A.
A missão
Ganhar.
Em todas as provas, em todas as modalidades, em todas as faixas etárias, mas sobretudo
no futebol sénior, o “main driver” do
clube. Tudo o mais virá por acréscimo.
A
mentalidade ganhadora associada à excelência de execução da arte, à correção comportamental
para com adversários, instituições, adeptos e público em geral, constituem a
cultura do Benfica com a qual granjeou maciça adesão popular - a sua base
social de referência - e admiração geral dos adversários, incluindo os que o
atacam e agridem.
Urge
acabar com o discurso de relativização da derrota e do conformismo em nome de
gloriosas e sucessivas vitórias futuras, de obras fantásticas, da credibilidade
das contas e da solidariedade para com os rivais.
B.
O futebol profissional masculino sénior
o
A equipa técnica:
o Além
dos requisitos de competência, de conhecimento do futebol nacional e europeu,
de capacidade de liderança e de identificação com a cultura do clube, deve ser
independente do circuito desportivo nacional, impermeável aos jogos de poder
internos e com evidente reconhecimento internacional ou potencial para tal.
o
O plantel:
o Deve
refletir a filosofia do clube; futebol de ataque, determinado, virtuoso,
objetivo e solidário, em atualização permanente, quer ao nível de jogadores
quer ao nível tático.
o
A prospeção:
o Setor
chave, diferenciador, que requer atenção permanente pela simples razão de que o
primeiro a chegar ao mercado adquire vantagem competitiva sobre os rivais (lembremo-nos
do caso Eusébio). Se o clube não tem capacidade financeira para acompanhar os
grandes rivais europeus na disputa pelos grandes talentos, tem de chegar antes
deles.
o A
estrutura técnica deverá dotar-se de capacidade para monitorizar permanentemente
o estado da arte nas escolas de maior destaque; Europa - começando por Portugal
-, América Latina e África, sem esquecer os mercados emergentes asiáticos.
o O
objetivo deverá centrar-se na identificação de jogadores com potencial e nos
estilos enriquecedores dos modelos táticos da equipa.
o A
execução passa pela criação de uma rede de parcerias confiável, supervisionada
por colaborador de reconhecida competência, recorrendo, preferencialmente, a
gente com vínculo afetivo e cultural ao clube, ex-atletas, ex-funcionários e ex-dirigentes,
sem afastar outras possibilidades.
o
O recrutamento:
o A
equipa técnica, supervisionada superiormente, deverá manter permanentemente
atualizadas as necessidades da equipa, imediatas e a dois anos.
o Igualmente,
em articulação com os departamentos da prospeção, da formação e de recursos
humanos, deve manter permanentemente identificados os atletas alvo, definindo
objetivos prioritários e calendarizando as correspondentes contratações.
o Igualmente,
deve manter-se permanentemente atualizado o conhecimento dos valores de mercado
em cada área geográfica para cada tipo de jogador, identificando oportunidades
que justifiquem a contratação para investimento desportivo ou económico.
C.
O futebol profissional feminino sénior
o Consolidar
a superioridade interna e assumir os títulos europeus.
o Dotar
a secção de condições internas adequadas ao treino e à competição.
D.
As modalidades
o
De pavilhão, séniores masculinos:
o Futsal:
consolidar a superioridade interna e assumir a luta por títulos europeus e
mundiais.
o Voleibol:
manter a superioridade interna e assumir a luta por títulos europeus.
o Hóquei
em patins: recuperar e consolidar a superioridade interna e assumir a luta por
títulos europeus e mundiais.
o Basquetebol:
recuperar e consolidar a superioridade interna e a capacidade competitiva
europeia.
o Andebol:
dar o salto competitivo decisivo para aceder aos títulos nacionais; algo
estrutural tem falhado nesta modalidade que requer o contributo dos melhores
técnicos.
o Natação:
assumir a luta pelos títulos internos e a participação em provas internacionais
de relevo.
o De
pavilhão, séniores femininos:
o Futsal:
Consolidar a superioridade interna e assumir os títulos europeus e mundiais.
o Hóquei
em patins: manter a supremacia interna e assumir os títulos europeus e
mundiais.
o Natação:
assumir a luta pelos títulos internos e participação em provas internacionais
de relevo.
o Ténis
de mesa: manter uma equipa capaz de discutir e ganhar os títulos internos e
disputar provas internacionais de relevo.
o Bilhar:
manter uma equipa de excelência capaz de discutir e ganhar títulos internos e
europeus.
o
De ar Livre
o Atletismo
masculino: reforçar o domínio interno e assumir os títulos europeus.
o Atletismo
feminino: assumir o salto qualitativo necessário às vitórias internas e à
disputa das provas europeias de relevo.
o Triatlo
masculino: consolidar o domínio interno e europeu.
o Triatlo
Feminino: consolidar o domínio interno e europeu.
o Triatlo
misto: consolidar o domínio interno e europeu.
o Ciclismo masculino: manter um plano de ação para reintrodução da modalidade logo que seja restabelecida a credibilidade das condições de competição internas.
Peniche, 20 de Agosto de 2020
António Barreto
(Continua)
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