Com os "motores" dos clubes/SAD em "afinação" para a nova época desportiva, diluída ou atenuada a indignação na esperança de novas conquistas, é tempo de olhar para trás e tentar perceber os factos, em especial, os desportivos e destes, o futebol sénior do Benfica, em particular.
Iniciou-se a época na perspectiva duma façanha histórica para o Benfica; o penta-campeonato foi o objetivo definido e sempre reafirmado ao longo da época, como se fosse algo virtualmente adquirido. Falhou. Por pouco, mas falhou. À vista da meta, o "carburador" entupiu. Tal como, afinal, aconteceu nas modalidades. Todas. É certo que a época foi caracterizada por ataques sistemáticos ao clube por parte dos principais rivais e que se verificaram, dentro e fora das competições, acontecimentos algo bizarros, embora não inéditos. Mas também é verdade que, internamente, não faltaram equívocos aos responsáveis do clube encarnado. Tantos e tão inesperados, que chego a pôr em dúvida o efetivo empenho na vitória.
Ao nível do futebol sénior, falhou tudo; planeamento, preparação e acompanhamento. Não se percebe porquê; aparentemente, por razões aleatórias; os azares da vida! Nem os dirigentes do clube apresentaram explicações convincentes, limitando-se, desde o início, a relativizar a gravidade dos sucessivos insucessos e a anunciar novo pacote de obras infraestruturais. Pois me parece que pode haver razões não explícitas na origem da inépcia patenteada pelos dirigentes encarnados ao longo da época.
As saídas que se verificaram na equipa deixaram-na profundamente fragilizada, tecnicamente e animicamente. À exceção da de Lindeloff, nenhuma das outras foi adequadamente compensada. A equipa perdeu eficiência na baliza, na ala direita defensiva e ofensiva, no eixo defensivo até cerca do primeiro terço da época, e na frente de ataque, especialmente após a lesão de Jonas.
Quando certos clubes estão interessados num jogador, não há como evitar a saída; controlá-la garantindo o melhor momento e o maior proveito é tudo a que se pode aspirar. Porém, já não são admissíveis, em estruturas altamente profissionalizadas, erros grosseiros de avaliação como foram os casos do guarda-redes, do defesa-direito e, em menor grau, dos avançados destinados a colmatar a saída de Mitroglou.
A nova dupla de centrais composta por Jardel e Ruben Dias, levou tempo a entrosar-se, período em que, bola centrada para o eixo da defesa, geralmente terminava no fundo da baliza. Varela, até final da época, e apesar de algumas boas exibições, mostrou sempre dificuldade na leitura dos lances, nos timings das saídas e na execução das manchas. André Almeida, generoso e abnegado, face ao antecessor, perde em velocidade, criatividade e capacidade ofensiva. Quanto a Jimenez e Seferovic, sendo excelentes jogadores, especialmente o primeiro, nenhum deles tem as características de Mitroglou, aliás, raras hoje em dia, nem o modelo de jogo da equipa evoluiu de forma a proporcionar a otimização do seu desempenho.
No plano económico, a saída de Mitroglou tem justificação na perspectiva do curto-prazo, não no do médio prazo nem no do desportivo, como se comprovou pela desastrosa campanha na Liga dos Campeões. Mitro não queria sair. Era possível mantê-lo e, posteriormente, de o recuperar. Bastaria para o Benfica ter sido campeão, estou convicto. Gabigol e Douglas foram recrutados de emergência, já em desespero de causa, e, como sempre acontece nestes casos, não produziram os efeitos pretendidos, apesar de ambos, terem apresentado qualidades interessantes.
A ajudar "à festa", depois de ter recuperado da cirurgia que o afastou dos relvados cerca de três meses (salvo o erro), krovinovik, quando se afirmava no meio-campo fazendo desabrochar a equipa, lesiona-se num momento crucial. Também Sálvio e, finalmente, na fase crítica, o golpe fatal; Jonas é impedido de dar o seu contributo também por lesão.
A questão que se coloca é a de perceber a razão pela qual os dirigentes do Benfica não preveniram o plantel adequadamente para a época, que sabiam particularmente difícil. Não sei, mas poderei especular um pouco na próxima crónica.
As saídas que se verificaram na equipa deixaram-na profundamente fragilizada, tecnicamente e animicamente. À exceção da de Lindeloff, nenhuma das outras foi adequadamente compensada. A equipa perdeu eficiência na baliza, na ala direita defensiva e ofensiva, no eixo defensivo até cerca do primeiro terço da época, e na frente de ataque, especialmente após a lesão de Jonas.
Quando certos clubes estão interessados num jogador, não há como evitar a saída; controlá-la garantindo o melhor momento e o maior proveito é tudo a que se pode aspirar. Porém, já não são admissíveis, em estruturas altamente profissionalizadas, erros grosseiros de avaliação como foram os casos do guarda-redes, do defesa-direito e, em menor grau, dos avançados destinados a colmatar a saída de Mitroglou.
A nova dupla de centrais composta por Jardel e Ruben Dias, levou tempo a entrosar-se, período em que, bola centrada para o eixo da defesa, geralmente terminava no fundo da baliza. Varela, até final da época, e apesar de algumas boas exibições, mostrou sempre dificuldade na leitura dos lances, nos timings das saídas e na execução das manchas. André Almeida, generoso e abnegado, face ao antecessor, perde em velocidade, criatividade e capacidade ofensiva. Quanto a Jimenez e Seferovic, sendo excelentes jogadores, especialmente o primeiro, nenhum deles tem as características de Mitroglou, aliás, raras hoje em dia, nem o modelo de jogo da equipa evoluiu de forma a proporcionar a otimização do seu desempenho.
No plano económico, a saída de Mitroglou tem justificação na perspectiva do curto-prazo, não no do médio prazo nem no do desportivo, como se comprovou pela desastrosa campanha na Liga dos Campeões. Mitro não queria sair. Era possível mantê-lo e, posteriormente, de o recuperar. Bastaria para o Benfica ter sido campeão, estou convicto. Gabigol e Douglas foram recrutados de emergência, já em desespero de causa, e, como sempre acontece nestes casos, não produziram os efeitos pretendidos, apesar de ambos, terem apresentado qualidades interessantes.
A ajudar "à festa", depois de ter recuperado da cirurgia que o afastou dos relvados cerca de três meses (salvo o erro), krovinovik, quando se afirmava no meio-campo fazendo desabrochar a equipa, lesiona-se num momento crucial. Também Sálvio e, finalmente, na fase crítica, o golpe fatal; Jonas é impedido de dar o seu contributo também por lesão.
A questão que se coloca é a de perceber a razão pela qual os dirigentes do Benfica não preveniram o plantel adequadamente para a época, que sabiam particularmente difícil. Não sei, mas poderei especular um pouco na próxima crónica.
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