O futebol, na sua essência, consiste na arte do imprevisto; quem for capaz de surprender o adversário, ganha; o lance ou o jogo. Assim, quem tem a iniciativa do jogo - a posse da bola - tem vantagem desde que os movimentos da equipa estejam consolidados, visto que ganham o tempo correspondente ao que o adversário leva a "ler a jogada". Do mesmo modo, nos lances de um para um, quem tem a bola tem vantagem, desde que não hesite no drible ou finta, visto que o adversário, leva uns microssegundos decisivos a perceber o movimento. Portanto, quem tem a bola deve saber o que fazer com ela a cada momento não permitindo que o adversário o perceba.
Inversamente, a equipa sem bola pode induzir o adversário a fazer certos movimentos e virar o feitiço contra o feiticeiro, por exemplo, antecipando ou simulando os movimentos defensivos. Por exemplo, há jogadores que, na marcação das grandes penalidades enganam os guarda-redes e guarda-redes que, nas mesmas circunstâncias, enganam os jogadores.
Podemos, então, dizer com propriedade que o futebol é, também, a arte da simulação, da camuflagem - até parece que estou a fazer a apologia do anti-jogo, e essa é a fronteira. Abomino a falta cirúrgica, a falta cavada, a expulsão provocada, o mergulho para a forçado, a mãozinha marota etc. Sem lealdade, o futebol, não presta.
Claro que, perante atletas de eleição a importância de tudo isto é relativa; Garrincha fintava sempre para o mesmo lado, todos o sabiam, mas a finta resultava sempre, ainda que sucessivamente sobre o mesmo jogador. Stoychkov, tendo uma velocidade insuperável, tornava irrelevente o conhecimento prévio de certos lances pelo adversário. De nada servia aos guarda-redes saberem que Eusébio marcava as grandes-penalidades para a esquerda - direita do GR -, a bola entrava sempre.
Enfim, podemos dizer que a necessidade do recurso à tática é inversamente proporcional à disponibilidade e quantidade de talentos individuais. De outro modo; as equipas com grandes atletas podem jogar futebol direto - alemães, ingleses -, as outras, têm que recorrer à técnica e à tática - italianos, franceses, portugueses.
Então o que se passa nos lances de bola parada?; a equipa credora sabe o que vai fazer e a outra só consegue percebê-lo após a saída da bola. Ora, esta, leva cerca de 1,28" a chegar ao eixo longitudinal do campo - considerando uma velocidade média de 70 Km/h - sendo que, o defesa, leva cerca de metade deste tempo - 0,64" - a perceber a trajetória do esférico. Restam portanto ao defesa, 0,64" para se deslocar, saltar e cabecear a bola. Diria que, nestas circunstâncias ,não conseguirá dar mais de 2 passos; seja, cerca de 2 metros.
Ora, se as dimensões da grande-área forem de 30 m x 15 m - a confirmar - se considerarmos necessário dar cobertura a 25% da área - 112,5 m2 -, necessitaremos de 17,9 jogadores. Como só temos 11 e 10 cobrem um máximo de 62,8 m2, ficarão a cargo do guarda-redes, 49,7 m2. Ou seja, se a bola for direcionada com precisão ao adversário, a probabilidade de oposição é muito reduzida.
Assim sendo, considerando um erro na dimensão da grande-área de até 20%, tratando-se de adversários de qualidade, a marcação à zona não é adequada. É pois fundamental, definir o posicionamento em função do do adversário, podendo usar-se a dissimulação, mantendo os atletas movimentação permanente das pernas e braços a fim de reduzir o tempo de reação - que tão bem se fazia no 1º ano de JJ no Benfica.
Para mim, este, é assunto resolvido!
Podemos, então, dizer com propriedade que o futebol é, também, a arte da simulação, da camuflagem - até parece que estou a fazer a apologia do anti-jogo, e essa é a fronteira. Abomino a falta cirúrgica, a falta cavada, a expulsão provocada, o mergulho para a forçado, a mãozinha marota etc. Sem lealdade, o futebol, não presta.
Claro que, perante atletas de eleição a importância de tudo isto é relativa; Garrincha fintava sempre para o mesmo lado, todos o sabiam, mas a finta resultava sempre, ainda que sucessivamente sobre o mesmo jogador. Stoychkov, tendo uma velocidade insuperável, tornava irrelevente o conhecimento prévio de certos lances pelo adversário. De nada servia aos guarda-redes saberem que Eusébio marcava as grandes-penalidades para a esquerda - direita do GR -, a bola entrava sempre.
Enfim, podemos dizer que a necessidade do recurso à tática é inversamente proporcional à disponibilidade e quantidade de talentos individuais. De outro modo; as equipas com grandes atletas podem jogar futebol direto - alemães, ingleses -, as outras, têm que recorrer à técnica e à tática - italianos, franceses, portugueses.
Então o que se passa nos lances de bola parada?; a equipa credora sabe o que vai fazer e a outra só consegue percebê-lo após a saída da bola. Ora, esta, leva cerca de 1,28" a chegar ao eixo longitudinal do campo - considerando uma velocidade média de 70 Km/h - sendo que, o defesa, leva cerca de metade deste tempo - 0,64" - a perceber a trajetória do esférico. Restam portanto ao defesa, 0,64" para se deslocar, saltar e cabecear a bola. Diria que, nestas circunstâncias ,não conseguirá dar mais de 2 passos; seja, cerca de 2 metros.
Ora, se as dimensões da grande-área forem de 30 m x 15 m - a confirmar - se considerarmos necessário dar cobertura a 25% da área - 112,5 m2 -, necessitaremos de 17,9 jogadores. Como só temos 11 e 10 cobrem um máximo de 62,8 m2, ficarão a cargo do guarda-redes, 49,7 m2. Ou seja, se a bola for direcionada com precisão ao adversário, a probabilidade de oposição é muito reduzida.
Assim sendo, considerando um erro na dimensão da grande-área de até 20%, tratando-se de adversários de qualidade, a marcação à zona não é adequada. É pois fundamental, definir o posicionamento em função do do adversário, podendo usar-se a dissimulação, mantendo os atletas movimentação permanente das pernas e braços a fim de reduzir o tempo de reação - que tão bem se fazia no 1º ano de JJ no Benfica.
Para mim, este, é assunto resolvido!
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