Em Defesa da Honra
Por; Santana Maria Leonardo
Publicado em “O Diabo” de 19 de Junho de 2012
Temos
sido governados nos últimos anos pela versão portuguesa da geração “Sexo,
Drogas e Rock’n Roll”. Ou seja; a
geração da “realização pessoal”. E em nome da realização pessoal sacrificou-se tudo; até a família e os amigos.
A honra é um valor desprezado, denegrido e totalmente esvaziado por esta
geração, ao ponto de, praticamente ter desaparecido do nosso vocabulário.
Ora,
a honra é a trave mestra do edifício dos valores. Não há instituição,
comunidade ou sociedade que consiga manter-se de pé sem valorizar a gente
honrada. Acontece que, nos últimos 40 anos, ao mesmo tempo que a gente honrada
era perseguida, enxovalhada e ridicularizada por esta geração, os “chicos
espertos” tomavam de assalto todas as instituições - partidos, autarquias,
escolas, tribunais, Assembleia da República, Governo, Presidência da República,
etc. etc. - e institucionalizavam, como ideologia da III Republica, o “chico-espertismo”. Estamos agora, apenas, a colher o que
semeámos.
E
num país governado por esta canalha, não se podia esperar dos nossos serviços
secretos outra coisa a não ser andar a espreitar pelos buracos da fechadura ao
serviço de um qualquer “chico-esperto”. E não sei mesmo o que mais me revolta:
se esta geração de “chicos-espertos” que implodiu todas as nossas instituições
ou a cínica candura dos nossos comentadores que, tendo presenciado a derrocada
das nossas instituições, ainda têm o descaramento de pedir ao povo para confiar
no regular funcionamento das mesmas!
Como o Capitalismo se tornou selvagem:
Apesar
do modelo económico da esquerda revolucionária ter ruído com o muro de Berlim,
a verdade é que a esquerda conseguiu capturar culturalmente o sistema
capitalista. Com efeito, é hoje a esquerda que domina culturalmente o mundo
ocidental, impondo a ditadura do politicamente correto e procurando inibir quem
discorda dos seus dogmas com o mesmo método de rotulagem que era usado pelo
anterior regime.
Antes
do 25 de Abril, quem se atrevesse a discordar ou a questionar algum dos dogmas
do regime era logo catalogado de “comunista”. Hoje, quem se atreve a questionar
algum dos dogmas da esquerda bem pensante é logo rotulado de conservador,
reacionário ou de direita.
Ora
eu rejeito terminantemente esta divisão do mundo entre bons (esquerda) e maus
(direita). No entanto, de uma coisa tenho hoje a certeza; não sou crente, mas
prefiro o mundo criado por Deus em que a direita acredita, do que o mundo
governado pelo deus que a esquerda julga que é.
O
Deus em que a direita acredita é um Deus de rosto humano, que aceita o Homem
como um ser imperfeito, com as suas limitações e fraquezas. Pelo contrário, o
deus que a esquerda julga que é, é um deus arrogante, persecutório e
prepotente, para quem o ser humano é uma espécie de máquina destinada a ser
programada de acordo com as suas taras e manias.
A
forma como esta esquerda bem pensante quer regulamentar e regular a nossa vida
ao mais ínfimo pormenor, impondo o que comemos, bebemos, fazemos e pensamos, é
absolutamente revoltante e aviltante da natureza humana.
Odeio
esta esquerda fascista e fascizante que partiu o eixo da roda da civilização
ocidental, construído e alicerçado nos valores judaico-cristãos, desorganizando
e desequilibrando, consequentemente, o sistema capitalista e transformando-o
num sistema irracional e selvagem.
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