Mário Figueiredo é, atualmente, o dirigente de futebol mais lúcido e corajoso, o que não deixa de ser surpreendente tendo em conta a sua longa ligação ao gabinete jurídico de Adelino Caldeira e Moreira dos Santos, nada mais nada menos que o braço jurídico de Pinto da Costa, que lhe tem permitido enfrentar com sucesso todos os julgamentos de que foi alvo.
Os projetos que defende, com firmeza e serenidade, quanto aos direitos desportivos e ao modelo competitivo da primeira liga, são os mais adequados à recuperação da credibilidade e da economia dos clubes. O isolamento em que se encontra parece não o atemorizar e denuncia o estado de medo e cobardia que domina a generalidade dos clubes, a todos os níveis. Por muito menos se demitiu Hermínio Loureiro da presidencia da Liga, acabando nos braços do sistema - salvo seja -, no pomposo mas desprestigiante cargo de vice-presidente da FPF, claudicando do seu projeto.
Sabemos que o monopólio dos direitos desportivos escandalosamente detido pela PPTV - salvo erro -, deprecia o valor dos mesmos, minimiza o montante atribuido aos clubes e engorda o concessionário que por sua vez dita a sua lei em benefício de um dos concorrentes. Acabar este estado de coisas é um imperativo para a desejada redução do desnivelamento competitivo dos concorrentes, condição necessária à recuperação económica dos clubes. É obsceno que o concessionário se permita abocanhar cerca de dois terços do total das receitas de comercialização dos direitos!
Quanto ao modelo competitivo, parece-me que o projeto que apresentou iria melhorar a competitividade das equipas, pelo aumento a incerteza nos resultados, abrindo mais as equipas, proporcionando melhor espetáculo e rompendo com o círculo vicioso que caracteriza o futebol nacional das últimas décadas. Infelizmente este projeto foi chumbado e a consequência traduzir-se-á no inexorável nivelamento por baixo das equipas. Uma pena.
Na presente época, à semelhança das anteriores, sucedem-se e repetem-se os jogos em que, um dos adversários, consciente da sua inferioridade, concentra todos os esforços em impedir o adversário de jogar, praticando ostensivamente o designado anti-jogo em todas as suas vertentes. Tem sido, mais uma vez, o caso dos jogos na Luz nomeadamente com o Belenenses, Braga e agora o Arouca. Chegámos ao absurdo de, até na 2ª liga e nos júniores, alguns adversários do Benfica degradarem os respetivos relvados na véspera dos jogos, a fim de nivelarem técnicamente as equipas!, um absurdo inaceitável, tal como inaceitável é a passividade da FPF!, há que premiar quem aposta e investe na qualidade desportiva.
Tal estado de coisas levanta uma questão mais profunda que tem a ver com a representatividade de cada clube nos órgãos desportivos. Tendemos a crer que a democratização das instituições foi uma consequência direta da democratização do regime político, e nem sempre é verdade. Tal é o caso do futebol; como se entende que um clube com, por exemplo cinco mil sócios e dez mil adeptos tenha precisamente a mesma influência que outro com duzentos mil sócios e seis milhões de adeptos?, como se entende que uma associação que represente um certo número de adeptos, tenha mais poder que outra que representa o dobro deles?, não legitima a democracia o poder da maioria?, mas é o contrário que se verifica no futebol português!, são os pequenos clubes que ditam as regras conducentes à degradação da competitividade desportiva e à decadência do futebol, ainda por cima, condicionados pela crónica dependência financeira.
Outra faceta deste absurdo, reside no auto-imposição do silêncio por parte dos dirigentes do Benfica, face à influência duma CS hipócrita e persecutória, induzindo-lhes opção pelo mal menor. E é preciso acabar com isto. não tenhamos ilusões; nada será concedido ao Benfica. Tudo tem que ser conquistado. Tudo!
Mãos à obra.
Os projetos que defende, com firmeza e serenidade, quanto aos direitos desportivos e ao modelo competitivo da primeira liga, são os mais adequados à recuperação da credibilidade e da economia dos clubes. O isolamento em que se encontra parece não o atemorizar e denuncia o estado de medo e cobardia que domina a generalidade dos clubes, a todos os níveis. Por muito menos se demitiu Hermínio Loureiro da presidencia da Liga, acabando nos braços do sistema - salvo seja -, no pomposo mas desprestigiante cargo de vice-presidente da FPF, claudicando do seu projeto.
Sabemos que o monopólio dos direitos desportivos escandalosamente detido pela PPTV - salvo erro -, deprecia o valor dos mesmos, minimiza o montante atribuido aos clubes e engorda o concessionário que por sua vez dita a sua lei em benefício de um dos concorrentes. Acabar este estado de coisas é um imperativo para a desejada redução do desnivelamento competitivo dos concorrentes, condição necessária à recuperação económica dos clubes. É obsceno que o concessionário se permita abocanhar cerca de dois terços do total das receitas de comercialização dos direitos!
Quanto ao modelo competitivo, parece-me que o projeto que apresentou iria melhorar a competitividade das equipas, pelo aumento a incerteza nos resultados, abrindo mais as equipas, proporcionando melhor espetáculo e rompendo com o círculo vicioso que caracteriza o futebol nacional das últimas décadas. Infelizmente este projeto foi chumbado e a consequência traduzir-se-á no inexorável nivelamento por baixo das equipas. Uma pena.
Na presente época, à semelhança das anteriores, sucedem-se e repetem-se os jogos em que, um dos adversários, consciente da sua inferioridade, concentra todos os esforços em impedir o adversário de jogar, praticando ostensivamente o designado anti-jogo em todas as suas vertentes. Tem sido, mais uma vez, o caso dos jogos na Luz nomeadamente com o Belenenses, Braga e agora o Arouca. Chegámos ao absurdo de, até na 2ª liga e nos júniores, alguns adversários do Benfica degradarem os respetivos relvados na véspera dos jogos, a fim de nivelarem técnicamente as equipas!, um absurdo inaceitável, tal como inaceitável é a passividade da FPF!, há que premiar quem aposta e investe na qualidade desportiva.
Tal estado de coisas levanta uma questão mais profunda que tem a ver com a representatividade de cada clube nos órgãos desportivos. Tendemos a crer que a democratização das instituições foi uma consequência direta da democratização do regime político, e nem sempre é verdade. Tal é o caso do futebol; como se entende que um clube com, por exemplo cinco mil sócios e dez mil adeptos tenha precisamente a mesma influência que outro com duzentos mil sócios e seis milhões de adeptos?, como se entende que uma associação que represente um certo número de adeptos, tenha mais poder que outra que representa o dobro deles?, não legitima a democracia o poder da maioria?, mas é o contrário que se verifica no futebol português!, são os pequenos clubes que ditam as regras conducentes à degradação da competitividade desportiva e à decadência do futebol, ainda por cima, condicionados pela crónica dependência financeira.
Outra faceta deste absurdo, reside no auto-imposição do silêncio por parte dos dirigentes do Benfica, face à influência duma CS hipócrita e persecutória, induzindo-lhes opção pelo mal menor. E é preciso acabar com isto. não tenhamos ilusões; nada será concedido ao Benfica. Tudo tem que ser conquistado. Tudo!
Mãos à obra.
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