportivas assegurarem a Justiça das provas, punindo exemplarmente os trafulhas; os ladrões do suor e do dinheiro alheios.  

A agravar a incompetência dos organismos uefeiros, assistimos revoltados ao guilhotinamento da, apesar de tudo, brilhante carreira do Benfica na Liga dos campeões em curso. Não aceito, que ao nível dos quartos-de-final, com todo o esforço,  prestígio e os milhões de euros em jogo, se apresente uma equipa de arbitragem incompetente, prejudicando o mesmo contendor nos dois jogos. Perante isto, concluí que a passagem do Benfica não é conveniente aos interesses que a UEFA parece proteger. 

Por tudo isto, vejo esta nomeação, antes de mais, como uma provocação ao Benfica e a todos os Benfiquistas, com a mensagem de que teremos que nos conformar com o atual estado do desporto, que dura há já trinta anos. Lealdade e vergonha, são conceitos cada vez mais estranhos nesta patética Democracia Totalitária, onde o Direito deixou de ser referência. 

Considero que é hora de unir todos os Benfiquistas na defesa do Benfica e da Democracia, libertando o grito de revolta que nos afoga a garganta. Portugueses Benfiquistas de todas as tendências desportivas ou políticas, de todas as regiões geográficas, de todos os estratos sociais, de todas as classes profissionais, unamo-nos em defesa do nosso clube e da nossa Pátria.  É hora de relativizar o mito da elevação e da democraticidade! Quando querem destruir o nosso clube, os nossos sonhos, quando nos querem amordaçar e obrigar a beber o fel da prepotência temos que deixar as divergências de lado e enfrentar os “inimigos” olhos nos olhos, braço no braço. 

Viva o Benfica! 

Viva Portugal Livre!