Desporto

domingo, 28 de abril de 2013

O FUTEBOL E O ESTADO NOVO

“O futebol é mais instrumentalizado hoje do que foi durante o Estado Novo”



Historiador Ricardo Serrado defende que o futebol não foi um dos “efes” do Estado Novo. E também assegura que não houve um clube do regime.
 
O futebol esteve longe de ser um veículo de propaganda do Estado Novo, que até atrasou o desenvolvimento da modalidade. Eusébio só não saiu de Portugal mais cedo porque tinha de ir à tropa. E não houve um clube do regime, embora o Sporting tenha sido o emblema que teve mais figuras ligadas ao poder. Estas são algumas das ideias defendidas pelo historiador Ricardo Serrado, no livro O Estado Novo e o Futebol, recentemente publicado.

PÚBLICO: No seu livro contesta a ideia de que o Estado Novo se ancorou nos três efes: fado, futebol e Fátima. Porque diz isso?

Quando parti para a minha tese, que serve de base a este livro, ia com a ideia comum de que o futebol tinha sido intensamente politizado e instrumentalizado neste período. Desde que me lembro, ouço dizer que Portugal era futebol, fado e Fátima. Para grande surpresa minha, apercebi-me que as coisas não eram de todo assim. O futebol não foi instrumentalizado, da forma como se diz. Nem há provas, documentos ou indícios de que o futebol tenha sido politizado durante o Estado Novo. E apresento neste livro vários argumentos que suportam esta ideia, como o facto de o futebol não ter sido profissionalizado mais cedo. E podia tê-lo sido, porque logo desde a década de 1920 ganhou uma importância social muito grande, mas o Estado Novo, ainda nos princípios da década de 1940, proíbe o seu profissionalismo.



Porquê?
Porque a ideia que o Estado Novo tinha do futebol, e do desporto em geral, era que deveria ser amador, ao serviço da nação, da educação física, para o cultivo do corpo. O desporto de espectáculo, de massas, era amplamente condenável para o Estado novo. E apresento vários documentos dessa intervenção, no sentido de impedir que o desporto fosse um espectáculo, um entretenimento ou uma profissão. O Estado Novo nunca apostou no futebol, antes pelo contrário.

Apesar desse travão do Estado Novo, o futebol continuou a ser a grande modalidade. Podemos dizer que o Estado Novo não foi nesse capítulo muito bem sucedido?
O ciclismo foi a modalidade rainha no final do século XIX e início do século XX, mas a partir de 1910, sobretudo em Lisboa e depois no Porto, o futebol ganha grande pujança. A partir da década de 1920, o futebol tem já um modus operandi e características que hoje em dia identificamos como fenómenos de massas: a agressividade dos adeptos, a contestação à arbitragem e os campos cheios de gente. Antes do Estado Novo surgir, já o futebol era o desporto-rei.


O Estado Novo tentou mais controlar o fenómeno do futebol do que aproveitar-se dele para a sua propaganda?
O Estado Novo definiu uma política desportiva concreta, que era consonante com o resto da sua política. Sendo um regime autoritário à imagem do seu líder (reservado, que não ia em convulsões), e não tanto regime de massas como o fascismo italiano e o nazismo, o Estado Novo adapta o modelo fascista à realidade portuguesa e às ideias do seu líder. E no desporto segue essa linha. O desporto devia servir para educar, civilizar, desenvolver os valores defendidos pelo Estado Novo, que era completamente contra as massas e a profissionalização de qualquer modalidade.

O nazismo usou os Jogos Olímpicos de Berlim 1936 e o fascismo italiano o Mundial de futebol de 1934. Não detectou nenhuma pulsão do Estado Novo para aproveitar por exemplo das conquistas europeias do Benfica na década de 1960 e dos bons resultados da selecção no Mundial 1966?
Existe algum aproveitamento, mais como consequência. As coisas aconteciam. O Estado Novo não as potenciava, mas colava-se a elas.

