Desporto

sábado, 31 de outubro de 2015

O 1º passo da recuperação, a caminho do TRI.

   O jogo valeu pelos golos; três bons golos que vão confirmando a excelência do pé direito de Guedes e do pé esquerdo de Carcela tal como a já conhecida excelência da dupla, Gaitan-Jonas. De resto, à parte a entrega dos jogadores,  foi mau; a equipa revelou, mais uma vez, falta de consistência tática, em especial, no meio campo, perante um Tondela lutador, que chegou a controlar várias fases do jogo.  Rui Vitória demora a desfazer o modelo JJ e a implementar o seu. É clara a falta de criatividade no meio campo!, cá da minha bancada, a equipa deve adotar um modelo de jogo mais conservador tipo da de Trapattoni; compacta, com os lances ofensivos construídos a partir de qualquer ponto do terreno, em especial da defesa. Todas os adversários, sobrepovoam o meio campo, ganhando quase sempre essa zona, dificultando sobremaneira a construção, visto que nos falta o, ou os, "criativos". Então adote-se  o 451 e jogue-se em contra ataque - temos jogadores fantásticos para esse modelo -, desdobrando-o em 442, 433, 424 ou mesmo 415, 325...etc. E, claro, pôr fim ao futebol passivo que se verifica, em que o jogador espera parado que a bola lhe chegue aos pés, porque não sabe o que fazer sem ela. E isto é responsabilidade do Treinador. Como disse Toni, "não há tempo para ter tempo", mas desta vez, ganhámos tempo...mas não muito.

Toca a arregaçar as mangas e a lutar com humildade e união!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Arriba Benfica!

     
   Apesar dos desequilíbrios manifestos, tendo em conta o que a equipa já mostrou esta época, esperava que, no seu estádio, o Benfica, desse uma boa lição de futebol ao Sporting desfazendo os equívocos dos últimos meses. Afinal verificou-se o contrário; uma dolorosa derrota por 3-0 aumentando a distância ao primeiro lugar. Uma humilhação face aos comportamentos de dirigentes do opositor nos últimos meses!

Devido a afazeres pessoais não vi o jogo mas tendo em conta algumas crónicas idóneas a que tive acesso, parece que a equipa do Sporting se superiorizou a um Benfica emaranhado nos seus equívocos, acentuados pelo desempenho do árbitro que, mais uma vez, qual Proença, tratou de penalizar os encarnados em momentos cruciais do jogo, não sancionando uma grande penalidade sobre Luisão ainda na 1ª parte, com o resultado em 0-0, condicionando o jovem Guedes com um inexplicável amarelo logo de início - após um fora-de-jogo e "toque" de João Pereira -, quando se isolava na direção da baliza, e, compulsivamente, durante toda a partida assinalando-lhes faltas por tudo e por nada inviabilizando qualquer hipótese de fluidez ao seu jogo.  

   À parte o jogo em concreto, foi miserável a campanha de ódio e discriminação lançada pelo Presidente leonino sobre o Benfica, profusamente alavancada e difundida pelos meios de comunicação social com destaque para o militante Correio da Manhã - cuja proprietátria Cofina é participada por conhecidas figuras angolanas com ligações ao futebol -  que, ora cumpriam os critérios editoriais dos seus accionistas, ora viram aqui uma oportunidade de explorar, sórdidamente, o filão das audiências instigando o ressentimento e desbragamento verbal entre adeptos e clubes indiferentes aos perigos de indução de violência. Perante os desvarios, hipocritamente, lamentam-se da falta de civismo dos adeptos e, covardemente, acusam todos os dirigentes por igual do clima de crispação e violência em que nos encontramos.

   À semelhança do que acontece noutros setores da economia é cada vez mais evidente o envolvimento angolano no futebol nacional ,o qual, para ser bem-vindo, carece da mesma transparência que se exigiu aos fundos de investimento e originou a sua extinção acabando com uma alternativa de financiamento que proporcionava alavancamento competitivo do futebol nacional. Não há autoridade moral para exigir transparência aos rivais quando se pratica o obscurantismo entre portas. Despudoradamente. as autoridades, nacionais e internacionais, desportivas ou "civis" sempre céleres a castigar o Benfica, eternamente exemplo universal, vão fechando os olhos, condescendentes com o compassivo papel de coitadinhos de uns e outros.

   Bruno de Carvalho parece tolo, e quanto a mim, é-o, mas já mostrou que é capaz de tudo e, sobretudo, tem sido capaz de concitar os apoios financeiros de que necessita entre outros da sua laia, de silenciar a oposição interna e de constituir um considerável grupo de correlegionários patetas por medo ou oportunismo, agora esquecidos das pífias lições de ética que ano após ano regurgitaram publicamente. É conveniente levá-lo a sério! 

