Setúbal, para o Benfica, é, tradicionalmente, um campo difícil; à motivação acrescida face à grandiosidade do clube, que constitui para todos os clubes nacionais, mesmo todos, uma espécie de catarse, seja para inverter maus desempenhos, seja para consolidar as boas prestações, há em Setúbal uma velha hostilidade fomentada historicamente pelo clube que aspira, em vão, a ser reconhecido como o principal rival do Benfica; o Porto.
A nomeação de Paulo Batista para este jogo, com grande quota de responsabilidade no relativo fracasso no campeonato anterior, e o afastamento - mais um - de Enzo, agravaram a espectativa quanto às dificuldades.
Não vi o jogo, mas confio na honestidade e competência da Sónia, que refere, na sua crónica no sítio do slb, as maldades que, como era de esperar, o Sr Batista praticou durante o jogo; complacência perante o jogo violento do adversário, perdoando uma expulsão a um jogador setubalense por bárbara e dupla agressão a Gaitan ainda na 1ª parte, e vista grossa a uma grande penalidade favorável ao Benfica.
Parece que, o futebol dos encarnados, tendo melhorado na 2ª parte em que aconteceram os golos, não revelou grande qualidade, e tal não deverá ser totalmente imputado à instabilidade tática da equipa, pois o recuo no terreno do adversário, característico do compulsivo e estratégico nivelamento por baixo do futebol nacional, para tal contribuiu. Quando a diferença competitiva dos contendores é demasiada, o jogo deixa de ter interessa; ou há jogo aberto e há goleada desinteressante, ou o mais fraco bloqueia o jogo das mais variadas formas em que os clubes nacionais são peritos. Foi o caso, tal como com o Belenenses, com o Arouca e com o Braga. É o que dá o Portugal dos pequeninos, em que o Porto é o maior deles e o maior especialista no nivelamento por baixo.
Oblak, esteve bem, apesar do relativo fraco assédio à sua baliza. E a verdade é que o Benfica precisa, desde há muito, de um grande guarda-redes.
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