Desporto

sábado, 31 de agosto de 2013

Sporting-Benfica (1-1)

Isto é que é penar, meus amigos, isto é que é penar!, ainda não encontrei solução para os jogos fora de casa!, limito-me ao rádio - RR - e ao resumo na BTV. Insuportável a antena 1!, parecia a rádio oficial do Sporting! Valha-me deus!
 
Afinal, o resultado da pressão inicial da equipa do Sporting traduziu-se num escasso tento em lance precedido de fora-de-jogo!, enfim, provávelmente, terá sido no preciso momento em que um alegado "kilováte" deve ter atingido os dois olhos do respetivo fiscal-de-linha! Já que não "devemos" protestar, talvez nos permitam a luxo da hilariedade.
 
Ainda na 1ª parte, a equipa do Benfica equilbrou o jogo e poderia ter marcado em duas ocasiões; uma por Rodrigo, outra por Sálvio, denunciando, eventualmente,  uma forma ainda pouco apurada, talvez até alguma ansiedade.
 
Três lesões num jogo é demasiado; terão resultado de "naturais" incidências do jogo ou serão consequência das habituais vicissitudes da pré-época? Oxalá não haja nada de grave com nenhum dos lesionados.
 
Markovic, mais uma vez, mostrou que é um jogador de eleição - partiu aquilo tudo por duas vezes! -...já estou preocupado; ainda não esqueci o Mantorras e a memória  da lesão do Rodrigo ainda está fresca; a estrutura já deve estar a trabalhar no caso.
 
Está visto que Cardozo mexeu no jogo; suscitou uma falta de Maurício passível de GP que daria a vitória ao Benfica; não fosse dar-se o caso de o "kilováte" gémeo do da 1ª parte, ter ficado por ali a pairar acabando por entrar nos olhos do inefável Hugo de má memória.
 
Não há dúvida que a qualidade da equipa  do Benfica está lá, até mais diversificada do que na época passada, e virá ao de cima progressivamente, à medida que a confiaça e a forma física dos jogadores se forem restabelecendo. Espero que tal ocorra rápidamente.
 
Confesso que, relativamente ao futebol em geral e ao português em particular, sou um cético; as evidências de condicionamento desportivo são muitas desde há muitos anos. O Sporting encontra-se na situação de insolvência virtual; os seus credores estão " a arder" e, quanto a mim, já mexeram os pauzinhos para garantir a recuperação desportiva e económica viabilizando o resgate regular dos correspondentes financiamentos.
 
Não acredito nos sorteios desportivos, julgo que os clubes que calharam nas duas primeiras jornadas ao Sporting e lhe permitiram folgadas goleadas, terá sido resultado de um arranjo dos "controladores" do "sistema" com o fim de moralizar os leões. O Benfica apareceria desmoralizado pelo desanimador e programado início de campeonato  proporcionando a consolidação da recuperação do Sporting e confirmando o afastamento prematuro da corrida ao título por parte do Benfica.  Enquanto isso, os azuis lá vão passeando pelos relvados, de pénalti em fora-de-jogo, adversários atípicos, confiantes na inevitabilidade do ceptro!
 
Afinal, apesar de tudo, não nos saímos mal, mas, julgo que deveríamos ser mais exigentes relativamente às equipas de arbitragem e ao "sistema".

domingo, 25 de agosto de 2013

Benfica-Gil Vicente (2-1)

PARABÉNS, PARABENS, PARABÉNS! PARABÉNS, PARABÉNS, PARABÉNS!

Hoje, a alma benfiquista esteve no relvado da Luz, a equipa do Benfica lutou pela vitoria desde o 1º minuto; órfã de Cardozo, denotando alguma ansiedade, perante a coesão defensiva do Gil Vicente, não se entregou aos braços da infelicidade, acreditou e ganhou. E ganhou bem, merecidamente, em dois lances que mostraram a chave do sucesso; capacidade técnica, protagonizada por; Djuricic, Markovick, Sulejmani e Lima, junto à crença dos colegas. O grupo saíu reforçado incluindo o Máxi apesar do azar que protagonizou. Precisávamos disto; concordo com Jorge Jesus quando disse que as consequências deste resultado são mais relevantes do que seriam se se tratasse de uma goleada. Parabéns a todos.
 
