Desporto

sábado, 30 de março de 2013

Unidos contra a corrupção! Ver para crer!

 Gianni Infantino e Michel Platini

Publicado: Quinta-feira, 28 de Março de 2013, 18.10CET

Unidade contra viciação de resultados e racismo


O Presidente da UEFA, Michel Platini, acolheu com agrado as importantes demonstrações de união do futebol europeu em Sófia, esta semana, nas quais os intervenientes principais da modalidade prometeram esforço adicional na luta contra a viciação de resultados e o racismo.
 
Federações europeias, representadas pela UEFA, clubes (Associação Europeia de Clubes), ligas (Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional) e jogadores (divisão europeia da FIFPro) adoptaram unanimemente um documento de posição conjunta, que inclui um plano de acção para proteger a integridade do futebol e reforçar a batalha contra a viciação de resultados. O Comité Executivo da UEFA também ratificou o documento na reunião efectuada na capital da Bulgária, esta quinta-feira.

O plano de acção passa por uma política de tolerância zero contra a viciação de resultados no futebol, situação que a UEFA, em particular, considera como uma das mais sérias ameaças ao bem-estar global do futebol, facto que Michel Platini foi célere em destacar. "Assim que temos conhecimento de algo importante, e temos provas de corrupção em jogos, as sanções são de 'tolerância zero'", disse. "Conto com o mundo do futebol, e todos aqueles que amam a modalidade, para ajudar a erradicar este flagelo porque a viciação de resultados é o problema mais importante que afecta o futebol."

"Se no futuro forem assistir a um jogo e já souberem o resultado", acrescentou o Presidente da UEFA, "não vale a pena sequer irem. O nosso desporto será aniquilado. Devemos proteger o futebol e ser implacáveis para aqueles que quebrarem as regras – jogadores, árbitros, dirigentes. Existirá tolerância zero. É uma questão de defendermos o nosso jogo. Todos nós amamos o futebol e devemos protegê-lo. Não vamos desistir."

A UEFA introduziu uma série de medidas e actividades, como parte dos seus esforços para eliminar a viciação de resultados. Entre esse lote inclui-se um sistema de detecção de fraudes (BFDS) que monitoriza cerca de 30 mil encontros de campeonatos e taças nacionais por toda a Europa, bem como jogos em competições da UEFA. A UEFA está a construir uma base de dados interna alargada contendo informação relacionada com jogos proveniente de diferentes fontes, que permite ao órgão gestor europeu trabalhar em conjunto com autoridades policiais e entidades estatais, nos seus inquéritos em casos de corrupção.

A UEFA também utiliza delegados de integridade nas 53 federações suas filiadas que trabalham contra a viciação de resultados a nível nacional, ajudando a introduzir programas educativos para jogadores, árbitros e dirigentes. Servem igualmente como elo de ligação com a UEFA em qualquer tipo de assunto que surja, envolvendo jogos ou equipas suas que participem nas competições da UEFA.

Em relação ao racismo no futebol, o Concelho Estratégico do Futebol Profissional também adoptou uma resolução cujo objectivo é combater o racismo e a discriminação. Mais uma vez, é apoiada uma política de tolerância zero e existe um forte apelo para que sejam impostos castigos severos. Para além disso, é dado apoio aos árbitros que decidam interromper jogos em caso de manifestações de racismo.

"É um problema gigantesco", disse Platini a propósito de fenómenos negativos como o racismo, discriminação e intolerância. "Afecta pessoas que não têm nada a ver com o futebol. Temos de tentar combatê-lo em duas frentes – de forma pedagógica, através de todos os programas que estamos a levar a cabo com organizações internacionais, e através de sanções. É nosso dever lutar contra o racismo."

Platini expressou satisfação pelos progressos do sistema de árbitros assistentes adicionais, que se tornou parte das Lei do Jogo em Julho passado, utilizado no UEFA EURO 2012 e actualmente colocado em prática nas principais competições de clubes da UEFA. Em Sófia, o Comité Executivo aprovou financiamento específico, na forma de dez milhões de euros de ajuda, às federações ao longo de três anos para implementação do programa de árbitros assistentes adicionais.

"O International Board aceitou o sistema de cinco árbitros", reflectiu o Presidente da UEFA, "e vamos prosseguir com este sistema nas nossas competições. Não tem nada de negativo – existem dois pares de olhos extra que vão ver os lances muito melhor do que acontecia antes. Na UEFA Champions League, estou muito satisfeito por ver o que está a acontecer – praticamente não existem erros, e os árbitros observam tudo o que se passa dentro de campo."


