O Benfica tem uma imagem a defender em todo o lado onde vai disputar jogos, sejam eles oficiais, sejam de preparação. Ser goleado, mais uma vez, pelo Arsenal, num país onde o Benfica ainda é respeitado pelos feitos do passado, é irresponsável. Um vexame para os adeptos. A equipa do Benfica não estava preparada para participar neste torneio. Está mal! Ou preparam-se ou não participam. Não me venham dizer que não tem importância, que acontece, que estamos na fase de preparação, que vamos encontrar soluções. O Benfica tem de deixar de ser uma equipa simpática, que até pratica um futebol engraçado, para ser uma equipa temida pelos adversários de topo europeu. Tal como foi no passado.
A equipa aguentou-se enquanto teve pernas - na primeira parte -, depois, foi o descalabro. Uma vergonha. Jogadores amontoados ou dispersos, perante um adversário que joga, permanentemente, em todo o campo, mantendo todo o tempo, e mesmo após as substituições, elevada intensidade. Parece-me claro que temos um problema no eixo da defesa, colmatado, parcialmente - enquanto funcionar a dupla Luisão-Jardel -, e no meio-campo onde Pizzi é "curto" e Filipe Augusto tarda em aparecer. A Baliza está bem entregue a Júlio César mas é necessária uma alternativa ao mesmo nível. Na direita Buta está a corresponder, mas não chega.
Alienar três jogadores do mesmo setor de uma assentada é imprudente. A capacidade revelada no passado de substituir grandes jogadores por outros de igual ou melhor valia, não constitui garantia de sucesso futuro. Pelo contrário, aumenta a probabilidade de erro. Por outro lado, o Benfica continua refém da dívida, que compromete a evolução desportiva; as vendas que têm sido feitas só terão valido a pena se contribuírem para a melhoria da competitividade futura. Este é o momento de amortizar o passivo definindo uma regra de ouro; metade das mais-valias das vendas de jogadores deve ser utilizada na amortização do passivo. Governem-se com o resto. O negócio do Benfica são as vitórias nas grandes competições e não a construção de hotéis, escolas ou a ridícula venda de colchões.
O Presidente já definiu o objetivo de voltar a ganhar. Chega de conversas sobre o hipotético penta.
Quanto à BTV, hoje, mais parece um templo à Direção, tal a proeminência laudatória de todos os intervenientes. Não há lugar à dissidência nem à discussão. Sugiro aos participantes a tonsura clerical pera identificação universal.
Noutro âmbito, tenha-se em conta que o FCP reconstruiu a sua influência na Liga e na FPF, ficando agora claro a razão da saída de Fernando Gomes da estrutura para a Liga, primeiro e FPF depois. A anulação da sentença condenatória de Pinto da Costa e do Porto, apesar de todas as evidências, era o primeiro grande objetivo. Limpo o cadastro, seguir-se-á a preparação da saída em grande, com vitória e homenagem. Pelo meio, o enxovalho sórdido do grande rival, com pífios castigos tardios aos autores do mesmo, que, sem qualquer constrangimento, nem fundamento, difamaram o Benfica. Depois do meio-fracasso dos vouchers, o meio-fracasso do correio eletrónico. O primeiro negado em todas as instâncias jurisdicionais desportivas, o segundo negado pela matéria de facto. Os factos desmentem os autores da difamação. Apesar disso, ficou o enxovalho, arrastando atrás de si, boa parte da comunicação social desportiva com sua corte de comentadores. Em contraste, os Tribunais, com o contributo do Ministério Público, preparam-se para absolver, mais uma vez, Pinto da Costa e o Porto do caso da segurança ilegal, ficando a Justiça muito mal vista junto da opinião pública por ser óbvio o condicionamento das testemunhas de acusação que alteraram os seus depoimentos em tribunal, ficando a convicção de que terão sido subornados ou ameaçados. Isto não honra a justiça.
Só para registo futuro; o Benfica não ganha quando o partido Socialista Governa.
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