Desporto

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Raul Solnado - Concerto de violino

Breve História da Civilização (Will Durant, ed. Clube do Autor)

 Uma edição bem cuidada, iniciação ideal à História da Civilização. Escrita conforme o AO, não se me revelou desconfortável.

“O homem é o último animal doméstico da mulher, apenas parcial e relutantemente civilizado.”

“Uma guerra bem-sucedida é a forma que uma nação tem de se alimentar.”

“A civilização é a ordem social que promove a criação cultural.”

“A passividade colhe mais vitórias que a ação.” (Lao-Tsé, 604 ac)

“É característico do pensamento chinês não falar de santos mas de sábios.”

“Restaurar a moralidade e a ordem social por meio da difusão da educação.” (filosofia de Confúcio, 551 ac)

“Todo o caos é uma transição. No final, a desordem cura-se e equilibra-se com a ditadura…”

“O Ódio acaba apenas pelo amor.”

“O nirvana não é um paraíso depois da morte, é a satisfação tranquila da superação do egoísmo.” (Buda)

“Inesperadamente, uma mulher politicamente popular declarou uma moratória à democracia e assumiu o controlo autocrático do governo, da economia e da imprensa da índia.”

“As artes industriais no Antigo Egipto estavam tão avançadas e eram tão variadas como as da Europa antes do Renascimento.”

“O código moral egípcio não levantava qualquer objeção ao incesto.”

No Antigo Egipto…”a propriedade era transmitida por linha feminina.”

No Antigo Egipto…”As mulheres gozavam de estatuto legal superior e uma maior liberdade moral e social do que em qualquer estado europeu anterior à nossa época, com exceção, talvez, da Roma imperial.”

“A arte egípcia rivaliza com as artes grega e romana, mas precedeu-as mil anos e numa centena de obras foi precursora.”

“Amenhotep IV (Akhenaton)…”com a sua audácia de poeta, rompeu os compromissos e anunciou que essas divindades e as cerimónias eram uma idolatria vulgar e que havia apenas um rei, Áton, o Sol.”

“…tendo Amurabi elaborado cerca de 1940 a.C. , um extraordinário código de leis racional.

“O bem parecido e harmonioso David, que fora capitão da guarda-real, assumiu o trono cerca de 1000 a. C, conquistou e uniu todas as regiões de Israel e escolheu esposas dessas tribos para cimentar o seu governo; fez de Jerusalém a sua capital, reinou durante 36 anos e deixou tal memória de prosperidade que os judeus, em desditosos tempos posteriores, ansiavam por um “messias” - um descendente de David -, que  restaurasse o esplendor e a felicidade do governo de David.

“Nesse livro da lei, no livro chamado Levítico está a maior, a mais ousada e a mais breve formulação da ética cristã; “ama o próximo como a ti mesmo”.

“Carlyle referiu-se ao livro de Job “um dos melhores textos alguma vez escrito…Não há nada escrito, penso eu, na Bíblia ou fora dela, de igual mérito literário”. Os eruditos datam-no entre 500 e 300 a. C.

“Em Mileto, 600 anos a. C. Tales estabeleceu a primeira escola de filosofia grega e deu um forte impulso à geometria e à astronomia gregas.”

Heraclito: “ A guerra é a justiça”. “A competição entre indivíduos, grupos, instituições, estados e impérios constitui o tribunal supremo da natureza, de cujo veredicto não há apelo.”

Pitágoras:  “… deu à geometria a sua forma clássica, dois séculos antes de Euclides...descobriu as relações numéricas das notas musicais como as das notas de uma harpa.”

“Em Siracusa nasceu Arquimedes (287 a.C.) o maior dos matemáticos gregos.”

“A revolução pacífica de Solon é um dos milagres mais encorajadores da história.”

“…mas nem Sólon conseguiu calar a língua ativa de Atenas, onde o boato e a difamação se afiguravam essenciais para a democracia.”

