Desporto

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Penafiel-Benfica (0-1)

Fiquei deveras surpreendido com o bom estado do relvado; parabéns ao Penafiel. Foi um jogo tranquilo, felizmente sem lesões e sem casos, que revelou as tão famosas características dos jogos da Taça, as, quais, durante muito tempo, julguei conversa fiada. Não é. Efetivamente, apesar das diferenças competitivas entre equipas em confronto, o jogo é sempre mais aberto do que seria se se tratasse da Liga. Isto porque, na Taça, só quem ganha passa, e na Liga, no início do jogo, ainda sem fazer coisa nenhuma, cada equipa já tem um ponto!, portanto, a mais fraca defende com tudo  destruindo o espetáculo. Isto deveria mudar. Descobrir como, é um excelente desafio.
 
O Penafiel bateu-se bem, muito compacto e agressivo, sobrepovoando o meio-campo e pressionando alto com vários jogadores, levando, apesar disso, esporadicamente, a bola até à área, sobretudo nos lances de bola parada. O Benfica, alinhando com vários jogadores menos habituais - Artur, Jardel, Sílvio, André Gomes, Djuricic, Ivan Cavaleiro, Sulimani e Cardozo -, esteve muito pêrro, sobretudo na primeira parte; em inferioridade numérica no meio-campo, com falta de criatividade, com o flanco direito pouco ativo, sem meia distância nem jogo aéreo e Cardozo ainda muito preso, apesar do bom sentido posicional. Cedo percebi, não sei bem porquê (uma fezada resultante da elevada concentração e soluções técnicas que apresenta no decurso do jogo), que Suleimani iria ser a chave da eliminatória. E foi. A forma como recebeu, trabalhou e rematou para o golo, distingue a sua elevada qualidade técnica.
 
Jardel deve jogar com maior racionalidade pois faz muitas faltas em zonas perigosas, Sílvio abanou fazendo temer uma recidiva felizmente, não confirmada, já que voltou ao jogo. Max parece em forma, André Gomes anda à procura dela, da forma, Amorim fez minutos, tal como Djuricic de quem esperava mais e melhor. Ivan esteve bem e deve jogar mais, tal como Suleimani, Rodrigo, Lima e Markovic, trouxeram maior dinâmica ofensiva. Artur respondeu bem nas poucas situações em que foi convocado. Talvez tenha havido alguma contenção, devido ao próximo e importante dérbi com o SCP.
 
Capela e a sua equipa, pareceram-me bem, apesar de alguns casos duvidosos, tais como a marcação frequente de faltas ofensivas e defensivas ao Benfica.

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