Quanto ao Gil, apesar de todo o carinho que me merece, denotou uma das maiores fragilidades do futebol português: falta de competitividade! Trinta e cinco minutos de posse de bola? Eu sei que foi consentido, mas significa  que desistiu do jogo, consciente da superioridade do adversário! É assim que querem promover o futebol português? Que espetáculo resulta quando uma das equipas se remete ao seu meio-campo em todo o jogo, à espera de uma desatençãozinha do adversário ou de uma ajudazinha do homem do apito? Não foi isto mesmo que aconteceu na Madeira? É isto que acontece no campeonato inglês? Ora bolas! Homens do futebol, abram os olhos ou vai tudo ao fundo!
 
Parabéns, mais uma vez!
 
(uma nota; ao SCP calharam duas equipas do regime. Uma festa!)

Filipe Vieira; a entrevista à BTV

Da forma ao conteúdo em género light; 

Filipe Vieira tem, quanto a mim, uma imagem e postura perante as câmaras que prejudica a eficácia da sua comunicação, deslocando o ascendente para o entrevistador. Um assessor de imagem competente poder-lhe-ia ser útil; parece inseguro quem mantém o queixo baixo, não olhando de frente o interlocutor, como é habitual no seu caso, o que é interpretado como sinal de fraca convicção. A reduzida fluência que apresenta no discurso acentua a imagem de insegurança. Não, não sou picuinhas; essa imagem transmite-se aos adeptos enfraquecendo-os, aos adversários fortalecendo-os, às instituições justificando a omissão ou cumplicidade…acabando na equipa, reduzindo a motivação. Em poucas palavras aconselhar-lhe-ia; falar menos, falar melhor;  e,  já agora…a alterar o penteado! 
 
Quanto ao conteúdo, aleatoriamente; 
 
Gostei de saber que: 
 
Há um objetivo bem definido para o clube e uma estratégia credível para lá chegar apesar dos inevitáveis percalços. Gostaria que fosse o de colocar e manter o Benfica nos 5 primeiros clubes europeus, ocasionalmente na 1ª posição do ranking. Já estivemos mais longe, essa é que é a verdade. 
 
Brevemente deixará de ser necessário vender jogadores para equilibrar a conta de exploração do clube; tal é decisivo para a consecução do objetivo anterior. 
 
Os quadros do clube foram reduzidos de 104 para 75 atletas; parte do caminho para o mesmo objetivo, mas a redução tem de continuar até cerca de 40 jogadores. Contratar menos, contratar melhor, é a palavra de ordem. Quando falta a pontaria ou não sabemos onde está o pato, tendemos a atirar para todos os lados! 
 
Os resultados da Benfica TV superam já a última oferta da STV; estamos no caminho certo mas convém lembrar a importância das vitórias para que se consolide e mantenha. Um bálsamo para a autoestima dos benfiquistas. 
 
Vamos ter mais um canal disponível na BTV sem aumento de encargos para os subscritores.
 
LFV, substituiu a STV pela BTV (fizemos o mesmo cá em casa), gostaria que todos os benfiquistas fizessem o mesmo; seria um grande rombo no sistema.
 
Rui Costa é o responsável máximo pela prospeção; à viva Rui, à viva!, confiamos em ti, mas não podemos andar anos e anos para colmatar adequadamente uma posição, como são atualmente os casos dos DE, DD e GR…à viva! 
 
Há um plano de contingência pronto a compensar eventuais saídas de atletas nucleares neste início de época. 
 
Está em curso um projeto de integração de mais atletas portugueses. Ai, ai, ai Bruma…Moutinho…Hugo Leal…Edgar…etc., é tudo muito bonito mas…perante as “lecas”, a decadência financeira e desportiva, a hipocrisia política e a ambição empresarial, a vítima de outrora transforma-se no orgulhoso oportunista e ingrato tirano de hoje; o jogador português. 
 
Há um projeto de parceria estratégica com uma congénere no Dubai, já materializada no recrutamento de Fariña. Que este atleta tem potencial desportivo relevante podendo vir a integrar o plantel do clube no futuro. Lá é que está o “faz-me rir”. Venha ele! 
 
Pizzi é a contrapartida da venda de Roberto e tem contrato de 6 anos com o clube encontrando-se a rodar em Espanha com vista a uma futura integração no plantel. Parabéns pela eficiente gestão comercial do assunto. 
 
O caso Cardozo entrou nos eixos; pena não ter sido mais cedo. Fez falta na Madeira, faz falta à equipa (os colegas sentiram-no). Levou-se demasiado tempo a perceber a forma correta de lidar com o processo; FV tem a maior responsabilidade, e…lá foram três pontinhos a "avoar". 
 