Solon: “…achava que a indiferença do público é a ruina do Estado.”… “ordenou que os filhos daqueles que morressem na defesa do seu país fossem criados e educados a expensas do Governo.”…”que a lei é uma teia de aranha que apanhava as pequenas moscas e deixa escapar os grandes insetos.”…Foi um bom aluno de Aristóteles, antes de Aristóteles ter nascido.”

“Nunca antes o mundo vira direitos civis tão liberais e poder político tão alargado.” (Grécia sob a égide de Clístenes, desde 507 a. C. a 308 a. C).”

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A Destreza das Dúvidas: Regresso ao escudo

A Destreza das Dúvidas: Regresso ao escudo: "Rei morto, rei posto!" Agora que o PS formou governo, já notei que várias pessoas, inclusive analistas que aparecem na TV e que e...

(Tela de Paula Rego; Anjo)

domingo, 22 de novembro de 2015

ARQUIVO BRANDÃO FERREIRA: APRESENTAÇÃO DO LIVRO “EM NOME DA PÁTRIA”


"Que acabámos por soçobrar é um facto. Agora que tenhamos que assumir as razões dos nossos inimigos, ou ser forçados a engolir mentiras no discurso oficial ou nos livros de História é que já me parece intolerável. Recuso-me mesmo a aceitar tal estado de coisas. E este é, de facto, um dos problemas que tenho tido: é que ao contrário de muitos com quem me cruzei na vida, eu nunca me conformei com esta derrota ignominiosa. "

ARQUIVO BRANDÃO FERREIRA: APRESENTAÇÃO DO LIVRO “EM NOME DA PÁTRIA”: 28/10/2009 Gostaria de começar por vos mostrar uma missiva que o Duque de Wellington enviou ao governo de S. Majestade: Mensagem do Duque d...

(Retrato de Gentil Homem de Giorgio da Castelfranco)

A "Nova Pide"!

    Com serena e invulgar coragem, no seu estilo elegante, claro e fundamentado, Eduardo Cintra Torres, mostra, no seu artigo de hoje do Correio da Manhã, como a democracia portuguesa não passa de uma ilusão terceiro mundista onde se torturam e aniquilam pessoas, sem as prender fisicamente, conforme os interesses dos ocultos poderes dominantes que se apropriaram das estruturas do Estado. 

"Que as secretas tenham espiões é o que se espera. Mas as nossas secretas cospem na Constituição e espiam os concidadãos ao serviço de interesses obscuros, certamente políticos. Os serviços secretos portugueses são também, portanto, uma polícia política. Não prendem e torturam, como a PIDE, mas vigiam portugueses por causa da sua profissão, das suas fontes, das suas opiniões. Destroem pessoas por meios que não a prisão e a tortura. Nesta atividade ilícita, a nossa polícia secreta é, assim, uma PIDE adaptada a um regime democrático. Esta nova PIDE está ao serviço de interesses que desconhecemos, embora desconfiemos."

 http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/eduardo_cintra_torres/detalhe/portugal_tem_nova_pide.HTML
 

Está quase!, na próxima empatamos!

   Do tempo regulamentar do jogo dos 16 avos de final da Taça de Portugal, Sporting-Benfica, ganho pelo primeiro por 2-1, fiquei com duas certezas; A primeira é que Rui Vitória não está à altura das ambições do clube; não é capaz de "mexer" no jogo mesmo quando a sua equipa está a levar uma "coça"; em quatro meses foi incapaz de implementar um modelo de jogo e não tem capacidade de empolgamento, nem dos jogadores e nem dos adeptos. Essa qualidade que faz a diferença e que nos faltou ontem. A segunda é que os "astros" conjugaram-se para que este seja o ano do Sporting! Já o disse antes; os adeptos deste clube são imprescindíveis à solvabilidade do futebol nacional e esta é a forma de os atrair. Porém convém não esquecer que quando a manta é curta, ao tapar os pés destapa-se a cabeça e vice versa. E a manta é mesmo muito curta e demasiado esburacada.
   
