Desporto

domingo, 31 de agosto de 2014

De bárbaros a burocratas (Lawrence M. Miller) (1)

Um pequeno tratado de iniciação à estratégia empresarial no qual o autor, com vasta experiência de consultadoria em grandes empresas americanas, caracteriza a sua visão do ciclo de vida empresarial e de como é possível aos gestores evitarem a decadência das suas empresas fazendo uso da Lei da Sinergia. Pelo meio, reflexões várias, algumas delas oportunas e extrapoláveis para a sociedade em geral.
 
E é assim que Lawrence divide o ciclo  de vida empresarial em sete estádios; o do profeta, o do bárbaro, o do construtor e explorador, o do administrador, o do burocrata, o do aristocrata e o da prescrição para a sinergia, respectivamente; o da inspiração, o da conquista, o da especialização e expansão, o dos sistemas - estrutura e segurança -, o do controlo, o da alienação e revolução e o da competição e cooperação.
 
Citações avulso:
 
"O bem-estar é inimigo da civilização" (expressão que o autor atribui a Toynbee). (pág.88)
 
"Quando começam a contar com as respostas que obtiveram êxito no passado, o declínio começa." (pág. 99)
 
"A estrutura estabelece que o capital é um recurso raro a ser racionado entre as oportunidades de investimento competitivas. Na realidade, a situação atual na América do Norte é precisamente o oposto: as oportunidades são raras e o capital abunda." (pág. 104)
 
Nota: esta talvez seja a principal razão das crises portuguesa e europeia; nas empresas, nas juntas de freguesia, nas câmaras e nos governos , todos sabem gastar e muito poucos investir. Não há falta de dinheiro da europa, há sim falta de criatividade empresarial, falta de projetos reprodutivos.
 
"Quanto mais rígidos forem os sistemas e a estrutura, mais a criatividade é abafada." (pág. 107)
 
Nota: precisamente o que se passa em Portugal e na Europa, onde a produção regulamentar é compulsiva e asfixiante. Percebê-lo-ão tarde demais, infelizmente para as populações, que não para as elites.
 
"Isto é a grande ilusão do Administrador: crê que o processo é mais importante que o produto." (pág. 108)
 
"As civilizações começam a decair quando a integração social é interrompida e quando os dirigentes se desinteressam pelos seus seguidores. O mesmo se passa com as empresas." (pág. 112)
 
"De um modo geral, quanto maior for o controlo administrativo, menor será a tendência para o desenvolvimento e a expansão." (pág. 119)
 
Nota: quem explica isto aos dirigentes europeus e nacionais?
 
"Enquanto os patrões fingirem que nos estão a pagar um salário decente nós fingiremos que estamos a trabalhar." (pág. 121) (expressão atribuída aos trabalhadores soviéticos por volta da década de 70)
 
"O sistema imperial romano...no seu melhor momento, tinha uma administração burocrática que manteve a paz no mundo durante uns tempos mas que não conseguiu segurá-la...a chave de todo o seu fracasso reside na ausência de qualquer atividade mental livre, e de qualquer organização para o aumento, desenvolvimento e aplicação do conhecimento." (pág. 123)
 
"A democracia é virtualmente impossível quando se confia em mecanismos de controlo para aumentar a eficácia económica." (pág. 126)
 
"Infelizmente, quanto mais forte for a burocracia menor será a probabilidade de uma transição pacífica. É a distribuição desigual do poder, a ausência de controlos e equilíbrios, que constitui o antecedente da revolução. Quando a alienação é completa, os lideres ascendem ao estado de aristocracia e os colaboradores só têm por alternativas a revolta ou a deserção."(pág. 127)
 
Nota: a burocracia fede, quando chega a revolução?
 
