Ao ver a classe com que Artur, na
2ª parte, defendeu um remate de um adversário isolado já próximo da pequena
área, exclamei convicto: “vamos ganhar!”
Com este lance Artur incutiu nos
companheiros a determinação da vitória por lhes ter assim mostrado não só que
podiam confiar nele como merecia idêntica demonstração da sua parte. Tais mecanismos correm paralelamente às incidências das partidas e não poucas vezes as
definem relevando a importância das lideranças, dentro e fora de campo.
Acicatada pela desprestigiante criação de um ambiente especialmente hostil ao Benfica pelo seu
Presidente e consciente da importância desta partida para as suas aspirações
neste campeonato, a equipa do Sporting
fez o que lhe competia; assumiu o jogo pressionando no meio campo, trocando bem
a bola, abrindo a frente de ataque sempre com Capel
muito irrequieto bem encostado à linha e sem marcação procurando meter
a bola jogável no ponta de lança, notando-se algum atabalhoamento na
movimentação ofensiva.
O Benfica, encarou o jogo de
forma paciente, com excessiva lentidão e lateralização, com um meio-campo
demasiado permeável, onde o jovem André e o determinado Matic não conseguiam suster as investidas do adversário e o sempre
esforçado Máxi não acertava com a
marcação ao Capel muito por falta do
apoio de Sálvio.
Um infantil erro defensivo custou-nos um golo; ao tentar
ajudar os centrais na recuperação do esférico, Máxi deixa Capel solto
junto à linha o qual, num primoroso cruzamento, devolveu o esférico a Wolsfinkel
que este com um remate fulminante tipo "folha seca" introduziu na baliza sem que Garay
ou Artur o conseguissem deter, aquele chegando atrasado, este não o vendo partir.
Não entendi a passividade com que
os jogadores do Benfica se movimentavam, nem a desarticulação das movimentações
e temi o pior…até à já referida defesa do Artur e, valha a verdade, ao susto no
poste direito. Mantendo a racionalidade tática, os nossos atletas aumentaram
a dinâmica, destacando-se Sálvio e, sobretudo, Ola John, que naquele seu estilo gingão mas talentoso e
persistente, ia “arrancando” sucessivos e excelentes cruzamentos que sempre
constituiram uma das melhores gazuas ofensivas.
Foi assim que surgiu o empate
num excelente cruzamento da esquerda, com o corajoso Tacuara a meter a cabeça à bola, entre dois defesas contrários, num dos quais
aquela tabelou antes de “descobrir” o desejado caminho da baliza. Dizem que foi
um golo a meias, dizem que ouve intervenção do braço de Cardozo, mas eu digo que foi mérito deste, por estar no sítio certo
e ter a tido a coragem e o engenho de intercetar a bola de forma incontrolável
para os defesas adversários.
Com a serenidade que caracteriza
as grandes equipas, mantendo a toada do jogo, com o Sporting a tentar reagir mas
já sem forças nem engenho, foi num lance de garra e talento que Máxi apareceu, fulgurante, na área, rematando forte e cruzado, para
defesa…de um defesa adversário!….Milagre! O árbitro viu e assinalou a falta
expulsando o infrator! Notável!
Desta vez o Tacuara foi Cardozo e com serenidade surpreendente, bateu o brioso
Patrício num bonito gesto futebolístico. No terceiro golo, Cardozo foi Tacuara,
surgindo letal no coração da área para concluir o lance com uma tremenda “paulada”
de cabeça, respondendo a primoroso cruzamento de… Ola John, não tendo outro
remédio Patrício senão ir ao fundo da baliza buscar o esférico. Foi o golo da tranquilidade.
Realce ainda para Gaitan por ter
feito a cabeça num “molho de brocas” aos defesas do Sporting, durante o tempo em
que esteve em campo.
Dei comigo a tentar descortinar a
razão da não utilização de Gaitan no
jogo com o Barcelona, logo ele, que é talhado para os grandes jogos! Admiti
então que a declaração de Jesus da assunção de prioridade ao campeonato em
detrimento da Liga dos Campeões é verdadeira, lembrei-me também que há quem pense
que o Benfica tem que ganhar cá dentro antes de o fazer lá fora e ocorreu-me ainda que,
na estratégia para este jogo, Jesus apostou no desgaste físico dos atletas
adversários e na inevitável desarticulação do seu futebol.
Quanto ao árbitro, julgo que não
há erros graves a apontar-lhe, embora me tenha parecido demasiado permissivo
nalgumas entradas dos verde-brancos.
E para terminar recomendo ao gabinete jurídico do
meu clube que apresente à FIFA um projeto de atualização das regras do jogo de
forma a contemplar para todas as equipas, dois guarda-redes; um principal, outro
secundário. Talvez assim melhore o espetáculo, tornando o jogo mais transparente,
apelativo e rentável…para todos! É que o sistema já está implementado por cá e com excelente resultados para o único clube da história do futebol português condenado por corrupção.
E...sim, senhor Filipe António Pereira, Pinto da Costa anda a gozar não só com Luis Filipe Vieira, mas com todos os portugueses honrados, incluindo benfiquistas e jornalistas, constituindo um dos mais contundentes exemplos da falência de um regime que se pretendia Democrático para vergonha de todos.
E...sim, senhor Filipe António Pereira, Pinto da Costa anda a gozar não só com Luis Filipe Vieira, mas com todos os portugueses honrados, incluindo benfiquistas e jornalistas, constituindo um dos mais contundentes exemplos da falência de um regime que se pretendia Democrático para vergonha de todos.
AB
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