Apoia Jorge Jesus; este não é momento de pânico, compete ao Presidente promover a união e apontar o caminho (afinal, JJ está entre os 10 melhores treinadores da europa!). 
Está consciente da “guerra” que a tomada dos direitos desportivos pela BTV está a suscitar mas faltam estratégias para lhe fazer frente. 
 
Agradou-me o desempenho de Helder Conduto; foi incómodo sem arrogância, mas ficou muito aquém do desejado, para mim, claro. Assim:
 
O organigrama funcional e hierárquico não ficou bem clarificado; quem faz o quê, quem superintende quem.  
 
Porque razão não há mais benfiquistas no Benfica; por incompetência?, medo de instabilidade?, receio de dispersão operacional?, receio de secundarização? Por mim, por nível de competência, prefiro benfiquistas, mas sei bem que, hoje, um dos principais problemas do clube são, precisamente…os benfiquistas! É um paradoxo não é? Mas é verdade; criou-se a ideia de que só os que criticam são bons benfiquistas!, o Benfica ficou refém do seu próprio sucesso!, outro paradoxo?, sim, mas verdadeiro. 
 
Porque razão há na estrutura do Benfica pessoas que fizeram mal ao clube, por exemplo, salvo erro, Jorge Gomes!, ignora FV que, com essas opções divide os benfiquistas?, será esse o canal de desvio dos alvos de recrutamento na América latina?, perdoar revela magnanimidade e poderá ajudar ao sucesso, mas…há casos que não têm perdão!, por mim, quem mas faz, paga-mas! 
 
Porque razão não há um benfiquista histórico no banco? Quando a equipa anda perdida no jogo, falta um farol e…nem sempre esse farol pode ser o treinador, não é verdade? Pagava para lá ver o Álvaro Magalhães…o nosso Néné (que grande Senhor…um orgulho), o Rui..., outro, porque não?
 
Não será tempo de parar com as infraestruturas e forçar um “upgrade” das superestruturas? Os três campos previstos para o Seixal serão uma boa aposta porquê? Não é que me desagrade, até porque está nessa região uma das grandes origens identitárias do Benfica e considero estratégico para Portugal o desenvolvimento da região sul, mas…confesso que prefiro menos obras e mais competitividade. É aí que, finalmente, sem medo de falhar, devem concentrar-se os esforços “da estrutura”. Sim, medo de falhar; o mesmo que FV diagnosticou na equipa no recente jogo na Madeira! É que, essas coisas transmitem-se por contágio, por simpatia!, será o medo de falhar desportivamente que compele FV a apostar nas obras?, uma espécie de compensação por antecipação perante a previsibilidade do insucesso desportivo? Pura especulação, eu sei, mas…pode ser verdade e… FV pode até não o perceber!
 
   Há uma guerra suja em curso contra o Benfica promovido pelo lóbi portista e apoiado por relevantes forças económicas e políticas regionais e nacionais; uma espécie de praga que sob o chapéu da puta desta democracia instituiu uma miserável ditadura no desporto nacional com origem no Porto. As ditaduras parecem boas quando são a nosso favor, não é Pinto da Costa? Não é Artur Santos Silva? FV, pacientemente, sistematicamente, genialmente até, tem reforçado a retaguarda edificando uma obra sem igual em Portugal e das mais relevantes entre todos os clubes do mundo, mas…às vezes, parece preferir, salvo seja, a pega de cernelha! Não! É hora da pega de caras! Há lutas que têm que ser travadas de frente, esta é uma delas! Chegou a hora! É hora da pega de caras; morrer ou viver! É hora de acabar com o discurso da resignação!, Proença no Seixal? Proença na rua!, Quantos trofeus faltam no nosso museu por sua causa? Quantos? Rua! Enxovalham o Benfica e querem o silêncio dos Benfiquistas? Não! RUA! Jamais as amizades pessoais deverão servir para permitir a subjugação o clube!, é assim que se motivam os atletas; com o exemplo, não virando a cara à luta, dizer o que deve ser dito quando deve ser dito e onde deve ser dito. É preciso falar curto e grosso quando necessário, dar os nomes aos bois sem medo. Não defendo a intervenção gratuita; mas a intervenção objetiva, fundamentada, intransigente na defesa do clube, sustentada em propostas concretas de aperfeiçoamento do sistema desportivo nacional. É assim que se motivam os atletas, é a imagem do Presidente que estes levam para o terreno de jogo!, um presidente que aparenta receio transmite receio a toda a gente sob seu comando e isso tem repercussão nos resultados desportivos.
 
