carbonero
Com cerca de 3 ºC em Kiev, as condições atmosféricas não se revelaram tão agrestes como se temia parecendo contudo suficientes para provocarem algum "adormecimento" muscular e consequente atrapalhamento de movimentos em alguns jogadores.
Num relvado, surpreendentemente e aparentemente, magnífico, o Benfica, com alguns "reforços" internos, impôs-se serenamente a um Dínamo esforçado e com muita força, de boa qualidade técnica e tática, mas ineficaz nos momentos atacantes decisivos.
Estabilizada no setor defensivo com as entradas de Ederson e Luisão juntando-se ao "pequeno" Grimaldo, em superforma, e ao Nelson, cada vez mais próximo da sua boa condição, com o "intratável" Feysa a jogar na frente, os encarnados ocuparam racionalmente os espaços no meio-campo, com Pizzi, Cervi, Sálvio e Guedes muito dinâmicos, mas não o suficiente para levarem o jogo a Mitroglou em condições de finalização. Falharam os centros, quase sempre de má qualidade; vá lá saber-se porquê! Guedes trabalha muito, posiciona-se e movimenta-se bem, aguenta as cargas como poucos, remata imenso, joga para a frente, geralmente faz boas assistências; ontem faltou-lhe um pouquinho para uma excelente exibição, ao nível do último passe, do remate e da ligação com o ponta de lança. Teve influência decisiva no primeiro golo. Sálvio e Cervi estiveram fantásticos, cada um ao seu estilo, o primeiro em força o segundo em imprevisibilidade e argúcia, cabendo-lhes a autoria dos golos. Ederson foi decisivo no desempenho da sua equipa e no resultado garantindo a inviolabilidade fez umas três defesas de grande nível. Também Grimaldo salvou, no limite, o golo certo numa recuperação fantástica.
Uma vitória que, apesar de moralizadora e rentável, não deve ocultar algumas fragilidades ainda patentes na equipa ao nível do passe e da dinâmica defensiva, que serão dramáticas frente a adversários do calibre dos do Nápoles, ou mesmo do Besiktas.
Força!
PS: Continua a desonestidade de alguns comentadores desportivos ao colocarem Filipe Vieira e Bruno Carvalho no mesmo plano, relativamente às sucessivas provocações de que este tem sido autor. Um vício velho que denuncia a tendência dessa comunicação social, de que saliento o caso, do educado e honrado João Santos, que, apesar de sucessivamente enxovalhado e ameaçado em público - chegou a ser ameaçado de morte pelo guarda Abel, num evento ocorrido nas instalações do Salgueiros - , foi vilmente tratado ao nível dos seus agressores. Lamentável.
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