Desporto

domingo, 4 de setembro de 2022

O Benfica de Rui Costa

 

O Novo-Velho Benfica

 

   Os dados para a nova época estão lançados, os contornos do novo Benfica estão definidos; plantel equilibrado, mais criativo e dinâmico, grande união e comprometimento entre todos; equipa, técnicos, Direção e adeptos.

   O primeiro objetivo, apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões foi cumprido.  O arranque no campeonato é positivo apesar do desgaste já se fazer notar entre os jogadores.

   A conjuntura, desportiva e comentarista, mantém o padrão habitual caracterizado pela hostilização sistemática do clube.

   Desta vez, estão a ser assinalados penaltis, legítimos, favoráveis. Parece que perceberam que o padrão anterior - 32 jogos com 0 penaltis para o Benfica - não era viável.

   Contudo nestes dois últimos jogos, contra o Paços e o Vizela, usaram-se velhas práticas punitivas do clube encarnado.

   Para ambos os casos, em mais num ato que classifico de claramente provocatório, foram nomeados árbitros aos quais, geralmente, correm mal os jogos do Benfica.

   Perante o jogo agressivo, por vezes violento do Paços, Soares Dias, assinalando as faltas, exceto na zona da área, omitia a sansão disciplinar. A mensagem, já vista ad nauseum, era óbvia; podeis bater durante todo o jogo que ninguém será expulso.

   No caso do Vizela, Veríssimo, por tudo e por nada resolveu punir disciplinarmente os jogadores do clube da Luz assinalando faltas sem suporte técnico. Ao fazê-lo condicionou a equipa diminuindo a sua capacidade competitiva. A omissão do penalti claro, cometido sobre Ramos em desespero de causa pelo defesa vizelense, revelou a condicionamento mental do árbitro.

   Quanto aos adversários, mantém-se o padrão do futebol nacional; equipas, técnica e taticamente bem preparadas, compactas, eminentemente defensivas, apostando nas transições e no jogo agressivo e violento a meio-campo.

    Este último jogo, mostrou que Rui Costa, o nosso Rui Costa, príncipe dos relvados, está de volta com a ambição do grande Benfica. Não tem medo de assumir a vontade de ganhar, ao contrário do seu antecessor. Os adeptos, em delírio, mostraram estar com ele.

   Tranquilamente, sem alaridos nem confusões, com a equipa que o acompanha, tem vindo a arrumar a casa eficientemente, cumprindo tudo o que prometeu.

   Assegurou a transição na sequência do afastamento compulsivo do anterior Presidente - mais um que foi preso durante um governo socialista -, fez a contagem dos votos da eleição anterior, promoveu a Assembleia Geral Extraordinária pedida pelos candidatos derrotados, nomeou uma comissão para atualização dos estatutos do clube, foi a eleições, rescindiu com Jorge Jesus, cujo projeto falhara, contatou um treinador estrangeiro idóneo, uma mudança estratégica de grande relevo, pôs os Dirigentes da Liga em sentido, encaminhou jogadores desajustados ao novo projeto, cordialmente, para outros clubes, e montou uma equipa prometedora, com jogadores que enchem a vista aos adeptos.

   Agora que o comboio do campeonato está em marcha, é tempo de, discretamente, confrontar os principais dirigentes desportivos nacionais, acerca da forma discriminatória com o Benfica tem sido tratado em todas as vertentes relacionadas com o futebol e todas as outras modalidades.

   As provas estão à vista de todos, são públicas, e já deveriam ter suscitado a iniciativa das respetivas autoridades.



Peniche, 04 de Setembro de 2022

António Barreto