O Novo-Velho Benfica
Os dados para a nova
época estão lançados, os contornos do novo Benfica estão definidos; plantel
equilibrado, mais criativo e dinâmico, grande união e comprometimento entre
todos; equipa, técnicos, Direção e adeptos.
O primeiro objetivo,
apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões foi cumprido. O arranque no campeonato é positivo apesar do
desgaste já se fazer notar entre os jogadores.
A conjuntura,
desportiva e comentarista, mantém o padrão habitual caracterizado pela
hostilização sistemática do clube.
Desta vez, estão a
ser assinalados penaltis, legítimos, favoráveis. Parece que perceberam que o
padrão anterior - 32 jogos com 0 penaltis para o Benfica - não era viável.
Contudo nestes dois
últimos jogos, contra o Paços e o Vizela, usaram-se velhas práticas punitivas
do clube encarnado.
Para ambos os casos,
em mais num ato que classifico de claramente provocatório, foram nomeados árbitros
aos quais, geralmente, correm mal os jogos do Benfica.
Perante o jogo agressivo,
por vezes violento do Paços, Soares Dias, assinalando as faltas, exceto na zona
da área, omitia a sansão disciplinar. A mensagem, já vista ad nauseum, era óbvia; podeis bater durante todo o jogo que ninguém
será expulso.
No caso do Vizela, Veríssimo,
por tudo e por nada resolveu punir disciplinarmente os jogadores do clube da
Luz assinalando faltas sem suporte técnico. Ao fazê-lo condicionou a equipa
diminuindo a sua capacidade competitiva. A omissão do penalti claro, cometido sobre
Ramos em desespero de causa pelo defesa vizelense, revelou a condicionamento
mental do árbitro.
Quanto aos
adversários, mantém-se o padrão do futebol nacional; equipas, técnica e
taticamente bem preparadas, compactas, eminentemente defensivas, apostando nas
transições e no jogo agressivo e violento a meio-campo.
Este último jogo, mostrou que Rui Costa, o
nosso Rui Costa, príncipe dos relvados, está de volta com a ambição do grande
Benfica. Não tem medo de assumir a vontade de ganhar, ao contrário do seu
antecessor. Os adeptos, em delírio, mostraram estar com ele.
Tranquilamente, sem
alaridos nem confusões, com a equipa que o acompanha, tem vindo a arrumar a
casa eficientemente, cumprindo tudo o que prometeu.
Assegurou a
transição na sequência do afastamento compulsivo do anterior Presidente - mais um
que foi preso durante um governo socialista -, fez a contagem dos votos da
eleição anterior, promoveu a Assembleia Geral Extraordinária pedida pelos
candidatos derrotados, nomeou uma comissão para atualização dos estatutos do
clube, foi a eleições, rescindiu com Jorge Jesus, cujo projeto falhara,
contatou um treinador estrangeiro idóneo, uma mudança estratégica de grande
relevo, pôs os Dirigentes da Liga em sentido, encaminhou jogadores desajustados
ao novo projeto, cordialmente, para outros clubes, e montou uma equipa
prometedora, com jogadores que enchem a vista aos adeptos.
Agora que o comboio
do campeonato está em marcha, é tempo de, discretamente, confrontar os principais
dirigentes desportivos nacionais, acerca da forma discriminatória com o Benfica
tem sido tratado em todas as vertentes relacionadas com o futebol e todas as
outras modalidades.
As provas estão à
vista de todos, são públicas, e já deveriam ter suscitado a iniciativa das
respetivas autoridades.
Peniche, 04 de Setembro de 2022
António
Barreto
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