Desporto

domingo, 24 de junho de 2012


Em Defesa da Honra
Por; Santana Maria Leonardo
Publicado em “O Diabo” de 19 de Junho de 2012 

                Temos sido governados nos últimos anos pela versão portuguesa da geração “Sexo, Drogas e Rock’n Roll”. Ou seja; a geração da “realização pessoal”. E em nome da realização pessoal  sacrificou-se tudo; até a família e os amigos. A honra é um valor desprezado, denegrido e totalmente esvaziado por esta geração, ao ponto de, praticamente ter desaparecido do nosso vocabulário.

                Ora, a honra é a trave mestra do edifício dos valores. Não há instituição, comunidade ou sociedade que consiga manter-se de pé sem valorizar a gente honrada. Acontece que, nos últimos 40 anos, ao mesmo tempo que a gente honrada era perseguida, enxovalhada e ridicularizada por esta geração, os “chicos espertos” tomavam de assalto todas as instituições - partidos, autarquias, escolas, tribunais, Assembleia da República, Governo, Presidência da República, etc. etc. - e institucionalizavam, como ideologia da III Republica, o “chico-espertismo”.  Estamos agora, apenas, a colher o que semeámos.

                E num país governado por esta canalha, não se podia esperar dos nossos serviços secretos outra coisa a não ser andar a espreitar pelos buracos da fechadura ao serviço de um qualquer “chico-esperto”. E não sei mesmo o que mais me revolta: se esta geração de “chicos-espertos” que implodiu todas as nossas instituições ou a cínica candura dos nossos comentadores que, tendo presenciado a derrocada das nossas instituições, ainda têm o descaramento de pedir ao povo para confiar no regular funcionamento das mesmas!

Como o Capitalismo se tornou selvagem:

                Apesar do modelo económico da esquerda revolucionária ter ruído com o muro de Berlim, a verdade é que a esquerda conseguiu capturar culturalmente o sistema capitalista. Com efeito, é hoje a esquerda que domina culturalmente o mundo ocidental, impondo a ditadura do politicamente correto e procurando inibir quem discorda dos seus dogmas com o mesmo método de rotulagem que era usado pelo anterior regime.

                Antes do 25 de Abril, quem se atrevesse a discordar ou a questionar algum dos dogmas do regime era logo catalogado de “comunista”. Hoje, quem se atreve a questionar algum dos dogmas da esquerda bem pensante é logo rotulado de conservador, reacionário ou de direita.

                Ora eu rejeito terminantemente esta divisão do mundo entre bons (esquerda) e maus (direita). No entanto, de uma coisa tenho hoje a certeza; não sou crente, mas prefiro o mundo criado por Deus em que a direita acredita, do que o mundo governado pelo deus que a esquerda julga que é.

                O Deus em que a direita acredita é um Deus de rosto humano, que aceita o Homem como um ser imperfeito, com as suas limitações e fraquezas. Pelo contrário, o deus que a esquerda julga que é, é um deus arrogante, persecutório e prepotente, para quem o ser humano é uma espécie de máquina destinada a ser programada de acordo com as suas taras e manias.

                A forma como esta esquerda bem pensante quer regulamentar e regular a nossa vida ao mais ínfimo pormenor, impondo o que comemos, bebemos, fazemos e pensamos, é absolutamente revoltante e aviltante da natureza humana.

                Odeio esta esquerda fascista e fascizante que partiu o eixo da roda da civilização ocidental, construído e alicerçado nos valores judaico-cristãos, desorganizando e desequilibrando, consequentemente, o sistema capitalista e transformando-o num sistema irracional e selvagem.

terça-feira, 19 de junho de 2012

A Persistência da estupidez!
Noticiou o “O Record” e o “CM” que Pinto da Costa efetuou, a convite da Assembleia da República ou dos Deputados, ou dos Deputados portistas - não sei bem - a sua tradicional visita àquela instituição pelos vistos já inscrita no protocolo deste órgão de soberania há cerca de vinte anos.

