De facto, a equipa do Barcelona,
jogando sem vários titulares tal como o Benfica, não conseguiu impor o seu
futebol, vendo-se os seus jogadores obrigados a correr atrás da bola, algo a que
não estão habituados, aparecendo na segunda parte com uma dinâmica de
jogo mais próxima do seu habitual, graças também, a alguma passividade da equipa
do Benfica - quebra física? Poupança para o Campeonato? - e, sobretudo, após a
entrada de Messi, que, por lesão de
origem desconhecida, não acabou a partida.
Ao cair do pano, Cardozo dispôs
ainda de oportunidade soberana, que daria a passagem aos oitavos, não fosse concluída
com desastrado remate do sempre esforçado Máxi,
após longa e frustrante indecisão do seu colega.
O Benfica revelou dificuldade em
manter o sentido posicional em fase ofensiva, má qualidade no último passe,
falta de agressividade e…falta de instinto matador, características que têm que
ser definitivamente erradicadas, para credibilizar as elevadas aspirações do clube e
seus adeptos.
No Barcelona, destaco o guarda-redes,
decisivo a salvar o golo inextremis por
duas vezes, e Puyol, que, com a
classe que o caracteriza, intercetou três ou quatro “passes de morte” da
ofensiva vermelha.
Classe foi o que não faltou a
Artur, Garay e Ola John. Na retina ficaram o corte de cabeça inextremis de Garay ainda
na primeira parte, os dribles estonteantes e cruzamentos de Ola John e a superior defesa a dois
tempos de Artur, negando com autoridade, o golo a Messi.
Não gostei do arbitro, sobretudo
na última meia-hora de jogo; três faltas à entrada da área do Benfica sempre no
mesmo local…ná! Não acredito nestas coincidências! Três ou quatro jogadas
de perigo do Benfica anuladas com recurso a faltas (salvo erro) não assinaladas!
Não gostei!
NTal como não gostei que o Treinador do
Benfica tivesse declarado antes do jogo ser o campeonato a prioridade do
Benfica e não a Liga dos Campeões; não sei se era essa a intenção, mas, receio
que tal tenha arrefecido o ânimo dos jogadores. Por um
infinitésimo se marca ou se falha um golo...e uma eliminatória...e milhões...e prestígio! Há que
respeitar a “Lei Eusébio”; “eles eram grandes estrelas…mas EU QUERIA GANHAR”!
Confesso que, embora
triste pelo resultado, estou satisfeito pela qualidade do jogo e maturidade
revelados pela minha equipa a que só faltou maior determinação, sem a qual é
mais difícil ganhar títulos. Convém não esquecer.
AB
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