   Filipe Vieira desengane-se se pensa que o futebol nacional atingirá, alguma vez, em Portugal, o nível de civilidade e cordialidade competitiva com que sonha. Jamais! Esta mesquinhez, muito generalizada entre nós, apesar das múltiplas  nuances, é uma condição cultural lusitana que vem de muito longe e será muito difícil erradicar. O nobre adversário que luta para superar o outro sem o diminuir artificialmente é algo raro entre nós. Eu sei que os comentadores de serviço, quais lobos famintos, anseiam impacientemente o momento de abocanhar a presa e é necessário ter isso em conta, mas há que abandonar os punhos de renda e ir à luta de forma inteligente, mas com unhas e dentes pois quem mais fala, mais ganha, ainda que proferindo inacreditáveis ameaças públicas veladas de homicídio perante o silêncio covarde de quase todos.

  Compete aos Técnicos, Dirigentes e Capitães do Benfica analisar, minuciosamente, a conjuntura e propor soluções. Urgentemente. Há desequilíbrios na equipa que até "um cego" vê. Mas, hoje, é imperioso aferir se Rui Vitória não perdeu a equipa. Sem a confiança dos jogadores nada conseguirá; um jogador sem confiança no seu treinador não chega a meio jogador e com cinco jogadores não se ganham jogos muito menos campeonatos. Que se faça já o que tem de ser feito. Olhos nos olhos. Se Rui Vitória não tem condições para continuar deve dizê-lo e a Direção deve assumi-lo duma forma honrosa para todos apesar de a todos causar consternação. O que não deve é sacrificar-se o clube em nome de uma causa perdida, por comiseração ou orgulho.

É nas derrotas que se forjam os campeões e com Jesus sofremos algumas bem duras e escusadas; à semelhança do seu atual Presidente, não tem autoridade moral para nos dar qualquer tipo de lição. A nossa vez chegará!

ARRIBA BENFICA! 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Um passo em falso! (Galatasaray-Benfica: 2-1)

      Apesar de derrota, tangencial, a equipa do Benfica demonstrou estar à altura da Champions, com uma exibição de qualidade, perante um adversário de grande capacidade táctica fechando espaços eficazmente, com alguns jogadores de renome no futebol mundial; casos de Podolski e de Shneider. 

   Após início prometedor na sequência de genial golo de Gaitan, o Benfica passou a modo de controlo reduzindo a intensidade e isso foi-lhe fatal. O adversário subiu consistentemente, com amplitude e muitas unidades, procurando desequilíbrios e conseguiu-os; primeiro suscitando uma falta de André Almeida para castigo máximo, que converteu, apesar da excelente estirada de Júlio César, e depois, explorando bem pelo esforçado Podolski uma fatal desconcentração defensiva. 

   No segundo tempo, os "encarnados" assumiram o jogo, aumentaram a velocidade de circulação e intensificaram os lances ofensivos, criando algumas oportunidades de concretização, falhadas por falta de concentração, por sua vez, motivada pela pressão defensiva adversária. Na retina ficou um corte involuntário de Samaris a remate de Jonas que parecia levar o selo de golo.  Nesta fase, o Galatazaray usou e abusou do fatal antijogo. De qualquer modo as alas não funcionaram, falharam-se demasiados passes em momentos cruciais e, muitas vezes, "empastelou-se o jogo na defensiva, nomeadamente por Luisão; há que soltar a bola mais rápidamente e com  lançamentos ofensivos. 

   Júlio César esteve muito bem, a defesa falhou nos dois golos, o meio-campo esteve demasiadas vezes em inferioridade numérica e faltou precisão no penúltimo passe. A suspensão do campeonato declinou o ritmo competitivo da equipa. Acho que se deveria rever o tema. Não sei se Nelson Semedo Fez falta à equipa, mas acredito que sim, visto que estava mais rotinado e muito motivado. 

   Trata-se pois de uma derrota dececionante mas não demasiado amarga dados os bons sinais que a equipa revelou, necessitando apenas de mais concentração e mais intensidade.

   Julgo que o árbitro esteve bem; nada há a dizer relativamente à grande penalidade nem no golo de Podolski. Este, inicialmente, pareceu-me ter partido em posição de fora-de-jogo, mas creio que não.

   Descansar, trabalhar e venham lá "as sardaniscas", que hoje foram presenteadas com nove mocas no hoquei! (parabéns aos nossos jogadores e Treinador)

domingo, 18 de outubro de 2015

Uma rica Prenda!

         O caso das acusações de corrupção ao Benfica em face das alegadas ofertas do "kit Eusébio" a árbitros, delegados e observadores nada mais é que a reedição da estratégia que Pinto da Costa usou durante décadas para concentração do poder no clube e união e motivação dos seus atletas e adeptos. A invenção de um inimigo externo, "fonte de todo o mal", relativiza e justifica todos os equívocos internos de gestão económica e desportiva, mas também, implicitamente, reconhece a grandeza do "inimigo".  Afinal, até nas sociedades animais compete ao neófito desafiar o "alfa" correspondente. Vencê-lo, é que nem sempre acontece! Por outro lado os termos em que tal desafio está a ser efetuado sustentam-se num défice de autoconfiança e numa decadente falta de ética que muitos adeptos do futebol esperavam viesse a ser ultrapassada, em virtude da eminente "saída de cena" de Pinto da Costa. Porém, a patética estratégia de Bruno de Carvalho, tem o sublime condão de demonstrar a pungente hipocrisia que grassa entre comendadores e órgãos da comunicação social, salvo exceções, ao atribuírem aos dirigentes dos clubes a responsabilidade pela descredibilização do desporto e em particular do futebol. É que, não faltam arautos defensores do "novo líder" denunciando infantilização, sectarismo, oportunismo e desconsideração para com os leitores.