Como se trata de uma pessoa respeitável e respeitadora, para nos tranquilizar, Pinto da Costa, apressou-se a declarar que o motivo da visita se limitara à saudável confraternização com os adeptos portistas e que não se falara de futebol. Confirmando a sua notória capacidade de reconhecimento do mérito alheio, apressou-se, desinteressadamente, a tecer encómios à coragem da Presidente do órgão anfitrião por ter tido a suprema audácia de declarar a sua condição de adepta do “grandioso” clube azul. Não se contendo, demonstrando profundo conhecimento das vicissitudes dos Portugueses e de Portugal, informou-nos, do alto do seu lamacento pedestal, que “o número estúpidos não diminuíram”, provocando em nós uma profunda tristeza pois que, se não houvessem estúpidos em Portugal, todos aplaudiríamos euforicamente felizes, a visita ao segundo órgão de soberania da Nação. Da Nação que, dizem, descobriu as virtudes Democráticas em Abril de 1974!

Para surpresa de todos vós, colegas Benfiquistas, declaro desde já a minha concordância com Pinto da Costa! É uma evidência que a estupidez continua a comandar esta moribunda IV república!

A estupidez de todos os que ousam instrumentalizar um órgão de soberania que deveria ser o pilar do regime, promovendo a união entre Portugueses, para ostentar a prepotentemente, o o sucesso desportivo, sustentado na intolerância, na violência, na descriminação desportiva e social e em todas as trafulhices que as escutas do Processo do Apito Dourado sugerem a quem as ouve.

A estupidez dos que, representando a Nação, participam nesta encenação circense, promotora o desmérito – Pinto da Costa e o FCP foram condenados na Justiça desportiva no âmbito do processo do Apito Final - e do insulto a todos os Portugueses adeptos de clubes adversários derrotados pela “suprema sapiência” dos que disputam as provas desportivas condicionando o seu desempenho através de inúmeros artifícios extradesportivos.

A estupidez dos que, covardemente, a tudo assistem sem um protesto, temerosos das lestas e nefastas consequências de que seriam alvo.

A estupidez de todos os que creem na incapacidade perceção e de revolta dos vilipendiados perante as repetidas afrontas de que são alvo.

Não se falou de futebol e os deputados anfitriões ofereceram ao convidado um livro comemorativo da vergonhosa vitória no passado campeonato nacional?

A confraternização clubista não se pratica nos órgãos de soberania da Nação, mas em locais apropriados para o efeito.

Quanto à qualidade de adepta portista da Presidente da Assembleia da República, é minha inamovível convicção que foi precisamente por isso que foi escolhida para o cargo, à semelhança de muitos outros exemplos, revelando, tal como já referi noutras crónicas, uma influência dominante do lóbi azul na atual maioria e até nas oposições.

Portanto, efetivamente, é minha convicção inabalável, que a visita de Pinto da Costa à Assembleia da República, trata-se de um ato político que visa promover a crescente influência nos bastidores dos variados poderes públicos, das entidades associadas direta ou indiretamente ao clube de futebol que Pinto da Costa dirige , que o usam para promover os seus interesses económicos e políticos, nomeadamente, da criação da região porto, atualmente em curso.

Esta visita, demonstra à saciedade, que o clube que Pinto da Costa, aparentemente, dirige, é, na verdade, e tal como já disse antes, uma organização económico-política da qual tal personagem não passa de um “testa de ferro” inimputável.

Enquanto os dirigentes do Benfica teimarem em ignorar esta convicção, como ficou claro na recente entrevista de RGS ao NG, o Benfica não só não ganhará, como estará condenado à regressão.

É portanto necessário levantar bem alto, e resolutamente, a bandeira da revolta, unindo todos os Benfiquistas contra a colonização azul.

