Desporto

domingo, 24 de julho de 2016

Promete!

    
Eugène Boudin - La sortie des barques à Trouville, 1893
 
   Gostei do jogo-treino do Benfica com o Wolfsburgo  pela boa qualidade do futebol que  as duas  equipas praticaram. Não sendo prioritário, nesta fase, o resultado, é sempre bom ganhar; dependendo do adversário, é um indicador da qualidade da preparação e motiva os jogadores. No plano tático, a equipa do Benfica esteve bem, ocupando bem os espaços e pressionando alto, ostentando boa qualidade de passe. Alguns jogadores apresentam-se já com grande nível competitivo, casos de Fejsa e Grimaldo que estão prontos. Também se destacaram Jardel, Lisandro, Ruben Semedo, André Horta, Gonçalo Guedes e Sálvio. E, claro, Mitro e Jonas, os autores dos golos. Os restantes; Carrillo, Celis, Cervi, apesar da qualidade técnica que demonstram, necessitam de melhorar a condição física e a integração tática. A principal preocupação atual reside em encontrar os substitutos de Renato Sanches e Gaitan. Julgo que para a função de Gaitan já há solução entre Carrilho e, ou, Sérvi. André Horta - um passe soberbo para o lance do primeiro golo -, parece constituir, de momento, o melhor candidato ao lugar de Renato. Além de Pizzi, que já conhece a função, não sei se haverá, no plantel, mais alguém capaz de fazer o lugar. Enfim; a tranquilidade de que se fala não deve transformar-se em excesso de confiança a qual, por sua vez, invariavelmente, dá lugar à displicência. Tudo indica que haverá ainda movimentos no plantel; esperemos que, no sentido do seu reforço qualitativo, e que não se repitam mais casos como o do Zoro e agora o do Tharabt, que veio a custo zero mas que está a sair muito caro à SAD.

sábado, 2 de julho de 2016

Da Nova época

  
Caude Monet
 

   Das novidades anunciadas pela Liga para a época que se avizinha saúda-se a publicação dos relatórios dos árbitros e a abertura á participação de árbitros internacionais; aumentam a transparência, dificultando a distorção e manipulação dos factos desportivos, e aumentam a concorrência induzindo maior concentração no desempenho. Ao futebol nacional faltam árbitros, e não só, livres das teias manipulação que vagueiam nos bastidores do poder, bem patente ainda na época finda.
 
   Já as ameaças aos clubes por comentários impróprios dos seus funcionários  me parecem estapafúrdias. Antes de mais porque violam um direito fundamental consagrado constitucionalmente; a liberdade de expressão e de opinião. Para a punição de condutas impróprias basta a lei geral. Além do mais, os critérios de avaliação de conduta imprópria, ou lá o que seja, são subjetivos, transferindo mais poder para quem não tem revelado qualquer ponta de credibilidade para fazer respeitar a regulamentação com isenção e universalidade. Veja-se, por exemplo, o caso Slimani; um gozo ao Benfica! É a ERC que, antes de outros, deve agir na proteção da ética dos meios de comunicação. A Liga pode e deve fazer a pedagogia da ética desportiva e sancionar, sim, com objetividade, os agentes desportivos que violem a regulamentação vigente. Antes, deve criar as condições de competência, imparcialidade e rapidez inerentes a quem exerce a justiça, algo que não se tem vislumbrado na sua atuação. Pelo contrário, a justiça desportiva tem constituído mais um instrumento de ação dos poderes prevalecentes em detrimento dos clubes que estes consideram nefastos.
 
   Considerando o que se tem passado ao nível da FIFA, da UEFA, da FPF e da LPFP, a credibilidade das instituições desportivas há muito que passou da fase da suspeição para o estado de decadência crónica. No caso da Liga, a atual titularidade do cargo é disso mesmo exemplo. Não se aceita que uma pessoa, Pedro Proença, que causou tantos danos nos campeonatos nacionais em que participou, contribuindo decisivamente para a deturpação dos resultados desportivos, tenha sido colocado na presidência de uma instituição que deveria ser um exemplo de idoneidade e concórdia.    

A ver vamos.