   A razão do "sucesso" da estratégia de Pinto da Costa residiu numa circunstância política específica altamente favorável; a "causa" da regionalização, que fez sua, e lhe proporcionou apoios económicos e cumplicidades políticas e judiciais de grande monta. A Bruno de Carvalho resta-lhe a insistência na indução de uma "guerra civil" no futebol, para persuasão das instituições e, sobretudo, dos árbitros. Carecido de nobreza de caráter, deveria, antes, seguir o exemplo dos dirigentes do Benfica, que, pacientemente, ano após ano,  vexame após vexame, investiram no incremento competitivo das suas equipas, melhorando sucessivamente infraestruturas e super-estruturas até derrotarem o desleal adversário...lealmente! Esta sim, é a lição que o dirigente do Sporting deveria ter aprendido. 

   Quanto às prendas, à parte detalhes regulamentares e jurídicos, é evidente que as acusações carecem de fundamento desde logo por inexistência de causa; é que, a equipa de futebol sénior do Benfica, a não ser pontualmente, e em especial nas últimas duas épocas, não beneficiou de quaisquer favores de arbitragem. Apenas foi menos prejudicada relativamente às épocas anteriores, donde se conclui, que muitos títulos mais teria conquistado se em igualdade de circunstâncias com os adversários, em particular o Porto, que foi, e continua a ser, despudoradamente beneficiado pelos homens do apito. Afinal, parece que a única forma de haver paz no desporto em Portugal é discriminar o Benfica, e tal constitui, em si mesmo, uma demonstração da imaturidade cívica que, no fundo, subjaz à crise económica, política e identitária que se abateu sobre os portugueses.

   Por outro lado, as tão propaladas "prendas" consistem numa singela lembrança alusiva ao maior símbolo do clube atribuída universalmente e abertamente, a árbitros, delegados e observadores que visitam o Estado da Luz no exercício das respectivas funções e após o termo dos correspondentes jogos. 

   A razão profunda desta agitação reside no facto de o Benfica constituir um obstáculo de peso aos sonhos de grandiosidade e popularidade dos seus principais rivais, incapazes de lidar com o fascínio que o Benfica provoca entre os seus adeptos e todos os amantes do espetáculo desportivo no mundo. E isso consegue-se com talento, coragem, respeito e...com feitos históricos universalmente relevantes.

   Uma "rica prenda" é o que Bruno de Carvalho - qual "mata sete" - é, e, nem o Sporting nem o desporto nacional merecem.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

domingo, 11 de outubro de 2015

O naufrágio do "Olívia Ribau"

   Antes de mais gostaria de endereçar as minhas condolências ao familiares dos pescadores do "Olívia Ribau" mortos ou desaparecidos no trágico naufrágio que ocorreu em plena luz do dia, em 06 de Outubro de 2015, na barra assassina da Figueira da Foz. 

   Cerca de seis décadas após o fatídico naufrágio da traineira "Nova Leirosa" que marcou gerações de figueirenses para o resto da vida, a tragédia repete-se, pela enésima vez, ceifando mais cinco homens bons que no mar buscavam o sustento das suas famílias! Entretanto, corrigiram-se e revestiram-se as margens do Mondego, fizeram-se e prolongaram-se os molhes, fizeram-se correcções hidráulicas e dragagens várias na barra, destruíram-se-se as Praia da Figueira da Foz e do Cabedelo...e os pescadores continuam a morrer!

   As fotos deste naufrágio que vieram a público, permitem-nos tecer algumas considerações e formular algumas perguntas, que, despretensiosamente, me proponho aqui fazer, valendo-me apenas de bom senso e da experiência, com a convicção de que, este, é mais um dos casos em que não haverá verdades únicas e definitivas, nem os erros de uns alienam a displicência ou incompetência de outros.

   Os factos: 

   O "Olívia Ribau" faz a aproximação da barra pelo enfiamento do molhe norte, guina a sul, atravessado ao mar e cerca de cem metros depois, mais ou menos a meio da boca da barra, guina na direcção da nascente para fazer o último troço da entrada. Uma vaga da altura do pórtico da ré - cerca de seis metros -, que atravessa, uniforme, toda a boca da barra, parte na popa do navio e varre o convés de ré. O navio, perpendicular à vaga e aparentando reduzida propulsão, parece cavalgá-la, e quando esta, já desfeita, passa na meia-nau, já se nota uma ligeira adornagem a bombordo. Ao passar a proa, a adornagem é mais acentuada, prosseguindo até se verificar a viragem do navio, nas condições que as fotos documentam: parte do costado e do casco de BB fora de água.

   As perguntas:

   Porque é que a aproximação da barra se fez daquela maneira; aumentando o percurso de entrada e impondo, perigosamente, o atravessamento das embarcações ao mar?
   Segundo testemunhos de outros pescadores há condicionantes naquela zona que surgiram na sequência do último prolongamento dos molhes que impõe aquele percurso; talvez a intensidade da corrente seja ali menor. Adotando, logo de início, a rota definitiva de entrada, a embarcação teria escapado à rebentação da vaga, apanhando-a cerca de cem metros à frente, absolutamente inofensiva.  Teria sido possível?