   Jorge de Sousa fez a diferença e tal não me surpreendeu!, começou a desenhar-se cedo. O método não falha nem engana. No final, sim, tornou-se descarado com a não marcação da grande penalidade que poderia ter dado o empate aos encarnados, já com dez jogadores em campo devido à expulsão de Samaris que constituíu o "partir de pernas" da equipa. Slimani marcou o golo da vitória, mas não devia, visto que deveria ter sido expulso muito antes. Jorge Jesus mostra atributos que não revelou ou não lhe permitiram implementar no Benfica; dar pancada nos jogadores mais influentes do adversário; Gaitan, Júlio César e Luisão!, pelo menos dois deles tiverem de recorrer a assistência hospitalar!  
   Há uma ou mais "cabeças" dentro ou fora das superestruturas do futebol, que decidem as classificações. Com a "falência" da Justiça o futebol nacional tem os dias contados.

Filipe Vieira!, com punhos de renda seremos enxovalhados dentro e fora do campo sem dó nem piedade! O exemplo vem de cima! 

sábado, 21 de novembro de 2015

ISN e Capitanias nas mãos dos Sindicato das Administrações Portuárias?

      Noticia o Correio da Manhã de hoje que a Autoridade Marítima reforçou a estação de salva-vidas da Figueira da Foz com dois elementos militarizados que já prestavam serviço na capitania depois de terem recebido uma semana de formação em salva-vidas a que se seguirá um período de formação específica relativa àquela fatídica barra. Tal medida deve-se à indisponibilidade do atual Sota-Patrão, a quem está a ser instruído um processo disciplinar, de prestar socorro entre as 1800h e as 0900h, apesar de receber um subsídio para o efeito e horas extraordinárias que lhes foram entretanto retiradas. Serafim Gomes, do Sindicato dos Trabalhadores das Administrações Portuárias já veio dizer que os novos elementos não são qualificados para o salvamento e que vai recorrer judicialmente porque o Capitão do Porto não tem autoridade para cortar subsídios. É claro que, para o STAP, trabalhadores só no Estado!, há que proteger o seu sagrado direito à tranquilidade noturna apesar de serem pagos para proteger os "não trabalhadores" privados que não têm salário fixo nem horário de trabalho definido mas contribuem para lhes pagar salários, subsídios e horas extra. Um enxovalho aos Trabalhadores Pescadores revestida de profunda desumanidade que pode induzir o levantamento popular contra órgãos do Estado, propósito das forças políticas derrotadas do 25/11, servindo-se dos "idiotas úteis", neste caso os trabalhadores portuários, sempre prontos, salvos exceções, a espezinhar os restantes concidadãos na defesa do seu benefício. Esta é, também, uma forma de totalitarismo uma vez que vai ganhando consistência, cada vez mais evidente, a ideia de que os Tribunais defendem os funcionários públicos, mais parecendo uma superestrutura sindical. Estão em causa as democracias.

Paradoxos!

   As sociedades humanas evoluíram muito; da barbárie ao Estado de Direito e deste ao Estado dos Juízes; do Direito Natural, ao poder da interpretação discricionária das leis.
 
(tela de Giorgio da Castelfranco; renascentista italiano)

terça-feira, 17 de novembro de 2015

FREI HERMANO DA CÂMARA - "Minha mãe, nasci fadista"

FREI HERMANO DA CÂMARA - "Minha mãe, nasci fadista"

https://youtu.be/vYbL9VwJtrM

(Tela de Abel Manta)

Edvard Grieg, In the Hall of the Mountain King from "Peer Gynt"

A Destreza das Dúvidas: Tutorial

A Destreza das Dúvidas: Tutorial: O Ezra Klein disponibilizou um vídeo com uma explicação do conflito na Síria e de como o Estado Islâmico surgiu. Há uma coisa que é bastante...

(Tela de Amadeo Modiglianni)

domingo, 15 de novembro de 2015

Sindicatos; Os Donos Disto Tudo?