"O crescente domínio dos gestores financeiros e dos advogados, que vêm logo a seguir, coincide directamente com o declínio da competitividade americana." (pág. 128)
 
Continua

Benfica-Sporting (1-1)

Há guarda-redes que roubam golos aos adversários e há outros que lhos oferecem. Et voilá; moins deux points, que ça fait du bien!

sábado, 30 de agosto de 2014

O ovo no cú da galinha

Em matéria de futebol, hoje, quase só acredito no de rua apesar da flexibilidade das regras, da ausência de árbitros e da formação espontânea das equipas. Julgo mesmo que é esta a origem do fascínio deste desporto, pela pureza e criatividade que encerra. Talvez tal se deva, também, à relativa importância do resultado constituindo a recreação e o convívio a principal motivação dos protagonistas. Isto para dizer que, desde há uns anos a esta parte, consequência de ocorrências várias em matéria de corrupção dentro e fora do país e de observações pessoais seja dos jogos seja de notícias dispersas na comunicação social, tenho muita dificuldade em acreditar no futebol profissional seja ou não nacional, com exceção, admito, do inglês.
 
É pois com desconfiança que vejo o investimento maciço do Porto em novos jogadores. É certo que investir para ganhar tem toda a racionalidade, porém, investir tanto sem ter com quê - salvo o erro, o resultado de exploração da época anterior foi superior a 30 ME negativos -, dá que pensar, sobretudo, perante a crise bancária e do Universo Oliveira. O certo é que parece não faltarem financiadores a este clube cujo presidente, perante o aparente caos diretivo, se viu forçado a assumir as rédeas do futebol imagino que com grande sacrifício pessoal. Diz-se por aí que são Jorge Gomes e o fundo Ayoken, os grandes mentores deste projeto. Não sei, mas temo que tal signifique confiança no fortalecimento do "sistema" que tem controlado o futebol nas últimas décadas em Portugal no qual o Porto tem sustentado as suas vitórias.
 
Consta que Lopetequi integra a "corte" de Angel Vilar, presidente da Real Federação Espanhola e ex-vice-presidente da UEFA e da FIFA; um velho tubarão do futebol europeu bem capaz de conhecer a preceito toda a correspondente máquina de bastidores. Máquina cuja existência somos forçados a suspeitar face ao que repetidamente assistimos nas quatro linhas e ao sistemático fechar de olhos da UEFA aos casos de corrupção que têm ocorrido em Portugal.
 
Na frente institucional, após todas as trapalhadas que se verificaram nas recentes eleições da Liga, os opositores de Mário Figueiredo lá conseguiram a repetição das mesmas e a aceitação da lista de Rui Alves, dirigente conotado com o "sistema", investigado e acusado em vários casos relacionados com corrupção no futebol e evasão fiscal.  O isolamento de Mário Figueiredo constitui a demonstração de que o futebol português está moribundo; a maioria dos clubes ficou refém do "sistema" aceitando participar na farsa desportiva a troco de segurança de financiamento, apesar do projeto de Figueiredo ser o da efetiva libertação dos clubes. Não posso deixar de referir a reserva que me suscita a posição do Benfica, incapaz de assumir o apoio a Mário Figueiredo, cujas razões objetivas, deveriam ter sido sublinhadas. Compreendo a estratégia de não comprometimento de soluções por as assumir, mas não concordo, e tenho que enaltecer neste caso a posição do Sporting que não titubeou no apoio ao ainda Presidente da LPFP.
 
Curioso, mas não surpreendente, é constatar a ausência de resposta da ERC à queixa apresentada por aquela entidade contra o monopólio da Olivedesportos no acesso à concessão dos direitos desportivos - eu próprio fiz essa denúncia via net cerca de um ano antes, em cuja resposta os serviços da ERC me informaram não encontrarem irregularidades tendo encaminhado o assunto, para o Ministério público do qual nada chegou. O resultado, obviamente, traduz-se na asfixia financeira da Liga suscitando o agravamento da contestação dos clubes e, quiçá, a intervenção da Federação, com a cobertura legal proporcionada pelo atual governo mercê de recentíssima legislação proposta pelo atual Secretário de Estado do Desporto, adepto de um dos clubes mais ativos na contestação a Mário Figueiredo, o Vitória de Guimarães, de cuja cidade é natural. 
 
Juntando a tudo isto a instabilidade  que, mais uma vez, se verifica no Benfica a nível da constituição do plantel, pairando a incerteza até ao último instante da janela de transferências, temos, os benfiquistas, fortes razões para estar preocupados, descontando desde já o caso dos apoios mais ou menos explícitos ao Sporting, alegadamente, salvo in extremis da insolvência, pelo falido BES. Verdade ou não, a dificuldade de aquisição de jogadores de qualidade tem sido tal que há quem suspeite que o mesmo Jorge Gomes, estará nos bastidores a fazer o gosto aos rivais, desmantelando a equipa e impedindo aquisições de valor, mancomunado com Pinto da Costa, este, desesperado perante a iminência de sair do futebol por baixo e desacreditado.
 
