Desporto

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Ressaca da Liga dos Campeões!

  
 
  
 
   Uma vitória que, apesar de categórica, revelou algumas deficiências e descontrolo, fatais com equipas de outro nível.
 
   O Moreirense foi à Luz jogar fechadinho no seu meio-campo, garantindo superioridade numérica na disputa da bola, não descartando qualquer oportunidade para subir à área encarnada e visar a baliza. Algo que ocorreu três ou quatro vezes durante o jogo, infrutiferamente, desta vez. Louve-se-lhes a disponibilidade física, a boa circulação de bola e a resiliência por nunca terem desistido de procurar o golo.
 
   A equipa do Benfica pareceu-me muito trapalhona, principalmente na primeira meia-hora, algo atabalhoada, sem fluidez de jogo, com o corredor direito bloqueado e o esquerdo inativo, dificuldade dos jogadores em soltarem a bola, prevalecendo o esforço individual, eventualmente devido ao sobrepovoamento adversário das zonas críticas, forçando uma dinâmica inconsequente. No jogo aéreo, Makaridze, reinava, o que não impediu os avançados encarnados da insistência no jogo alto. Na direita, Sálvio era brindado com três ou quatro "polícias", a ala esquerda não "carburava e a tendência era para o afunilamento e a cerimónia no remate, dada a floresta de pernas na zona. Enfim, finalmente, num movimento amplo, em jogada de envolvimento, Pizzi, o "homem do jogo" aparece na zona frontal livre de marcação, à entrada da área, a finalizar o cruzamento rasteiro da esquerda, enganando Makaridze com grande categoria. O segundo golo resulta de uma bela jogada coletiva em profundidade, com pormenores táticos e técnicos muito bonitos. No terceiro golo destacou-se a velocidade supersónica de Rafa a responder a um lançamento vertical de vinte a trinta metros de...Pizzi, ganhando o sprinte ao guarda-redes adversário, tendo optado, mal, pelo remate, já com dois defessas na frente; Jimenez concluiu, com grande sentido de oportunidade, à ponta de lança. Este movimento de Rafa terá sido o que Rui Vitória pretendeu induzir com a sua entrada no jogo da Turquia. Pizzi assume-se cada vez mais como patrão da equipa; Cérvi faz um trabalho defensivo tremendo, tal como Sálvio. André Almeida não comprometeu, apesar de "algo enferrujado" e a fava, desta vez, calhou ao Eliseu. Jimenez precisa de jogar mais para melhorar a precisão das movimentações na frente de ataque onde provoca grande desgaste às defesas.
 
   Enfim, fiquei com a ideia de que alguns jogadores poderão estar a acusar fadiga mental.
 
   Nada de relevante a assinalar relativamente ao árbitro.
 
   Bem os Técnicos e Dirigentes do Moreirense nas declarações referindo o essencial, abdicando da habitual "conversa mole". 
 
   PS1: Consta-se que terá havido prémios extra aos jogadores do Moreirense; nada surpreendente tendo em conta o que sucedeu na época transata. Veremos se o padrão se repete. O certo é que há demasiadas "anormalidades" em torno do Sporting; dinheiro a rodos de origem desconhecida, processos que ficam na gaveta dos órgãos jurisdicionais desportivos ou concluídos com sanções ineficazes em razão da demora, adversários dizimados por exclusões em jogo precedente com golos regulares não validados. A tudo isto, acrescente-se a rábula que foram os jogos com o Real Madrid, indiciando o envolvimento de "gente graúda" ao nível dessa entidade "impoluta" que é a UEFA e a FPF. Lembremo-nos ainda das cegadas do futsal, do castigo a Vieira e das recentes declarações de Meirim. Ainda quanto ao Moreirense, é um caso a acompanhar tendo em conta a saída de Pepa e a entrada de Inácio para o comando técnico da equipa. A verdade é que me parece ter já visto este "filme" antes. Há indícios de um planeamento extensivo, meticuloso e inescrupuloso para levar o Sporting ao título e não creio que seja da autoria de Bruno de Carvalho. Julgo que é casso para a PJ entrar em ação.
 
   PS2; O Benfica reclama mais dinheiro da NOS, que recusa numa primeira fase, sugerindo uma comissão independente para estudar o assunto. Mais uma vez o clube encarnado funciona como ganha pão dos principais rivais. É bom que faça valer a sua força e não vá em conversas.
 
