Desporto

quinta-feira, 14 de março de 2013

Bordéus-Benfica (2-3); Benfica passa aos 4ºs da Liga Europa

 O lance do 2º golo do Benfica valeu o jogo e o bilhete. É disto que os adeptos gostam! Genial o domínio seguido de passe, "chapelando", desse mago de nome Gaitan, para Cardozo dominar, driblar sentando defesa e guarda-redes e encostar com toda a calma. Mas o nosso 3º também foi muito bom; sorte no ressalto após passe longo de Melgarejo (salvo erro), seguido da classe de Cardozo que dribla e, rápido, remata de pé esquerdo surprendendo o guarda-redes. Muito bom.
 
Os golos do Bordéus também resultaram de belos lances; o primeiro num excelente remate à queima do ponta de lança após ressalto feliz na sequência de lançamento longo da meia-direita - Artur nada mais poderia ter feito - e o segundo em auto-golo de Jardel num corte infeliz na ressaca de um excelente cabeceamento do mesmo avançado em resposta a não menos excelente centro.
 
O Bordéus apresentou-se com o modelo de jogo que apresentara na Luz; bom domínio dos princípios de jogo, meio-campo sobrepovoado, boa qualidade de passe, frente de ataque bem aberta e muito ativa no lado esquerdo, marcação cerrada e pressão alta e intensa. Desta vez o processo de ataque consistiu em explorar a boa qualidade do jogo aéreo do seu ponta de lança que, afinal, rendeu dois golos. Tal como cá, faltou intensidade e força aos girondinos.
 
O Benfica jogou q.b. para passar ganhando o jogo. Algumas reticências no eixo da defesa que, apesar de alguns percalços se revelaram infundadas, ressalvando-se a importância de rodar novos protagonistas  neste setor. Melgarejo bem, André lutou muito maqs nem sempre bem, Máxi ainda deu um cheirinho, Matic trouxe maior solidez defensiva, Gaitan rodou como construtor - algo que faz muito bem e a equipa muito necessita -, John esteve endiabrado na esquerda, Sálvio rodou em modo moderado, Enzo foi o habitual combatente todo-o-terreno e Rodrigo correu, trabalhou e esteve à beirinha de ser feliz, faltando-lhe apenas uma ponta de serenidade no momento do remate, algo que aparecerá logo que melhore o controlo emocional. Artur esteve bem, sem responsabilidade no 1º golo mas não isento dela no 2º, pois deveria ter segurado o esférico. Ainda assim fez um par de boas defesas. Martins ainda fez uma gracinhas mas não teve tempo para mais. Estiveram, em geral bem, na luta do meio-campo mas ainda fizeram uns maus passes em zona perigosa. que poderiam ter causado dissabores de monta.
 
Curioso foi o andamento do marcador, com o Benfica a marcar os 2º e 3º, imediatamente após os tentos dos "franciús" indicador do modo de contenção da equipa. Curioso também foi ver um adepto dos girondinos, desalentado, tapando os olhos com a bandeira do seu clube. Não menos curioso foi ver o GR adversário a bater, impotente, no relvado, o que só lhe ficou bem.
 
Julgo que o árbitro não teve influência no resultado, embora tenha deixado passar uma falta passível de GP sobre Rodrigo (salvo erro) ainda na 1ª parte e outra sobre Máxi já na 2ª, que, injustamente viu o amarelo por simulação! 
 
Uma prendinha para nós e também para os nossos emigrantes no país do lendário Asterix, que, amanhã, afivelarão um sorriso de satisfação ao cruzarem~se com os anfitriães.
 
AB
 

Benvindo Francisco!

 


 
SENHOR;

EU NÃO SOU DIGNO DE QUE ENTREIS NA MINHA MORADA,

MAS DIZEI UMA PALAVRA E MINHA ALMA SERÁ SALVA!

 
Que Francisco seja trans­cen­dente na sim­pli­ci­dade, que é a essên­cia da men­sa­gem de Cristo. À sim­pa­tia, pre­firo huma­ni­dade! Curi­oso; recordo as pala­vras de Sara­mago, incréu con­victo e anti­cle­ri­cal, que, um dia, a pro­pó­sito de uma obra sua recém-editada — que não recordo — refe­riu tra­tar da neces­si­dade de cada um se pre­o­cu­par com o outro atra­vés da expres­são: ” e você quem é?”.

Ora este é um requi­sito cada vez mais neces­sá­rio nos tem­pos atuais.A ver­dade é que, cada um de nós, passa a vida a ten­tar dizer quem é, de múl­ti­plas for­mas, seja bus­cando a dis­tin­ção seja a comi­se­ra­ção. Rara­mente olha­mos quem temos à frente e faze­mos a per­gunta reden­tora; “e você quem é?”; aquela per­gunta por que ansi­a­mos que nos seja feita, sobre­tudo nos momen­tos de soli­tá­ria angús­tia e dor.
 
A um Papa, a uma Igreja, não se pede que seja ape­nas sim­pá­tico (a), mas que tenha essa capa­ci­dade de fazer sen­tir a cada um que a reden­ção é pos­sí­vel; que é pos­si­vel des­fa­zer os nós da alma, da cons­ci­ên­cia atra­vés da soli­da­ri­a­dade e do amor ao pró­ximo con­ti­dos na men­sa­gem de Cristo.
 