Todos sabem que sou um admirador do atual Presidente do Benfica, mas, volto a dizer-lhe; ou tem coragem para assumir esta luta sem tréguas e sem condições, unindo todos os Benfiquistas, ou terá que dar lugar a quem esteja disposto a fazê-lo.

Caso contrário, teremos que ser nós Adeptos a fundar uma organização para fazer frente a todos os bandidos que se queram apoderar do país para subjugar toda a população aos seus espúrios interesses.

Não é apenas o Benfica que está em causa, mas Portugal Livre e Democrático!

Rua com os sociopatas!

AB

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A entrevista ao NG de RGS (2ª e última parte)


Direção do SLBenfica:

A relativização que RGS atribui à necessidade de os sócios e acionistas se inteirarem do projeto em vigor, alegando que quando se ganha, ninguém manifesta tal interesse, deixa-me estarrecido! Pois com certeza! Se a equipa ganha, o projeto é bom. Se não ganha tem que ser corrigido! É essa uma das missões fundamentais dos sócios e dos acionistas!

Isto é mais grave do que eu estava à espera! Respondeu a seguir indiretamente, que o projeto é ganhar tudo! Enunciando o princípio diretor do clube significa que não há objetivos definidos, ideia que acaba por ser assimilada quer pelos Atletas, quer pela estrutura quer pelos Adeptos, degradando a capacidade competitiva global! Isto não é admissível!

A resposta seguinte é igualmente espantosa! Recusa-se a admitir a intenção de derrubar a Hegemonia do FCP mas refere que bastará ao Benfica ganhar duas ou três vezes seguidas para esse domínio regredir, parecendo ignorar os pressupostos em que assentam as vitórias do FCP - incluindo a relativização sociopolítica dos valores que refere - e as inevitáveis derrotas no Benfica! Continua a ser grave!

A estupefação continua quando afirma que a Direção não deve definir objetivos desportivos relegando para os sócios e acionistas esse juízo! Tal reflete antes de mais uma inadmissível incapacidade de definição de objetivos desportivos perante os eleitores e restantes sócios, acionistas e adeptos. O caso é que, a adequada avaliação pelos sócios e acionistas da eficácia do trabalho da Direção, decorre dos compromissos e suas condicionantes que esta definiu para si própria! É assim que se gere qualquer empresa de sucesso. Claro que é muitíssimo melhor não assumir coisa nenhuma e navegar à vista! Mas não queremos isso no Benfica! Isto vai de mal a pior!

Referi um dia algures que me agrada o facto de Rui Costa estar no Benfica mesmo que sem função. Por isso, aceito a resposta de RGS, sendo óbvio que, RC, constituindo um fator de coesão dos Benfiquistas e de credibilização da Direção carece de um projeto específico adequado ao seu perfil e às necessidades do clube, do qual continuamos a saber nada.

A certa altura, tornou-se evidente que “o esquadrão de propaganda azul” definiu RC como alvo desencadeando sobre ele uma série de ataques sórdidos, visando destruir o capital de idoneidade e simpatia de que goza, dentro e fora do universo Benfiquista. Foi na lógica de o proteger que, quanto a mim, bem, António Carraça foi contratado. Tal não foi referido por RGS!

A declaração de empenho que manifestou na reconciliação dos Benfiquistas acusando os opositores de servirem os interesses dos nossos adversários, não é suficiente, tornando-se necessário estabelecer vias e mecanismos de diálogo visando a aproximação de posições, sempre na defesa dos superiores interesses do clube.

Afirma a posição do clube de exigência da sustentabilidade financeira dos concorrentes como requisito para a prossecução da verdade desportiva, mas, efetivamente, nada consta que tenha sido feito nesse sentido já que grande parte dos clubes está em graves condições financeiras.

Reconhece a subversão da verdade desportiva provocado pela cedência de atletas de alguns a clubes a outros do mesmo escalão mas não explicita as dificuldades a que alude, para lhes pôr fim, nem as diligências que a Direção tomou e tenciona tomar para esse fim.

