A proliferação de publicações
desportivas acentuou de forma decisiva os fatores externos de condicionamento
dos jogos e consequentemente das respetivas provas. O trabalho específico
efetuado junto da opinião pública constrói grande parte do contexto em que os
eventos se desenrolam, influenciando o respetivo desfecho, que tende a
repercutir os conceitos dominantes.
Em tempo de consolidação e
otimização estrutural, chegou o momento de expandir o projeto comunicacional do
SLB de forma a fazer frente aos principais adversários que, nesta área, nos
levam dianteira desde há muito.
À boleia das fragilidades da
democracia e dos desígnios regionalistas explícitos, o lóbi portista, nas
últimas décadas, teceu uma teia de cumplicidades transversal a todos os setores
da sociedade portuguesa, nomeadamente na comunicação social, que lhe tem
proporcionado o domínio espúrio do desporto nacional perante a incredulidade
da população, supostamente liberta da prepotência do regime anterior.
De facto, o patético, saloio e
despeitado fundamentalismo portista, encontra paralelismo na doutrina dos
movimentos de libertação das ex-colónias, nomeadamente do PAIGC, em que o seu
fundador e doutrinador, Amílcar Cabral, apenas considerava povo os
aderentes ao seu partido. Os restantes habitantes do território, constituíam a
população, à qual foi vedado o exercício de cargos públicos, em muitos casos, o acesso ao
trabalho, o acesso dos seus filhos à educação ou simplesmente julgados em
tribunal ad-hoc e assassinados sumariamente.
Num país cujos principais atores políticos e
militares se gabam de o ter resgatado dos braços da ditadura e nele restaurado
a liberdade, assistimos ao vexame da ostracização da população não portista, do
abusivamente autoproclamado território azul! Tal sucede de forma acentuada
relativamente aos portuenses Benfiquistas, como atestam frequentes testemunhos
que têm vindo a público.
O exercício da liberdade
conduziu-nos a esta odiosa discriminação que se vai aprofundando e alastrando
na sociedade portuguesa e que consiste em considerar portuenses apenas os adeptos
do clube azul, criando um clima de hostilidade a todos os outros, que, com o
tempo, acabarão por se afastar ou se converter ao portismo, passando a
constituir uma nova categoria de portistas; os portistas-novos!
Entretanto, os restantes clubes
históricos da cidade do Porto - Boavista, Salgueiros, Clube da Foz - passaram à
irrelevância, ficando os azuis com o monopólio da representação da cidade. Foi
esta perversão intolerável, que permitiu a colagem do clube à política regional
e seus apoiantes nacionais, os partidos do poder.
É por esta razão que olegários, proenças,
elmanos, dias, xistras & Cª, tanto erram em benefício dos azuis. É por esta razão que, liga, federação,
uefa e fifa, vegetam numa inação protetora. É por esta razão que tribunais,
governos, partidos e demais superestruturas do país fazem orelhas moucas aos
incómodos protestos das vítimas. Os azuis são um clube político regional difusor de ódio. O Benfica é um clube desportivo universal difusor de fraternidade.
Neste quadro, a comunicação
social dominada pelos parceiros azuis, tem tido a profícua missão de manipular
a opinião pública a contento destes e pressionar os diversos agentes desportivos e
políticos de acordo com os seus propósitos. É tempo de lutar nesta arena com
o argumento do peso social do Benfica.
É hora de convocar os
Benfiquistas para a missão de defender o seu clube, afirmando os seus valores e
desmascarando a trafulhice e o ressentimento, em especial aquelas personagens
que se têm destacado pela idoneidade, consensualidade e competência,
nomeadamente no exercício de cargos relevantes na sociedade.
Tal é o caso de Bagão Félix, cuja
definição de Benfiquismo, quanto a mim, deveria ser adotada pelo clube.
Competência, humanismo, cordialidade e capacidade retórica adveniente da sua
sólida cultura geral e cristã, fariam dele um embaixador notável do clube.
Bagão Félix tem do futebol a
justa medida, vinculando-se ao fascínio da arte inerente, captando a
exuberância estética dos grandes lances, cultivando o afeto ao seu clube e a
lealdade fraterna ao adversário. Félix, tem o dom
da justa crítica, incapaz de regatear aplauso a quem o mereça, incluindo
adversários.
Deveria ser convidado
para embaixador do Benfica, o que permitiria colocar ao serviço do clube e do
desporto em geral a sua capacidade diplomática junto da opinião pública;
fazendo a pedagogia da tolerância e da lealdade pelo desporto; sugerindo
projetos para o seu desenvolvimento; desmascarando o oportunismo, a
trafulhice e a prepotência que corroem o desporto nacional e agastam a
população.
Entregar-lhe-ia sem pestanejar um programa na Benfica TV com total liberdade de ação, onde poderia dar largas à sua enorme capacidade ao serviço do Benfica e do desporto.
Entregar-lhe-ia sem pestanejar um programa na Benfica TV com total liberdade de ação, onde poderia dar largas à sua enorme capacidade ao serviço do Benfica e do desporto.
Não tenho a menor dúvida de que
Bagão Félix se afirmaria como fator de união dos Benfiquistas e dos
portugueses, aumentando o peso institucional e social do clube.
Não creio que Bagão Félix necessitasse
de qualquer tipo de metralhadora; nem AK 47, nem Dupont.
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