PS3: Fantástica a equipa de andebol ao bater a forte equipa polaca, muito graças ao acerto de José Figueira, passando à fase seguinte.
 
PS: Os Bês encarnados perderam em casa, ingloriamente, uma vez que jogaram para ganhar. É forçoso trabalhar a eficácia.
 

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O Adamastor: CARTA ABERTA AO REI DE ESPANHA

"Não, aquilo que me leva a não lhe dar as boas vindas tem a ver com o facto da Coroa e da República Espanholas, não terem restituído a Portugal a portuguesíssima vila de Olivença e seu termo, que ocupam ilegalmente, “manu militare”, desde 1815 (eu diria, desde 1807). V. Majestade sabe certamente os contornos do caso e tem seguramente à mão, excelentes diplomatas e historiadores que lhe podem dar conta dos pormenores." (João José Brandão Rodrigues, Adamastor)"


O Adamastor: CARTA ABERTA AO REI DE ESPANHA:

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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Da euforia à decepção

 
  
BESIKTAS - BENFICA 3-3
 

   O sentimento de frustração que se abateu sobre os benfiquistas no final do jogo com o Besiktas, não resulta do resultado em si mas da forma como ocorreu. E como ocorreu? Sessenta minutos de futebol exuberante da equipa do Benfica, ao nível do melhor que se faz na Europa. Quem o pratica pode, legitimamente, aspirar ao título de campeão europeu. Trinta e tal minutos de grande intensidade da equipa do Besiktas, um Benfica a retrair-se, um árbitro caseiro, alguma sorte dos turcos e alguma aselhice dos encarnados. Apesar de tudo, com este empate o Benfica depende apenas de si próprio para passar à fase seguinte.
 
   Virtualmente fora da fase seguinte, com o apoio do seu público, a equipa do Besiktas subiu ao relvado na segunda parte, decidida a dar tudo o que tinha. E deu. Aumentou a intensidade e agressividade, cerrou as marcações, encostou os alas às linhas, encostou os jogadores encarnados à sua área e teve mérito e a sorte do jogo . Pela parte do Benfica, pareceu-me que adotou uma atitude mais passiva, fechando o seu meio-campo e esperando o jogo nas costas dos turcos para desferir o golpe fatal. Que esteve prestes a acontecer; primeiro por Mitroglou, depois por Guedes. Não censuro Mitroglou pelo falhanço; o mérito foi do guarda-redes, que saíu muito bem, tal como tinha feito relativamente a Guedes, no jogo da Luz. Mitroglou pressentiu a proximidade do guarda-redes e decidiu rematar de primeira ao poste esquerdo. Falhou por pouco. Poderia ter efetuado a recepção seguida de rotação à direita contornando o guarda-redes e finalizando à vontade. Quanto ao Guedes, não cheguei a perceber porque falhou a interceção, a cerca de um metro da linha de golo.
 
   Pareceu-me estranha a forma como a equipa do Benfica deu tanto espaço ao extremo esquerdo. Julgo mesmo que foi esta a principal falha tática que permitiu a recuperação dos turcos. A dupla Nelson-Semedo não soube fechar bem o corredor. Poderia tê-lo feito; não foi à falta de avisos. Conclui-se que a equipa, incluído o Treinador, tem dificuldade em efetuar correções táticas durante o jogo. Este particular define as grandes equipas. Na fase de contenção, creio que houve falta capacidade tática dos encarnados. Quando se opta por dar a iniciativa a um adversário de qualidade, como é a do Besiktas, que tem alguns jogadores muito evoluídos tecnicamente, aumenta-se o risco de in sucesso. Foi o caso.  
 
   Na reação dos turcos há a sublinhar o apoio do público e um pormenor que, quanto a mim, revela a minúcia com que os técnicos do Besiktas estudaram a equipa do Benfica; privilegiaram os cruzamentos-centros a meia-altura. Não pode ser por acaso. Perceberam que, pelo ar, não tinham hipótese dada a extraordinária capacidade da defesa encarnada, em especial de Ederson, mas também de Luisão e Lindelof. Até na grande penalidade a bola saiu a meia altura.
 
   Rui Vitória não foi feliz nas substituições. Percebeu-se a ideia; dar solidez ao meio-campo com Samaris mais fixo e a dinâmica de Rafa  para levar o perigo à baliza turca. Não funcionou. Ao tirar Cervi e Gonçalo, convidou os defesas a subir no terreno, perdendo capacidade defensiva na frente. Jimenez entrou demasiado tarde. Nos últimos instantes, percebeu-se o erro da opção; o golo esteve novamente à vista para os Lisboetas.
 