   Porque é que o navio não voltou para fora como já tinha feito antes?
   A vaga que se abateu sobre a popa do "Olívia Ribau" formou-se lá fora, durante o trajeto da embarcação para sul. Dada a massa de água envolvida, esta,  deveria ter voltado para o largo. Porque não o fez?, erro de avaliação?, pressa de chegar à lota?, excesso de fadiga?

   Que propulsão tinha a embarcação quando foi apanhada?
   Aparentemente seria reduzida, uma vez que não se vislumbra cachoeira à proa e era importante que fosse máxima, para fugir ao momento do maior impacto - vertical. Poderia ter feito a diferença. Haveria condicionamento na máquina ou terá sido opção?

   Porque adornou a embarcação?
   Porque a vaga que varreu o convés da ré deslocou carga a bombordo, e, provavelmente, inundou algum compartimento, reduzindo drasticamente a reserva de flutuabilidade. Em princípio, a carga solta no convés deveria ser o saco, parte das mangas e as portas. Tudo o resto - cabos e mangas - estariam enrolados na bobine do guincho; não creio que tal fosse suficiente para adornar a embarcação, apesar de as portas terem um peso considerável. Acredito na inundação do porão de ré e no rolamento da carga - cerca de 1200 Kg - a BB!, porque foi precisamente por aí que o vagalhão se abateu. Tal é verificável pela localização da tampa da respectiva escotilha. 

   Porque não estavam os tripulantes prontos a saltar?
   Estas contingências exigem certos cuidados bem conhecidos da generalidade dos marinheiros; entrar no início do "liso", pear a carga, fechar portas estanques e escotilhas, preparar a balsa, vestir coletes e definir estratégias de evacuação. O que terá sido, efetivamente feito?, os  coletes não foram vestidos e havia tripulantes, pelo menos um, no rancho. Com tripulantes, insensatamente, no rancho, não acredito que a respectiva porta estanque de acesso estivesse fechada!, estaria?

   Porque não saltaram os três tripulantes que estavam na ponte?
   Porque estariam inanimados ou em pânico.


   Porque não foram accionados os meios de salvamento públicos locais em tempo útil?
   Por limitação da capacidade de manobra, falta de visibilidade e presença de cabos e redes no mar, terá alegado com grande ênfase,  o Capitão do Porto da FF, corroborado posteriormente por organismo da Armada, referindo ainda haver uma embarcação salva-vidas em manutenção. Ora; as manutenções das embarcações salva-vidas, devem fazer-se nas épocas de menor risco de acidentes marítimos, neste caso, na primavera; os salva-vidas devem estar equipados com meios de iluminação adequados e os molhes deveriam estar providos de holofotes e dispositivos lança cabos em pontos estratégicos; tratando-se de uma zona piscatória, onde a presença de redes é o mais provável, os hélices dos salva-vias deveriam estar equipados com grelhas protectoras. Por outro lado; um Tripulante esteve cerca de 45 minutos a pedir socorro  agarrado à embarcação e veio a falecer por omissão de auxílio. Poderia, desde os molhes, ter-se passado uma ou mais bóias, com auxílio de uma pistola lança-cabos. Até poderiam ter-se usado os guinchos das viaturas de apoio ao salvamento nas praias no verão. Porque não se verificou?

   Porque não foram accionados os meios de salvamento nacionais em tempo útil?
   Porque estão demasiado longe e o nível de prontidão não era suficientemente alto!, Não devia haver um meio aéreo disponível na base de Monte Real?, ou salvar pessoas - pescadores, neste caso -, é menos prioritário que salvar florestas?

   Porque é que foi possível a um Polícia Marítimo de licença, salvar dois tripulantes com uma solução improvisada e os profissionais de salvamento nada conseguiram fazer, a não ser dizer que não havia condições?
   Porque aquele estava preparado, teve coragem, e mostrou respeito pela vida humana a ponto de pôr em risco a sua própria. Porque os organismos públicos cada vez mais funcionam para sustentar as correspondentes estruturas e cada vez menos para servir a população que lhes deu razão de ser. Porque, infelizmente, o célebre Patrão-Mor penichense, Moisés Macatrão parece não ter deixado continuadores nos Socorros a Náufragos da FF, pois não havia temporal algum que o fizesse recuar na sua "sagrada" missão de salvamento, chegando mesmo a sair sozinho, de dia ou de noite. Nem tão-pouco esperava pelo naufrágio, mantendo o salva-vidas, nestas ocasiões, a título preventivo, próximo das zonas críticas, pronto a atuar.

   Porque não estava a barra fechada para embarcações de comprimento acima dos 11 metros?
   As características deste naufrágio mostram que a barra deveria estar fechada para este tipo de embarcações, ainda por cima, não havendo disponibilidade de meios de salvamento. Que critérios serão usados para estabelecer a condição das barras do país?, Objetivos ou subjetivos?