Comentário Zaratustra:

Espero que Pinto da Costa, Lourenço Pinto, Filipe Menezes, Pedro Proença, Carlos Xistra, Elmano Santos, Artur Soares Dias, Fernando Gomes, Fernando Mestre & C.ª, tenham estado presentes e estejam em sintonia com o desígnio comum, agora manifestado, de combate à corrupção no futebol, e..também em Portugal!

A UEFA tem fechado os olhos à pouca vergonha que por cá se tem passado desde há mais de 20 anos! É demasiado tempo para levarmos a sério este programa, sobretudo quando nos lembramos da  forma como se coibiu de sancionar o Futebol Clube do Porto, na sequência dos mirabolantes e vergonhosos procedimentos da FPF a este propósito, afigurando-se como cúmplice aos olhos dos que, efetivamente, amam o futebol.

Não senhor Platini, nem todos amam o futebol! Os corruptos, os ladrões, os bandidos, amam mais a ideia que têm de si próprios, não hesitando em utilizar todos os meios ao seu alcance para satisfazerem a sua sede de vingança pessoal, gerada pela sua patológica incapacidade de lidar com o sucesso alheio e pela sua obcessão pelo poder, ainda que efémero e espúrio.

A UEFA tem um longo caminho a percorrer e muitas explicações a dar até conseguir reconquistar a confiança dos adeptos e restaurar neles o fascínio que fez do futebol o que já foi. E para início de conversa, deve começar por dentro, afastando dos seus quadros todos os que ativa ou passivamente, têm pactuado com o estado de corrupção generalizada a que temos vindo a assistir...a olho nú! Os que têm permitido vitórias sem causa, indiferentes às legítimas espectativas dos adeptos burlados, dos atletas humilhados, dos dirigentes subjugados, à banalização da violência e à incompetente promoção dos que mais têm contribuido para a desacreditação do futebol, como é o caso de Pedro Proença; um dos árbitros que têm  decidido os vencedores em Portugal!

Quanto ao racismo, trata-se, quanto a mim, de uma falsa questão, já que, não acredito aue haja racismo no futebol atual. Trata-se sim, de um expediente desestabilizador, habitual neste desporto, dentro e fora das quatro linhas. Tão ou mais grave é a intolerância violenta a que se tem assistido nas últimas décadas, nalgumas cidades em Portugal - Porto e Braga -, relativamente ao adeptos de clubes de outras cidades, com destaque para os Benfiquistas e até Sportinguistas, perante a passividade cúmplice das autoridades locais e nacionais.

Faço votos para que, neste programa, se passe rápidamente das palavras aos atos afastando toda a gandulagem que transformou o futebol num lamaçal fedorento.

Saberá Platini devolver ao futebol a magia que tão bem cultivou enquanto atleta de eleição? A ver vamos!

António Barreto 

A Reta da Meta!

O Benfica arranca em vantagem na ponta final do Campeonato, que se reinicia hoje após mais uma paragem idiota imposta pelo calendário das seleções, que nos deixou três titulares em dúvida para o jogo de hoje; Cardozo, Máxi e Enzo.  
 
Revelando um significativo salto organizativo proporcionado pela estabilidade e competência da Direção Desportiva e da Equipa Técnica, o meu clube tem superado todas as malfeitorias e demais contrariedades que se lhe têm deparado, muitas delas, estou convicto, induzidas pela Praga Azul que não é capaz de ganhar sem espúrias habilidades, por maior que seja a qualidade da sua equipa.
 
A prudência, tem caracterizado os comentários  Benfiquistas, receosos das armadilhas que  poderão surgir. Armadilhas  que têm nome e rosto; proença, soares, elmano, xistra, costa, etc, sem as quais, o seu clube, disporia de mais quatro pontos conquistados no terreno de jogo.
 
Tal não constitui razão bastante para sustentar o discurso da excessiva humildade, do; "ainda não ganhámos nada", "vamos a ver", "se algo correr mal",  "nada de euforias"! Um discurso próprio de "campeãozinho medroso; "porque há muito desgaste físico nesta altura", "porque o desgaste emocional é muito grande", "ai jasus que ainda podemos ser campeões", "são jogos a mais", como quem diz; "não reparem em nós que até podemos não ganhar!
 
Chega de paleio da treta! É na reta final que o piloto mete prego a fundo! É agora! É agora que o campeão se afirma, olhos nos olhos, concentrando em cada instante todas as competências de todos os que, no terreno ou nos bastidores, travaram as batalhas até à última curva.
 
É hora de mostrar aos adversários e amantes do futebol que aqui mora o campeão, apesar da canalha que se lhe atravessará no caminho. É hora de soltar todos os demónios que caracterizam os vencedores; competência, talento, determinação, entreajuda, respeito e lealdade. É hora de Benfica!
 
