Cont.
A. A Formação
o Em
todas as modalidades profissionais deverá focar-se primordialmente no
fornecimento de atletas de alto nível às respetivas equipas séniores.
o A
base de recrutamento deverá ser tão vasta e diversificada quanto possível,
condicionada aos limites naturais do clube - infraestruturas e orçamento - e ao
talento nato e disponibilidade mental do atleta.
o A
diversificação deve ter em conta a importação de novas ideias - táticas,
técnicas ou metodológicas -, enriquecedoras da cultura do clube.
B. As alianças
o Manter
atualizado um quadro de alianças com entidades congéneres, nacionais,
europeias, sul-americanas, africanas e outras, com o intuito de criar sinergias
desportivas e económicas com benefício de ambas as partes.
o Avaliar
a viabilidade de restaurar parcerias históricas do clube, como são os casos do
Barreirense, do Salgueiros - alfobres de velhas glórias do clube - e outros.
C. A responsabilidade social
o O
ecletismo: tão vasto e diversificado quanto as infraestruturas e o orçamento
permitam, aberto a todos sem exceção de qualquer ordem, com prioridade aos
jovens e inclusão dos séniores.
o O
apoio social direto: aprofundar e diversificar, tanto quanto possível, a ação
da Fundação Benfica, com prioridade à integração comunitária dos jovens em
situação de risco e a famílias ou pessoas singulares vítimas de tragédias
afirmando a preocupação e empenho genuíno do clube.
D. As infraestruturas desportivas
o
O Estádio da Luz: avaliar a viabilidade de
expansão da lotação em mais 15 mil lugares sentados.
o O
complexo do Seixal: integração dos trabalhos e jogos oficiais do futebol
feminino e expansão do número de campos de treinos e instalações de apoio à
formação com vista à otimização da base de praticantes.
o O
Centro de Alto Rendimento: atualizar o estudo de viabilidade deste projeto,
previsto para Oeiras, condicionado aos objetivos desportivos e sociais do clube
e à qualidade dos resultados a obter.
E. As infraestruturas não desportivas
o Museu:
mantê-lo atualizado, em bom estado de conservação e animado, promovendo,
primordialmente, a difusão dos feitos desportivos do clube, dos seus atletas e
ações de natureza social e cultural diversificadas, enquadráveis na cultura do
clube; de solidariedade, de tolerância e de conhecimento.
F. O Património
o Material:
mantê-lo em bom estado de conservação, identificando intervenções conducentes à
redução de custos de exploração, em particular energéticos e de manutenção, e à
minimização de impactos ambientais.
o Imaterial:
promover a imagem e cultura do clube e seus maiores, interna e externamente, e
defendê-la dos seus detratores com determinação e elevação.
G. O relacionamento interno
o Estatutos:
revisão e discussão dos mesmos reduzindo a dez anos o tempo de associado para
habilitação de candidatura à presidência.
o Sócios:
proporcionar o convívio com velhas glórias e atletas no ativo, otimizar o
quadro de benefícios agregados e manter abertos os canais comunicacionais
possíveis, num quadro de incentivo ao debate de ideias, com participação
regular de quadros dirigentes.
o Adeptos:
difusão regular e universal da atividade e objetivos do clube, incentivando
explícita ou implicitamente a adesão ao estatuto de associado.
o Investidores:
manter uma estratégia de persuasão do pequeno e médio investidor à adesão das
emissões de dívida, proporcionando segurança e retorno acima do mercado,
visando a dispersão do investimento e a independência do mercado bancário.
o Acionistas:
prevenir o acesso de acionistas hostis ao clube cultivando relacionamentos
idóneos e solidários portadores de valor estratégico e operacional.
H. O relacionamento externo
o Institucional
desportivo (clubes): cultivar a cordialidade, num quadro de respeito mútuo, com
deferência especial às entidades com vínculo histórico e social ao clube e sua
cultura.
o Institucional
tutelar (órgãos de tutela desportiva): manter atualizado o conhecimento dos
quadros competitivos e normativos, identificar e denunciar desconformidades e
anomalias, debater e propor alterações que se justifiquem adequados na defesa
dos interesses do clube e, tanto quanto possível, gerais. Defender
intransigentemente o clube, em todas as frentes, dos sistemáticos ataques
desferidos pelas várias Federações, Ligas e seus órgãos, sob a forma de
sucessivas e pesadas multas, castigos de atletas, interdições dos recintos
desportivos, aplicação arbitrária dos regulamentos - nomeadamente disciplinares
- e segregação dos seus sócios e adeptos.
o Institucional
Estatal: manter atualizado um plano de articulação dos projetos desportivos do
clube com os do desporto nacional e dá-lo a conhecer publicamente. Identificar
e denunciar os casos de descriminação do clube, em especial dos que se
revelarem preconceituosos, persistentes ou estruturais, desconstruindo a ideia,
promovida insistentemente, pelo rival do norte de que o Benfica é um símbolo do Salazarismo e do centralismo, prejudicial à democracia à descentralização.
o
Espaço público: intervenção regular nas
plataformas e canais de comunicação nacional na difusão geral dos projetos do
clube e na promoção da sua imagem, no exercício do contraditório face a ações
hostis, na clarificação de atos que dela careçam e na denúncia de atos lesivos
do clube, seus atletas, funcionários, sócios ou adeptos.
Peniche, 20 de Agosto de 2020
António Barreto
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