Enfim, espero é que no Benfica, conseguindo ou não os reforços de que necessita, ninguém perca a cabeça e se concentrem, todos, em colocar no terreno o potencial, que, apesar de tudo permanece, embora, admito, com menor exuberância.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sementes de violência

A combinação da exigência de ensino mínimo, fixado atualmente e por enquanto no 12º ano, e o custo dos materiais escolares - cada família portuguesa vai despender €509,00 este ano com o regresso às aulas (Edgar Nascimento no CM) - propicia a exclusão social, marginalidade e violência, constituindo mais um paradoxo dos tempos modernos.

domingo, 24 de agosto de 2014

Boavista-Benfica (0-1)

   Vitória difícil mas merecida do Benfica, perante uma equipa que jogou o que se esperava; compacta e combativa, fechando os caminhos da sua baliza , em especial nas faixas laterais, zonas onde o Benfica é especialmente forte, como se verificou no jogo anterior. A supremacia foi dos vermelhos, à exceção de período entre a saída de Amorim e a entrada de Ola John, que permitiu a deslocação de Gaitan para o meio e o reequilíbrio da contenda. Talisca tem qualidades, sem dúvida, a melhor das quais residindo na qualidade do passe longo e do remate de meia-distância - Julgo que necessita de melhorar a leitura de jogo e de aumentar a massa muscular; se o conseguir poderá vir a ser um excelente centrocampista. Foi assim notório o défice de criatividade no meio-campo, sobretudo após a saída de Amorim, atenuado após a deslocação de Gaitan para o eixo, daqui resultando o fraco desempenho de Lima uma vez que não disponha de bola jogável apesar do esforço despendido. Foi pois num oportuno remate de meia-distância - acção historicamente pouco explorada por Jorge Jesus - de Eliseu, por sinal com uma exibição soberba, que o Benfica  alcançou a vitória. Depois foi arregaçar as mangas e lutar com galhardia perante uma equipa que nunca baixou os braços, chegando mesmo a provocar alguns calafrios nos adeptos encarnados. Muito bem, além de Eliseu - que nada fica a dever a Siqueira -, Artur, Luisão, Jardel, Máxi, Gaitan e André Almeida.
   Não sei se o sintético teve algo a ver com a lesão, mais uma, de Amorim, mas julgo que, este, tem que modificar a forma como se faz aos lances. É porém possível que o sintético, tenha tido influência no golo ao manter a velocidade da bola quando esta deslizou no relvado à frente do guarda-redes. 
Marco Ferreira esteve muito mal, ao perdoar uma grande penalidade ao Boavista - penalizando Jara com um injusto amarelo -, ao deixar por assinalar várias faltas em zonas críticas da mesma equipa e fazendo, injustificadamente, o contrário, relativamente aos encarnados, "amarelando" vários dos seus atletas, constituindo-se em fator de desestabilização dos vermelhos.  Felizmente que os juízes de linha estiveram atentos aos fora-de-jogo, assinalando-os, incluindo um, neste caso mal, ao Benfica. 
Felicidades para o Petit e sua equipa.  

sábado, 23 de agosto de 2014

O Banho Publico

  Esta ideia de banho público proposto no Ice Buckett Challenge destinada a ajudar na luta contra a esclerose lateral amiotrófica, doença grave, degenerativa e incapacitante, revela, antes de mais, a capacidade e disponibilidade de mobilização solidária da população em geral por causas nobres, mas, simultaneamente, os perigos da tendência para o seguidismo coletivo, neste caso associados a um despropositado desperdício de água, numa mensagem paradoxal relativamente às prioridades ambientais. As populações atuais carecem, mais que nunca, de causas comuns, porém, os exíguos resultados financeiros obtidos até ao momento - salvo o erro 9 MUSD e 11m€ -, anunciam o fracasso da iniciativa, constituindo simultaneamente um vexame para os Estados, incapazes, apesar da extorsão fiscal a que sujeitam os cidadãos, de dar resposta satisfatória a este problema.
 
