1- Apesar de se ter verificado a inversão do ciclo económico em Portugal desde o 3º trimestre de 2014, com perspectivas de sustentação no médio prazo, graças, sobretudo, ao "rebocador" americano e ao BCE,infelizmente, o lastro do cepticismo continuará.
2- Dando de barato os efeitos perversos da baixas taxas de juro - fuga de capitais,financiamento em euros de entidades externas, redução de rendimento disponível dos aforradores -, em pleno período de grave contingência económica, assistimos entre incrédulos e revoltados à implacável asfixia burocrática e financeira imposta pelas administrações pública e local às empresas, destruindo-lhes capacidade operacional e recursos financeiros.
3- Por outro lado, os europeus do norte e centro não deixam os seus créditos por mãos alheias, produzindo incessantemente diretivas, regulamentos, acordos externos, etc, tornando num autêntico inferno a atividade empresarial em Portugal.
4- Da sobreposição destes fatores resulta uma clara dinâmica de concentração económica, com aumento de produtividade para os sobreviventes - aumento de intensidade de capital, aumento de salários -, mas com produção de exclusão social e desertificação - devido aos inevitáveis fluxos migratórios da periferia para o norte.
5- Perante a tenebrosa insensibilidade a que diariamente assistimos por parte dos governantes nacionais e europeus, face aos dramas de cidadãos e famílias despojados de trabalho,de haveres, de dignidade e de esperança, pergunto-me se, paradoxalmente, embora, o projeto europeu e nacional, não consiste, como no antigo regime, no governo das elites em seu próprio proveito.
6- E de que serve a prosperidade sem Liberdade?
4R - Quarta República: Aqui chegados...: 6 de abril de 2015, tal como há 4 anos, vésperas de fecho de um ciclo. Neste dia, em 2011, os portugueses eram colocados perante o fim do e...
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