   Havia ou não falta de tripulantes para operar o salva-vidas disponível?
   Consta que havia apenas um tripulante e que são necessários seis. Por outro lado, consta que o serviço de salvamento cancela pelas 1830h! Se assim é, o caso é grave! muito grave!

   Porque é que a entrada na barra da FF é perigosa?
   Devido aos baixios provocados pelo açoreamento resultante das correntes marítimas predominantes de norte e dos aluviões transportados pelo Mondego. Percebe-se que o prolongamento do molhe norte curvado a sul visa eliminar a primeira das causas, retendo os inertes provenientes de norte e, ou, conduzindo-os para sul, mantendo a trajetória natural da corrente, impedindo a sua precipitação à entrada da barra. No entanto, a correcção hidráulica, traduzida na redução da secção de escoamento do rio, aumenta a velocidade e a carga de aluviões, que, devido ao aumento da secção na boca da barra e ao encurvamento do molhe norte se depositam, formando os baixios que lá se encontram. A sua remoção, exige dragagem permanente, cuja dispensa só será possível introduzindo correcções sustentadas em medições, cálculos abundantes e meticulosos e muitos testes.

   Porque saem os pescadores, mesmo com mar alto?
   Porque não têm salário fixo nem compensações de rendimento por mau tempo e as suas famílias precisam de comer todos os dias.

   A sucessão de mortes de pescadores na sequência de naufrágios, cotejada com outros eventos, como a drástica redução das quotas de pesca e as imposições burocráticas draconianas e vexatórias  às embarcações, pela UE e pelas autoridades nacionais, revelam, que os pescadores, como sempre tem acontecido, apesar das românticas e, em muitos casos, hipócritas, manifestações de reconhecimento e admiração, são tratados pelas autoridades nacionais, e não só, como sub-cidadãos; tolerados, perseguidos e confiscado, mas não respeitados.

PS:
Um  ex-tripulante do Olívia Ribau e amigo que conhecia bem as vítimas deste naufrágio e teve oportunidade de falar com os sobreviventes desfez algumas dúvidas; o mar entrou pela popa no parque de trabalho, fechado nos dois bordos, e foi entrar na casa da máquina parando o motor e na zona social, onde estava um tripulante que tinha ido buscar o telemóvel, inundando-as. O porão estava fechado. O Contramestre foi expulso da casa do leme pelo mestre por discordar da decisão de entrar, dadas as más condições de mar. Morreram de imediato os dois que estavam na ponte e um no camarotre. Dos que estavam no convés; dois foram para a balsa e salvaram-se, o terceiro, subiu para a parte emersa aguardando socorro, que não obteve, e morreu. O barco lá continua, afundado, junto ao molhe sul.

" As ondas do mar são brancas, são brancas e amarelas,  coitadinho de quem nasce, p'ra morrer debaixo delas".

domingo, 4 de outubro de 2015

Raul Brandão e "Os Pescadores"

 
Quase por acaso "tropecei" nesta obra do popular escritor, ainda por cima ao módico preço de três euros! A propósito, cabe referir a hipocrisia dos "ativistas" da cultura ante os preços exorbitantes dos livros que se vão praticando em Portugal, geralmente entre os 15 e os 25 euros, inacessíveis à maioria das pessoas. Editem-se livros de baixo custo, promovam-se as bibliotecas convencionais e criem-se as e-bibliotecas, produzam-se na TV e na rádio pequenos programas literários simples, despretensiosos, dirigidos ao grande público, centrados nos nossos principais autores.

   Edição modesta, capa mole, folha branca e letra sóbria mas eficaz. Ultrapassado o desconforto dos habituais preâmbulos, o estilo de Raul Brandão prende-nos de imediato pela sua genuinidade, pelo colorido do seu diversificado vocabulário, pelo profundo afecto que emana da sua escrita relativamente a um povo do qual faz parte.

   Natural da Foz, reformado com a patente de Capitão do exército, como com quase todos os descendentes de pescadores, Raul Brandão tem um ascendente, o seu avô, morto no mar. O fascínio e o afecto que tinha pelo mar induziram-no, no ano de 1920, a conhecer e vivenciar a dolorosa e brava vida das gentes do litoral português. De Caminha a Sagres, passando pela sua Foz, Póvoa do Varzim, Aveiro, Mira, Nazaré, Peniche, Lisboa, Sesimbra, Olhão, Tavira e Sagres, com breves pinceladas noutras povoações. Quase nada sobre Buarcos, a minha terra, nessa época um microcosmos da epopeia dos pescadores portugueses, onde, entre homens e mulheres, não faltam histórias de abnegação e bravura. Sou capaz de jurar que, qualquer "buarqueiro", tem na família alguém morto no mar. O meu tio Zé Barreto naufragou e deu à costa, morto, amarrado ao pai, João Barreto, vivo, com a cinta negra dos calções. Não faltam histórias comoventes em Buarcos.