   Não serve de desculpa, mas é verdade que o árbitro ajudou os turcos. Deixou-se afetar pelo ambiente. O primeiro golo do Besiktas é irregular; o jogador que faz o remate para o golo está fora de jogo. Foi permissivo no capítulo disciplinar; Quaresma agrediu Ederson com uma joelhada "à porto", outros lances ficaram por sancionar, o que encorajou os turcos. Confirmei esta asserção num lance em que Mitroglou, à entrada da área, de constas para a baliza e com um defesa nas suas costas, recebe com o peito assistindo um colega na sua frente - Guedes? - em posição frontal.  O árbitro marcou falta ofensiva! Fiquei esclarecido.
 
   Há pois algo mais a fazer na equipa; força mental de todos em todo o tempo de jogo, conhecimento e automatização dos movimentos táticos em função das particularidades do jogo.
 
   Força! Venha o Nápoles, que há contas a ajustar.
 
PS1: O Sporting descobriu um filão inesgotável no falido BES e no enjeitado Novo Banco. Não se conhece quem está a doar financiamento ao Sporting, apesar da desastrosa gestão de Bruno de Carvalho. Trata-se de esclarecer se há dinheiros públicos implicitamente envolvidos ou dinheiro sujo. É que já lá vão 200 milhões de euros; caso se verifique o perdão da dívida de mais de 700 milhões de euros, como começa a suspeitar-se, o donativo totalizará quase mil milhões de euros! E ninguém dá explicações? E ninguém pede explicações?
 
PS2: Não acredito em bruxas; mas há cada coisa! A equipa do Boavista vai defrontar o Sporting, desfalcado de cinco titulares, por desacatos no jogo com o Guimarães! Ele há coisas do arco da velha! Vamos ver se vai repetir-se o fenómeno com os adversários seguintes, dos verde-brancos.  

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Que se passa na LPFP?

 
 
As "meninas" do Benfica
      Liga para que te quero?
 
   A Comissão Disciplinar da Liga (CD), e o Conselho de Justiça (CJ) da FPF, tão lestas a castigar Filipe Vieira, mantêm estagnado o processo de inquérito efetuado pelo CD anterior, quando já o devia ter enviado ao CJ da  FPF, depois de deduzida a acusação! Ou os casos não têm gravidade? Ou é para arquivar? Este comportamento põe em causa a credibilidade da atual Direção da LPFP, até porque, foi eleita com o apoio do Sporting! Está em causa o projeto de credibilização e intransigência anunciado por Pedro Proença, que, com este caso, parece ser discricionário.
 
   Respigado do CM: 
 
   A antiga Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga (CII) deixou à sua sucessora, Comissão de Instrutores (CI), um processo praticamente concluído, que visava o Sporting, em que se invocava o ilícito disciplinar grave, denominado por ‘ofensa ao bom-nome e ao prestígio das competições profissionais de futebol’, que tem como consequência/pena a interdição do Estádio José Alvalade de um a três jogos. Segundo soube o CM, o relatório final estava pronto para que a nova CI (em funções desde agosto) avançasse com uma acusação e a fizesse seguir para o Conselho de Disciplina (CD) da FPF, que, de acordo com os regulamentos, é o órgão que aplica as penas propostas pela justiça da Liga. Contudo, com a mudança de nome do órgão jurisdicional da Liga e a substituição de Cláudia Santos por Cláudia Viana, promovida por Pedro Proença, com o apoio de Sporting e FC Porto, o caso dos leões ainda não chegou ao CD.

Ler mais em: 
http://www.cmjornal.pt/desporto/futebol/detalhe/interdicao-de-alvalade-congelada-na-liga?ref=futebol_Mais Lidas
 
Os "medíocres" comentadores:
 
   Quando se acusam os dirigentes desportivos de mediocridade na sequência de comportamentos menos próprios ou deploráveis de alguns deles, convém não esquecer que todos os êxitos alcançados individualmente, pelos jogadores portugueses, ou coletivamente, pela seleção portuguesa, a eles se devem! É verdade! São estes dirigentes "patolas" , "doidos", "malcriados", que têm movido o futebol e propagado a prática desportiva, algo que o Estado historicamente negligencia.
 
