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Depois de Hermínio Loureiro, que ainda hoje
vai a fugir com o susto, aproxima-se agora o defecho do processo de afastamento
de Mário Figueiredo da Presidência da Liga, proporcionado pelo silêncio cúmplice
da ERC e pela providencial alteração da Lei de Bases das Federações Desportivas
já publicada. Perante a inesperada persistência do inconveniente Figueiredo, a
quem o “medo” não tolhe o passo apesar do cerco financeiro e institucional a
que a Liga tem sido sujeita, a versão mais alargada do “sistema” reage, com o
alegado propósito de repor a normalidade institucional. Ou seja, o monopólio da
exploração dos direitos desportivos pelo amigo Joaquim ou outro seu amigo, a
preponderância da sua gente nos órgãos da Liga, o consentimento implícito de
tentativas de corrupção encapotadas e toda uma parafernália de processos cujo
beneficiário é o clube do costume. Daqui resulta que, semelhantemente ao que se
tem verificado noutros casos, o conceito de normalidade ou até de crime, parece
variar de acordo com a natureza do beneficiário.
São estas pois, as circunstâncias em que
vai ocorrer anunciada a cimeira de clubes em Coimbra com vista a encontrar uma
solução de consenso; ou consensua-se a favor dos azuis ou vem o Gomes e come em
favor deles!
Não admira que os médios e pequenos
clubes se deixem subjugar pela dependência financeira e desportiva aos espúrios
ditames do sistema, abandonando quem antes apoiaram e por eles luta, cabendo ao
Benfica e Sporting - principais alvos - darem uma pantufada nesta bandalheira
denunciando frontalmente toda a tramoia e apresentando soluções alternativas.
Afinal, parece que a “normalidade” só acontece quando os azuis estão
satisfeitos e os restantes anuem. É hora de pôr termo a isto.
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