Um pouco como acontece actualmente…
Sim. Quando o Benfica foi campeão europeu e a selecção ficou em terceiro lugar em 1966, a ideia era que não era o Benfica ou a selecção, mas sim o país. Aí o Estado Novo faz algum aproveitamento, mas é algo natural e espontâneo num governo que quer chamar a si alguns desses feitos. Não considero que seja um aproveitamento planeado. Foi algo que aconteceu e espontaneamente aproveitou para promover o país.
O clube que teve mais personalidades ligadas ao regime foi o Sporting. Mas não estou a dizer que o Sporting era o clube do regime ou que foi o mais favorecido

Quer dizer que isso não é muito diferente do que acontece actualmente quando um clube português conquista um troféu internacional?
Exactamente. Quando o FC Porto é campeão nacional, vai à Câmara do Porto [desde que Rui Rio tomou posse, essa tradição mudou]. E o Benfica à Câmara de Lisboa. Até tenho ideia de que o futebol é hoje mais instrumentalizado, também de uma forma espontânea, do que no período do Estado Novo. Basta ver o Euro 2004 e a aposta do Estado no futebol, para o potenciar e para retirar dividendos com a sua promoção. O Estado Novo nunca apostou no futebol, antes pelo contrário. Na década de 1920, o futebol estava em desenvolvimento. Esteve nos Jogos Olímpicos de 1928 e tinha alguns jogadores de relevância internacional, como o Jorge Silva, Pepe, Augusto Silva e Vítor Silva. Já na década de 1930 e 1940 o futebol entra em período muito negativo, sofre goleadas e nota-se que a selecção poderia ter algum talento individual, mas a conjuntura não potenciava.

Porquê?
Em 1942, o Estado Novo criou a Direcção-Geral de Educação Física, Desportos e Saúde Escolar (DGEFDSE), que é o organismo que vai tutelar todo o desporto nacional e o futebol ficou ali condensado e preso. E em 1943, lança as leis bases do desporto e diz que o profissionalismo é proibido. Foi preciso esperar até 1960 para alguma equipa portuguesa fazer algo relevante no panorama internacional. Penso que isso se deve em grande medida ao travão imposto pelo Estado Novo, ao aprisionamento do futebol, que já movia largas somas de dinheiro. O Estado Novo nunca quis potenciar o futebol.


Uma das ideias do seu livro é que Salazar não gostava de futebol. Mas não houve outras figuras do regime a tentar instrumentalizar o futebol?
O facto de Salazar não gostar de futebol não impedia que outros gostassem, como era o caso de Américo Tomás, Craveiro Lopes, Henrique Tenreiro, Cancella Abreu. Claro que havia agentes do Estado Novo que gostavam de futebol, mas sobre Salazar não há indícios de que tivesse clube. Aliás, poucas vezes se manifesta sobre desporto. Fá-lo para anunciar o Estádio Nacional, quando o Benfica foi campeão europeu em 1961 e no Mundial de 1966, mas é um homem à parte do fenómeno desportivo. Aliás, quando ele recebe o Benfica em 1961, vê-se que é um homem que não está muito à vontade com a gíria do futebol e nem sequer seguiu a carreira da equipa. Disse qualquer coisa como: ‘então foi muito difícil resolver o vosso problema de futebol?’.

Mas terá ficado impressionado com o impacto social das vitórias do Benfica de 1961 e 1962?
Sim, porque esse impacto social é algo sem precedentes no país. Foi uma manifestação da portugalidade e penso que o Estado Novo deixou as pessoas expandirem-se, embora não tenha valorizado em demasia essas conquistas. Aliás, em 1966, quando o Eusébio tem o seu grande Mundial e a consagração internacional, o Diário da Manhã, que era o órgão oficial do Estado Novo, escreveu nas páginas centrais que o melhor jogador do mundo não era o Eusébio mas sim o Pelé.
Não foi o Eusébio-jogador que foi impedido de sair, mas sim o Eusébio-militar ou cidadão

