Sobretudo pelo que fez na 2ª parte, o Rio Ave mereceu a vitória. A equipa de Vila do Conde desde o apito inicial que se mostrou determinada a disputar o jogo, muito compacta, pressionando alto, não dando espaço nem tempo aos encarnados para pensarem e construírem o seu jogo, trocando bem a bola e procurando a baliza contrária sempre que podia. Na 2ª parte, superiorizou-se claramente no controlo do meio campo, aumentou a intensidade e verticalidade do seu jogo sobretudo através do esforçado Ukra e, com alguma sorte à mistura, teve o seu prémio, conseguindo virar o resultado.
Ao Benfica faltou a criatividade de Gaitan e a ala esquerda; julgo que a opção por Talisca em detrimento de Ola John, o melhor criativo depois de Gaitan, prejudicou o jogo ofensivo da equipa. Fiquei com a ideia de que houve alguma indefinição no meio campo, mercê da alteração introduzida na equipa. Contrariamente ao sucedido contra o Braga, os encarnados não exploraram a meia-distância nem foram felizes no jogo aéreo carecido de precisão e não souberam manter-se coesos face à colocação no terreno dos vilacondenses. Lima e Jonas graças ao défice do meio-campo estiveram pouco ativos e talvez se tivesse justificado o recuo de um deles ou mesmo a sua substituição por Ruben Amorim, por exemplo. Não sei, talvez tenha faltado visão do Jorge Jesus; o que é certo é que na 2ª parte, os verde-brancos foram melhores.
Posto isto é óbvio que as sucessivas queixas de Lopetegui, a que a comunicação social em geral tem dado grande relevo, acabaram por surtir efeito, alterando a postura das equipas de arbitragem que revelam condicionamento nos lances alvo da atenção do basco. Aceito a grande-penalidade, embora me tivesse parecido inadvertida a intersecção da bola pela mão de Samaris. Aceito a falta assinalada a Luisão e até a expulsão, mas não aceito a grande penalidade perdoada ao Rio Ave quando o resultado estava em 1-0 nem a expulsão de Ukra - lá está; parecia mal a Lopetegui, ou seja, a Pinto da Costa - nem aceito que se deixem passar em claro três faltas sucessivas no mesmo lance, junto à área adversária, ainda que se tenha assinalado a quarta falta. Marco Ferreira sabe que a sua carreira depende dos estragos que infligir ao Benfica. Ele e todos os outros!
Seja como for, a equipa do Rio-Ave e o seu Treinador estão de parabéns. Já quanto aos jogadores e equipa técnica do Benfica, deverão fazer o trabalho de casa; analisar o jogo e perceber o que correu mal. Para mim, correram menos que o adversário e foram menos inteligentes. Apesar de Marco Ferreira poderiam ter ganho. Fico sempre apreensivo quando o Benfica marca cedo; parece que, a seguir, perdem qualquer coisa. Será que a não convocação de Pizzi por Fernando Santos teve influência no desempenho daquele, neste jogo?, mistérios!
Olhar em frente e união.
Na mouche. Provavelmente perdemos a Liga. Jogamos sem chama e querer. Aqueles atrasos sistemáticos para o Júlio Cesar, deu nisto. Culpa também do mestre da táctica que como habitualmente faz susbstituições aos 70 minutos. Foi o mesmo filme de Paços de Ferreira. Parabéns ao Rio Ave, pois aproveitou a sobranceria do SLB. Como se diz, para o ano há mais.
ResponderEliminarContinuamos na frente, caro Jorge, desta vez perdemos, mas vamos ganhar os seguintes. Acho porém que é preciso contundência das hostes benfiquistas relativamente à postura dos árbitros nos últimos tempos.
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