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domingo, 1 de dezembro de 2013

Aquecimento global


Ninguém em seu perfeito juízo colocará em dúvida a necessidade de controlar os efluentes de qualquer tipo que diariamente são descarregados no meio ambiente; em terra, no mar ou no ar.  A urgência deste controle aumenta continuamente, dada a evolução demográfica mundial - já se ultrapassaram as sete mil milhões de almas -, o incessante progresso industrial global, a consequente pressão sobre a produção agrícola e os recursos energéticos.

Multiplicam-se por todo o lado as ONG ambientais e os correspondentes forums, intensificam-se, as declarações de intenções dos mais variados agentes políticos e adotam-se medidas draconianas  em nome da proteção ambiental. Apesar disso, continuam a fazer-se ouvir, cada vez mais consistentemente, opiniões discordantes quanto às causas  “oficiais” do aquecimento global.

Parte maioritária da comunidade científica atribui à atividade humana a origem da anormalidade, devido à consequente e crescente emissão de CO2, responsável pela retenção de parte do calor irradiado pela Terra, gerador do famigerado efeito de estufa e do malfadado aquecimento global, com todas as catastróficas consequências que se anunciam.

Alertam os desalinhados para o facto de, em 2012, se ter verificado um aumento de cerca de 60% da área dos glaciares do ártico, bem como para a estabilização da temperatura atmosférica média nos últimos 15 anos.

Respondem os alinhados, que o acréscimo de calor terá sido absorvido pelos oceanos, esquecendo que, a ser verdade, tal teria produzido o efeito contrário ao verificado no ártico. Por outro lado, interrogando-me acerca do impacto das emissões energéticas e gasosas do leito dos oceanos na temperatura destes, só posso duvidar da viabilidade de quaisquer conclusões e este respeito, que não o tenha em conta, como parece ser o caso.

Seja como for, a verdade é que as medidas de natureza política são muitas vezes paradoxais e perversas, sendo frequentes as contradições entre o discurso e a realidade.  Refiro o caso dos frigorigénios, considerando desastrada a estratégia adotada pela União Europeia, o caso dos transportes - responsável por cerca de 2/3 das emissões de CO2 - em que se tem dado uma no cravo outra na ferradura…e o caso do comércio de quotas de CO2.

Detenho-me um pouco nesta nova economia, segundo a qual são atribuídas quotas de emissão aos vários países, podendo estes transacioná-las mediante acordo bilateral. Imaginemos um pequeno e pobre país em qualquer parte do planeta, que decide prescindir do seu desenvolvimento tecnológico como estratégia fomento do progresso social, em favor da venda a sua quota de emissão de CO2. É certo que tal proporcionará desenvolvimento aparente mais rápido mas também é certo que a ausência de progresso tecnológico o tornará refém permanente dos seus clientes que controlarão a sua economia.

Ainda no âmbito da nova economia, refiro o paradoxo das empresas de captação de CO2, cuja viabilidade económica depende do aumento das emissões do mesmo, fazendo lembrar o que se passa em Portugal no âmbito do consumo global de energia elétrica em que a redução do mesmo abaixo do valor de referencia acarretará, contratualmente, correspondente compensação estatal!

O meu cepticismo relativo quanto ao efeito do CO2 no aquecimento global tem a ver com uma série de outros fatores, quanto a mim, não negligenciáveis, como sejam o da alteração da atividade solar e o da mecânica celeste.

Apesar da relevância do caso, só à cerca de 2 anos - salvo o erro - é que foi enviada, pelos americanos, uma sonda para estudo da atividade solar!, sabemos porém que o nosso astro rei atravessa um ciclo de inversão da polaridade, com considerável impacto na Terra e seus sistemas,  graças às alterações do respetivo campo eletromagnético. Estou em crer que este evento poderá traduzir-se também numa alteração de massa do sol e num correspondente aumento da energia irradiada, com inevitáveis consequências na energia absorvida pela Terra e na sua temperatura média.

Tenhamos em conta que a órbita terrestre resulta do equilíbrio das forças gravíticas e electromagnéticas globais, em particular do Sol e da Terra. Perante o evento referido, parece-me razoável supor que tal poderá estar a ocorrer, até porque a respetiva monitorização não se afigura fácil, tal com a da rotação da Terra e do posicionamento do respetivo eixo.

Lembremos a magnitude das matéria e energia escuras; a matéria e energia que sabemos existirem no universo em quantidades avultadas das quais desconhecemos a origem e a natureza, bem como toda a extensão das respetivas consequências.

Recordemos a incipiência dos atuais modelos matemáticos ambientais da comunidade científica bem como a responsabilidade desta em múltiplas agressões ambientais ao longo da história da humanidade.

Concluiremos que temos razões de sobra para o cepticismo quanto à tese corrente das causas do aquecimento global e para a necessidade de  escrutinarmos cada vez mais e melhor as teses das comunidades científicas, sujeitas, afinal, às mesmas vicissitudes que afetam o mais comum dos mortais.

Até porque, os argumentos dos interesses económicos que os alinhados afirmam suportarem os céticos, aplicam-se a identicamente a si próprios.

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