   No seu estilo tabloide, descontando a sua persistente militância contra o meu clube, o Benfica, o Correio da Manhã vai-se afirmando com um dos principais bastiões de luta pela verdade e liberdade, mantendo uma vigilância cerrada aos Governos e restantes agentes políticos. Na sua edição de ontem, 14/11/2015, a propósito do "Catrua", salvo do naufrágio por três embarcações de pesca, o CM revela que a inoperância da Estação de Salva-Vidas da Figueira da Foz se deveu à recusa do respetivo chefe em atender o telemóvel de serviço, por indicação do Sindicato Nacional das Administrações Portuárias que fez questão de oficiar o Capitão do Porto da Figueira da Foz de que, o Sota Patrão iria deixar de se fazer acompanhar do telemóvel de serviço.
 
  Ficámos então a saber que quem manda  nos Portos nacionais, é o Sindicato Nacional das Administrações Portuárias e não as autoridades públicas. Que estas, não tiveram coragem de revelar publicamente o gesto do Sota Patrão e do seu Sindicato. Que estes estão determinados a pôr em risco de vida os cidadãos, que deviam defender, em nome de eternas lutas corporativas que nada mais visam que desmantelar as estruturas do Estado, propósito das entidades políticas às quais devem obediência.
 
   Num Estado de Direito também há deveres, neste caso, o dever de auxílio! Foi aprovada recentemente legislação que prevê pena de cadeia até três anos aos autores de maus tratos dos animais. Proliferam nas redes sociais juras de amor a toda a espécie de animais. No Olívia Ribau morrerem cinco homens, um dos quais implorando, em vão, auxílio durante cerca de uma hora, refugiado na parte emersa do barco! Era das redes, era dos cabos de aço, era da noite, era "do raio que os parta a todos"...afinal, foi do Sota- Patrão e do seu Sindicato que consideram  que a sua "luta" deve prevalecer sobre o direito à vida, tal como, há muito, acontece com as sucessivas greves nos hospitais! Uma inversão grotesca dos valores sociais e morais duma sociedade cada vez mais subjugada aos interesses de certos trabalhadores, força avançada de interesses políticos cuja missão consiste, precisamente, na inviabilização económica de Portugal e na instauração da "ditadura dos "trabalhadores", nova designação dos "operários" da pseudo revolução Leninista.
 
   Desconheço os meandros e as esquinas da lei, mas, enquanto cidadão, considero que quer o Sota-Patrão quer o Sindicato, quer o Capitão do Porto da FF, deviam ser acusados de
homicídio qualificado e julgados em conformidade. Claro que, num Estado sem Lei, a justiça seria feita pelos familiares das vítimas, pelos Pescadores e pelos cidadãos comuns, pelas próprias mãos!
 
   Eis como esta Democracia resvala para um totalitarismo dos seguidores de Lenine, razão que justifica a oposição popular com todas as suas forças, porque se revela em muitas outras áreas da vida pública e privada.  

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Retrocesso civilizacional

Philippe Verdier foi despedido do canal francês France 2 onde apresentava há vários anos o seu programa de meteorologia, por referenciar o seu livro de investigação climática no qual manifesta a sua discordância contra o atual cenário apocalítico ambiental que domina a cena internacional difundindo um ambiente de medo entre os cidadãos, favorável à implementação pelos governos, de programas restritivos, e ao desenvolvimento económico de alguns países, como a França. Considera  haver falta de consistência científica das conclusões do IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas) e má fé desta entidade ao omitir, do grande público, informação que contraria as suas teses, nomeadamente, o decrescimento da temperatura média do planeta nos últimos vinte anos.
 