Outras das ideias comuns é que Salazar impediu Eusébio de sair o país. Algo que também contesta no seu livro…
Sim. Com todo o respeito pelo Eusébio, que foi um dos melhores jogadores de sempre, nunca encontrei nenhum indício que leve a pensar que Eusébio tenha sido “nacionalizado” ou impedido de sair do Benfica por ser um símbolo ou herói nacional. O que aconteceu, e o próprio Eusébio o diz numa entrevista em 1995, foi que em 1962-63, ele teve um pré-acordo com a Juventus e acabou por não sair por intervenção do Estado Novo, mas porque tinha de ir para tropa. À luz do Estado Novo, era impensável dispensar fosse quem fosse de ir à tropa. O que costumo dizer é que não foi o Eusébio-jogador que foi impedido de sair, mas sim o Eusébio-militar ou cidadão. Ainda para mais, em 1966, o Inter de Milão quis contratar Eusébio, que chegou mesmo a escolher casa, e só não foi porque a federação italiana fechou as portas a estrangeiros, por causa de ter feito um mau Mundial e de querer potenciar os jogadores nacionais. Ainda para mais, o professor Manuel Sérgio confidenciou-me que o director da DGEFDSE era seu amigo pessoal e que se houvesse uma “nacionalização” de Eusébio ele teria sabido. Trata-se de um mito. Eusébio foi impedido de sair, mas apenas por razões militares.

Também defende que o Estado Novo não interveio de forma pensada nos clubes.
Não há nenhum clube do regime, primeiro porque o mentor do regime não tem clube, ao contrário de Franco [em Espanha], que se diz que era do Real Madrid. Salazar não esteve nas inaugurações dos estádios dos principais clubes. Depois, o clube que mais ganhou durante a segunda metade do Estado Novo foi o Benfica, que era o clube que tinha mais oposicionistas ao regime e que, na sua direcção, teve menos pessoas ligadas ao mesmo. O clube que teve mais personalidades ligadas ao regime foi o Sporting, onde contabilizei cerca de 12 ou 13 dirigentes com ligações ao poder.


Terá a ver com a génese mais elitista do Sporting?
Penso que sim. Talvez pela posição social mais elevada esses dirigentes estivessem mais próximos do poder. Mas não estou a dizer que o Sporting era o clube do regime ou que foi o mais favorecido. Durante a primeira metade do Estado Novo, o Sporting é o mais ganhador, mas na segunda metade é o Benfica.


O Belenenses também tinha algumas figuras ligadas ao regime e foi campeão em 1946. Houve algum traço de clube do regime?
Não. O Belenenses entrou em decadência nos anos 1960, talvez por causa de ter construído um estádio com um esforço financeiro muito grande. O estádio do Restelo custou mais do que o da Luz. Em 1975, o estádio foi mesmo hipotecado e Américo Tomás até teve de intervir, mas nunca encontrei traço de clube de regime. O Benfica foi o clube que teve mais oposicionistas declarados. Pelo contrário, na confrontação com o governo foi o Benfica quem mais se aproximou desse papel, nomeadamente por causa do hino censurado a Félix Bermudes (Avante Benfica)…Sim. O Benfica foi o clube que teve mais oposicionistas declarados.

E teve mesmo um presidente comunista…
Sim, o que é inédito. Manuel da Conceição Afonso é o único caso conhecido de um comunista a presidir a um clube durante o Estado Novo. Naquela altura, todos os dirigentes de instituições tinham de assinar uma declaração a dizer que não eram comunistas. No caso do desporto, era uma declaração que vinha da DGEFDSE. E até li num livro que Manuel Afonso se terá recusado a assinar essa declaração. O próprio Félix Bermudes, que fez o hino Avante Benfica [que o Estado Novo censurou, dando origem ao actual Ser Benfiquista], fez parte das listas da oposição nas eleições de 1949. Norton de Matos acaba depois por desistir e Félix Bermudes ficou chateado. Estamos a falar de oposicionistas activos.


Essas simpatias ou antipatias pelo regime traduziam-se apenas em actos simbólicos?
A inauguração do Estádio de Alvalade foi a 10 de Junho, data escolhida pelo presidente Góis Mota, que foi um homem forte do Estado Novo, tal como outro presidente do Sporting Cazal Ribeiro. A escolha do 10 de Junho teve algum simbolismo, por ser uma data importante para o regime.


