Ninguém em seu perfeito juízo
colocará em dúvida a necessidade de controlar os efluentes de qualquer tipo que
diariamente são descarregados no meio ambiente; em terra, no mar ou no ar. A urgência deste controle aumenta continuamente,
dada a evolução demográfica mundial - já se ultrapassaram as sete mil milhões
de almas -, o incessante progresso industrial global, a consequente pressão
sobre a produção agrícola e os recursos energéticos.
Multiplicam-se por todo o lado as
ONG ambientais e os correspondentes forums, intensificam-se, as declarações de
intenções dos mais variados agentes políticos e adotam-se medidas
draconianas em nome da proteção ambiental.
Apesar disso, continuam a fazer-se ouvir, cada vez mais consistentemente,
opiniões discordantes quanto às causas “oficiais”
do aquecimento global.
Parte maioritária da comunidade
científica atribui à atividade humana a origem da anormalidade, devido à consequente
e crescente emissão de CO2, responsável pela retenção de parte do
calor irradiado pela Terra, gerador do famigerado efeito de estufa e do
malfadado aquecimento global, com todas as catastróficas consequências que se
anunciam.
Alertam os desalinhados para o
facto de, em 2012, se ter verificado um aumento de cerca de 60% da área dos
glaciares do ártico, bem como para a estabilização da temperatura atmosférica
média nos últimos 15 anos.
Respondem os alinhados, que o
acréscimo de calor terá sido absorvido pelos oceanos, esquecendo que, a ser
verdade, tal teria produzido o efeito contrário ao verificado no ártico. Por
outro lado, interrogando-me acerca do impacto das emissões energéticas e
gasosas do leito dos oceanos na temperatura destes, só posso duvidar da
viabilidade de quaisquer conclusões e este respeito, que não o tenha em conta,
como parece ser o caso.
Seja como for, a verdade é que as
medidas de natureza política são muitas vezes paradoxais e perversas, sendo
frequentes as contradições entre o discurso e a realidade. Refiro o caso dos frigorigénios, considerando
desastrada a estratégia adotada pela União Europeia, o caso dos transportes -
responsável por cerca de 2/3 das emissões de CO2 - em que se tem
dado uma no cravo outra na ferradura…e o caso do comércio de quotas de CO2.
Detenho-me um pouco nesta nova
economia, segundo a qual são atribuídas quotas de emissão aos vários países,
podendo estes transacioná-las mediante acordo bilateral. Imaginemos um pequeno e
pobre país em qualquer parte do planeta, que decide prescindir do seu
desenvolvimento tecnológico como estratégia fomento do progresso social, em
favor da venda a sua quota de emissão de CO2. É certo que tal proporcionará desenvolvimento
aparente mais rápido mas também é certo que a ausência de progresso tecnológico
o tornará refém permanente dos seus clientes que controlarão a sua economia.
Ainda no âmbito da nova economia,
refiro o paradoxo das empresas de captação de CO2, cuja viabilidade económica
depende do aumento das emissões do mesmo, fazendo lembrar o que se passa em Portugal
no âmbito do consumo global de energia elétrica em que a redução do mesmo abaixo
do valor de referencia acarretará, contratualmente, correspondente compensação
estatal!
O meu cepticismo relativo quanto
ao efeito do CO2 no aquecimento global tem a ver com uma série de
outros fatores, quanto a mim, não negligenciáveis, como sejam o da alteração da
atividade solar e o da mecânica celeste.
Apesar da relevância do caso, só
à cerca de 2 anos - salvo o erro - é que foi enviada, pelos americanos, uma
sonda para estudo da atividade solar!, sabemos porém que o nosso astro rei
atravessa um ciclo de inversão da polaridade, com considerável impacto na Terra
e seus sistemas, graças às alterações do
respetivo campo eletromagnético. Estou em crer que este evento poderá traduzir-se
também numa alteração de massa do sol e num correspondente aumento da energia
irradiada, com inevitáveis consequências na energia absorvida pela Terra e na
sua temperatura média.
Tenhamos em conta que a órbita
terrestre resulta do equilíbrio das forças gravíticas e electromagnéticas globais,
em particular do Sol e da Terra. Perante o evento referido, parece-me razoável
supor que tal poderá estar a ocorrer, até porque a respetiva monitorização não
se afigura fácil, tal com a da rotação da Terra e do posicionamento do
respetivo eixo.
Lembremos a magnitude das matéria
e energia escuras; a matéria e energia que sabemos existirem no universo em
quantidades avultadas das quais desconhecemos a origem e a natureza, bem como
toda a extensão das respetivas consequências.
Recordemos a incipiência dos
atuais modelos matemáticos ambientais da comunidade científica bem como a
responsabilidade desta em múltiplas agressões ambientais ao longo da história
da humanidade.
Concluiremos que temos razões de
sobra para o cepticismo quanto à tese corrente das causas do aquecimento global
e para a necessidade de escrutinarmos
cada vez mais e melhor as teses das comunidades científicas, sujeitas, afinal,
às mesmas vicissitudes que afetam o mais comum dos mortais.
Até porque, os argumentos dos interesses
económicos que os alinhados afirmam suportarem os céticos, aplicam-se a
identicamente a si próprios.
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