   Cristina Ferreira recusou o banho público mas não o donativo - em, Nova Gente - e por isso está, quanto a mim, de parabéns.

Sustentabilidade

 

   O investimento no transporte público é um imperativo do desenvolvimento regional e da sustentabilidade ambiental que deveria ter sido prioritário sobretudo desde a adesão à CEE. É economicamente mais reprodutivo investir na via férrea e em carruagens do que em autoestradas e automóveis.

Saúda-se pois, o anúncio de autorização de investimentos por parte do Governo, à Refer, nas linhas ferroviárias do Norte, Douro, Minho e Oeste, a publicar em Diário da República na próxima segunda-feira. 

http://www.revistainvest.pt/pt/Modernizacao-da-linha-do-Oeste

domingo, 17 de agosto de 2014

Benfica-Paços de Ferreira (2-0)

      Lá se quebrou mais um enguiço; contrariamente ao que tem acontecido nos últimos anos, quase uma década -, ganhámos na primeira jornada. E bem. Mais uma vez Artur esteve em destaque ao defender a grande penalidade. Outro desfecho teria aportado ao jogo maior grau de dificuldade para o Benfica. Os dois golos foram de excelente execução coletiva, com destaque para a serenidade, precisão e ousadia de Gaitan, que esteve nos dois lances; em particular no 2º, foi notável a forma como recepcionou e controlou a bola enquanto, simultaneamente, de cabeça levantada observava a movimentação dos adversários e colegas, para então colocar a bola para a entrada fulgurante de Sálvio que finalizou com excelente cabeçada. Pela positiva me surpreendeu Jara, com oportunas e inesperadas recuperações de bola na frente, sabendo segurá-la passá-la no lance do 2º golo. Bom posicionamento no campo apesar de alguns períodos de supremacia do Paços no miolo, boas trocas de bola e criatividade e competência ofensiva. Não há dúvida que a base competitiva da época anterior permanece, sendo óbvia a necessidade de adaptação dos novos jogadores. Talisca e Eliseu vão afirmar-se necessitando o primeiro de melhorar o posicionamento e o remate de meia-distância e o segundo de aperfeiçoar o cruzamento e o remate cruzado. Bem esteve Jardel, sossegando os adeptos, devendo, a meu ver, trabalhar a concentração e o controle emocional. Fantásticos Luisão e Máxi, o primeiro cheio de gás e o segundo, muito concentrado. Lima sempre muito trabalhador, merecia o golo que esteve prestes a acontecer. Amorim é o faz-tudo no meio-campo e fez muito bem o lugar de trinco e mais tarde de armador.
      O paços apresentou uma equipa de boa qualidade, jogando no campo todo, obviamente, sempre com cautelas defensivas, mas, aparecendo com três, quatro jogadores na área do Benfica quando subia no terreno. Muito bem no meio-campo, na disputa dos lances e na troca de bola. Estão de parabéns apesar da derrota.
      Quanto ao Sr Elmano, cheguei a recear, por razões conhecidas; nem contesto a grande-penalidade, mas o amarelo a Enzo aos 4' por uma falta a meio-campo sem risco para a integridade física do adversário. Pareceu-me injustificadamente agressivo para Talisca e Jorge Jesus, mas compreendo; não estava a gostar do andamento do jogo.
      Resta aguardar por novidades quanto a reforços e eventuais saídas; esperemos que, no final do período de transferências, o Benfica esteja mais forte.
 
 
 

sábado, 16 de agosto de 2014

Não se compra a liberdade!



