Apesar do susto dos últimos quinze minutos, a equipa do Benfica confirmou a sua maior valia perante um adversário de respeito; leal e generoso. Confortável com o resultado do primeiro jogo, fiel aos princípios já enunciados, Jorge Jesus manteve apenas o setor defensivo e Ruben Amorim, aproveitando o jogo para melhorar os índices competitivos de vários atletas - André Gomes, Slimani, Djuricic, Sálvio, Cardozo -, cujo contributo se espera valioso na reta final da época.
Reagindo à pressão inicial do Tottenham, foi com naturalidade e classe que o Benfica fez o primeiro golo, mais uma vez, num esplêndido cabeceamento de Garay, neste caso respondendo a um magnífico centro de Sálvio. Sentindo a eliminatória na mão, a equipa entrou em processo de controlo, fazendo circular a bola em todo o campo com intensidade moderada, dando a certa altura a impressão de que o adversário estava conformado. Erro grave que poderia ter sido fatal; já na ponta final do jogo, o Tottenham empata num belo lance individual virando o resultado logo a seguir, com o golo obtido em posição de fora de jogo. E lá ficámos aflitos, e com razão; apesar da evidência da superioridade da equipa do Benfica, em três ocasiões o empate da eliminatória esteve à vista e só não aconteceu graças a Oblack e a Luisão - mais uma vez fantásticos. Foi Lima - que substituira Cardozo - que, na exemplar conversão de uma grande penalidade, colocou um ponto final na contenda. Que sirva de lição. Mais uma vez.
Sálvio parece próxima da boa forma, como ficou patente em várias arrancadas pelo seu flanco, culminando uma delas com o cruzamento do golo. Cardozo parece ainda algo perro tendo chegado a ensaiar o seu potente pé esquerdo. Muito bem Slimani, André Gomes e Djuricic, os quais, sem terem efetuado jogadas vistosas, trabalharam muito para a equipa. Markovik entrou na reta final substituindo Sálvio, tendo mantido o seu flanco bem ativo. Julgo que Máxi, tendo jogado bem, necessita de maior concentração na abordagem dos lances - faz muitas faltas - e na recuperação da posição, após as perdas de bola.
O Tottenham, foi uma equipa generosa, direta e muito física que, parecendo conformada, induziu algum relaxamento no adversário, que lhe ia sendo fatal, ficando aqui provada a importância da estratégia.
A equipa de arbitragem não me pareceu mal, contudo, a validação do 2º golo dos ingleses poderia ter originado a reviravolta na eliminatória. Na tal ponta final também fiquei com dúvidas em vários lances, dos quais o Benfica saiu prejudicado.
Enfim, a exigência vai aumentando e a equipa vai correspondendo com grande serenidade. Parecem todos muito concentrados. Oxalá o tema do campeonato fique resolvida cedo para então se concentrar esforços nesta prova, que por pouco nos escapou na época transata.
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