sábado, 12 de outubro de 2013
A condecoração

Valentim Loureiro e o
Boavista, serviram de bode espiatório decorrente dos processos do apito dourado e apito final, propiciando a escapatória do FCP e do seu
presidente; era imperioso entregar algo à justiça e à indignação popular. Seguiu-se a lenta agonia de VL enquanto dirigente desportivo
e a saída da ribalta do Boavista, deixando ao FCP, o ambicionado exclusivo da
representação desportiva da cidade ao mais alto nível, com o Salgueiros já
reduzido à insignificância capitalizando os ganhos políticos em que tem alicerçado o espúrio sucesso desportivo.
Não são públicamente conhecidos os, alegadamente relevantes, contributos
de Pinto da Costa à cidade de Gondomar que, forçosamente, deveriam suportar tal homenagem, levando-me a concluir
que a razão será outra. Provávelmente, VL e PC, em
tempo, apertados pela justiça desportiva e cível, terão feito um pacto em que
aquele aceitou sacrificar-se e ao seu clube, para salvar este e o seu, numa lógica de mal menor. Tal pacto
terá culminado com a decisão de alargamento do campeonato após a patética
anulação do acórdão condenatório do Boavista na justiça federativa, que o
tinha relegado, falido, para os escalões inferiores. Mais um caso vergonhoso que não
deveria passar incólume por muita simpatia que se tenha por este clube, sob pena
de ridicularização pública das superestruturas desportivas.
Significativamente,
Joaquim Oliveira aparece como detentor de 22% do capital da SAD do Boavista, o que,
por si só, explica toda esta trapalhada dado o seu
ascendente no meio desportivo, político e financeiro. Outras homenagens a tão polémico personagem
virão, com origem em outras cidades adjacentes, incluindo a do Porto -
cujo atual Presidente é, nada mais nada menos que um fundamentalista portista -,
culminando com uma qualquer comenda da República que o seu amigo e colega do
Conselho Consultivo Artur Santos Silva, não deixará de recomendar ao PR, pelos
"elevados feitos patrióticos na elevação do bom nome de Portugal por esse mundo
fora"; seja ou não com fruta, seja com ou sem supermercados, que a causa da região
sobrepõe-se aos princípios da decência.
E assim vai a
Pátria...de alguns!
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