Se é verdade  que o BCE exigiu do BES a devolução de 10 000 ME provocando o desmembramento deste e a angústia em muitos milhares de pessoas, trata-se de um enxovalho a todo um Povo que tem suportado estoicamente as agruras da austeridade. O Presidente da República, em nome da Nação que representa não deveria ter-se remetido ao silêncio, antes, manifestado indignação e repulsa pela humilhação, que espelha, afinal, o papel que a europa reserva a Portugal e, deverá ser o ponto de partida para os portugueses refletirem acerca do futuro da sua velha e quase milenar nação.














sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A entrevista de Luis Filipe Vieira

Gostei de saber que o Benfica não tem nem teve, nos últimos anos, nenhum evento negativo com a banca e que, por isso, a Direcção, não conta com dificuldades do, agora, Novo Banco, do qual, aliás, parece não ter recebido comunicação alguma. Porém, a conjuntura aconselha alternativas de financiamento, dada a previsível falta de liquidez da nova entidade bancária e esperada alteração de orientação estratégica. Por outro lado, espero que cessem os privilégios alegadamente atribuídos recentemente pelo BES a concorrentes diretos do Benfica.

A venda maciça de jogadores neste defeso, não foi, portanto, para satisfazer necessidades de liquidez resultantes da atual crise bancária, antes se deveu a imperativos de mercado - Markovic, Rodrigo, André Gomes - e a critérios técnicos ou de gestão económica - Cardozo e Garay e Siqueira. Ficou também claro que Djavan saíu para proporcionar a entrada de Eliseu, por este dar mais garantias ao Treinador. Enfim, fez bem o Benfica ao recusar as ofertas de Oblack e Danilo - isto não é o cabaré da coxa! E fará ainda melhor se concluir as contratações de que a equipa necessita; guarda-redes e avançado (pelo menos). Quanto aos jovens da formação, é e será sempre um caso melindroso, mas é verdade que os critérios desportivos têm que prevalecer, sem embargo de proporcionar aos de maior potencial rodagem em clubes competitivos, como são os casos do Mónaco e do Valência, com possibilidade de retorno desportivo ou financeiro, a médio prazo. Já não me agradou a aparente resignação com aquisições recorrentemente falhadas; preferia o anúncio de medidas tendentes a atenuar este autêntico flagelo. Aliás, seria interessante conhecer os custos totais - passes e salários - do clube, nos últimos seis anos nestes casos.

Não gostei da relativização que LFV fez da péssima pré-época cessada; qualquer grande equipa perde jogos, e, às vezes, até com equipas modestas. Outra coisa são enxovalhos públicos resultantes de exibições deprimentes de uma equipa classificada em 5º lugar no ranking europeu.  A humildade consegue-se com uma cultura de respeito e profissionalismo e não sujeitando todos a vexames. Há que conjugar todos os factores a contento.

Benvindo foi o anúncio da continuação da aposta nas modalidades; bem que necessitamos de melhorar no andebol, futsal e até no hóquei.

Idem relativamente à Benfica TV, que necessita de mais e melhores conteúdos e mais debate.

Relativamente à Liga pouco adiantou, a não ser reconhecendo a necessidade de mudar, bem como alguma responsabilidade no estado atual e disponibilizando-se para uma solução de consenso. Com franqueza, com Pinto da Costa na jogada, não acredito em consensos, antes em confrontos.

A tendência para o suicídio que atribui aos benfiquistas é uma alusão curiosa que é capaz de fazer sentido na medida em que, aqueles, sempre querem o ótimo, já, independentemente das circunstâncias e das consequências. E fez bem em lembrar a todos que só participando se faz o Benfica mais forte. Não basta exigir e criticar.

 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Afinal, nem tudo é mau!

