Na retina ficaram o golão do Matic e a bomba do Gaitan, mostrando mais uma vez a razão de ser do futebol.
O Porto apresentou-se preocupado
em não perder, muito compacto, apostando no erro do adversário, temendo
claramente o ataque demolidor encarnado. Pressionando alto criou alguma
instabilidade na defesa do Benfica, o que lhe proporcionou o 2º golo, a juntar
à inação da defesa vermelha no 1º. Com a frente de ataque bem aberta e bem
apoiada pelos laterais, dificultou sobremaneira a fluência do jogo adversário
que assim tinha dificuldade em municiar os pontas-de-lança. Porém, em todo o
jogo, os brancos, não criaram uma única oportunidade de golo!
O Benfica entrou algo nervoso,
revelando ainda algum défice de controlo emocional que lhe (nos) custou dois
golos. A excelente reação aos desaires nos golos brancos revelaram caráter e
talento, desmantelando em ambas as ocasiões, a “muralha” defensiva adversária -
era disto que o pereira tinha medo. Muita dificuldade em organizar as saídas e
falta de fluidez nas alas. A entrada de Aimar
quase alterou decisivamente este cenário, devido à sua superior visão de jogo e
à sua extraordinária capacidade em zonas muito povoadas. Então sim, a defesa
branca viu-se em grandes dificuldades devido à amplitude e precisão dos
lançamentos do miolo Benfiquista. Helton salvou
a sua equipa da derrota com uma esplêndida defesa ao colocadíssimo remate do Cardozo, isolado por magistral passe de Gaitan. Faltou meia-distância, faltou eficácia
no jogo aéreo ofensivo e faltou assistência nos ressaltos.
João Ferreira inspirava alguma
tranquilidade face às habituais nomeações para estes jogos, mas…esteve mal! A
gestão disciplinar beneficiou os brancos, permitindo que abusassem do jogo
faltoso. À exceção de um caso na 1ª parte em que o Moutinho viu estrelas, nunca
assinalou, contra aqueles, faltas em zonas perigosas. Perdoou-lhes duas grandes
penalidades; uma num derrube pelas costas sobre Gaitan iniciada ainda antes da
grande-área quando este se acercava da baliza com grande perigo; outro já nos
descontos num derrube a Garay quando
este se movimentava para responder ao cruzamento do Carlos Martins (salvo
erro). Não fiquei esclarecido quanto ao fora de jogo assinalado ao Aimar, que, no lance final rematou ao lado.
Homens do jogo: Matic, Helton e João Ferreira.
Homens do jogo: Matic, Helton e João Ferreira.
Parabéns ao sr. viegas, que,
jogando por fora, viu satisfeito o seu implícito recado. Para o sr. pereira
ofereço-lhe um saco onde poderá meter a viola que para cá trouxe e ir cantar o
fado da desgraçadinha para outra rua. Respeitinho sr pereira, muito respeitinho,
acabando-se as abébias dos homens do apito, outro galo cantará. o Benfica mostrou mais e melhor futebol.
AB
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