Desporto

sábado, 10 de agosto de 2013

OS ESCRÚPULOS DOS HIPÓCRITAS

 

Os barões do FCP andam por aí muito preocupados com a Benfica TV e os direito de transmissão dos jogos  de futebol. Vejam só; estão preocupados com o fair-play desportivo!,...com a lealdade desportiva!,...com a verdade desportiva....!, é de rir às lágrimas!  Onde está, agora, a fina ironia?

Esta gente, que nunca mostrou a menor preocupação pelas revelações que vieram a público na sequência do processo do Apito Dourado - as quais mostram à saciedade os espúrios processos que os dirigentes do seu clube têm usado para vencer os adversários e que só não conduziram os seus autores, entre os quais Pinto da Costa, à condenação e eventual prisão, devido à "oportuna" revisão do Código Civil que anula as escutas, ainda que obtidas legalmente, para crimes com pena de prisão inferior a três anos -, não merece uma réstia de credibilidade, de consideração, de respeito. De facto, não têm qualquer preocupação com a verdade desportiva, apenas pretendem que o seu clube continue a ganhar, seja como for.  

Tais moralistas de meia-tijela, consideram protegida a verdade desportiva quando os direitos são comercializados em regime de monopólio, por uma empresa cujo dono, Joaquim Oliveira, é membro do Conselho Consultivo e acionista de referência do FCP, com conhecidíssimo vínculo afetivo ao mesmo? Consideram protegida a lealdade desportiva quando os dirigentes do seu clube, por interposta pessoa, estou convicto, controlam o financimento de todos os adversários, incluindo, até há pouco, o do principal, o Benfica? Por quem se toma esta gente? Por quem nos toma esta gente?

Não estranham, estes falsos moralistas, as facilidades de que o seu clube tem disfrutado nalguns jogos? Basta recordarem-se da farsa que foi o jogo Paços de Ferreira-FCP da época transata, que lhes rendeu mais um campeonato, ou dos jogos com o Braga, o Setúbal, o Nacional...etc. Não percebem que tal só acontece devido à influência de certas figuras afetas ao seu clube, como, Américo Amorim, Belmiro de Azevedo, Alipio Dias, António Lobo Xavier, Elisa Ferreira, etc.? Não percebem que a omissão política e da justiça nesta pouca-vergonha, é uma das contra-partidas do silêncio? Não entendem que a extensão política  de alguns caciques do Porto, o FCP, assumindo-se como bandeira da região, provoca o efeito contrário ao pretendido pela total falta de escrúpulos que sistemáticamente ostenta, perante toda a população?

Um destes "barões" é Paulo Teixeira da Cruz, que, pelos vistos, e apesar de frequentar as esquinas da Opus Dei, nada entende de lealdade desportiva. Há porém, algo, que talvez pudesse ajudar a esclarecer-nos; se, dos cerca de 800 milhões de euros perdidos pelo BCP no financiamento sem garantias autorizado por Alípio Dias a empresas sediadas em off-shore, foi algum parar aos cofres azuis.

Questionem os dirigentes do seu clube acerca dos métodos que utilizam nos bastidores da bola e ajam em conformidade! Então sim, convencer-me-iam da sinceridade das suas preocupações.

É por não o terem feito que não os levo a sério.

Que bem "canta" o Burro!

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