Com a vénia e o respeito que me
merece todo o Dirigente do Benfica e sem pôr em causa quer a dedicação quer o
amor de RGS ao nosso clube nem tão-pouco as suas competências é minha convicção
de que ele, representa a antítese do que deve ser um Dirigente de topo de um
grande clube de futebol; carismático, simples e objetivo. RGS será um excelente
Dirigente em modo backoffice, nunca da linha da frente.
Isto mesmo se conclui desta
entrevista na qual, geralmente, há excesso de palavras das quais, algumas das
vezes, não se consegue extrair uma conclusão clara.
Comunicação:
O que aqui está em causa não é a
competência de João Gabriel a qual é incontestável, mas a necessidade de
alteração da estratégia de comunicação. O que temos vindo a verificar há
décadas, é que a postura de sobriedade, de responsabilidade, de elevação, de
coexistência pacífica que tem vindo a ser adotada pelos Dirigentes do Benfica,
não tem grangeado o reconhecimento quer institucional quer jornalístico quer
público que merece. Ao invés, a postura provocatória, acintosa, jocosa,
intimidatória, chantagista e oportunista, colhem as simpatias hipócritas e
temor gerais - salvo honrosas exceções - dos que sempre encontram justificações
patéticas para a cumplicidade ou cobardia.
Quanto à presença de RGS em “O
Dia Seguinte”, aparentemente, não percebe o que está em causa! Com todo o
direito de participar em eventos do género, está em desvantagem perante
interlocutores formalmente desvinculados dos seus clubes e por isso, com maior
liberdade de argumentação, da qual poderá resultar prejuízo para a dignidade de
um titular de um órgão do clube. Estaria bem entre pares, o que não é o caso.
Ao referir que “as intervenções sobre o futebol devem ser
feitas em primeiro lugar, por quem vive o futebol por dentro”, mostra grave
défice de perceção da gestão desportiva. Os Técnicos devem manter-se à margem
de polémicas, totalmente concentrados no seu trabalho, tal como os Atletas.
Outra entidade, nomeadamente o Diretor Desportivo, Vice-Presidente ou
Presidente deverão assumir essa responsabilidade conforme a importância de cada
caso.
A propósito dos alegados “Bufos”,
atestou RGS a idoneidade, competência e empenho dos mesmos na causa
Benfiquista, parecendo ignorar que é sempre difícil a um Benfiquista aceitar
tal situação, abrindo-se um fator de dissenção entre adeptos, da qual
beneficiam os adversários. Há certamente Benfiquistas igualmente competentes
para os mesmos cargos, com a vantagem da criação de sinergias benéficas para o
clube.
Há pois que mudar, gerir os outputs informativos com inteligência em
benefício do clube, estabelecer parcerias com entidades com posições de relevo
na comunicação, falar aos adeptos a partir do futebol mas para além deste,
dirigir observações, sugestões ou reivindicações aos órgãos das instituições
desportivas ou de política desportiva. Enfim, alargar o universo dos
destinatários e dos temas, sempre nos padrões característicos do Benfica, não
bastando o anunciado propósito de
antecipação.
Direitos Televisivos:
Indicia a intenção da Direção
decidir conforme os desejos dos Adeptos, manifestando o seu empenho pessoal,
deixando porém em aberto todos os cenários. Aceito que, por enquanto, não seja
oportuno abrir o jogo. Mas volto a dizer; renovar com a Olivedesportos, NÂO,
por dinheiro nenhum! Nenhum dinheiro paga a dignidade de um Benfiquista. Rua
com essa gente.
FPF, Liga de clubes e posicionamento global do Benfica:
Sabemos quais os princípios que o
Benfica defende para o futebol, mas, o que está em causa é a estratégia seguida
para os alcançar. Acreditar na capacidade dos novos titulares da FPF para a sua
prossecução, como se viu, foi um erro grave.
“Se - quem foi eleito com o voto do Benfica - não
tem vontade, capacidade querer, desejo, ou, no limite, interesse, em que não se
repitam “Apitos Dourados”, então que se demita”; “Talvez tenhamos de começar a
dizer em público o que sempre dissemos em privado”; “voemos então - nos tempos
que aí vêm - como…águias”. Estas afirmações de RGS, apesar de revelarem a
intenção de mudança de estratégia, mostram uma grande indefinição e
insuficiente determinação quanto à forma de o fazer. Há que perceber de uma vez
por todas que o peso do Benfica neste domínio, depende da capacidade persuasora
de todo o seu universo. Ninguém prestará a menor atenção às reivindicações dos
nossos Dirigentes se não forem acompanhadas de “poder” adequado. É este poder
dissuasor que tem que ser construído, sem violar os grandes princípios que
norteiam o nosso clube.
Considero muito grave a
subestimação da influência de personalidades titulares dos órgãos do grupo FCP
na envolvente condicionadora do futebol, como faz RGS, tal como a negação da
convergência político-partidária com os interesses desportivos do mesmo grupo,
e bem assim, o défice de conhecimento que revela quanto à possibilidade de
constituição do Conselho Consultivo do clube, demonstrando-se assim, a efetiva
ausência de nova estratégia, por parte da Direção do nosso clube. Assim não
vamos lá!
Relativamente ao afastamento de
investidores da estrutura acionista do Benfica, não está em causa a violação
das regras do mercado! Está em causa sim, termos entre portas um dos maiores
inimigos do Benfica, detestado por todos os sócios, convictos que tal
personagem tudo fará em benefício do nosso adversário! Está em causa a coesão
entre Benfiquistas e entre estes e os Dirigentes da SAD e do Clube! Não
perceber isto é um erro de palmatória! Ora precisamente, o que se espera de um
Presidente do Benfica é capacidade para encontrar investidores com interesse
efetivo em defender o Benfica e para persuadir os acionistas indesejados de
terem acesso às decisões estratégicas da SAD, a vendê-las. E não me venham
falar em amizades pessoais ou dívidas de gratidão. A união dos Benfiquistas
está acima de tudo isso.
Relativamente à UEFA disse RGS:
“…será um caminho a seguir, se o desmando continuar, na próxima época”! Isto é
que está aqui uma açorda hem? Mas o desmando vai continuar! Não tem a UEFA
nalgumas das suas comissões; nomeadamente de arbitragem - tinha que ser -, na
de anti-doping e outra que não recordo, elementos com fortíssimo vínculo ao
FCP? Esse projeto já devia estar delineado! Um grupo de Dirigentes de mais alto
nível da SAD já deveria ter exigido uma reunião com os Dirigentes da UEFA para
tratar desse assunto! Estão à esoera de quê? Quem quer ganhar tem que se
antecipar ao adversário! É uma regra chave do futebol que também se aplica à
gestão empresarial.
(Continua)
Sem espinhas António!
ResponderEliminarEssa inércia do RGS, configura alguma indecisão da parte dele!
Ele que tb é um maçãozito. E há sempre algo a perder não há...
Hoje... mais uma bicada no amc
Demonstra que, nesta matéria não há uma estratégia definida! E não pode ser! Não pode ser! Nesta matéria há que mudar de vida já!
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