Fez-se noite escura na"Cidade Luz", em vésperas de receber mais uma reunião internacional sobre  temas ambientais, com o despedimento imediato de Philippe Verdier! Num país  que foi berço do iluminismo, num continente que pretende continuar a ser referência ética, social, económica e normativa para o mundo, este acontecimento revela como é grande a divergência do discurso dos intelectuais e políticos europeus face ao seu comportamento e deste relativamente aos princípios fundadores das Democracias Liberais. Mais um inequívoco sinal de decadência europeu onde se evidencia a arrogância dogmática característica de períodos históricos obscurantistas. Não se trata de declínio económico ou social conjuntural mas de uma degenerescência de princípios que se julgavam irreversíveis no país onde, não há muito, o homem emergiu das trevas.
 
É caso para dizer; "há lodo no cais". A histeria ambiental quanto às alegadas causas antropogénicas do Aquecimento Global, serve interesses económicos concretos cuja ponta do véu foi recentemente levantado com o caso da Volkswagen e outros potentados económicos do mais purista dos países ambientalistas - a Alemanha -, mas também dos que mais lucram com esta política de persistente terror, que apela ao uso compulsivo da tecnologia, onde dão cartas.

Liberdade de expressão sim, para tudo e mais alguma coisa, desde que não ponha em causa os dogmas dos novos deuses da "ciência" política nem dos da política da "ciência"!

(Fonte, The Guardian)

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Uma vitória merecida!

      Uma vitória moralizadora e merecida, que melhora as espectativas do Benfica para a época em curso. Apesar de várias ausências forçadas e da qualidade do adversário, os encarnados apresentaram-se taticamente disciplinados, com boa intensidade e dinâmica, dispostos a lutar pela vitória. Foi difícil, como se esperava, até porque o "Gala"  povoou muito bem  a sua defensiva, chegando a alinhar cinco a seis defesas e três trincos, mas com grande dinâmica, mostrando que poderia fazer o golo numa qualquer desatenção, como, de facto, aconteceu, pelo inevitável Podolski, num lance em que, Júlio César, nada podia fazer.
 
   Silvio está em nítida subida de forma, Eliseu não comprometeu, Talisca portou-se muito bem, Almeida não comprometeu, Guedes, Jonas, Gaitan e Jimenez, trabalharam muito. Os centrais fizeram a diferença nos dois golos da equipa, com destaque para Luisão, que marcou o da vitória; mérito ao Treinador, visto que se trata, claramente de trabalho tático.
 
  Acho que o árbitro se portou mal!, começou a amarelar os encarnados desde cedo adivinhando-se o que veio a suceder; expulsão de Gaitan completamente imerecida, logo após ter poupado a expulsão a um dos gregos, por braço na bola! Com este gesto virou o jogo a favor dos gregos num período em que se adivinhava o terceiro tento dos encarnados.
 
  Enfim, o apuramento para os oitavos está quase garantido, e a equipa e os adeptos reforçaram o ânimo. 
 
   Força Benfica!  

Chuck Berry & Bruce Springsteen - Johnny B. Goode

domingo, 1 de novembro de 2015

O sim e as sopas!

      Após quatro anos de dura austeridade, e mesmo nalguns casos, de "terrorismo de Estado " - notificações e penhoras automáticas da Segurança Social e das Finanças por qualquer montante em suposta dívida, mesmo que desconhecida do contribuinte - o espectro da ingovernabilidade e do caos económico e social paira sobre Portugal expondo-o à irrelevância e ostracismo internacional e ao ao "orgulhosamente sós" de Salazar, com a diferença da ausência de dívida pública relevante nessa época e do, até ao momento, total fracasso das independências saídas da descolonização de Abril, à exceção de Cabo Verde.

