Desporto

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Veneno Puro...: John Adams já sabia onde isto ía dar...

Veneno Puro...: John Adams já sabia onde isto ía dar...

Veneno Puro...: Para reflexão daqueles que se esquecem da origem da dívida...

Veneno Puro...: Para reflexão daqueles que se esquecem da origem da dívida...

Veneno Puro...: De Soares a Passos

Veneno Puro...: De Soares a Passos

Contributos para um projeto do Benfica:













1.       Independência financeira do Grupo Benfica face a instituições que servem os interesses de adversários diretos, distorcendo as regras da concorrência desportiva, nomeadamente no que concerne à alienação dos direitos desportivos e outros.
 
a.       O controlo financeiro dos adversários constitui um dos pilares onde tem assentado a hegemonia desportiva do Porto nas últimas décadas. Com efeito, este clube, conta nas suas hostes com agentes da alta finança nacional, Américo Amorim, Artur Santos Silva, Alípio Dias, com posições fortíssimas na banca, quer como acionistas - os dois primeiros - quer como Administradores - o terceiro, no passado recente. A esta equipa junta-se ainda Belmiro de Azevedo - e outras figuras relevantes no panorama económico-político nacional - com o seu vasto império industrial e financeiro. Não admira o pavor hipocritamente e covardemente disfarçado a que assistimos no mundo do futebol e conexos.
 

b.      Com o monopólio dos direitos desportivos atribuído à Olivedesportos, conjugado com as profundas e históricas ligações comerciais desta entidade com a FPF e com a debilidade financeira da maioria dos clubes de futebol e suas SAD, direta ou indiretamente, o mostrengo tem controlado os seus concorrentes pelo estrangulamento financeiro, incluindo o Benfica, que, desde Damásio caíu nas suas garras por falta de capacidade de captação de financiamento alternativo e de desenvolvimento de projetos económico-desportivos consistentes. A dependência financeira subordina todos os restantes interesses, incluindo o Desportivo. O Benfica tem sido legalmente espoliado, pelos “tentáculos financeiros” do mostrengo, do seu património material e imaterial, com repercussão no desempenho desportivo.
 

c.       O impacto desta realidade no Benfica, porém, está longe de se confinar à vertente financeira. A presença no clube de qualquer uma das empresas de Joaquim Oliveira, representa, para todos os adeptos, sócios e acionistas, o jugo do mostrengo azul e uma machadada no seu orgulho, tendendo a instalar-se progressivamente, o conformismo e a resignação, difundindo-se, insidiosamente, até ao relvado, substituindo a tradição de inconformismo, competência e valentia, identitários do clube. Esta é, quanto a mim, a razão maior para o corte de relações comerciais com a Olivedesportos, ainda que não tivéssemos alternativa. Não há dinheiro que pague o orgulho Benfiquista. Saúdo a decisão da atual Direção e não tenho dúvidas de que, apesar das dificuldades iniciais, encontrar-se-ão alternativas bem mais favoráveis, além das sinergias resultantes da promoção da união dos Benfiquistas que daqui advirão.


d.      No entanto, este tema não se restringe à Olivedesportos; também o BES está presente em todas as SAD como acionista, acabando por condicionar a gestão das mesmas aos seus próprios interesses, funcionando como “cavalo de Tróia” do mostrengo azul. Veria também com muito bons olhos o afastamento quer do BES quer de Joaquim Oliveira do quadro de acionistas de referência da nossa SAD.
 

e.      Tal é ainda o caso da PT cujo departamento de marketing foi gerido durante largos anos por um confesso adepto azul - ficando assim esclarecido, para mim, o mistério do financiamento salvador do mostrengo -, que acabou de reentrar no capital da sport TV, ajudando a resolver as atuais dificuldades de financiamento desta entidade, quiçá, dotando-a dos recursos de que necessita para não perder os salvíficos direitos de transmissão dos jogos do Benfica.


f.        Considero pois que, uma vez alcançada a sustentabilidade financeira do Grupo Benfica e apesar das condicionantes do mercado acionista, onde qualquer um pode comprar quaisquer ações desde que tenha dinheiro, a Direção deve procurar financiamento alternativo e negociar a saída daquelas entidades da nossa SAD, evitando financiadores comuns aos nossos adversários diretos. Está aqui bem patente, talvez, o maior inconveniente da constituição das SAD, que consiste na possibilidade real de intrusão manipulatória de adversários, ainda que indireta, ainda por cima legalmente.
 

g.       Não faltarão financiadores ao Benfica, estou certo; por mim privilegiaria financiadores internos com disponibilidade para um compromisso de exclusividade, à semelhança do que já acontece com a Sagres, bem como com entidades idóneas externas com interesse na expansão desportiva mundial do clube.
 

h.      Tal exige o contributo de todos os Benfiquistas, especialmente os melhor colocados, e não apenas da Direção, cabendo naturalmente a esta, a sagacidade de os mobilizar, identificar e persuadir os financiadores preferenciais, sempre na perspetiva do conceito win-win. 

