Desporto

sábado, 23 de novembro de 2019

Rui Costa e o Benfica (3)


   Mas não está tudo bem!

  

Na frente externa a participação do Benfica tem sido desastrosa, a ponto de comprometer o prestígio alcançado no passado. A relativização sistemática dos insucessos tende a substituir a cultura de exigência do clube pela do conformismo. E é aqui que tudo começa; adeptos permissivos geram equipas permissivas e com permissividade não há títulos. É uma questão de cultura. Estabilidade é diferente de passividade. O Benfica, o grande Benfica, admirado por esse mundo fora, cultiva a estabilidade na elevada exigência.

   Estará Rui Costa consciente disso? Os sucessivos equívocos de gestão desportiva verificados nos últimos anos têm sido de tal monta que a sua imagem junto dos adeptos tem sido afetada. Estes questionam-se acerca da sua efetiva missão no clube-sad.

   Está em causa tipo de vínculo de Rui Costa; se com Filipe Vieira, se com o clube.

   Num momento em que se inicia um novo ciclo, o clube-sad depara-se com nova encruzilhada; privilegiar o investimento em betão ou, em alternativa, apostar na competitividade desportiva.

   Ora o Benfica, o grande Benfica, vive de vitórias e não de betão.

   De que lado estará Rui Costa?

Peniche, 17 de Novembro de 2019

António Barreto
(After the Bath, Edgar Degas)