A verdade é que, olho para a estrutura de Benfica Futebol SAD e não gosto de…muito do que lá vejo, por exemplo; Joaquim Oliveira deveria ser afastado propondo-lhe a compra da sua participação acionista; é um esforço que vale a pena; nenhum benfiquista se sente bem com o inimigo em casa. Inimigo sim! Todos sabemos o que lá está a fazer; com assento no Conselho de Administração está permanentemente ao corrente das opções estratégicas da SAD, não é assim? Joaquim Oliveira não é leal ao Benfica!, é-o ao Porto e a Pinto da Costa!, tem participação em quase todas as SAD e influência em quase todos os clubes, sendo minha convicção que os manipula de acordo com os interesses do seu clube; não é verdade Paços de Ferreira?, não é verdade Académica?, não é verdade Setúbal?, não é verdade Braga?, não é verdade Belenenses?, não é verdade Arouca, não é verdade Sporting?, não é verdade Nacional?, não é verdade Estoril?,não é verdade…? já agora; não é verdade FPF?, não é verdade UEFA?, Pois é; a Liga Zon Sagres é uma competição quase totalmente controlada por um dos concorrentes, o Porto, e…dizem que é resultado da democratização do país!
 
   Por outro lado, não compreendo o que algumas pessoas fazem no clube, observando o seu currículo! E não compreendo, mas é que não compreendo mesmo, como é que há administradores da SAD sem ações da mesma, ou detentores de, apenas…umas míseras 100 unidades! Uma vergonha! Mostram que não confiam nem no clube nem no projeto! Ora vejam lá qual é a estrutura acionista da SAD do Porto? Vejam lá quem lá meteu o coiro, salvo seja! É assim, meus amigos, é assim que se motivam os jogadores; mostrando confiança e empenho no projeto. Definitivamente; falta peso institucional na estrutura da SAD do Benfica! É urgente corrigir isso, atraindo Benfiquistas notáveis e não correndo com eles! Ninguém tem a exclusividade do amor ao clube. Todos seremos poucos para enfrentar a cambada que nos move uma guerra sem tréguas e sem vergonha! 
 
Não acredito na coexistência pacífica; a História, mostra-o à saciedade. As sociedades atuais, excessivamente mediatizadas, vivem do conflito, genuíno ou forjado, consequência da inexorável e destruidora economia de consumo das democracias liberais, em evidente défice cultural, como é o caso de Portugal e do mundo ocidental em geral, só nos respeita quem nos teme. É esta, afinal, a lei da vida!, É este o segredo do Porto e de Pinto da Costa! É esta a nossa fraqueza; o medo ao Porto supera o respeito que merecemos. Na verdade as sociedades humanas evoluíram imenso, tecnológica e socialmente, sobretudo a ocidente, mas…a natureza humana não!, é a mesma dos primórdios; da moca, do arco com flexas e da espada; a luta pela sobrevivência e domínio mantém-se intacta, embora, muitas vezes, camuflada. Até Hitler e Mussolini tiveram admiradores e, um deles foi…Churchill! É assim, convém não o esquecer. Mas, isto…é outra conversa!, que já vai longa. 
 
Soube há pouco que Oblack está integrado no grupo. Ainda bem, acredito na sua capacidade e bem que precisamos de uma alternativa credível e de futuro ao Artur; se a tivéssemos tido na época passada talvez tivesse sido o suficiente para termos ganho tudo. É assim; como diz o nazareno : “por um bocadinho é um homem corno”! Mas, dou os parabéns à Direção pela forma como trataram, preventivamente, o caso; cinco estrelas!
 
Devo dizer, que, quando vejo através da Benfica TV, tudo o que se faz no meu clube, fico muito orgulhoso, por vezes até emocionado, e…com pena de não morar mais perto. Quem sabe se um dia não me candidatarei a ajudante de tratador de relva?

Afinal, qual é a guerra com José Veiga? Fez um bom trabalho o Benfica na época Trapattini! Quererá mal ao clube? Não é Benfiquista? Se é assim, vamos a factos; cartas na mesa! Caso contrário, chame-so o homem e entendam-se, para bem do clube.
 
Por falar em emocionado; foi o que me aconteceu quando FV referiu as obras em curso para mais uma “Casa dos Atletas do Benfica”! É muito bonito! Agrada-me saber que os nossos ídolos do passado a quem a vida deixou de sorrir, andam por ali, motivando os nossos jovens, contando as suas estórias, transmitindo os valores do clube com a sabedoria acumulada em muitas façanhas e até, porque não?, dando-lhes algumas dicas técnicas e táticas .
 
