Desporto

sábado, 11 de julho de 2015

Próximas razões da decadência de Portugal

   
Laura Ferreira, mulher do atual Primeiro Ministro, apareceu numa cerimónia pública ao seu lado ostentando a falta de cabelo consequência dos tratamentos a que tem sido sujeita no âmbito da grave doença que lhe foi diagnosticada, suscitando críticas "ácidas", de pessoas afetas aos opositores políticos de Passos Coelho. Acusam-no de usar a doença da mulher para fins políticos; entenda-se apelo implícito à moderação crítica e simpatia do eleitorado e dos manipuladores da opinião pública. 
   Fugir da desgraça ou escondê-la é um ato compulsivo de sobrevivência humana contrariado, por exemplo, pelos valores cristãos que nos interpelam à compreensão e apoio dos desafortunados da vida. Todos sabemos que certas coisas "más" nos baterão à porta um dia, mas não queremos saber quando nem como. Por isso detestamos os que de tal nos lembram ainda que implicitamente. Uma certa repulsa, é, pois, compreensível e deveria ter pesado na decisão de Laura Ferreira. Porém, esta, optou por não prescindir da sua vida normal nem usar subterfúgios estéticos, numa atitude afirmação pessoal desmistificadora do grave infortúnio que lhe bateu à porta.
   Só de má fé ou por superficialidade pode acusar-se de calculismo político o Primeiro-Ministro neste caso!, quem é atingido por uma desgraça destas fica devastado, incapaz de pensar em tais artimanhas desejando apenas sossego e discrição. Respeito e admiro a coragem de Laura Ferreira, uma mulher bonita que não se importa de passar por feia mantendo-se no seu posto, tal como respeito e admiro Passos Coelho que, estou certo, apesar de dizimado emocionalmente mantém-se com serenidade inusitada na tarefa governativa a que se propôs na sequência do sagrado mandato popular. É de Homem e não é para todos!, não quer isto dizer que não tenho críticas a fazer ao seu consulado à frente do Governo. Tenho!, e graves! É outra história.
   Mas...algumas pessoas, arrogando-se, porventura, do "inquisitorial" direito de definir e fiscalizar a moralidade pública, esquecem-se que o respeito pelos outros é o primeiro requisito para o triunfo de qualquer sociedade humana. Laura Ferreira e Passos Coelho, merecem, pelo menos, respeito e reserva neste assunto. Critiquem-no "ferozmente" se necessário, e ao seu Governo como e quando quiserem no âmbito das prerrogativas democráticas mas...neste assunto respeitem-nos.
   Sem respeito pelos outros nenhuma sociedade vinga...seja qual for o regime. 
   Incluindo a portuguesa!   

As incongruências de Marco Ferreira

   O árbitro Marco Ferreira (MF) ao ter conhecimento da sua eminente despromoção e consequente perda das insígnias da FIFA, indignou-se publicamente e denunciou alegadas pressões do Presidente do Conselho de Arbitragem da LPFP, Vitor Pereira, em vésperas do jogo Rio Ave -Benfica, subentendendo-se que tal visava obter favorecimentos aos encarnados durante a partida - que estes acabariam por perder. Compreende-se a decepção e o despeito de MF, até porque, o padrão dos seus equívocos é precisamente o mesmo que conduziu à promoção de colegas como Olegário Benquerença, Pedro Proença e muitos outros. 

   Não havendo forma de comprovar as alegadas pressões de Vitor Pereira - esperemos que entretanto, este, faça algo a esse respeito -, resta-nos um simples exercício de reflexão para perceber que algo não bate certo nas declarações de MF: Sendo MF uma pessoa honesta que às vezes se engana, perante as alegadas pressões de VP para conduzir o seu desempenho em benefício de uma das equipas, teria de imediato denunciado tais atos a quem de Direito e, ou, tê-los-ia denunciado publicamente. Não o tendo feito, leva-nos a concluir que, a terem existido, não os entendeu na ocasião, não tendo sido afetada a sua conduta no jogo; conduta essa que, quanto a mim, esteve na base da derrota do Benfica. 

   Claro que, também podemos pensar que, de mente toldada pelo despeito, vendo a "terra a fugir-lhe debaixo dos pés", ciente da impossibilidade de comprovação, inventou as alegadas pressões, ou interpretou abusivamente eventuais recomendações de Vitor Pereira. Mas como MF é honesto, afastamos esta hipótese.

   Por mim, face ao que me foi dado observar nos jogos Braga-Benfica, em que os de Braga iam arrancando a cabeça a Talisca, e do Rio Ave Benfica, em que Ukra fez o que quis à margem das leis  no lance que precedeu a grande penalidade fatal, é bem despromovido.

   Tal não significa que confie em Vitor Pereira, precisamente por ter nomeado MF para esses jogos do Benfica - que lhe custaram 6 pontos - e também por ter escalado para os jogos mais difíceis do Porto, árbitros que, por norma, lhe são mais favoráveis.  

Arriba Benfica (como diz o Di Maria)