   Raul Brandão envolveu-se emocionalmente e fisicamente!, foi ao mar, sentiu-lhe o cheiro, a cor e o som, inventariou os tipos de barcos e de artes utilizados, identificando tipos muito para além do que alguma vez imaginei!, observou o modo de exploração da pesca, de distribuição dos respectivos rendimentos e de organização social. Eu, que só conhecia os botes, as bateiras, as lanchas, as traineiras, as chalandras, os buques, os arrastões e, vejam bem, as gamelas da várzea - que os miúdos mais espertos construíam para "navegar" dentro delas, remando com duas tábuas improvisadas -, fiquei a saber que haviam ainda as barcas, os botes, as aialas e os bateis, em Sesimbra, em Lisboa os galeões a vapor, as canoas, os saveiros, os botes, as chatas, os buques, em Olhão os caiques "voadores", na Póvoa as maceiras e as volanteiras, Em Mira os barcos grandes, a robaleira e a manhosa. E redes como os arrastões, os botirões, as branqueiras, os camaroeiros, as chinchas, os chinchorros, as curvineiras, os covos, as sabugagens, os savaros, as solheiras, os tresmalhos e os rascos em Lisboa, na Nazaré e por todo o restante litoral, " a nobre arte da chávega", a neta, a valenciana, os cercos, as redondas, o espinhel, os cobos, em Buarcos, Quiaios, Tocha e Pedrógão, as majoeiras, em Olhão, as groseiras e grandes enpinhéis, na Póvoa, as peças da sardinha, as volantes da pescada, o galricho da faneca, o rastão camaroeiro, a rede patelo do caranguejo e o rasco da lagosta.   Quanto a pescado faz referência a espécies de que nunca ouvi falar; godilhão, peixe-rei, peixe-anjo, orega, carocha, peixe-vaca, etc. Identificou funções que, de todo, desconhecia; o Proeiro que nas traineiras informava o mestre do local exato onde devia lançar as redes bem como da quantidade e tamanho do pescado presente - agora são necessários os sonares -, e do pedreiro, que conhecia a natureza dos fundos e dizia onde se devia ou não largar para evitar a destruição das redes.

   Deu conta da comovente solidariedade entre as gentes de Mira, Sesimbra e Olhão, onde os pescadores doentes continuavam a receber o seu quinhão tal como as viúvas, onde se constituía uma poupança comum para o inverno, onde ia ao mar quem queria e precisasse e onde se chegava a fazer o quinhão dos pobres e do Senhor dos Passos. Contrariamente ao que pensava, nesse tempo, havia salários na pesca; oito tostões por dia nas Companhas de Sesimbra e dez tostões por dia no Cerco Americano em Olhão, por pescador, mais uma percentagem da pesca entre os 15% a 25 %. Às mulheres da Póvoa, de Mira e da Nazaré destaca a predominância, seja no governo da casa ou no sustento da família, percorrendo léguas a pé descalço, com filhos ao colo e cesta à cabeça ou...,devido à fome dos "mininos", "mandando" os homens para o mar, apesar de ruim...apesar do risco de morte. Histórias pitorescas também não faltam, como as "batalhas navais" entre poveiros e sãojoaneiros, as zaragatas femininas, as artimanhas do Mendinho, contrabandista de Olhão, o apoio do Rei D. Carlos aos pescadores algarvios, o mau feitio do "náufrago" da Berlenga, o Faroleiro, que designava por musaranho, a angústia das mulheres de negro, vagueando pelas praias em busca de maridos, pais ou filhos, vivos, ou...mortos.

   De todo esse périplo, descreveu com minúcia o fascínio da Ria de Aveiro e da Berlenga e denunciou a sistemática destruição de recursos em todo o nosso litoral, arte em que diz serem os portugueses especialistas, em matança desenfreada agravada pela industrialização do Fialho e pelas traineiras assassinas da Galiza, que pescavam com dinamite e carboneto, vaticinando a inevitável escassez de recursos em cinquenta anos, por falta de comedoria. Ela aí está, em todo o seu "esplendor" noventa e cinco anos depois. Raúl Brandão não era biólogo!

   Testemunhos vários fizeram-no convencer-se que os "cagaréus" - pescadores de Aveiro -, terão sido os principais povoadores de todo o nosso litoral; vinham nas suas embarcações à vela procurar pescado e quando interessava regressavam mais tarde com a família, integrando-se ou fundando novas povoações. Interessante!, sei que os Barretos de Buarcos - minha família -, são, precisamente, oriundos de Ílhavo, donde trouxeram a arte de chávega para a Leirosa donde saíu um ramo para Buarcos. Em Lavos ainda hoje trabalha a arte de chávega julgo que mais para fins turísticos. Em Buarcos a última foi a do meu Tio Fernando Barreto que funcionou enquanto teve forças para tal. Havia outra, do João Cego - pescador de relevo -, depois adquirida pelo Finito, cujo filho alguns diziam ser o homem mais forte da vila, com quem, já espigadote, tive a honra de fazer parelha a pôr a bateira abaixo; um de bombordo, outro de estibordo (o normal eram quatro homens por remo).