Tal como o facto de a inauguração do Estádio das Antas ter sido feita a 28 de Maio de 1952 [aniversário da revolução que instaurou o regime do Estado Novo]…
Também. Na altura, o presidente do FC Porto [Urgel Horta] era deputado à Assembleia Nacional. E o ministro das Obras Públicas tinha dado alguma ajuda e a direcção do FC Porto achou por bem inaugurar numa data importante para o regime.

Mas essas conotações limitavam-se aos dirigentes?
Sim, embora os dirigentes fossem o espelho da respectiva massa associativa. Das poucas vezes em que Salazar aparece com trajes desportivos, surge dentro de um veleiro e diz que se houvesse um desporto nacional deveria ser a vela, por estar ligada ao mar.

Vislumbrou alguma tentativa de essas figuras próximas do regime tentarem chamar os adeptos para o seu lado político?
Respondo com um sim, embora não um sim muito claro. O autor da letra [Paulino Gomes Júnior] “Ser Benfiquista” era um salazarista e chegou a ser director do jornal do Benfica. Os textos dele mostravam alguma propaganda salazarista, não algo que viesse de instâncias superiores, mas sim como tradução do que era a visão dele. Mas onde isso é mais clarividente é no jornal do Sporting. Não é por acaso que na inauguração do Estádio de Alvalade, a 10 de Junho [de 1956], expressões como império, raça ou génio lusitano são usadas. São palavras gratas ao regime e que denotam uma clara colagem ao Estado Novo, que é espontânea, porque essas pessoas eram salazaristas e não o procuravam esconder.


A interracialidade no futebol português foi usada pelo regime para passar uma mensagem positiva para o exterior, de um Portugal colonial harmonioso?
Quando Portugal foi à fase final do Mundial de 1966 essa mensagem passou. Foi uma oportunidade muito boa para transmitir uma harmonia entre a metrópole e as colónias, numa altura em que os impérios coloniais europeus se desmoronavam.

Olhando para o futebol em Portugal hoje, acredita que este desporto tem um papel mais central na sociedade do que aquele que teve durante o Estado Novo?
O futebol alcançou um patamar social importante logo nos anos de 1920 e não era muito diferente daquilo que é hoje. Já movimentava muita gente e até tinha patrocinadores que procuravam aproveitar a popularidade deste desporto. Havia pequenos empresários a investir dinheiro no futebol, que já tinha uma organização relativamente complexa. Com o final do Estado Novo o futebol, e o desporto em geral, foram muito mais potenciados. Durante o salazarismo o futebol foi amputado da sua vertente mais profissional, de espectáculo e de entretenimento e hoje em dia isso não acontece.

É verdade que Salazar defendia que o desporto nacional deveria ser a vela?
Sim, das poucas vezes em que ele aparece com trajes desportivos, surge dentro de um veleiro e diz que se houvesse um desporto nacional deveria ser a vela, por estar ligada ao mar. Na Mocidade Portuguesa, por exemplo, o desporto mais proeminente era o campismo.

 
Ricardo Serrado nasceu em Lisboa em 1980. É licenciado em história pela Faculdade de Letras de Lisboa, mestre em história contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e doutorando em história contemporânea pela mesma faculdade.
 
Sempre gostou de desporto e praticou futebol federado durante 10 anos. Talvez por isso, incidiu desde cedo a sua área de estudo na história do desporto em geral e do futebol em particular, onde tem desenvolvido vários trabalhos pioneiros, entre os quais se realça O Jogo de Salazar – A Politica e o Futebol no Estado Novo (edição Oficina do Livro) uma obra fracturante que constituiu o primeiro estudo sério sobre as relações do futebol com a ditadura salazarista, desmistificando algumas ideias popularmente aceites mas com pouca ou nenhuma veracidade. Merecem também referência os dois volumes da História do Futebol Português – Uma Análise Social e Cultural (edição Prime Books), onde analisa, com um olhar historiográfico, inovador e arrojado, mais de 100 anos do nosso futebol.
 