Reconhece implicitamente as alianças de bastidores entre alguns concorrentes, com benefício desportivo e financeiro para o principal adversário revelando a sua fé no vencimento da razão numa sociedade democrática, esquecendo-se de que esta, o é apenas formalmente! Mais revela acreditar na reconversão futura dos aliados antiBenfica, esquecendo que a “exemplar estrutura” gere a rotação de alianças de acordo com os seus interesses, entre os quais, o mais importante é o de disseminar o Anti-Benfiquismo militante por toda a parte, num registo de perseguição social económica e política. Uma omissão gravíssima!

Aprovo a resposta que deu relativamente ao interesse de uma aliança com o SCP! É um assunto a esquecer. O Benfica deve bater-se ativamente pelos pressupostos de uma competição justa com quaisquer aliados interessados na mesma luta.

A propósito do referido relacionamento público do atual Presidente do Benfica com alguns “inimigos” do clube, como Joaquim Oliveira e António Salvador, testemunha a intransigência daquele na defesa dos interesses do clube, alertando para o perigo dos boatos, parecendo ignorar que, é precisamente esse relacionamento pessoal que gera tais boatos, seguramente fomentados pelo “esquadrão de propaganda azul”.  Grave!

 Nova perplexidade reside na perentória negação da sugerida pluralidade na Benfica TV, contemplando diferentes correntes de opinião! Compreendo a necessidade de coesão e compreendo o risco de dispersão e confronto inerente ao processo, mas, salvaguardadas as indispensáveis precauções, poderia, pelo contrário, constituir um fator de coesão e progresso do clube e SAD! A Democraticidade do clube não poderá nunca restringir-se à retórica! Grave!

Ao contrário, registo com agrado a aceitação da ideia de estreitamento do relacionamento do clube com o universo blogger Benfiquista. Considero-a uma excelente ideia na medida em que alavancaria a capacidade de comunicação da Direção, por um lado e responsabilizaria os bloggers num registo de militância; algo que muita falta faz ao Benfica. Parabéns ao autor da ideia!

É também com agrado que verifico a abertura de RGS à realização periódica de um congresso de Benfiquistas - naturalmente sócios do clube -, para apresentação, debate e votação de ideias para a gestão do clube. E compreendo as reticências que refere quanto aos riscos inerentes. Pois compreendo! É o risco inerente à Democracia; ou assume-se ou coarta-se esta e neste caso, as consequências também serão nefastas. Tudo a seu tempo, sendo que, este projeto, exige muita, mas mesmo muita ponderação, competência e maturidade de todos, sob pena de produzir resultado oposto ao pretendido. Estaremos preparados?

O Conselho de supervisão é outra coisa; seria constituído por um pequeno grupo eleito em AG do clube, que fiscalizaria a gestão executiva da SAD. Aliás, creio que os regulamentos da CMVM, o exigem em certos moldes. Defendo esta ideia, como já referi em crónica anterior. A questão da vaidade não se coloca, uma vez que se aplica a todos.

Não entendo com clareza a questão seguinte; a da proposta de exigência de filiação ininterrupta superior a 15 anos para aceder a qualquer órgão elegível do grupo Benfica, nem a resposta. Porém reconheço que, se é necessário blindar o acesso de “submarinos” e aventureiros ao clube, que poderiam destruir em pouco tempo tudo o que de bom já foi feito, também reconheço que tal requisito consistiria num fator dissuasor de adesão de novos sócios e promotor de desistência de muitos outros. Portanto, cuidado, muito cuidado! Nem tanto ao mar, nem tanto à terra!

À sugestão de que a ação do Treinador deveria restringir-se à preparação técnico-tática da equipa, ficando toda a gestão estratégica a cargo de outras estruturas do clube, afirmou perentóriamente que essas estruturas existem e exercem um trabalho de grande rigor, deixando a questão do treinador sem resposta. No entanto, é para mim óbvio que o Treinador deve ter sempre uma palavra a dizer na constituição da equipa. Faz parte do seu trabalho!

