O Benfica de Rui Costa
O Benfica, sob a direção de Rui Costa, considerando as últimas décadas, é o que mais se aproxima do verdadeiro Benfica. Um clube com uma história de combatividade e ambição, que privilegia a arte de bem praticar qualquer desporto, num ambiente de alegria compartilhado com adversários e público, sempre com a determinação de vencer.
A reorientação estratégica para os resultados desportivos e o equilíbrio económico, é uma diretriz que passou para todas as estruturas do clube, administrativas, técnicas e desportivas - equipas, atletas e adeptos -, constituindo um fator gerador de sinergias competitivas.
A presença constante de Rui Costa - o Presidente-Adepto, ou o Adepto-Presidente - nas bancadas, apoiando as equipas de todas as modalidades, comungando com atletas e público das incidências dos jogos, enraíza em todos o conceito primordial do clube, relativizado nos mandatos anteriores; a indomável vontade de ganhar, a insaciável sede de vitórias.
Tal propósito transparece na reconstrução das equipas, onde é notória a prioridade da retenção dos melhores atletas, o cuidado na contratação de novos jogadores ou treinadores e outros agentes não menos importantes.
A capacidade de recrutamento oportuno de atletas de qualidade para carências específicas das equipas, da de futebol sénior em particular, parece real. Os défices posicionais crónicos que transitavam de época para época e as contratações eminentes que acabavam concretizadas pelos rivais, parecem improváveis de ocorrer.
Tudo converge para a ocorrência de ganhos substanciais de competitividade desportiva em todas as competições. Isso mesmo se verificou na época finda; a conquista dum campeonato, especialmente longo e difícil e o bom desempenho na Liga dos Campeões da equipa de futebol sénior; o saldo francamente positivo nas modalidades de pavilhão e de ar livre, em masculinos e femininos.
É clara a aposta em todas as modalidades, com novas investidas no futsal e no andebol masculinos, arredados dos títulos nas últimas épocas, no futebol feminino, em busca da consolidação interna e da afirmação europeia, e no atletismo, para recuperar a liderança perdida esta época, tangencialmente, para o “desavergonhado” rival.
Tudo num quadro de invulgar diversidade desportiva, com pano de fundo o altruístico trabalho da Fundação e as atividades de ginástica expressas anualmente na magnífica Gimnáguia.
Se é verdade que o grosso do trabalho vem de trás, não deixa de ser notório o novo impulso que está a ocorrer sob a orientação da atual Direção, mais focada nos resultados que no folclore.
Há porém necessidade de definir e pôr em marcha um plano de ação de sensibilização institucional e social, contra o preconceito e segregação de que o clube tem sido alvo por parte das instituições desportivas - federações e ligas em geral - e até da alguns setores políticos.
De facto às vezes parece que foi posto em marcha um processo de “ajuste de contas” de contornos políticos que, no fundo, tem como causa primordial o ressentimento pela grandiosidade desportiva e a universalidade do Benfica.
A época que se avizinha, será igualmente difícil, talvez até mais, dado o desespero desportivo e económico dos rivais. Porém, a dispensa de fase de qualificação para a Liga dos Campeões, poderá evitar o desgaste que se verificou na ponta final do campeonato transato.
Peniche, 31 de Julho de 2023
António Barreto
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