Destaca-se ainda, sobretudo, por ter sido o primeiro historiador em Portugal a fazer uma ligação nunca antes realizada no mundo académico – futebol e historiografia. É fundador e director do Centro de História do Futebol e do Desporto, e dá aulas de história do futebol português na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusófona de Lisboa.

A tragicomédia

 
Gaitan, Sálvio e Lima protagonizaram um dos mais belos lances de sempre do futebol!
Um lance que vale por 100 penáltis!
 
Os Dirigentes do Sporting, auxiliados pelos jornalistas e comentadores desportivos afetos, dramatizam desesperadamente a rábula do seu Treinador, que procurou ganhar o jogo à custa das simulações dos seus jogadores, tal como tantas vezes tem sucedido com o seu anterior clube nacional. De má fé, roído de ressentimento pelo clube que dele fez gente, incapaz de reconhecer o mérito deste, destilou o veneno da frustração sobre o desempenho do árbitro, ignorando ostensivamente um dos mais belos lances de sempre do futebol, tentando manchar o mérito do Benfica, que foi a melhor equipa do encontro. Com esta atitude confirmou o mau caráter que revelara no passado.
 
Procuram os Dirigentes leoninos concentrar as atenções dos Sportinguistas nos alegados erros de arbitragem, induzindo-os a acreditar ser esta a causa da dramática decadência do clube, que se encontra em situação de falência e de grande vulnerabilidade desportiva.  Pretendem assim relativizar a importância da gestão desastrosa dos últimos anos e dos processos judiciais de ex-dirigentes leoninos, indiciadores de atos miseráveis de condicionamento de agentes desportivos, tentando garantir créditos futuros junto dos árbitros e da opinião pública, que lhes poderão proporcionar os preciosos pontos de que tão desesperadamente necessitam para aceder a um lugar europeu.
 
Sem vergonha, apressou-se o Pinto a fazer o mesmo, tentando fazer crer que o Benfica goza de tratamento favorável, procurando mais uma vez, influenciar os árbitros a decidir de acordo com o seu interesse. Ao declarar irónicamente, o grande futuro de Capela, o Pinto quis dizer que a sua carreira de árbitro estava acabada, tal como aconteceu, por exemplo, com Pedro Henriques, Bruno Paixão e outros, deixando implícito aquilo que as escutas do Apito Dourado mostraram e o adepto já sabia: que é o lobi portista que controla a carreira dos árbitros e que tal lhes tem garantido os títulos.
 
Na época em curso o Benfica seria já o campeão virtual se não tivesse sido vítima de grosseiros erros da arbitragem que lhe retiraram seis pontos - nos jogos com o Braga, a Académica e o Nacional - e o Porto não tivesse beneficiado de equivalentes erros de palmatória. Na sua estratégia saloia, pretende o Pinto reacender a guerra Sporting-Benfica, acenando com a cenoura àqueles, para enfraquecer ambos mantendo o clube da fruta em vantagem.
 
No jogo em causa nem teria reclamado se o árbitro tivesse assinalado falta contra o Benfica em três lances. Hoje porém, vendo a foto que o CM publica na página 32, compreendo a decisão; Capel, vai em queda bem antes do contacto com a perna do Máxi. No lance entre Garay e Wolswinkel, não sei se há contacto e, a ter ocorrido, não sei se Garay toca primeiro na bola; mas sei que na jogada prévia há falta não assinalada na grande-área contrária sobre o Lima! Finalmente, na queda de Viola pareceu-se que este forçou o contacto deixando-se cair perante a impossibilidade de ganhar o lance. Do meu ponto de vista, à semelhança da prática adquirida no dragão onde qualquer encosto aos cócózinhos é falta, Jesualdo intruíu os seus jogadores nesse propósito, sabendo que não conseguiria ganhar jogando olhos nos olhos.
 
Finalmente, e conforme refere António Tadeia, Capela raramente assinala penaltis, sendo que, o último que assinalou até foi favorável ao Porto mesmo no final da partida com o Marítimo e que lhe teria dado a vitória se  Martinez não tivesse falhado.
 
TENHAM VERGONHA!