ET PLURIBUS UNUM

António Barreto*

Benfica-Guimarães (3-0)

 
Uma vitória do Benfica sem contestação, contra um adversário tradicionalmente difícil pela qualidade de jogo e pela garra que normalmente apresenta. Benfica de ataque maciço, em toda a largura do terreno com as alas muito criativas e o eixo de ataque poderoso, servidos por um meio-campo empreendedor e dinâmico.
 
A falta de precisão nos cruzamentos, denotando alguma ansiedade dos avançados e o bom posicionamento dos defesas vimaranenses na sua sobrepovoada área, dificultaram deveras a finalização. Toscano poderia mesmo ter inaugurado o marcador, não fora a pronta saída de Artur a negar-lhe o tento.
 
Finalmente, Ola John e Tacuara fizeram o que se exige a jogadores de elite; progressão pela ala esquerda, posicionamento cirúrgico, cruzamento milimétrico e cabeceamento mortífero, indefensável. Um excelente lance de futebol, ilustrando o que este desporto deve ser; um espetáculo. Com a equipa mais tranquila e os vimaranenses mais ativos, a dois golos seguintes acabaram por surgir com naturalidade, numa grande penalidade bem executada pelo Tacuara e num tremendo golo pelo fabuloso Lima, numa bomba de pé esquerdo ao 1º poste a passe do parceiro de ataque. Bonito!
 
Esteve mal o árbitro ao não assinalar uma grande penalidade cometida sobre o Lima na 1ª parte e muito mal ao expulsar o jovem André Gomes, impedindo assim o Benfica de dilatar o marcador. Expulsão, aliás, bem na linha do furacão de castigos a que o Benfica tem sido sujeito, a todos os níveis, desde o início da época, algo que já não estranhamos e que, estou convicto, faz parte da estratégia do mostrengo azul de induzir instabilidade no inimigo, graças à cumplicidade de que parece beneficiar dos órgãos das instituições desportivas responsáveis pala competição.
 
A equipa do Benfica desta época apresenta-se com uma frente de ataque bem mais poderosa, tendo melhorado sobremaneira capacidade de progressão pelas alas e maior mobilidade e poder de fogo no eixo. A dinâmica do meio-campo, porém, carece de “afinação” no posicionamento, recuperação, compensações, transição e qualidade do passe, afinação esta que, estou certo, não tardará, dada a qualidade dos atletas para o setor, donde destaco, Matic Enzo e até o André, todos, atualmente, em crescendo.
 
O que me parece, neste momento, prioritário, é o controlo emocional dos atletas em qualquer circunstância, pois só assim será possível manter a concentração tática, o sincronismo coletivo e a qualidade técnica, necessários ao desmantelamento dos blocos defensivos adversários. Foi o que faltou até ao primeiro golo, algo que regresso de Luisão poderá ajudar a superar; fizeram-se muitos cruzamentos, mas de má qualidade, gerando mais ansiedade seguida de mais descontrolo. Um ciclo vicioso que deve ser evitado a todo o custo. Os blocos defensivos ultrapassam-se com criatividade, dinâmica, sincronismo e precisão. Por outro lado, a ansiedade ofensiva conduz à desproteção defensiva, muitas vezes fatal, como foi no lance do Toscano - perdemos os dois jogos com o Chelsea na época passada por erros deste tipo. Também o remate de meia-distância, tem que ser melhorado, induzindo na equipa as movimentações adequadas e no atletas, a convicção necessária ao êxito. Finalmente, o lado esquerdo da defesa, carece de estabilidade muito rapidamente. Nos jogos de alto nível, um falhanço deita tudo a perder…sem apelo nem agravo.
 
Desejo à equipa felicidades para o próximo jogo da Liga dos Campeões que exige concentração e empenho máximos de todos, atletas e público.
 
 
AB