Um sarcástico poema de um "velho Lobo do Mar", amigo, conterrâneo e colega, de seu nome, Joaquim Romão:
Bananolândia (2)
(As campanhas eleitorais)
Todo
o santo dia
Só
ouço apregoar
Democracia,
democracia !!!
Mas
vejo a vida a piorar
Tomam
de assalto os jornais
A
rádio e a televisão
Dão
canetas, aventais
Estendem-nos
todos a mão
Nós
temos a solução
Dizem
a todo o momento.
Após
o voto na mão:
“palavras”
leva-as o vento porque:
Quando
chegam ao “poleiro”
Todos
!!! de igual modo
Coletam
o nosso dinheiro
E
dão cabo-dele-todo
No
parlamento então
Para
não chorar, é de rir !!!
Sempre
“os mesmos” na “oração”
E os
outros a dormir
Os
discursos e restolhos
Que
fazem na “assembleia”
São
p’ra nos jogar nos olhos
Muitas
carradas de areia
Às
P.M.E:s comprometidas
Todos
juram dar a mão
Mas
é p’ra tirar as medidas
Para
comprar o caixão
O
Coelho diz: estamos bem !!!
Em
quê (?) quero eu saber
Desgraçado,
quem não tem
Jamais
na vida vai ter
O
Seguro diz: estamos mal !!!
Mas
não dá qualquer receita
Para
curar Portugal
De
tanta coisa mal feita
O
bloco com o Semedo
A
Catarina e o Fazenda
Embrulham-se
num enredo
E
vão rasgando a “tenda”
O
jerónimo, sempre igual
Com
a cassete gravada
Para
salvar Portugal:
Fala,
fala, mas não faz nada
O
Paulo, já não vai às “feiras”
Para
beijar velhas e meninos
Mas
já arranjou maneiras
De “afundar” os submarinos
Com
tanta “gente mandante”
E
tantos desempregados
Estaremos
num instante
Mais
perdidos que achados
Eu
só temo que no futuro,
Se
assim continuar, até juro !!!
Vem
um que nos manda: andar nu !!!
E o
meu maior pavor
É
que se a merda tiver valor
Os
pobres nasçam sem cú
- -
- - - - -
Por
agora digo:
Político,
serei teu amigo
E
votarei afinal
Se,
em vez de olhares p’ro umbigo
Olhares
para Portugal
Versão
atualizada da “BANANOLÂNDIA”
Editada
em 2009
2013/03/24
Q.R.
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