E por aqui me fico, por hoje. 
 
Boa sorte para logo e… 
 
Viva o Benfica!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Marítimo-Benfica (2-1)

Não vi o jogo; acidentalmente, vi alguns lances do respetivo resumo - em casa, demos baixa da Sport-TV, por outro lado, estive fora e detesto ver jogos do Benfica em público, fora do Estádio da Luz. Algumas crónicas de alguns ilustres colegas da "gloriosa" nas quais confio, revelam um mau desempenho da equipa do Benfica neste jogo; lentidão, falta de entrosamento e pouca motivação.

O decepcionante desfecho da época passada, as desagradáveis incidências em torno do Treinador e Cardozo e um desempenho pouco animador da pré-época, indiciavam um maior risco de insucesso na jornada inaugural, tanto mais tratando-se do Marítimo, adversário tradicionalmente difícil, em especial no seu estádio, para qualquer clube. Diga-se de passagem que sou um admirador do trabalho de Pedro Martins; um Treinador competente, leal e discreto, que parece respeitar-se a si próprio e aos outros.

Dadas as alterações na equipa visando o desejado salto qualitativo rumo ao topo, alguma instabilidade era de esperar, sobretudo, dadas as "almofadas" tradicionalmente disponibilizadas ao seu, nominalmente, principal rival, o Porto, quando o mesmo lhe sucede, como sucedeu nesta mesma jornada. Não há equipas perfeitas, mas há estruturas protegidas.

Acresce esta insanidade de ter-se iniciado o campeonato com os "mercados" de jogadores em aberto! Confesso que me custa a entender que tal vise promover a competitividade desportiva e o fair-play. Afinal, que fair-play pode existir quando as equipas podem alterar os respetivos planteis durante a competição? A não ser que o objetivo se tenha deslocado do jogo para o negócio, tornando-se mais importante o ranking de receitas de transferências do que o jogo em si mesmo! Como poderá motivar-se uma equipa numa competição, na qual alguns atletas  transitarão para outras e outros serão substituídos por novos recrutas? Ora bolas!

Claro que há responsabilidades internas no Benfica repartidas por muitos, desde o Presidente aos Atletas, passando pelo Diretor Técnico, Treinador e Adeptos, algumas das quais referi em outras crónicas. Claro que todas elas deverão ser identificadas, debatidas, assumidas e corrigidas, doa a quem doer, sempre em benefício do clube e no momento oportuno. Claro que, sendo repartidas, as responsabilidades deverão ser hierarquizadas. Tenho ideias próprias sobre o assunto, porém, o pânico é mau conselheiro; é hora de manter serenidade apelando à união inteligência e empenho de todos, pois só assim ultrapassaremos este mau começo.

Há que arregaçar as mangas, cerrar os dentes e ir em frente.

Força Benfica! Força Benfiquistas!

domingo, 18 de agosto de 2013

CAMPEONATO INDIGENTE

Começou o campeonato nacional; um eufemismo para uma prova desportiva de pendor acentuadamente regionalista. De facto, o resultado da "democratização" desportiva instituido na 4ª República, paradoxalmente, traduziu-se na ascensão aos principais escalões, nomeadamente de futebol, de clubes maioritáriamente a norte do mondego, num processo consolidado de concentração, como reflexo da supremacia institucional da Associação de Futebol do Porto que dele se tem servido como instrumeto de afirmação regional em detrimento dos restantes clubes nacionais. Ainda assim, muitos destes, direta ou indiretamente, acabaram por cair sob a alçada daquela e do seu principal clube protegido, resultando no condicionamento do respetivo desempenho desportivo e institucional.
 
Para isso, muito tem contribuído o regime de monopólio de comercialização dos direitos desportivos dos clubes - e da seleção nacional -, que os tornou dependentes, financeiramente, da entidade adjudicada, afeta  a um dos clubes concorrentes, que, por sinal, tem beneficiado de ostensivas facilidades, proporcionadas, seja por aqueles, seja pelas equipas de arbitragem a cujo financiamento indireto a referida adjudicada não é estranha.
 