   Eu, que quando adolescente experimentei, por opção, o fascínio da "arte", fazendo parte da companha, primeiro como moço, depois como homem, percebi agora, através de Raul Brandão, algumas coisas de que ouvia falar mas não sabia bem em que consistiam. Por exemplo; um dia em que a pesca foi farta, a minha Tia Dionízia, que colhia as cordas da mão de barca com precisão milimétrica, disse ao meu Tio Fernando para se içar o "pandão"!, o pandão, ou pendão içava-se para chamar o povo à praia anunciando pescado em abundância. Ao batedoiro chamávamos bortedor e as chumbadas eram pandulhos - feitos em cimento. As pandas eram pandas, o calão era a última bóia, presa por um longo cabo - corresponte à profundidade máxima - ao fundo do saco, as calimas eram as pequenas bóias das mangas e a rede, puxavam-na as mulheres e os moços com cintos de lona com chicote enfiado numa cortiça, e não com bois. A bateira não tinha leme; o arrais orientava-a, sei-o agora, através do cabo do reçoeiro amarrado ao "ferro" cravado na praia, a tilha era o painel da proa, onde, ainda criança, me diziam para me enfiar, chamavam-se caneiros aos que pegavam na cana do remo - parte mais delgada -, a peça de apoio do remo à borda chama-se cágado que encaixa nos escalamões e a extremidade propulsora era a pá. A bateira punha-se abaixo, carregada de cordas e redes, sem panais, com pelo menos oito homens, e punha-se acima, vazia, na zona do reçoeiro pelo mesmo número de pessoas. Os moços acartavam ao ombro os varais de cordas da mão de barca para o reçoeiro, a bordão. As redes eram estendidas na praia por toda a companha para secar e eram atadas de tarde pelo arrais, meu tio, homem bom, que eu acompanhava com enorme fascínio...porfiando os buracos maiores, que atar era para especialistas como ele, que confecionava toda a rede, incluindo a agulha e o muro. A extensão da arte contava-se em cordas; no caso, entre dezoito e vinte e duas; sei agora que cada corda tem dezoito braças. Havia dois momentos cruciais para lançar a rede; o alvor e o ensejo. O alvo era o carapau, que tinha maior valor, mas habitualmente apanhava-se sardinha e algum peixe grosso.

   Alguns ditos jocosos de meus tios, ganharam agora forma; - a camisa é de ticum, - diziam, de alguém que apresentasse uma camisa velha ou feia! Olha, chegou agora o Carradas, diziam, de quem aparecesse de má catadura, meio andrajoso, ou, simplesmente, diferente. Ora bem, segundo Raúl Brandão; ticum era o fio de melhor qualidade para confeção da rede e o Carradas foi um rico lavrador e armador que acabou falido e a pedir pelo litoral centro! Histórias pitorescas houve muitas; algumas que presenciei e até protagonizei. Tudo aquilo me fascinava!, Não dormia, à espera do chamamento na noite escura: - à TóZé, vamos ái arte!, levantava-me dum salto e corria que nem uma lebre a fazer as minhas tarefas. Gente boa, inesquecível! Deus os guarde para sempre.

   Mas, histórias a sério, são as da pesca do bacalhau; do meu pai, dos meus tios Zé, Tó, João, Magno, Lucas, Curto, Piorro, Ramiro e do meu avô Catulo, que por lá andou quarenta anos, no Hortense, desde o lançamento à água até ao desmantelamento. E de muitos, muitos outros "buarqueiros", com histórias magníficas, algumas heróicas, outras, simplesmente, comoventes, como a dos "ressuscitados".

   "Só tendo a morte quase certa é que  poveiro não vai ao mar. Aqui, o homem, é acima de tudo, pescador".

   "Dormiam no rio cobertos com a vela, e primeiro que pregassem olho era um falatório que se ouvia em toda a vila."

   " (O Poveiro) Foi sempre um eterno explorado pelo fisco, pelos regatões, pelos homens de negócio - e por último, tiraram-lhe o areal, que era a única coisa em que ele fazia finca-pé para os seus varais, para as suas velas, para os seus costumes."

   "E por toda a costa portuguesa a pesca rareia. Como temos o condão de estragar tudo, empobrecemos as populações da beira-mar, para enriquecer meia-dúzia de felizes. Cultivar o mar é uma coisa - é ofício de pescadores; explorar o mar é outra coisa - é ofício de industriais."

   "Assim, até os que por sorte não apanhavam peixe, tinham um quinhão garantido do mealheiro comum. Ficava ainda uma pequena parte nas mãos do arrais para o tempo de inverno, quando se não podia ir ao mar."

   "Não há terriola de seis cavadores submersa pelos montes, onde a sardinha não chegue - viva da costa."

   "Então, o arrais de pé dá o sinal dizendo; - Em nome do Santíssimo Sacramento, saco ao mar! - Toda a companha se descobre. Larga-se a cuada de malha mais miúda, a manga, peça mais grossa, e por fim o cabo, que se desenrola até à terra."

   "Felizes ou infelizes? Não sei bem. Apesar de abandonados pelo Estado, que os rouba, cobrando-lhes de fisco uma exorbitância, quatrocentos contos o ano passado e quase o dobro este ano, não lhes dando em troca uma maternidade, uma pequena biblioteca que os instrua, um médico, uma botica, uma estrada; apesar de abandonados pelos homens, sem organização nem instrução, sem um padre que lhes fale em Deus ou nas coisas eternas (a capelinha de madeira está fechada) - esta gente (de Mira) é tão fundamentalmente boa que, há cinquenta anos para cá, não consta de um roubo, de um crime ou de um delito. Pode-se dormir com a porta aberta. Eu nunca fechei a minha."

