Afinal, o meu povo está sereno! a equipa do Benfica ganhou o jogo nas calmas, por três mocas, a um adversário brioso mas sem argumentos à altura, esconjurando o "mau olhado". Entre desperdício de oportunidades e falhas de avaliação da equipa de arbitragem, os encarnados poderiam ter dilatado, bem mais, o marcador. Três bons golos, em especial o primeiro, com nota artística, num lance que parece ensaiado e já antes deu frutos. Grande penalidade soberbamente executada pelo Jonas. Defesa magnífica de Júlio César, que se lesionou na ponta final, num movimento que parecia inofensivo; oxalá não seja grave! Máxi foi o homem do jogo.
Equipa de arbitragem muito boa para a nova reforma agrária. Foi o Proença, foi o Olegário e este Hugo Miguel é mais um dos que os devia acompanhar.
Campeão de vendas:
O êxodo de jogadores da formação do Benfica continua!, agora parece ser a vez de Cancelo e Cavaleiro, que estão na mira dos respectivos clubes de circunstância. Mais vinte milhõezinhos de euros estão na calha!, então, temos a formação mais como fonte de financiamento do clube e menos como fornecedora de talentos e benfiquismo da equipa principal. O que, não sendo mau, é preocupante, principalmente porque difunde o desânimo entre os adeptos que, ansiando pelos novos Simões, José Augustos, Carlos Manueis, Humbertos, Alves, etc, etc., se afeiçoam aos talentos emergentes e vão desacreditando, afastando-se afectivamente do clube. É um assunto melindroso que deve ser muito bem gerido e, sobretudo, muito bem comunicado aos sócios, accionistas, investidores adeptos e simples simpatizantes. Não é fácil explicar-lhes, e, sobretudo, esperar que aceitem que a finalidade da actividade global do clube relativize a importância do sucesso desportivo face às exigências financeiras. É um processo que dura há demasiado tempo e pode substituir a indomável determinação de todos, característica da história lendária do clube e segredo maior das vitórias, pelo conformismo e desilusão.
Por outro lado é fundamental que, pelo menos boa parte das receitas de venda de direitos desportivos, seja aplicada na redução do passivo, pois só assim a competitividade desportiva da equipa poderá aumentar. Isto sim, sossegaria os adeptos, visto que indicaria uma tendência de concentração de meios nos resultados desportivos e alimentaria a esperança de progressão desportiva consentânea com a história do clube.
Sem comentários:
Enviar um comentário