Trata-se pois de um campeonato indigente, onde a hipocrisia, quer das instituições desportivas nacionais e internacionais - Liga, FPF, UEFA e FIFA -, quer da Administração Pública, quer da UE, é, desde há muito, patente. Na verdade, as reiteradas afirmações de fair-lay, de empenho anti-corrupção, internas ou externas, não passam de retórica tapa-olhos, pois a principal razão de perpetuação da corrupção a que temos assistido, reside na verticalidade da mesma, garante da consistente impunidade dos corruptos, afinal, bem conhecidos do grande público.
 
Não espanta por isso a notícia do CM de 17 de Agosto segundo a qual há clubes falidos a inscrever jogadores, indicando os habituais estratagemas muito característios do chico-espertismo nacional, seja o Sireve sejam as manhosas impugnações de dívida, com consentimento dos credores, curiosamente, constituintes das administrações das SAD falidas. Ou seja, as mesmas entidades que proclamam a solvência financeira e a luta anticorrupção, que elaboram ou mandam elaborar regulamentação  com vista à prossecução daqueles propósitos, constituem mecanismos dilatórios que garantem a manutenção do estado atual! Que gente é esta afinal?
 
É, sem dúvida, gente cúmplice do lóbi portista, gente que não respeita os restantes clubes nem as populações que lhes estão afetas. Gente que, estúpidamente, menospreza a capacidade de percepção e de reação da população em geral.
 
Começou, assim, o campeonato em que, à semelhança do anterior e antecedentes, os dados estão ostensivamente viciados a favor do crónico e desvergonhoso previlegiado, não restando a grande parte dos restantes concorrentes a cega e covarde obediência, na expectativa da caridade de alguma benesse menor, como a taça da liga, a taça de portugal, a qualificação para a liga dos campeões ou para a liga europa, ou a simples fuga à despromoção.
 
Neste cenário degradante seja o Benfica fiel a si próprio, derramando galhardamente sobre os relvados, jogo após jogo, minuto após minuto, a força da sua competência, inquebrantável e decidida, como exemplo para um povo corroído pela ganância de quem se arroga o uso da prepotência como pretenso símbolo, afinal paradoxal, da puta da Democracia vigente.
 
Força rapazes,
 
Viva o Benfica!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

"Fugem que tou a pinsar"! (agradecimento ao M. Fonseca no rasto de Roger Scrutton)




Ora aqui está, um dos gran­des para­do­xos das soci­e­da­des moder­nas; a evo­lu­ção cien­tí­fica, tec­no­ló­gica , polí­tica e social, ao bus­car a segu­rança e con­forto máximo, des­trói a capa­ci­dade de cada um sentir-se parte, cons­tru­tor, dessa eternidade.

De facto, quem con­se­gue imor­ta­li­zar um momento, perante a com­pul­são per­ma­nente do pen­sa­mento, na mor­tí­fera carga fiscal?

Escravizámo-nos na busca da liber­dade! Será que Nietz­che estava certo e que a liber­dade deve­ria ser garan­tida às eli­tes “cri­a­do­ras” colo­cando ao seu ser­viço, os tra­ba­lha­do­res não criativos?

Será que a robó­tica, final­mente, nos liber­tará da culpa da escra­vi­za­ção indu­zida ou com­pul­si­o­nada e, final­mente, nos pro­por­ci­o­nará a defi­ni­niva liber­dade?; ou seja; total dis­po­ni­bi­li­dade para fruir, cri­ando ou não?

Novo para­doxo; a hipó­tese de maior via­bi­li­dade do acesso à liber­dade pelo pro­duto da inte­li­gên­cia do homem face à tra­di­ci­o­nal “Liber­dade Divina”.

Final­mente; e se, nem uma coisa nem outra; nem robôs nem deuses?

Tóino Barreto

sábado, 10 de agosto de 2013

OS ESCRÚPULOS DOS HIPÓCRITAS

 

Os barões do FCP andam por aí muito preocupados com a Benfica TV e os direito de transmissão dos jogos  de futebol. Vejam só; estão preocupados com o fair-play desportivo!,...com a lealdade desportiva!,...com a verdade desportiva....!, é de rir às lágrimas!  Onde está, agora, a fina ironia?

Esta gente, que nunca mostrou a menor preocupação pelas revelações que vieram a público na sequência do processo do Apito Dourado - as quais mostram à saciedade os espúrios processos que os dirigentes do seu clube têm usado para vencer os adversários e que só não conduziram os seus autores, entre os quais Pinto da Costa, à condenação e eventual prisão, devido à "oportuna" revisão do Código Civil que anula as escutas, ainda que obtidas legalmente, para crimes com pena de prisão inferior a três anos -, não merece uma réstia de credibilidade, de consideração, de respeito. De facto, não têm qualquer preocupação com a verdade desportiva, apenas pretendem que o seu clube continue a ganhar, seja como for.  