   Por outro lado, esses mesmos dirigentes têm sido enaltecidos pela generalidade da comunicação social, salvo raras exceções, o que os torna corresponsáveis pelo dirigismo que criticam. O mais caricato é alguns "patetas" insistirem em meter Filipe Vieira no mesmo saco de dirigentes arruaceiros, "acusando-o" (?) de se candidatar sem oposição! Aos sócios do Benfica é que compete avaliar o desempenho das direções e a necessidade de constituir alternativas. Diz-se em linguagem futebolística que "em equipa que ganha não se mexe"; é o que pensam os sócios do Benfica! Qual é o problema? Evidentemente que sabemos qual é! A gestão de Filipe Vieira incomoda sobremaneira os adeptos dos adversários do Benfica. Incluindo os que infestam a comunicação social portuguesa, mais parecendo uma praga de gafanhotos!
 
   Modalidades do Benfica:
 
   Bem o voleibol em disputa com o CA Madalena, com uma vitória categórica (3-0); veremos como se sairão no próximo jogo com o Fonte Bastardo; bem o futsal sobre o Burinhosa (4-o); bem o hóquei em patins com o resultado de (10-1) contra o Valença HC. Muito bem o futsal feminino contra o eterno rival (2-0), num jogo onde o desportivismo esteve presente e se saúda. Mal o basquete a perder com a Oliveirense, provavelmente acusando o desgaste do jogo internacional. Mal, o andebol, com uma derrota fora em jogo na polónia, contudo, retificável em Lisboa.

domingo, 20 de novembro de 2016

Quase passeio!


     
   Esperavam-se mais dificuldades para a equipa do Benfica neste jogo com o Marítimo; uma equipa tradicionalmente difícil. Mas também não se poderá dizer que o jogo foi um passeio para os encarnados; os jogadores do Marítimo, honra lhes seja feita, nunca deixaram cair os braços, mantendo sempre uma postura de inconformismo. Aconteceu, simplesmente, que a equipa do Benfica fez um excelente jogo; tranquila, concentrada, talentosa, alegre, proporcionando momentos coletivos e individuais de grande requinte. Houve detalhes técnicos deliciosos, dos que os adeptos do futebol gostam e retêm na memória. Todos os golos foram deliciosos; nem "chouriços" nem carambolas. No primeiro, Cérvi tem o cuidado de não rematar a direito; o segundo nasce de uma recuperação fantástica de Sálvio seguido de passe "a rasgar" e remate cruzado ao segundo poste, de Pzzi (salvo o erro); no terceiro, Nelson Semedo faz uma fabulosa rotação com bola colocando-a de seguida, a meia-altura, em Mitroglou, que a espera no local certo, fazendo o quarto de seguida, num difícil remate de pé esquerdo, o pé de dentro, a passe de Gonçalo Guedes. Jimenez é um craque nos penaltis; Guedes fez um golo dificílimo, num remate de primeira a centro a meia altura de Pizzi. Enfim; Nelson Semedo, finalmente, atingiu a forma que o levou à seleção da primeira vez. Gonçalo Guedes é cada vez mais um caso sério, combinando força e talento como poucos, Mitroglou é um aristocrata do ataque, Sálvio está em forma, recuperando bolas, transportando-as, centrando, rematando, Cérvi é de uma irreverência e rapidez desconcertante, Pizzi é cada vez mais um grande maestro, Luizão, estabiliza a defesa e toda a equipa, Elizeu quando necessário mostrou os seus pergaminhos de velocista e pé canhão, Lindelof, discretamente, é um pêndulo, Samaris impediu que se notasse a falta de Fejsa e Júlio César quando foi chamado a intervir, safou-se...menos mal...(não devia ter deixado escapar a bola para a frente). É verdade porém que ainda houve por lá uns passes meio malucos, absolutamente reprováveis, e falta de inteligência ao não explorarem o imenso espaço que os madeirenses deixavam nas costas quando subiam em bloco no terreno.

Jimenez, Rafa e Carrilho jogaram uns bons 15 a 20 minutos, salvo o erro; mostraram que estão prontos. 
   Xistra, talvez tenha falhado em dois lances na área do Marítimo, que me pareceram passíveis de castigo máximo. A grande penalidade assinalada não tem discussão; por acaso até foram duas faltas no mesmo lance.
  Aprovo a discrição e o respeito com que Técnico e jogadores se pronunciam sobre o jogo e os adversários Assim é que é; concentração máxima no momento, ignorando todo o ruído que por aí se faz.
   Força!
PS1: O porto foi afastado da Taça pela, sempre difícil, equipa do Chaves. Estou curioso quanto ao castigo que a FPF ou LPFP vão aplicar ao Benfica! Não falha!