Considero a última questão relevantíssima para a consolidação da expansão do clube, alargamento da capacidade de recrutamento e aumento da eficácia de formação dos mesmos. Já a resposta de RGS afirmando que os CFT - campos de formação e Treino? - são disso exemplo, levam-me a pensar que há algo concreto implementado já com bons resultados, mas, provavelmente, não com perfil apontado na pergunta. Resposta incompleta a uma questão que reputo da maior importância.

Reitero os parabéns aos autores desta iniciativa, bem como aos Dirigentes pela disponibilidade demonstrada, considerando-a um marco na dinâmica de comunicação dos bloggers desportivos com os clubes, e vice-versa, mas, fico com a clara convicção de que, aqueles, subestimaram a capacidade destes, o que não é, de todo, idóneo!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A entrevista ao NG de RGS (1ª parte)

Endereço desde já os parabéns quer ao Viriato quer o Geração pela dignidade que a entrevista trouxe ao NG mostrando que novos patamares de comunicação com os Dirigentes do SLB poderão ser alcançados  desde que sustentados na competência, determinação, boa-fé e amor ao Benfica.
Com a vénia e o respeito que me merece todo o Dirigente do Benfica e sem pôr em causa quer a dedicação quer o amor de RGS ao nosso clube nem tão-pouco as suas competências é minha convicção de que ele, representa a antítese do que deve ser um Dirigente de topo de um grande clube de futebol; carismático, simples e objetivo. RGS será um excelente Dirigente em modo backoffice, nunca da linha da frente.
Isto mesmo se conclui desta entrevista na qual, geralmente, há excesso de palavras das quais, algumas das vezes, não se consegue extrair uma conclusão clara.
Comunicação:
O que aqui está em causa não é a competência de João Gabriel a qual é incontestável, mas a necessidade de alteração da estratégia de comunicação. O que temos vindo a verificar há décadas, é que a postura de sobriedade, de responsabilidade, de elevação, de coexistência pacífica que tem vindo a ser adotada pelos Dirigentes do Benfica, não tem grangeado o reconhecimento quer institucional quer jornalístico quer público que merece. Ao invés, a postura provocatória, acintosa, jocosa, intimidatória, chantagista e oportunista, colhem as simpatias hipócritas e temor gerais - salvo honrosas exceções - dos que sempre encontram justificações patéticas para a cumplicidade ou cobardia.
Quanto à presença de RGS em “O Dia Seguinte”, aparentemente, não percebe o que está em causa! Com todo o direito de participar em eventos do género, está em desvantagem perante interlocutores formalmente desvinculados dos seus clubes e por isso, com maior liberdade de argumentação, da qual poderá resultar prejuízo para a dignidade de um titular de um órgão do clube. Estaria bem entre pares, o que não é o caso.
Ao referir que  “as intervenções sobre o futebol devem ser feitas em primeiro lugar, por quem vive o futebol por dentro”, mostra grave défice de perceção da gestão desportiva. Os Técnicos devem manter-se à margem de polémicas, totalmente concentrados no seu trabalho, tal como os Atletas. Outra entidade, nomeadamente o Diretor Desportivo, Vice-Presidente ou Presidente deverão assumir essa responsabilidade conforme a importância de cada caso.
A propósito dos alegados “Bufos”, atestou RGS a idoneidade, competência e empenho dos mesmos na causa Benfiquista, parecendo ignorar que é sempre difícil a um Benfiquista aceitar tal situação, abrindo-se um fator de dissenção entre adeptos, da qual beneficiam os adversários. Há certamente Benfiquistas igualmente competentes para os mesmos cargos, com a vantagem da criação de sinergias benéficas para o clube.