Tais moralistas de meia-tijela, consideram protegida a verdade desportiva quando os direitos são comercializados em regime de monopólio, por uma empresa cujo dono, Joaquim Oliveira, é membro do Conselho Consultivo e acionista de referência do FCP, com conhecidíssimo vínculo afetivo ao mesmo? Consideram protegida a lealdade desportiva quando os dirigentes do seu clube, por interposta pessoa, estou convicto, controlam o financimento de todos os adversários, incluindo, até há pouco, o do principal, o Benfica? Por quem se toma esta gente? Por quem nos toma esta gente?

Não estranham, estes falsos moralistas, as facilidades de que o seu clube tem disfrutado nalguns jogos? Basta recordarem-se da farsa que foi o jogo Paços de Ferreira-FCP da época transata, que lhes rendeu mais um campeonato, ou dos jogos com o Braga, o Setúbal, o Nacional...etc. Não percebem que tal só acontece devido à influência de certas figuras afetas ao seu clube, como, Américo Amorim, Belmiro de Azevedo, Alipio Dias, António Lobo Xavier, Elisa Ferreira, etc.? Não percebem que a omissão política e da justiça nesta pouca-vergonha, é uma das contra-partidas do silêncio? Não entendem que a extensão política  de alguns caciques do Porto, o FCP, assumindo-se como bandeira da região, provoca o efeito contrário ao pretendido pela total falta de escrúpulos que sistemáticamente ostenta, perante toda a população?

Um destes "barões" é Paulo Teixeira da Cruz, que, pelos vistos, e apesar de frequentar as esquinas da Opus Dei, nada entende de lealdade desportiva. Há porém, algo, que talvez pudesse ajudar a esclarecer-nos; se, dos cerca de 800 milhões de euros perdidos pelo BCP no financiamento sem garantias autorizado por Alípio Dias a empresas sediadas em off-shore, foi algum parar aos cofres azuis.

Questionem os dirigentes do seu clube acerca dos métodos que utilizam nos bastidores da bola e ajam em conformidade! Então sim, convencer-me-iam da sinceridade das suas preocupações.

É por não o terem feito que não os levo a sério.

Que bem "canta" o Burro!

Nápoles-Benfica; o último teste (2-1)

A infantilidade de Sílvio é incompreensível; não me digam que é novo na equipa, que não está habituado aos movimentos coletivos...aquele, aprende-se nos infantis! Além do mais não se alivia a bola para a frete da baliza, como fez no lance precedente.
O Nápoles foi um bom adversário, compacto, com processos de jogo bem assimilados, jogadores de bom nível, excelente ocupação dos espaços, excelente pressão, excelente dinâmica, verticalidade, excelente qualidade de passe e sincronismo. Entrou a matar e marcou...que terá acontecido a Luisão no lance do 1º golo?, caíu sòzinho!, escorregou?, prendeu-se-lhe a bota à relva? E Garay porque não se fez ao lance?, fecharia o corredor ao atacante!
A equipa do Benfica  revelou muita insegurança na 1ª parte, com vários passes falhados, assincronismo, falta de pressão, de colocação e muita indecisão. Porém, apesar da desvantagem, a equipa manteve a serenidade ainda que, praticando um futebol "mastigado", sem chama...colorido aqui e ali com pormenores de grande classe - Gaitan, Matic e Artur. Foi numa jogada de laboratório que surgiu o justo empate, numa ocasião em que os jogadores do Nápoles já tinham perdido algum "gás" e percebido a valia do adversário. Os jogadores do Benfica mantiveram-se demasiado afastados entre si, contráriamente ao adversário, que tinha sempre um ou dois homens a recuperar a 2ª bola.
O regresso foi prometedor para o Benfica, com grande dinâmica e tecnicismo que lhe garantiram o domínio até ao golo feliz de Higuain! Ola John trouxe nova dinâmica ao lado direito e Djuricic derramou perfume no meio-campo - é o nosso homem -, quase fazendo o merecidíssimo empate.
É verdade que se notou maior consolidação de processos  da equipa e subida de rendimento de alguns atletas; Artur, Cortez, Matic, Luisão, Garay, Enzo, Gaitan, Djuricic, Amorim, Ola John, mas também é verdade que há insuficiência em todos os setores; na defesa, as laterais estão ainda vulneráveis; no meio-campo, há falta de poder de choque e de capacidade de construção; na frente, falta municiamento aos pontas de lança e decisão na finalização.
Enfim; a equipa revela progressos ainda insuficientes.
Discordo frontalmente da atual estratégia desportiva do clube; compreendo a ideia, mas discordo. Não se constroem grandes equipas sem grandes jogadores, que...além de o serem, sintam a alma benfiquista o que só acontecerá se possuirem caráter condizente e permanecerem no clube o tempo suficiente para passarem eficazmente, o "facho", ou seja; a mística
Reduza-se o quadro de jogadores a metade, contratem-se e mantenham-se os grandes jogadores, e...passaremos a ganhar tudo...mesmo com fruta; Com Javi, Matic e Witsel, o Benfica seria imbatível...ou estaria lá muito perto!
Esta é que é a grande obra que falta construir. Sem ela, não chegaremos ao topo.