   "Enriquece o almocreve, o patrão e o negociante; só o pescador continua pobre e despreocupado. O mar nunca acaba e o mar é deles...(digo eu; ingénuo Raul Brandão)."

   "Quando os tiram por mortos, para fora do mar, metem-nos no sal como as sardinhas, para lhes "apertar os ossos". É grande remédio, dizem. O ano passado, houve um que, depois de estar no sal quarente e oito horas, ainda tornou a si..."

   "Se os batéis estão em perigo, corre a costa, açoitada pelo vento, bebendo as lágrimas e o cuspo do mar, e contendo o coração em farrapos, com as mãos negras apertadas sobre a tábua rasa do peito.... Só o mar dá o sustento e a morte....Má raios partam o mar."

   "É um tipo dorido, destes que vivem e morrem com dignidade, sem ninguém lhes ouvir uma queixa. De quando em quando vem-me à ideia esta figura de doente, com os três filhos agarrados às saias, a carregar até ao fim, até cuspir o último farrapo de pulmão."

   "Em Mira o lar é sagrado. É-o em todas as povoações da costa portuguesa que ficam longe dos centros corruptores."

   "Apareceram no cabedelo, unidos um ao outro. O mais velho erguia nos braços o mais pequeno, procurando salvá-lo."

   "Vou primeiro ao Baleal, que é a mais linda praia da terra portuguesa."

   "Mas Peniche é sobretudo horrível para mim porque é o tipo de pesca industrializada, o barracão, a fábrica de peixe, a caserna da sardinha, onde impera o Fialho do Algarve."

   "De inverno nenhum barco atraca às Berlengas. Só eu e Deus, no mais belo sítio da costa Portuguesa!..."

   "E o tempo ainda lhes sobra para cuidar dos filhos e para trazer a casa limpa e esteirada. Nenhum pescador vive como o da Nazaré: pode-se comer no chão."

   "Creio que só assim parindo e gemendo, tecendo e lavrando, mas principalmente parindo, é que se equilibra a nossa balança comercial, o que nos tem permitido viver como nação independente."

   Mas o melhor mesmo é ler a obra. 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Pedro Francisco "O Hércules de Virgínia"

Pedro Francisco; um açoreano de Angra do Heroísmo foi um dos principais heróis da revolução americana. Um orgulho!
Extratos da Wiki:
"Conhecido como "O Gigante da Virgínia", o "Gigante da Revolução" e, ocasionalmente, como o "Hércules da Virgínia", é homenageado pela comunidade portuguesa em New Bedford (Massachusetts) a 15 de Março[1] . Lutou ao lado de George Washington e do marquês de Lafayette, tendo sofrido numerosos ferimentos em combate, em defesa da independência de sua pátria de adoção."
"Foi Washington quem determinou que uma espada especial, adequada ao seu tamanho, fosse confecionada para Francisco. Foi esta espada, com 6 pés de comprimento, que aterrorizou os britânicos. Washington terá eventualmente se referido posteriormente a Francisco: "Sem ele teríamos perdido duas batalhas cruciais, provavelmente a guerra e, com ela, a nossa liberdade. Ele era verdadeiramente um Exército de um Homem Só.""
"Na batalha de Camden (16 de Agosto de 1780, terá realizado um dos seus mais famosos feitos, quando, após os colonos se terem retirado diante dos britânicos, deixando no terreno uma imensa peça de artilharia com aproximadamente 1000 libras, afirma-se que Francisco a colocou às costas e a terá transportado para que não caísse nas mãos do inimigo. Em homenagem a esse feito, os correios dos Estados Unidos emitiram em 1974 um selo comemorativo."

"Posteriormente, em 1850, o historiador Benson Lossing registou no "Pictorial Field Book of the Revolution" que "um bravo virginiano deitou abaixo 11 homens de uma só vez com a sua espada. Um dos soldados prendeu a perna de Francisco ao seu cavalo com uma baioneta. E enquanto o atacante, assistido pelo gigante, puxava pela baioneta, com uma força terrível, Francisco puxou da sua espada e fez uma racha até aos ombros na cabeça do pobre coitado!" Mais tarde, enquanto se recuperava, Francisco tornou-se amigo de Lafayette."

"De acordo com a tradição, após o conflito, devido às lendas criadas em torno de si, muitos aventureiros foram ao seu encontro para testarem a sua força. Neste período foi apelidado de "o homem mais forte da América", enquanto as crianças aprendiam sobre a sua forças e bravura nas escolas primárias do novo país." 
"Um Hércules de 6 pés e meio de altura que empunhava um sabre de seis pés de comprimento, Peter Francisco foi provavelmente o soldado mais extraordinário da Guerra da Revolução Americana". 


Atahualpa Yupanqui - Preguntitas sobre Dios

Atahualpa Yupanqui - Los ejes de mi carreta

Daniil Trifonov - S. Rachmaninov Piano Concerto No.3 Op.30

Rachmaninoff: Pianoconcerto no.2 op.18 - Anna Fedorova - Complete Live C...