Há pois que mudar, gerir os outputs informativos com inteligência em benefício do clube, estabelecer parcerias com entidades com posições de relevo na comunicação, falar aos adeptos a partir do futebol mas para além deste, dirigir observações, sugestões ou reivindicações aos órgãos das instituições desportivas ou de política desportiva. Enfim, alargar o universo dos destinatários e dos temas, sempre nos padrões característicos do Benfica, não bastando  o anunciado propósito de antecipação.
Direitos Televisivos:
Indicia a intenção da Direção decidir conforme os desejos dos Adeptos, manifestando o seu empenho pessoal, deixando porém em aberto todos os cenários. Aceito que, por enquanto, não seja oportuno abrir o jogo. Mas volto a dizer; renovar com a Olivedesportos, NÂO, por dinheiro nenhum! Nenhum dinheiro paga a dignidade de um Benfiquista. Rua com essa gente.
FPF, Liga de clubes e posicionamento global do Benfica:
Sabemos quais os princípios que o Benfica defende para o futebol, mas, o que está em causa é a estratégia seguida para os alcançar. Acreditar na capacidade dos novos titulares da FPF para a sua prossecução, como se viu, foi um erro grave.
“Se -  quem foi eleito com o voto do Benfica - não tem vontade, capacidade querer, desejo, ou, no limite, interesse, em que não se repitam “Apitos Dourados”, então que se demita”; “Talvez tenhamos de começar a dizer em público o que sempre dissemos em privado”; “voemos então - nos tempos que aí vêm - como…águias”. Estas afirmações de RGS, apesar de revelarem a intenção de mudança de estratégia, mostram uma grande indefinição e insuficiente determinação quanto à forma de o fazer. Há que perceber de uma vez por todas que o peso do Benfica neste domínio, depende da capacidade persuasora de todo o seu universo. Ninguém prestará a menor atenção às reivindicações dos nossos Dirigentes se não forem acompanhadas de “poder” adequado. É este poder dissuasor que tem que ser construído, sem violar os grandes princípios que norteiam o nosso clube.
Considero muito grave a subestimação da influência de personalidades titulares dos órgãos do grupo FCP na envolvente condicionadora do futebol, como faz RGS, tal como a negação da convergência político-partidária com os interesses desportivos do mesmo grupo, e bem assim, o défice de conhecimento que revela quanto à possibilidade de constituição do Conselho Consultivo do clube, demonstrando-se assim, a efetiva ausência de nova estratégia, por parte da Direção do nosso clube. Assim não vamos lá!
Relativamente ao afastamento de investidores da estrutura acionista do Benfica, não está em causa a violação das regras do mercado! Está em causa sim, termos entre portas um dos maiores inimigos do Benfica, detestado por todos os sócios, convictos que tal personagem tudo fará em benefício do nosso adversário! Está em causa a coesão entre Benfiquistas e entre estes e os Dirigentes da SAD e do Clube! Não perceber isto é um erro de palmatória! Ora precisamente, o que se espera de um Presidente do Benfica é capacidade para encontrar investidores com interesse efetivo em defender o Benfica e para persuadir os acionistas indesejados de terem acesso às decisões estratégicas da SAD, a vendê-las. E não me venham falar em amizades pessoais ou dívidas de gratidão. A união dos Benfiquistas está acima de tudo isso.
Relativamente à UEFA disse RGS: “…será um caminho a seguir, se o desmando continuar, na próxima época”! Isto é que está aqui uma açorda hem? Mas o desmando vai continuar! Não tem a UEFA nalgumas das suas comissões; nomeadamente de arbitragem - tinha que ser -, na de anti-doping e outra que não recordo, elementos com fortíssimo vínculo ao FCP? Esse projeto já devia estar delineado! Um grupo de Dirigentes de mais alto nível da SAD já deveria ter exigido uma reunião com os Dirigentes da UEFA para tratar desse assunto! Estão à esoera de quê? Quem quer ganhar tem que se antecipar ao adversário! É uma regra chave do futebol que também se aplica à gestão empresarial.
(Continua)