Vamos a eles rapazes! Fogo à peça!
 
António Barreto 
 

Mário Figueiredo resiste aos ataques da "Praga Azul"!

In A Bola em 27 de Março de 2013
A LIGA PORTUGAL vem publicamente denunciar os factos que adiante se elencam:

1. O Senhor Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que reiteradamente tem declarado ser intransigente defensor do princípio de não ingerência do Governo no movimento associativo, permitiu, a pedido do Presidente da FPF, a inclusão, na ordem de trabalhos da próxima reunião do Conselho Nacional do Desporto, de um assunto que é da esfera privada de dois entes associativos privados – a FPF e a LIGA PORTUGAL.
 
O assunto em questão diz respeito a uma divergência de entendimentos entre essas duas
associações sobre receitas que a FPF se arroga e que a LIGA PORTUGAL entende serem da sua plena e exclusiva titularidade - uma matéria inequivocamente do foro e da autonomia privada. Ora, sob pena de incoerência e arbítrio, a propalada autonomia das instâncias associativas invocada para justificar as decisões de não ingerência do Estado, tem que funcionar em todos os sentidos.

2. Por outro lado, aparentemente, o Senhor Presidente da FPF ter-se-á esquecido do curto mandato de um ano e meio que exerceu na presidência da LIGA PORTUGAL, instituição que usou e de que se serviu para se fazer eleger para o cargo que actualmente ocupa, no desempenho do qual está, lamentavelmente, ao serviço, não dos clubes ou do futebol Português, mas de interesses instalados, designadamente na área das transmissões televisivas, que pretendem enfraquecer a LIGA PORTUGAL e tornar subservientes os clubes.

3. Com a participação das equipas “B” na II Liga, a LIGA PORTUGAL prossegue, primordialmente, o objectivo de formação e promoção de jogadores entre os 19 e os 23 anos, o que originou um acréscimo de despesas com a organização desse campeonato de cerca de um milhão e duzentos mil euros. Tal objectivo de valorização e formação local de jogadores é vital para o apetrechamento das Selecções Nacionais, finalidade que a LIGA PORTUGAL prossegue mesmo sem o apoio e a colaboração que seria expectável que a FPF manifestasse como beneficiária directa e principal desse esforço. Aliás, a FPF não só não defende interesses que, afinal, também são próprios, como vem urdindo uma estratégia – cada vez menos dissimulada – de asfixia da LIGA PORTUGAL, nomeadamente pela apropriação de receitas geradas nas e pelas competições profissionais, que, nos termos da Lei, são organizadas, regulamentadas e dirigidas pela Liga Portugal com autonomia administrativa, técnica e financeira.

4. A imprudência e ligeireza da FPF submeter a um órgão governamental a apreciação de um litígio pendente entre dois entes privados são tanto mais gravosas pelo facto de tal actuação violar o compromisso arbitral constante dos estatutos da FIFA e dos próprios estatutos da FPF, que visa eliminar a possibilidade de ingerência de entidades externas ao desporto.

5. A Liga Portugal, como representante do futebol profissional cuja autonomia é garantida por Lei, espera e exige o escrupuloso respeito dos princípios legais da liberdade e independência das instituições do movimento associativo relativamente ao Estado. 
 
 
Comentário Zaratustra:
 
Perante a ameaça de enfraquecimento do seu ramo da propaganda, a "Praga Azul" tudo tem feito para correr com o incómodo Mário Figueiredo (MF) da LP, tal como fez com Hermínio Loureiro - que "ainda hoje vai a fugir" adotando a postura do políticamente correto, depois de ter garantido o cómodo lugar de Vice-Presidente da FPF, onde se tornou irrelevante.
 
Desconhecendo a razão formal neste episódio, parece-me evidente que o objetivo consiste em vergar a determinação de MF pela asfixia financeira e consequente descontentamento dos clubes filiados. Seguro da cumplicidade da tutela, deixando cair o outrora inalienável princípio da independência associativa, Fernando Gomes apressou-se a fazer queixinhas ao Secretário de Estado do Desporto, que por sua vez fez agendar o assunto ao Conselho Nacional do Desporto.
 
Espero que MF se mantenha firme na defesa dos efetivos interesses dos clubes, libertando-os da tenaz financeira a que a Praga azul os submete, e saiba esclarecer a população acerca do papel que, quer a FPF, quer o Governo, quer os partidos, quer outros agentes do futebol internos e externos - como a UEFA e a FIFA -, desempenham na defesa da transparência no futebol, ou contra ela. Que não se acobarde como muitos têm feito, pois representa a esperança de muita gente boa.
 
António Barreto