Desporto

domingo, 24 de março de 2013

Uma questão de bolas!


 
Houve manipulação no sorteio da Champions?
21 de Março de 2013, às 13:54 
 
Ex-árbitro denuncia alegado sistema de "bolas vibratórias" na tômbola da Liga dos Campeões.
Ahmet Çakar, antigo árbitro internacional turco, denunciou a existência de uma fraude no sorteio da Liga dos Campeões e da Liga Europa. O agora comentador de uma televisão do seu país fez a demonstração do processo, que, alegadamente, utiliza um sistema de “bolas vibratórias”.
Segundo Çakar, o sorteio é manipulado no sentido de os grandes clubes não se enfrentarem, de forma a garantir meias-finais de grande nível.
O antigo árbitro começou a investigar depois do sorteio dos oitavos-de-final, no qual o resultado foi o mesmo do ensaio geral.
Segundo Çakar, algumas bolas emitem vibrações em contacto com um objeto metálico que está na mão de quem as extrai. Çakar demonstrou em direto na televisão turca o sistema que diz ser usado para manipular o sorteio e conseguiu os mesmos resultados do sorteio dos quartos-de-final do passado dia 15.
Na transmissão do sorteio, como é destacado no programa turco, vê-se a dada altura o secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino, a mexer dissimuladamente uma placa que se encontra ao lado da tômbola e que contém o nome das equipas. Segundo Çakar, poderia estar a ativar o sistema de vibração.
Recorde-se que o sorteio resultou nos jogos Málaga-Borussia Dortmund, Real Madrid-Galatasaray, PSG-Barcelona e Bayern-Juventus.

Liga dos Campeões: sorteio no ecrã (dezembro 2012)
 
Comentário Zaratustra:
 
Por cá, há muito que é "conhecido" o processo das bolas quentes como o estratagema usado na manipulação dos resultados dos sorteios das competições. Quentes, vibratórias, ou outra coisa qualquer, não falta tecnologia capaz de permitir o controle dos sorteios, quaisquer que eles sejam, a contento dos poderes dominantes.

A corrupção no futebol verticalizou-se, vulgarizou-se, tornou-se ostensiva! O corruptos já nem se preocupam em disfarçar, seguros da impunidade garantida por cumplicidades das múltiplas esferas de poder já contaminadas pelas "metástases" desta doença fatal.

Substimam, estúpidamente - não percebendo que estão a matar o futebol - a inteligência dos adeptos e restantes cidadãos! Na verdade, ao genuíno adepto, basta observar o desenrolar dos acontecimentos desportivos para perceber se há ou não corrupção; a postura tática e a dinâmica das equipas no decurso dos jogos, em particular de alguns atletas, o padrão de atuação das equipas de arbitragem e suas trajetórias profissionais, as sucessivas "coincidências", quer nos sorteios dos jogos, quer nas nomeações dos árbitros, onde é percetível a "proteção" das equipas eleitas, a "rotação" dos vencedores eleitos nas ligas europeias!

A este pântano, percetível a olho nú, respondem as autoridades com o desprezo da indiferença, como se os adeptos do futebol fossem imerecedores do seu empenho - qual tribo de indigentes mentais - e este desporto fosse uma atividade social iníqua! Paradoxalmente, não hesitam em capitalizar dividendos políticos colando-se aos vencedores, espúrios ou não, sempre que podem.

Há muito que deixei de ter dúvidas quanto à ineidoneidade quer da UEFA, quer da FIFA, para gerir os destinos do futebol europeu e mundial. Urge encontrar novo paradigma descontaminado da prepotência dos patrocinadores, onde não haja poderes absolutos e seja possível o escrutínio eficiente e permanente. Infelizmente, nos tempos atuais, parece que ninguém confia em ninguém para que tal se verifique.

Lentamente, inexorávelmente, o romantismo e fascínio que fizeram do futebol o maior desporto mundial, desvanecer-se-á e não serão os artistas de circo que impedirão a sua decadência.

António Barreto
 
 

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