PS2: O nosso Néné faz anos; calhei a ouvi-lo, há pouco, na BTV, com outro mago da bola o nosso Vitor Martins. Comovi-me; a lágrima marota ainda balançou. Comovi-me com o afeto do Grande Néné ao nosso Benfica e ao seu amigo-irmão Vitor. A cultura de afetos é uma das marcas do benfiquismo, que sempre deve prevalecer.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Na inovação está a virtude!

 
  
 
   Quando há molhada no Sporting, sai castigo para o Benfica! Não lembrava nem ao "diabo" mas não esquece aos anti Benfica!
 
 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Andebol na luta!

 
 
   A equipa de andebol do Benfica perdeu com a do Sporting por 25 a 28. O desempenho dos encarnados revelado esta época nas competições internacionais e nos confrontos com o ABC, justificavam alguma expetativa num melhor resultado para os encarnados, apesar da equipa do Sporting se apresentar fortemente reforçada. De todo o modo, três golos de diferença, em casa do grande rival, denota algum equilíbrio, prevalecendo expetativa favorável no desempenho futuro, tanto mais que, neste jogo, a equipa do Benfica se viu privada, por lesão, de um dos seus melhores jogadores. Um jogador inspirado ou desinspirado, faz a diferença de 3 golos. Gosto de ver a serenidade e objetividade das declarações de Mariano Ortega e confio nele, pelo que demonstrou na época anterior. Falta, naturalmente, melhorar algo; a nível coletivo ou individual. Sugere-se que não "adormeçam", confiando nos automatismos do processo; às vezes basta um pequeno detalhe faz a diferença. Força!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Basquete maravilha!

 
     
 
   Perante a categórica vitória caseira da equipa do Elan Chalon sobre o Benfica, não acreditei na hipótese de réplica da equipa do Benfica na Luz. Enganei-me outra vez! (Já tinha acontecido relativamente ao Porto). O caso é que foi um jogo fantástico, entre duas equipas que protagonizaram lances de grande beleza, com muita emoção e incerteza há mistura. Como sempre são os bons jogos. A equipa do Chalon tem lançadores fantásticos, grande cultura tática e uma atitude competitiva  muito forte. Porém, a equipa encarnada esteve à altura ganhando com grande mérito; chegou a ter uma vantagem da ordem dos 15 pontos, período de grande desorientação da equipa belga. Dependendo do adversário, no basquete, qualquer desconcentração pode ser fatal. E neste caso foi. Por mérito do Benfica. Carlos Morais esteve imparável, com triplos, assistências e ressaltos! Foi o MVP do jogo. Com esta vitória o Benfica apurou-se para a fase seguinte da FIBA Europ Cup. De destacar ainda as sóbrias declarações de Morais, no final do jogo, sublinhando o desempenho do grupo. Os grandes campeões são assim. É caso para dar os parabéns à equipa técnica e ao diretor do pelouro; com contratações cirúrgicas, sem estardalhaço, mostraram que sabem da arte como poucos. Temos equipa para a época. Força!
 
   A Seleção Nacional de futebol continua a ser a estrela negra dos jogadores encarnados! Desta vez foi André Horta que veio de lá com guia de marcha para a enfermaria. Tantas coincidências dão que pensar. Gostava de conhecer a origem desta lesão.
 
   Os critérios de Fernando Santos parecem revelar reserva deste relativamente aos jogadores do Benfica. Custa-me dizê-lo porque o considero, mas, se não é, parece; e às vezes, o que parece é!
 
   Ora então do "douto" Conselho de Disciplina da FPF saíu mais um castigo para Filipe Vieira! Por outro lado, foi arquivado o processo de inquérito ao Rui Gomes da Silva por declarações que efetuou em uma das suas participações na SIC! Tal deveu-se ao recurso interposto ao TAD por aquela, deixando os homens do CD da LPFP receosos de eventual anulação duma sentença condenatória (vontade não lhes faltaria). Tal é a convicção dos agentes da justiça desportiva na Liga. Desportiva? Mas o que é que a CD da LPFP tem a ver com o que as pessoas, não agentes desportivos, dizem ou fazem fora dos seus domínios? Nada! A lei geral subordina o funcionamento da Liga! É tudo! 
 