Pede-se que recons­trua a igreja segundo os pre­cei­tos Cris­tãos, eli­mi­nando o fausto e a ofen­siva osten­si­vi­dade, que a tem carac­te­ri­zado o mundo eclesiástico.
 
Por mim, gos­ta­ria de o (os) ver sair dos clau­tros reli­gi­o­sos “para a rua”; bus­cando o olhar dos famin­tos de pão, de espe­rança e de afeto, capaz (es) de um afago, não ao cida­dão indis­tinto, lon­gín­quo, informe na massa anó­nima, mas àquela, àquela, mesmo em frente, em qual­quer lado; cató­lico ou não, cris­tão ou não. Jesus Cristo a todos, indis­tin­ta­mente, abriu os bra­ços, mos­trando o cami­nho; cren­tes, ímpios e blasfemos.
 
É esta a força do Cris­ti­a­nismo. Foi esta a força motriz do mundo oci­den­tal como o conhe­ce­mos hoje. É na rela­ti­vi­za­ção dos valo­res Cris­tãos, quanto a mim e pelos vis­tos, quanto a Frei Bento Domin­gues e Vaclav Havel, que radica a causa pri­mor­dial da atual crise.
 
Qual coman­dante da velha nau, espero que, Fran­cisco, seja capaz de medir a altura do sol e cor­ri­gir o rumo na dire­ção do porto, que todos nós, de uma ou outra forma, explí­ci­ta­mente, impí­ci­ta­mente ou secre­ta­mente, aspiramos.
 
 
 
 
 
Benvindo Francisco!
 

Paradoxo civilizacional

 
 
 
Os paradoxos do mundo atual sucedem-se, sobrepõem-se, perante a indiferença geral, característica do seguidismo modista, oportunista, e contraditório com os princípios das sociedades efetivamente livres e participadas. Ora então vejamos: 
  1.  A comunidade científica internacional concluiu que o aquecimento global que se tem verificado no planeta nos últimos séculos, se deve ao efeito de estufa provocado pela excessiva emissão de CO2 e outros gases, resultante principalmente do processo industrial.
  2. Perante a gravidade da circunstância, vários países, sob a égide nas Nações Unidas,  reuniram-se em Quioto em 1997 a onde se acordaram estratégias e compromissos  com vista à redução da emissão de gases com efeito de estufa.
  3. Tal compromisso, porém, só vinculou os países intervenientes após a adesão da Rússia em 2004, ao superar-se a quota pré-definida de 55% do total emissões produzidas por 55% dos países aderentes.
  4. Este protocolo enunciou os princípios do comércio de quotas de emissão de carbono mediante o qual, os países com excesso de emissões (industrialmente desenvolvidos), poderiam adquirir créditos ao países com excesso de quota (industrialmente subdesenvolvidos).
  5. Os paises pobres deixarão de se preocupar com a sua industrializazão; bastará vender aos congéneres desenvolvidos a sua quota de emissão.
  6. Com o rendimento assim obtido poderão então comprar-lhes os bens de que necessitem.
  7. Aqui chegados, começa a "cheirar-me a papeis rasgados", pois parece que seremos todos felizes e tal não se coaduna com as lições históricas.
  8. Em sequência, iniciou-se a implementação de nova atividade económica, com a criação de numerosas empresas especializadas no desenvolvimento de tecnologis de redução ou captação dos "gases malditos".
  9.  A crise económica global induziu a redução da emissão destes gases por inerente redução da produção industrial.
  10. Este novo setor da economia entrou em insolvência por falta de procura.
  11. É, pois, necessário aumentar a poluição global para que os especialistas do combate à dita possam rentabilizar o seu negócio!
  12. O caminho para a sustentabilidade planetária implica a redução da produção global através da mudança de hábitos de consumo da população, da alteração dos processos produtivos com adoção de fontes de energia sustentáveis e da redução da intensidade energética.
  13. Faltam novas referências na comunidade liderante planetária, em particular do mundo ocidental.
AB
 
 
(in DN de 11 de Março de 2013)

Crise no mercado do CO2 fecha empresas portuguesas

"Não há mercado de carbono em Portugal", é um dos lamentos que se ouve num sector que, há uns anos, prometia muito, mas que com a crise está agora a sofrer.

O "Público" escreve que "o colapso do mercado de carbono na Europa está a colocar as empresas portuguesas em grandes dificuldades. Algumas já fecharam, outras sobrevivem apenas à custa de clientes no exterior, investimentos que prometiam lucros certos desvalorizaram-se a pique. E ninguém antevê uma solução fácil para o que parecia ser um bom negócio há uns anos, mas agora está nitidamente a sucumbir às circunstâncias".
 
Segundo o jornal "são empresas que tinham um objectivo comercial com benefícios planetários: ajudar outras empresas a reduzirem as suas emissões de carbono, para minimizar o aquecimento global. Mas a crise roubou-lhes os clientes. Com a economia arrefecida, as indústrias estão a poluir menos e, por ora, não necessitam de ajuda. "Não há mercado de carbono em Portugal", afirma Júlia Seixas, co-fundadora da E. Value, consultora da área do carbono que entrou em processo de insolvência em meados de 2012".
 
(In Wikipédia)
 
O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida peloIPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC.
 
Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global.
 
Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55 países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.
 
Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).
 
As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.
 
A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:
  • Reformar os setores de energia e transportes;
  • Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
  • Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
  • Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
  • Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.