   Porém esta clarificação vem com um atraso de quarenta anos! Não há democracia num país em que a sua constituição prescreve o caminho para o socialismo! Nem há Socialismo Democrático!, Este nada mais é que uma reinvenção de Mário Soares para sobreviver politicamente ao radicalismo de Álvaro Cunhal e do Partido Comunista que ameaçava subjugar tudo e todos ao imperialismo soviético. 
   O Partido Socialista esteve sempre politicamente "refém"  do Partido Comunista e, mais recentemente, do Bloco de Esquerda, na disputa do eleitorado associado ao funcionalismo público e ao Estado Social, dando "uma no cravo outra na ferradura", que lhe garantiram acesso à governação e lhe permitiram "atar grande parte dos nós" que hoje nos asfixiam a quase todos. Frustrada a expectativa da tão almejada e "fatal" maioria absoluta na sequência duma "truculenta"  governação dos seus opositores, recusando-se a aceitar e interpretar as sucessivas sondagem que precederam o ato eleitoral, o Partido Socialista, percebeu que tinha perdido a "guerra" ao centro e radicalizou-se, associando-se ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda. Com isso traiu não só o seu eleitorado como grande parte dos seus militantes, como vem sendo público, demonstrando que se tornou num Partido não confiável, imprevisível, cuja clarificação interna se impõe, urgentemente, sob pena de arrastar Portugal para o mesmo "destino". É necessário, sim, que os militantes socialistas se pronunciem sobre os alegados compromissos assumidos com os partidos radicais. Mas também é imperioso que os portugueses se pronunciem sobre o atual programa do Partido Socialista.
   É hora de os portugueses decidirem se querem uma política de consensos ou preferem uma política de convicções; de assumirem o seu próprio destino sabendo de antemão das correspondentes consequências. Quarenta anos de "socialismo democrático", com três intervenções externas a evitarem a bancarrota, são suficientes para um povo inteligente e diligente atingir a maturidade política e cívica; para recusar em definitivo a propensão para o velho paternalismo absolutista, próprio da ignorância, do comodismo ou da prepotência, incompatíveis com a Democracia e justa aspiração de Liberdade de cada um.

Emissões para que vos quero

   O recente escândalo relacionado com o falseamento da declaração de emissões de CO2 da Volkswagen e ao que parece, também da Audi, Seat, Samsung e outros, representa o destapar do véu das verdadeiras causas por detrás da promoção da "origem antropogénica" do Aquecimento Global (AG). As emissões de CO2 têm um efeito marginal no AG, que se traduziriam num diferimento de cerca de seis anos no acréscimo de 2ºC para o final do século, preconizado pelos "cientistas" do IPCC - Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas - se todas as medidas do Protocolo de Kioto fossem implementadas, consumindo verbas astronómicas - ver em Coll It de Bjorn Lomborg . Não surpreende que o logro seja proveniente dos países desenvolvidos "por acaso" os que mais defendem o controlo de emissões e o comércio de CO2.

   Confrontados com o potencial tecnológico e económico das potências emergentes, como o da Índia e o da China, destituídos do instrumento colonial e do monopólio do conhecimento que sustentou durante séculos as suas economias,  os países Ocidentais dominantes, inventaram o dogma do CO2 para condicionarem e até impedirem o desenvolvimento dos países pobres com a finalidade de perpetuarem a sua dependência tecnológica, precisamente onde reside o maior valor acrescentado das economias.

   Chegámos ao absurdo de ver destacados dirigentes ocidentais invocarem o argumento do CO2 para justificar o desencorajamento do desenvolvimento agrícola de países pobres! Deixa-te estar; vende-nos a tua quota de CO2 que nós vender-te-emos o de que necessitas! É este o novo modelo de colonialismo que se propaga como fogo em palha seca graças ao poder que as ONG do setor adquiriram junto  de organismos internacionais considerados, por enquanto, de referencia; como a ONU, a OMS, ou a EPA. 

   Por cá o pretexto da redução de emissões tem servido para extorquir os proprietários, impondo-lhes as famigeradas certificações energéticas, os profissionais dos vários ramos conexos e correspondentes empresas promovendo a exclusão profissional, a sustentação do parasitismo associado à "formação profissional" e a criação de reserva de mercado para as empresas dominantes; sejam as protegidas do regime sejam as "europeias" cujos governos, via UE, impõem as regras da nossa desgraça. Brevemente, se nada for feito, o ramo alimentar nacional sofrerá um abanão histórico cujas consequências se revelarão dramáticas para o emprego.  
   Esta manipulação, como aliás já ocorreu ao nível da recolha e tratamento dos dados de temperatura média do planeta, bem como na ocultação do decrescimento da mesma nos últimos vinte anos, - John McIntire, Clima Audit - desacredita quem a promove e as respectivas intenções.  