   Voltando ao castigo aplicado a Filipe Vieira; é sintomático que tal ocorra na sequência da crónica, num jornaleco afeto ao Sporting, de um articulista com aversão ao Benfica, queixando-se da demora na decisão do processo aberto ao dirigente encarnado. A ideia que dá é que; ou o CD da FPF anda a reboque da comunicação Social afeta ao Sporting, ou esta presta-se às encomendas daquela. Seja como for, é mau sinal! 
 
   Quanto a mim, o episódio indigno entre os Presidentes do Sporting e do Arouca precipitou o castigo a Filipe Vieira. Isto é; perante a inevitabilidade do castigo a Bruno de Carvalho e Carlos Pinho, o CD da FPF apressou-se a castigar Vieira para apaziguar a turba verde e o seu Presidente. Rogério Alves, arriscando a reputação de que ainda goza junto da opinião pública, já veio a terreiro responsabilizar Carlos Pinho considerando Bruno de Carvalho vítima neste episódio!
   Com Slimani aconteceu algo parecido; o castigo saíu tarde e a más horas e a justificação da sentença descredibilizou quem a proferiu. Atrasaram-lhe o castigo na espetativa de ocorrer algum caso com algum jogador encarnado, como tentaram fazer com Renato Sanches! Inventaram-lhe um caso, arquivando-o, preparando a opinião pública para o tratamento favorável do caso Slimani! É o que me parece!
   São episódios atrás de episódios demonstrando que há algo errado na FPF; basta ver a identidade dos treinadores de todos os escalões! Estão quase todos entregues a ex-atletas do Sporting! Porquê? Para melhor promoverem os seus jogadores? Tal como disse acima, às vezes, o que parece, é!
   É confrangedor assistir ao lambe botismo a Bruno de Carvalho, por parte de gente que parecia idónea idónea! Uma pena!

domingo, 13 de novembro de 2016

Velhas alianças

 
   

   Entre as várias peripécias e singularidades que têm "adornado" décadas do futebol nacional destaca-se a relação "especial" entre o Futebol Clube do Porto e o Vitória Futebol Clube (vulgo, Vitória de Setúbal). Essa proximidade tem-se afirmado na transação ou cedência de jogadores entre os dois clubes, algumas vezes em momentos críticos do Vitória - parece que a crise financeira do Vitória é perpétua -, outras no, tradicional, alinhamento institucional, ainda outras na estranha atitude competitiva deste, nos confrontos desportivos com aquele.
 
   É verdade que este padrão parece extensível a outros clubes; como referiu ontem um convidado na BTV, ex-dirigente do Estrela da Amadora, "O Porto ajudava muitos clubes e estes, naturalmente gratos, retribuíam a ajuda quando era necessário".  No entanto, há razões históricas especialíssimas no caso do Vitória; percebi-o ontem quando, vagueando pela história económica do século XIX de Portugal, fui ter à Guerra da Patuleia - ou Guerra da Maria da Fonte. Uma guerra de raiz popular despoletada no reinado de D. Maria II, por volta de 1844, contra os despautérios tributários do Governo do famigerado Costa Cabral. Um século devastado por guerras no território nacional; a do Rossilhão, a das Laranjas - ou Fantástica, em que perdemos Olivença - a Peninsular, a Liberal, a Vila Francada, a Abrilada, a Patuleia e depois a da Regeneração. A Guerra da Patuleia foi sangrenta e foi ganha pelas forças de D. Maria graças à intervenção da Espanha, Inglaterra e França, graças ao pacto de aliança em vigor entre estas quatro nações.
 
   Pois nesta guerra da Patuleia - dos patolas; termo depreciativo por que eram tratados os populares pela aristocracia afeta à rainha -, onde a célebre mulher da Póvoa de Lanhoso, irmã do sapateiro da vila, se distinguiu, graças ao seu vestido vermelho e por ter dado a primeira machadada na porta da prisão onde estavam as mulheres que iam ser julgadas por terem dado uma "coça" nos enviados do Governo que queriam impedir o enterro de uma conterrânea na igreja da aldeia, como era tradição, começando pelo norte, propagou-se à cidade do Porto e alastrou por todo o país, devido à sublevação espontânea da população e a adesão de muitos adeptos miguelistas derrotados pelos liberais em 1834, incluindo à cidade de....Setúbal.
 