Tal como o jogo com o Ajax na Eusébio-cup já tinha demonstrado, esta final da supertaça mostrou que, apesar da "sangria" na equipa, a base do modelo de jogo das épocas precedentes, permanece. De facto, o Benfica, principalmente durante a 1ª parte, apresentou excelente dinâmica de jogo, falhando apenas na finalização, fruto, aliás, do natural défice geral de condição física e da falta de entrosamento dos novos atletas. É claro também, que, como já referi anteriormente, há falta de qualidade no eixo da equipa, com destaque para as posições de guarda-redes, médio-defensivo e ponta-de-lança, mas também as de 2º central e médio-criativo, embora me pareça possível encontrar algumas soluções no plantel atual - Gaitan a 10, Amorim a trinco e  Jardel a 2º central. Ora, já  provámos duramente na penúltima época, que,  qualquer deslize, por pequeno que seja, pode deitar a perder todo um jogo, toda uma época, todo um trabalho de uma organização e todas as espectativas dos adeptos. Dentro das capacidades do clube, há que agir com inteligência e competência. Este poderá ser o ano de Jardel. Acredito em Derley, Eliseu e Bébé, não tanto em Jara e Ola John. Regressarão ainda, Fejsa e Suleymani - sabe Deus quando -, Pizzi - julgo que para breve e Sílvio - mais tarde. Tenho pena que Cavaleiro, João Teixeira e João Cancelo não tenham ficado e, francamente, preferia Nelson Oliveira a Jara. Quanto a Bernardo Silva, julgo que necessita de ganhar peso e poder de choque; espero que não desanime porque o talento e benfiquismo estão, nele, bem patentes. Se a equipa aguentar as primeiras seis jornadas, faremos um bom campeonato. Oxalá.
Importante mesmo é arrumar a questão da parceria financeira; há que, rápidamente, procurar soluções que ponham o clube-sad, a salvo de percalços como os do BES. Como se diz na gíria marítima; a amarração de um navio deve, fazer-se sempre, com dois ou mais cabos. Se bem interpreto  as notícias e rumores que por aí têm circulado nos últimos meses, não se entende que possa ter havido uma boa razão para a CMVM não ter intervindo no caso da alegada reestruturação da dívida do SCP, já que, não se dispensa de inquirir o Benfica por qualquer rumor posto a circular em qualquer ponto do planeta, ainda que, por qualquer obscura fonte. "Ou há bacalhau ou comem todos". Seja como for, é necessário perceber se o Benfica está ou não refém da dívida e, se sim, durante quanto tempo. A resposta a esta pergunta permitirá, em definitivo, avaliar a eficácia da estratégia global seguida pela actual Direcção, para o clube-sad. Valha a verdade, que, gostaria de ouvir Tomáz Taveira sobre o tema do Estádio, o velho, para perceber.
Com as limitações que me são próprias, não percebi a razão da saída de Mitrovick - que, julgo, daria um bom trinco e até central -, nem tão pouco a que se deve o afastamento de Lisandro Lopez - que por sinal fez uma boa época em Espanha. De resto, me parece que, definitivamente, há que acabar com as contratações sem contrapartida; a panóplia de jogadores de 1/2 ME cada que se eternizam no clube ou cedidos, absorvendo grossas verbas, assim interditando o acesso de melhores atletas à equipa. Melhorar o planeamento, a observação, o registo e, sobretudo, mudar de política, ou seja; COMPRAR MENOS, COMPRAR MELHOR.
Uma vitória que valeu um troféu assaz raro na montra do novo museu da Luz é um óptimo tónico de início de época para todos os atletas e adeptos, e, em especial, para o Artur, por razões óbvias.

Tudo podemos ganhar.
Vamos a isto.

domingo, 3 de agosto de 2014

Tenham vergonha!

Não ponham o Benfica a jogar sem estar preparado; não é grande quem quer!, da próxima ofereço-me para organizar aqui em Peniche um torneio na Fonte Boa - uma litrada e meia dúzia de sardinhas a cada um -, que talvez possamos ganhar. Ah!, e ofereço-me para armador de jogo após um mês de preparação física. Fónix!, (para não dizer outra coisa),

sábado, 2 de agosto de 2014

Ai Benfica, Benfica!

A equipa do Benfica continua a trilhar a via sacra resultante do desmembramento, "crucificando" os adeptos no madeiro da dúvida. Sei que nem tudo é mau - lá marcámos um golinho e há uns apontamentosinhos interessantes aqui e ali -, e sei que o Arsenal tem outro andamento, mas há que pensar mais nos adeptos, que, a assim continuar, se afastarão da equipa.
 
Anda tudo à bulha na Liga e bem sabemos porquê - afinal qual será o papel de Fernando Seara?
 
Qual o impacto da crise do BES- ESFG no Benfica?, é que o ESFG é a entidade gestora do Benfica Stars Fund!, há cerca de dois anos que venho referindo a necessidade de o Benfica procurar financiamento alternativo ao BES!, sabia e sei que não era fácil, mas agora ainda o é menos. É urgente um comunicado aos adeptos do ponto de situação financeira e desportiva, antes que a descrença tome conta de todos. Mais tarde será mais difícil.