Um caso que justifica a acção do TPI!

Além do horizonte

   Fiquei surpreendido quando, no final daquela fatídica época, em que a equipa de futebol sénior do Benfica, tudo perdeu, quando tudo poderia ter ganho e Filipe Vieira decidiu manter o desacreditado treinador, que parecia ter perdido a confiança dos seus jogadores e dos adeptos. Adivinhava-se, como consequência imediata da profunda deceção, a deserção ou simples afastamento de grande massa adepta benfiquista. Tudo parecia recomendar a tomada de medidas drásticas rompendo com o fracassado projeto Vieira-Jorge Jesus. Na verdade, a recente recontagem de sócios revelou uma redução significativa, mesmo descontando as causas naturais. Por outro lado, Jorge Jesus afirmou em entrevista recente, que, nessa ocasião, já tinha para onde ir. Parecia pois que iríamos assistir a uma debandada persistente de benfiquistas da "indústria" do futebol nacional e, pareceu-me, que isso mesmo terão  comcluído os altos responsáveis da bola lusitana. O passo lógico seguinte foi considerar que tal conduziria ao colapso da "indústria", dada a sua evidente precariedade económica, impondo-se a tomada de medidas urgentes de recuperação do "mercado" encarnado. Essas medidas consistiriam na garantia de moderação dos condicionamentos desportivos associados ao desempenho das equipas de arbitragem, historicamente hostis às equipas do Benfica. E foi ao que assistimos nas duas épocas seguintes; os encarnados da Luz, foram menos prejudicados do que nas anteriores, sucedendo-se as vitórias, para gáudio dos seus diletos, que, assim, relativizaram mágoas passadas.

   É óbvio que a viabilidade económica do futebol nacional depende da capacidade dos seus agentes conquistarem a adesão de todos os que são sensíveis ao espetáculo desportivo, fundamentalmente os adeptos e simpatizantes dos três grandes clubes nacionais. Chegou a vez de reconquistar os adeptos do Sporting; jornada após jornada, os indícios vão-se sucedendo, consolidando a temerária suspeita. Nesta jornada, mais uma vez, o Sporting ganha com uma grande penalidade mal assinalada, como parece ter acontecido no jogo com o Tondela. Mesmo no recente jogo da Luz foi-lhe perdoada uma falta para castigo máximo, cometida sobre Luisão, ainda com o nulo no resultado. Bruno de Carvalho não precisa de fazer tanto alarido; basta-lhe assumir uma pose de "Estado", afirmando-se como o grande visionário verde, poupando sérios embaraços aos sportinguistas decentes. A vitória parece certa! E pode ter sido esta a verdadeira razão da saída de Jesus; saiu do Benfica por cima sabendo que vai ganhar no Sporting. 

   O mais grave de tudo isto é que, a ser verdade, Filipe Vieira teria conhecimento da moscambilha; daí a aposta na formação. Perde-se agora e preparam-se as vitórias para quando chegar a nossa vez!

   Tudo isto pode parecer uma grande patetice mas a verdade vai-se insinuando, episódio após episódio, na mente de muitos adeptos, que a vão pressentindo. Juntando os conhecidos casos de corrupção, as confissões do uso de estupefacientes por parte de alguns ex-praticantes, a insolvabilidade da maioria dos clubes nacionais, a concorrência de outros campeonatos, o fim do "mito" Mourinho, os casos em curso na FIFA, os muitos escândalos no futebol internacional e as obscuras oportunidades financeiras associadas, pode bem ocorrer num futuro não muito longínquo, o total descrédito do futebol português e o consequente afastamento da generalidade dos espectadores, cansados de tanta mentira e manipulação.

A verdade, chegará, seja ela qual for.

(Tela de Amadeo Modiglianni)