Arouca-Benfica (0-2)
Uma vitória merecida, obra do trabalho, da união, do talento e da paciência, perante um adversário bem organizado, compacto, agressivo, em fuga à despromoção, que não concedia espaços no seu meio-campo. Jogo empastelado por parte do Benfica; lento, denunciado, incapaz de forçar roturas no bloco adversário apesar da maior dinâmica da ala direita. Em última instância, impediu, Máxi, o que teria sido o golo do Arouca, aliviando para longe o esférico que se dirigia para a baliza deserta. Foi, pois, Máxi, o primeiro grande obreiro desta vitória. Felizmente, o primeiro golo surgiu na melhor altura, mesmo ao cair do pano da 1ª parte, na sequência de um centro rasteiro de Lima a que Rodrigo ao 2º poste correspondeu com êxito, apesar de pressionado por um defesa contrário. Um tento que aliviou a tensão aumentando os níveis de confiança nos jogadores e obrigando a maior abertura do Arouca para a 2ª parte. Mais tranquila, a equipa do Benfica passou a circular a bola com mais eficácia, criando um par de ocasiões de finalização a que Cássio foi correspondendo com classe, até...ao lance do golo da tranquilidade, no qual, sobressaiu toda a classe de Markovic ao manter a posse da bola, em progressão, por entre vários adversários, soltando-a a preceito para Gaitan finalizar com um belo chapéu a Cássio, apesar da excelente mancha efetuada por este. Nunca desistiu o Arouca, subindo no terreno sempre que tinha oportunidade, o suficiente, para semear algum receio no adversário sobretudo nos lances de bola parada nos quais David Simão é exímio executante. Susto, susto, foi o que resultou o violento choque acidental entre Oblack e um avançado adversário, que, por momentos, deixou aquele inconsciente. Entrou Artur, mais tarde, Cardozo e Sálvio - este viria a ser vítima de uma entrada a pés juntos de um caceteiro -, e tudo acabou bem. De salientar a dedicatória de Rodrigo a Sílvio, do 1º golo. Esperemos agora que Oblack fique bem e que, tal como Amorim Fejsa e Luisão esteja em condições de alinhar na próxima 4ª feira.
Não me pareceu terem ocorrido erros graves de Hugo Miguel, excepto, no capítulo disciplinar, ao perdoar a expulsão do caceteiro.
Bonito o estádio, repleto de adeptos benfiquistas que deram bonito colorido à festa e vida a um elefante branco do euro 2004.
Concentração para a próxima 4ª feira onde se pede todo o empenho na viragem da eliminatória contando com um Porto na máxima força e ressabiado.
O 33º Título já
não pode escapar.
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