   Ora um dos chefes militares dos sublevados foi o conde....das Antas que, quando " os patolas" de Setubal estavam na iminência de novo confronto, após severa derrota, ocorreu, por mar em seu auxílio, não concretizando os seus intentos, graças à interceção de uma frota de guerra inglesa. "Et voilá" as razões históricas, profundas e respeitáveis entre a cidade do Porto e a de Setúbal, irmanadas na causa do Povo e da liberdade, ambas derrotadas pelas tropas do duque de Saldanha, espanholas e inglesas. Razões que, compreensivelmente, se estenderam às respetivas principais equipas de futebol. Pena que, desta vez, essa aliança não tenha servido  a causa da transparência e...da liberdade.
 
   PS: uma curiosidade; habitualmente atribui-se à cidade do Porto a designação de Invicta - creio que devido às peripécias da Guerra das Laranjas -, no entanto, na Patuleia, infelizmente, a cidade foi tomada pelas forças espanholas que ocuparam o forte e assumiram a autoridade até à pacificação do conflito, permanecendo a foz do Douro bloqueada pelas frotas inglesas.
 
   Ele há coisas "do arco da velha"!  
 
Ora apreciem este fascinante Vira do Alto Minho, interpretado pelo magnífico rancho minhoto "Maria da Fonte"
 
 
BIROUE; CUM CATANO! INTÉ REPENICA!
 

sábado, 12 de novembro de 2016

O "Mata Sete"

 
(Edward Munch - Vampiros)
 
"No mesmo documento, emitido através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o Sporting informa que foi constituída uma hipoteca sobre o direito de superfície do Estádio José Alvalde e do edifício Multidesportivo pelo BCP e BES, os bancos financiadores do Sporting." (Diogo Cavaleiro, Negócios)
 
 
PS: Onde terão ido parar os 5 mil milhões de dólares americanos que desapareceram do BESA?

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Empate com borbulhas!

  
 
  
Consta que o Porto foi superior em quase todo o jogo e que foram as estratégias dos Treinadores a ditar o resultado final; um empate com sabor a vitória para o Benfica e com travo a derrota para o Porto. Este, num processo aparente de recuperação competitiva na sequência de alguns resultados menos maus, em especial na Liga dos Campeões, "obrigado a vencer" para convencer; aquele, numa sequência invulgar de vitórias, confortavelmente instalado na sua correspondente vantagem pontual.
 
   Competia ao Porto fazer as "despesas" do jogo. E fez; mas não conseguiu "matar" o jogo, porque receou o Benfica. E tinha razão; ao cair do pano, ao já célebre minuto 92, os "diabos vermelhos", num lance brilhante, marcado pela serena determinação e o talento de André Horta - o jogador-adepto - e  de Lisandro Lopez - o substituto do Capitão -, os encarnados estabeleceram o empate, para desespero de Casilhas e seus companheiros.
 
   O centro de Horta ilustra uma das formas mais eficazes de bater as defesas sobrepovoadas na zona da área; trajetória alta, força q.b., precisão milimétrica e um cabeceador a preceito. O destino da bola é só um e é traçado pelo lançador; o fundo das redes adversárias. E assim foi; a bola, sorriu para Casilhas e foi à sua vida.
 
   A equipa do Benfica, fustigada por intermináveis lesões, apresentando-se com duas baixas de peso - Grimaldo e Fejsa -, jogou um futebol conservador, que lhe ia saindo caro. Sendo possível fazer diferente, nunca saberemos se tal traria melhor resultado.
 
   Algo surpreendentemente, consta que Artur Soares Dias, adepto portista, fez um bom trabalho. Aleluia! Esperemos que seja um exemplo dos novos tempos do futebol nacional.
 
   Com este resultado o Porto continua na corrida e o Benfica mantém o élan.
 
   Nas modalidades; vitória do Benfica no basquete, no hóquei em patins - em jogo internacional -, no voleibol e no andebol. Empate no futsal em casa com a equipa do Braga, que me parece ter merecido o resultado. Empate da equipa B de futebol deixando escapar, aparentemente por razões táticas, uma vitória que parecia certa, para um adversário que o mereceu. Enfim; mérito aos adversários e mais e melhor trabalho na agenda dos encarnados.
 