É este o meu desafio aos atuais Dirigentes ou aspirantes a tal.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

domingo, 4 de agosto de 2013

QUE BENFICA?

Num tempo de grande incerteza e preocupação, tudo parece menos difícil ao ver as rubras camisolas evoluir no magnífico Estádio da Luz, no caso de hoje, em homenagem ao símbolo maior do Benfica; Eusébio.


Desenha-se uma equipa mais dinâmica, criativa e versátil, como se viu na primeira parte deste jogo com o São Paulo. A ausência de ponta de lança fixo permite reforçar a "massa crítica" do meio-campo, melhorando a eficácia da recuperação e da construção, aumentando a incerteza às defensivas contrárias. A rapidez, raio de ação e qualidade técnica de Djuricic, Markovic, Rodrigo e Lima, em particular, consolidam este modelo de jogo, com excelentes resultados, por exemplo, no jogo anterior - com o Elche e na primeira parte deste.
 
Há mais opções disponíveis, em especial, nas posições mais carenciadas; nas laterais, no meio-campo e no ataque. Cortez, que dispôe de bons recursos técnicos, físicos e mentais, vai ganhando consistência, necessitando de maior disciplina tática; Sílvio parece ser opção válida, carecendo de melhor doseamento do ímpeto ofensivo; no eixo defensivo, aposto que Steven Vitória vai dar água pela barba a Luisão e Garay, visto que dispõe de excelentes recursos no jogo aéreo, grande determinação, disciplina e capacidade atlética; Djuricic é um tecnicista de alto nível, construtor de espaços e linhas de passe fatais; Ruben Amorim, mais maduro e confiante, dispõe agora do seu espaço de afirmação tal como André Gomes que tem mostrado alguns bons pormenores; Markovic, vagabundeando por todo o campo - já o vimos em ação defensiva bem junto à nossa linha de fundo -, graças à sua alta "rotação" parece ser um segundo "abre-latas" e finalizador de excelência; Rodrigo cujo talento já conhecemos mostrou que pode "explodir" .
 
A equipa parece mais equilibrada, menos previsível, apresentando porém, algumas debilidades, nomeadamente; insegurança na baliza, falta de poder de choque no meio-campo, insuficiência no jogo aéreo ofensivo e défice na meia-distância. Estas últimas qualidades imprescindíveis no Benfica, tendo em conta a habitual postura de "ferrolho" da maioria dos adversários. Mobilidade sincronizada, amplitude ofensiva e precisão no passe são fatores a melhorar tal como a finalização, que requer mais expontâneidade e convicção.
 
Ficou o amargo da derrota contra a equipa do S. Paulo, de escola prestigiada - como se viu na 2ª parte -, muito matreira; forçando o desgaste físico do adversário na 1ª parte, para, no início da 2ª, impor maior intensidade, criando desiquilíbrios que renderam dois golos; o primeiro, na sequência de um belo lance ofensivo, o segundo, que sentenciou a partida, consequência de uma desatenção de Cortez e do habitual excesso de zelo da equipa da e arbitragem.
 
Para mal dos nossos pecados, continua a pairar no ar o imbróglio Cardozo e a expetativa de saídas de atletas estruturantes na manobra da equipa, acabando por relativizar a importância da preparação. Este modelo, não me parece bem.
 
Muita atenção às observações do nosso José Augusto, sempre muito objetivas e pertinentes, neste caso, quanto aos perigos da marcação à zona e a alguns detalhes da técnica do guarda-redes. Paulo Lopes esteve bem; neste momento tenho mais confiança nele que em Artur. 

Há que trabalhar mais e melhor e estar atento ao jogo de bastidores, que já começou.