  Noutra latitude, o Sporting voltou às vitórias com uma confortável vitória caseira sobre a instável - esta época - equipa do Arouca. Relata a imprensa cenas graves, passadas após o final do jogo na zona dos balneários entre dirigentes dos clubes envolvidos. Esperemos que, desta vez, as autoridades desportivas sancionem exemplarmente os causadores dos graves distúrbios, evitando cair na tentação da relativização do caso, como aconteceu na época passada, inúmeras vezes, sobretudo, relativamente aos dirigentes sportinguistas. A ver vamos.
 
PS1: Parece que não há forma de os clubes se protegerem contra os incómodos causados por adeptos adversários que, numa demonstração de anti desportivismo, se empenham em desgastar os jogadores contrários, impedindo-os de repousar nas vésperas dos confrontos. Foi o que aconteceu à equipa do Benfica na noite que antecedeu o jogo. Evidentemente que as autoridades têm uma palavra a dizer; até porque a lei existe, é clara e é para cumprir.  
 
 PS2: Deplorável foi o comportamento da Sport TV por não se ter dignado a mostrar qualquer plano dos adeptos do Benfica durante o jogo; uma atitude incompreensível, na linha de processos de manipulação da opinião pública deploráveis, que, com o novo arranjo empresarial do grupo a que pertence e as experiências do passado, se esperava erradicado. Puro engano; há certa gente que teima em contaminar o desporto nacional. Para vergonha de todos nós.
 
Força Benfica!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Benfica-Dinamo de Kiev

 


   Exibição sóbria e suficiente do Benfica conquistando os três preciosos pontos e reforçando a sua candidatura à passagem aos oitavos de final.

Matreiros e medrosos, os ucranianos formaram um bloco recuadíssimo, em 4141, esperando um Benfica mais afoito e descuidado permitindo os seus contragolpes a partir das alas. Que me lembre, fora o penalti, os ucranianos não criaram grande perigo para a baliza de Ederson.
 
Os encarnados mostraram-se seguros na manobra defensiva mas incompreensivelmente  ingénuos no ataque ao insistirem nas diagonais interiores em direção à floresta de pernas que os aguardava. O caso é que não dispunham de espaços para evoluir, restando-lhes recorrer às transições rápidas, aos lances de bolas parada, à meia distância e ao jogo aéreo. Foi um canto que proporcionou o penalti devido ao muito respeito que Luisão continua a infundir aos adversários, nestes lances. Na segunda parte, o Benfica, atacou mais pelas alas e o perigo rondou a baliza dos ucranianos por várias vezes. Mitroglou poderia ter marcado em três excelentes contra ataques, deixando a ideia de estar algo cansado. Cervi e Sálvio fizeram "miséria" pelas laterais e foram bravíssimos no apoio defensivo "cortando" variadíssimos lances ofensivos ao adversário. Já o jogo aéreo ofensivo foi quase nulo, mas a meia distância...valeu o bilhete do jogo! Gonçalo Guedes, em posição frontal, na sequência de um movimento vertical, arranca poderosíssimo remate que parecia capaz de arrancar a trave! Fantástico! Devia valer meio-golo! Estes lances são o fascínio, a alma, do futebol; o resto é atletismo! A certa altura pareceu-me que o meio campo encarnado estava um pouco "macio" apesar da excelente exibição de Pizzi; talvez tenha sido essa a justificação para a entrada de André Almeida e a saída de Gonçalo Guedes.
 
Julgo que o penalti contra os encarnados foi algo forçado, mas aceita-se; Ederson descuidou-se um pouco na saída, mas emendou com uma grande defesa. Aqui chegados, gostava de saber como fez; se escolheu o lado previamente ou percebeu a direção da bola pela observação do avançado.
 
Jimenez jogou pouco tempo mas deu boas indicações. Bem precisa, a equipa. Nem sempre as coisas correm bem a Mitroglou.
 
Dramática foi a lesão de Fejsa na sequência de entrada "assassina" de um adversário. Já vi tanta coisa no futebol que me pergunto se não terá sido encomendado. É que o caso do Rodrigo ainda está fresco na minha memória.
 
Venha o dragão!
 
PS1: A equipa de basquete do Benfica acabou de vencer a do Bruxelas, na Bélgica, exibindo-se a bom nível, com Carlos Morais a dar "cartas", num jogo fluido e eficaz.
 
PS2: Rui Silva, a última estrala de atletismo do Sporting, ingressou nos quadro do Benfica, com a dupla missão de atleta e técnico. Oxalá tenha sorte. Força!